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Aula 07 Informática ESTRATEGIA

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Aula 07
Domínio Produtivo da Informática p/ BB
Professores: Alexandre Lênin, Junior Martins
65317693195 - Diego Kevin Ribeiro
Noções de Informática - BB 
Teoria e questões comentadas 
LENIN E JUNIOR - Aula 7 
Prof. LENIN E JUNIOR www.estrategiaconcursos.com.br 1/116 
 
SUMÁRIO 
1 O que significa SEGURANÇA? ........................................................................................ 2 
1.1 Princípios de segurança da informação ....................................................................... 4 
1.2 Ameaças aos Sistemas de Informação ......................................................................... 8 
1.3 Vulnerabilidades de Segurança ................................................................................. 18 
Vulnerabilidades Físicas .................................................................................................. 19 
Vulnerabilidades de Hardware ......................................................................................... 19 
Vulnerabilidades de Software .......................................................................................... 20 
Vulnerabilidades de Armazenamento .............................................................................. 20 
Vulnerabilidades de Comunicação ................................................................................... 20 
Vulnerabilidades Humanas .............................................................................................. 20 
1.4 Risco .......................................................................................................................... 21 
1.5 Incidente .................................................................................................................... 22 
1.6 Ataques ...................................................................................................................... 22 
Pharming .......................................................................................................................... 26 
Importante ........................................................................................................................ 29 
1.7 Antivírus .................................................................................................................... 33 
1.8 Prevenção de Intrusão e Firewall ............................................................................... 35 
2 Criptografia e Certificação Digital ................................................................................... 39 
2.1 Chaves criptográficas ................................................................................................ 40 
Chave simétrica ................................................................................................................ 42 
Chave assimétrica ............................................................................................................. 44 
PGP ± Pretty Good Privacy .............................................................................................. 46 
3 Certificado Digital ............................................................................................................ 47 
3.1 Assinatura Digital ...................................................................................................... 48 
4 VPNs - Virtual Private Network ...................................................................................... 50 
5 Backup .............................................................................................................................. 51 
6 QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................................... 56 
7 LISTA DE QUESTÕES UTILIZADAS NA AULA ....................................................... 94 
8 GABARITO ................................................................................................................... 116 
 
 
65317693195 - Diego Kevin Ribeiro
Noções de Informática - BB 
Teoria e questões comentadas 
LENIN E JUNIOR - Aula 7 
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1 O que significa SEGURANÇA? 
 
É colocar tranca nas portas de sua casa? É ter as suas informações 
guardadas de forma suficientemente segura para que pessoas sem 
autorização não tenham acesso a elas? Vamos nos preparar para que a 
próxima vítima não seja você! 
A segurança é uma palavra que está presente em nosso cotidiano e 
refere-VH�D�XP�HVWDGR�GH�SURWHomR��HP�TXH�HVWDPRV�³OLYUHV´�GH�SHULJRV�H�
incertezas. 
A Tecnologia da informação só se torna uma ferramenta capaz de 
alavancar verdadeiramente os negócios, quando seu uso está vinculado às 
medidas de proteção dos dados corporativos, para assegurar a 
sobrevivência da empresa e a continuidade dos negócios da organização. 
Segurança da informação é o processo de proteger a informação 
de diversos tipos de ameaças externas e internas para garantir a 
continuidade dos negócios, minimizar os danos aos negócios e 
maximizar o retorno dos investimentos e as oportunidades de 
negócio. 
Soluções pontuais isoladas não resolvem toda a problemática associada à 
segurança da informação. Segurança se faz em pedaços, porém todos eles 
integrados, como se fossem uma corrente. 
 
 
Isso reafirma o ditado popular, muito citado pelos especialistas em 
segurança, que diz que nenhuma corrente é mais forte do que o seu elo 
mais fraco. De nada adianta uma corrente ser a mais resistente de todas 
se existe um elo que é fraco. É claro que a resistência da corrente será a 
resistência do elo mais fraco e não dos demais. Se a corrente passar por 
um teste de esforço, certamente o elo que partirá será o mais fraco. 
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Teoria e questões comentadas 
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Essa mesma ideia aplica-se ao contexto da informação. Quando 
precisamos garantir a segurança da informação, precisamos eliminar os 
³HORV�IUDFRV´�GR�DPELHQWH�HP�TXH�D�LQIRUPDomR�HVWi�DUPD]HQDGD��-i�TXH�
eliminar, neste contexto é sempre difícil, então buscamos sempre reduzir 
ao máximo os riscos de que a segurança da informação seja violada. 
A segurança da informação não deve ser tratada como um fator isolado e 
tecnológico apenas, mas sim como a gestão inteligente da informação 
em todos os ambientes, desde o ambiente tecnológico passando 
pelas aplicações, infraestrutura e as pessoas. 
 
 
Segurança se faz protegendo todos os elos da corrente, ou seja, 
todos os ativos (físicos, tecnológicos e humanos) que compõem 
seu negócio. Afinal, o poder de proteção da corrente está 
diretamente associado ao elo mais fraco! 
 
Em uma corporação, a segurança está ligada a tudo o que manipula direta 
ou indiretamente a informação (inclui-se aí também a própria informação 
e os usuários!!!), e que merece proteção. Esses elementos são chamados 
de ativos, e podem ser divididos em: 
1. tangíveis: informações impressas, móveis, hardware 
(Ex.:impressoras, scanners); 
2. intangíveis: marca de um produto, nome da empresa, 
confiabilidade de um órgão federal etc.; 
3. lógicos: informações armazenadas em uma rede, sistema ERP 
(sistema de gestão integrada) etc.; 
4. físicos: galpão, sistema de eletricidade, estação de trabalho etc.; 
5. humanos: funcionários. 
 
 
Os ativos são os elementos que sustentam a operação do negócio 
e estes sempre trarão consigo VULNERABILIDADES que, por sua 
vez, submetem os ativos a AMEAÇAS. 
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Prof. LENIN E JUNIOR www.estrategiaconcursos.com.br 4/116Quanto maior for a organização maior será sua dependência com relação 
à informação, que pode estar armazenada de várias formas: impressa em 
papel, em meios digitais (discos, fitas, DVDs, disquetes, etc.), na mente 
das pessoas, em imagens armazenadas em fotografias/filmes... 
Nesse sentido, é propósito da segurança proteger os elementos que fazem 
parte da comunicação, são eles: 
1. as informações; 
2. os equipamentos e sistemas que oferecem suporte a elas; 
3. as pessoas que as utilizam. 
 
Elementos que a Segurança da Informação Busca Proteger 
 
1.1 Princípios de segurança da informação 
Ao estudarmos o tema, deparamo-nos com alguns princípios norteadores, 
segundo os padrões internacionais. Dentre estes princípios, podemos 
destacar a tríade CID ± Confidencialidade, Integridade e 
Disponibilidade. Estes três atributos orientam a análise, o planejamento 
e a implementação da segurança da informação nas organizações. 
Segundo a norma ABNT-ISO-,(&� ������� ³DGLFLRQDOPHQWH� RXWUDV�
propriedades, tais como autenticidade, responsabilidade, não 
repúdio e confiabilidade��SRGHP�WDPEpP�HVWDU�HQYROYLGDV´��(VWXGHPRV��
primeiramente, as três propriedades que fazem parte do conceito de 
segurança da informação. 
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Confidencialidade: preocupa-se com quem acessa as informações. 
Dizemos que existe confidencialidade quando somente as pessoas 
autorizadas possuem acesso à informação. Quando contamos um segredo 
a alguém - fazemos uma confidência - estamos dando acesso à 
informação. Mas não queremos que outras pessoas tenham acesso ao 
segredo, exceto à pessoa a quem estamos contando. Em outras palavras, 
a confidencialidade protege as informações de uma eventual revelação a 
alguém não autorizado. Observe que esta proteção não se aplica apenas à 
informação em sua forma digital; aplica-se a quaisquer mídias onde a 
informação esteja armazenada: CD, DVD, mídia impressa, entre outros. 
Além disso, nem mesmo uma pequena parte da informação poderá ser 
violada. A informação deve ser completamente protegida contra acessos 
indevidos. Se pensarmos, como exemplo, na Internet, onde os dados 
trafegam por vários caminhos e passam por diversas redes de 
computadores até chegarem ao destino, a confidencialidade deve garantir 
que os dados não serão vistos nem copiados por agentes não autorizados 
durante todo o percurso que realizarem na grande rede mundial. 
 
Integridade: a informação deve manter todas as características originais 
durante sua existência. Estas características originais são as estabelecidas 
pelo proprietário da informação quando da criação ou manutenção da 
informação (se a informação for alterada por quem possui tal direito, isso 
não invalida a integridade). Existem vários exemplos de ataques feitos à 
integridade da informação: alteração em mensagens que trafegam na 
rede; modificação de sites da Internet; substituição de textos impressos 
ou em mídia digital etc. 
Em resumo, a Integridade é o princípio da proteção da informação contra 
a criação ou modificação não autorizada. A violação da integridade pode 
estar relacionada com erro humano, por atos dolosos ou não. Esta 
violação pode tornar a informação sem valor ou, até, perigosa, 
especialmente se a violação for uma alteração da informação, o que pode 
levar a decisões equivocadas e causadoras de prejuízos. 
 
Disponibilidade: garante que a informação esteja sempre disponível 
quando um usuário autorizado quiser acessar. A informação está lá 
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quando for necessário recuperá-la. Claro que não consiste em uma 
violação da disponibilidade as interrupções dos serviços de acesso de 
forma autorizada ou programada, como nos casos de manutenção 
preventiva do sistema. A disponibilidade aplica-se à informação e aos 
canais de acesso a ela. 
Veja o quadro abaixo. Resumimos os três princípios básicos em segurança 
da informação. 
 
 
O que a segurança da informação pretende é diminuir o risco de sofrer 
qualquer perda do valor da informação. A ideia é evitar a 
ocorrência de incidentes de segurança da informação que, segundo 
D� $%17�� p� ³um simples ou uma série de eventos de segurança da 
informação indesejados ou inesperados, que tenham uma grande 
probabilidade de comprometer as operações do negócio e ameaçar a 
segurança da informação´� 
 
-i� XP� HYHQWR� p� ³XPD� RFRUUrQFLD� LGHQWLILFDGD� GH� XP� HVWDGR� GH� VLVWHPD��
serviço ou rede, indicando uma possível violação da política de segurança 
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da informação ou falha de controles, ou uma situação previamente 
GHVFRQKHFLGD��TXH�SRVVD�VHU�UHOHYDQWH�SDUD�D�VHJXUDQoD�GD�LQIRUPDomR´� 
Para a norma ISO 27001, um risco para a segurança da informação é uma 
combinação de fatores. De um modo geral, é a combinação de uma 
ameaça (temos aqui um agente) e uma vulnerabilidade (temos aqui uma 
fraqueza). Daí, combinando um agente com uma fraqueza, temos o risco. 
É um conceito mais geral para a idéia de risco. 
 
Cuidado para não pensar que as vulnerabilidades são apenas ligadas aos 
sistemas de informação em si. Lembre-se que existem os aspectos físicos 
e os aspectos lógicos. Existem os acontecimentos naturais que podem 
resultar em incidentes de segurança: incêndio, terremotos, inundações 
etc. Sem esquecermos dos incidentes com causa humana: negligência, 
imperícia, imprudência, vingança, terrorismo etc.; e, claro de fatos 
puramente técnicos: equipamentos com defeito, ruídos etc. 
 
Nesse sentido, uma ameaça é qualquer coisa que possa afetar a operação, 
a disponibilidade, a integridade da informação. Uma ameaça busca 
explorar uma vulnerabilidade ± fraqueza ± por meio de um ataque 
(técnica para explorar a vulnerabilidade). 
Do outro lado estão as contramedidas ou os mecanismos de defesa, que 
são as técnicas para defesa contra os ataques ou para reduzir as 
vulnerabilidades. 
As principais origens das vulnerabilidades residem em falhas de projeto de 
hardware ou software, falhas na implantação (configuração errada, falta 
de treinamento), falhas de gerenciamento (problemas de monitoramento, 
procedimentos inadequados ou incorretos). 
Observe a figura a seguir. Ela mostra alguns tipos de ataques em 
ambientes computacionais. 
 
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O fluxo normal da informação é o exemplificado em (a). Os demais 
exemplos mostram ataques realizados. Em (b) o fluxo é interrompido e o 
destinatário não recebe a mensagem. Diferentemente de (c), onde o 
receptor obtém a mensagem, mas há uma interceptação não autorizada. 
Em (d) e (e) o resultado é semelhante, pois o destinatário recebe uma 
mensagem diferente da original, sendo que em (d) houve uma 
modificação e em (e) uma mensagem nova foi encaminhada, com se fosse 
o remetente que a tivesse enviado. 
Assim, temos: 
(b) é ataque à disponibilidade 
(c) é ataque à confidencialidade 
(d) é ataque à Integridade 
(e) é ataque à autenticidade 
 
 
1.2 Ameaças aos Sistemas de Informação 
 
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Ameaça é algo que possa provocar danos à segurança da informação, 
prejudicar as ações da empresa e sua sustentação no negócio, mediante a 
exploração de uma determinada vulnerabilidade. 
 
 
Em outras palavras, uma ameaça é tudo aquilo que pode 
comprometer a segurança de um sistema, podendo ser acidental 
(falha de hardware, erros de programação, desastres naturais, erros do 
usuário, bugs de software, uma ameaça secreta enviada a um endereço 
incorreto etc) ou deliberada (roubo, espionagem, fraude, sabotagem, 
invasão de hackers, entre outros). 
Ameaça pode ser uma pessoa, uma coisa, um evento ou uma ideia capaz 
de causar dano a um recurso, em termos de confidencialidade, 
integridade, disponibilidade etc. 
 
Basicamente existem dois tipos de ameaças: internas e externas. 
x Ameaças externas: são aqui representadas por todas as tentativas 
de ataque e desvio de informações vindas de fora da empresa. 
Normalmente essas tentativas são realizadas por pessoas com a 
intenção de prejudicar a empresa ou para utilizar seus recursos para 
invadir outras empresas. 
x Ameaças internas: estão presentes, independentemente das 
empresas estarem ou não conectadas à Internet. Podem causar 
desde incidentes leves até os mais graves, como a inatividade das 
operações da empresa. 
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Malware - Um tipo de ameaça que deve ser considerado!! 
Malware (combinação de malicious software ± programa malicioso) é uma 
expressão usada para todo e quaisquer softwares maliciosos, ou seja, 
programados com o intuito de prejudicar os sistemas de informação, 
alterar o funcionamento de programas, roubar informações, causar 
lentidões de redes computacionais, dentre outros. 
 
 
Resumindo, malwares são programas que executam 
deliberadamente ações mal-intencionadas em um computador!! 
 
 
 
Os tipos mais comuns de malware: vírus, worms, bots, cavalos de 
troia, spyware, keylogger, screenlogger, estão descritos a seguir. 
 
x Vírus: são pequenos códigos de programação maliciosos que se 
³DJUHJDP´� D� DUTXLYRV� H� VmR� WUDQVPLWLGRV� FRP� eles. Quando o 
arquivo é aberto na memória RAM, o vírus também é, e, a partir daí 
se propaga infectando, isto é, inserindo cópias de si mesmo e se 
tornando parte de outros programas e arquivos de um computador. 
O vírus depende da execução do programa ou arquivo hospedeiro para 
que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo de infecção. 
Alguns vírus são inofensivos, outros, porém, podem danificar um 
sistema operacional e os programas de um computador. 
Dentre os tipos de vírus conhecidos, podemos citar: 
x Vírus de boot: infectam o setor de boot dos discos rígidos. 
 
x Vírus de macro: vírus de arquivos que infectam documentos que 
contém macros. Uma macro é um conjunto de comandos que são 
armazenados em alguns aplicativos e utilizados para automatizar 
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algumas tarefas repetitivas. Um exemplo seria, em um editor de 
textos, definir uma macro que contenha a sequência de passos 
necessários para imprimir um documento com a orientação de 
retrato e utilizando a escala de cores em tons de cinza. Um vírus de 
macro é escrito de forma a explorar esta facilidade de 
automatização e é parte de um arquivo que normalmente é 
manipulado por algum aplicativo que utiliza macros. Para que o 
vírus possa ser executado, o arquivo que o contém precisa ser 
aberto e, a partir daí, o vírus pode executar uma série de comandos 
automaticamente e infectar outros arquivos no computador. Existem 
alguns aplicativos que possuem arquivos base (modelos) que são 
abertos sempre que o aplicativo é executado. Caso este arquivo 
base seja infectado pelo vírus de macro, toda vez que o aplicativo 
for executado, o vírus também será. Arquivos nos formatos gerados 
por programas da Microsoft, como o Word, Excel, Powerpoint e 
Access, são os mais suscetíveis a este tipo de vírus. Arquivos nos 
formatos RTF, PDF e PostScript são menos suscetíveis, mas isso não 
significa que não possam conter vírus. 
 
x Auto Spam: vírus de macro que enviam e-mails com arquivo 
infectado para endereços captados no programa de e-mail. Um vírus 
propagado por e-mail (e-mail borne virus) normalmente é recebido 
como um arquivo anexado a uma mensagem de correio eletrônico. 
O conteúdo dessa mensagem procura induzir o usuário a clicar sobre 
o arquivo anexado, fazendo com que o vírus seja executado. 
Quando este tipo de vírus entra em ação, ele infecta arquivos e 
programas e envia cópias de si mesmo para os contatos 
encontrados nas listas de endereços de e-mail armazenadas no 
computador do usuário. É importante ressaltar que este tipo 
específico de vírus não é capaz de se propagar automaticamente. O 
usuário precisa executar o arquivo anexado que contém o vírus, ou 
o programa leitor de e-mails precisa estar configurado para auto-
executar arquivos anexados. 
 
 
x Vírus de programa: infectam arquivos de programa (de inúmeras 
extensões, como .exe, .com,.vbs, .pif. 
 
x Vírus stealth: programado para se esconder e enganar o antivírus 
durante uma varredura deste programa. Tem a capacidade de se 
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remover da memória temporariamente para evitar que antivírus o 
detecte. 
 
 
x Vírus polimórficos: DOWHUDP� VHX� IRUPDWR� �³PXGDP� GH� IRUPD´��
constantemente. A cada nova infecção, esses vírus geram uma nova 
seqüência de bytes em seu código, para que o antivírus se confunda 
na hora de executar a varredura e não reconheça o invasor. 
 
x Vírus de script: propagam-se por meio de scripts, nome que 
designa uma sequência de comandos previamente estabelecidos e 
que são executados automaticamente em um sistema, sem 
necessidade de intervenção do usuário. Dois tipos de scripts muito 
usados são os projetados com as linguagens Javascript (JS) e Visual 
Basic Script (VBS). Segundo Oliveira (2008) tanto um quanto o 
outro podem ser inseridos em páginas Web e interpretados por 
navegadores como Internet Explorer e outros. Os arquivos 
Javascript tornaram-se tão comuns na Internet que é difícil 
encontrar algum site atual que não os utilize. Assim como as 
macros, os scripts não são necessariamente maléficos. Na maioria 
das vezes executam tarefas úteis, que facilitam a vida dos usuários 
± prova disso é que se a execução dos scripts for desativada nos 
navegadores, a maioria dos sites passará a ser apresentada de 
forma incompleta ou incorreta. 
 
 
x Vírus de celular: propaga de telefone para telefone através da 
tecnologia bluetooth ou da tecnologia MMS (Multimedia Message 
Service). O serviço MMS é usado para enviar mensagens multimídia, 
isto é, que contêm não só texto, mas também sons e imagens, 
como vídeos, fotos e animações. 
A infecção ocorre da seguinte forma: o usuário recebe uma 
mensagem que diz que seu telefone está prestes a receber um 
arquivo e permite que o arquivo infectado seja recebido, instalado e 
executado em seu aparelho; o vírus, então, continua o processo de 
propagação para outros telefones, através de uma das tecnologias 
mencionadas anteriormente. 
Os vírusde celular diferem-se dos vírus tradicionais, pois 
normalmente não inserem cópias de si mesmos em outros arquivos 
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armazenados no telefone celular, mas podem ser especificamente 
projetados para sobrescrever arquivos de aplicativos ou do sistema 
operacional instalado no aparelho. 
 
x Worms (vermes): são programas parecidos com vírus, mas que na 
verdade são capazes de se propagarem automaticamente através de 
redes, enviando cópias de si mesmo de computador para 
computador (observe que os worms apenas se copiam, não infectam 
outros arquivos, eles mesmos são os arquivos!!). Além disso, 
geralmente utilizam as redes de comunicação para infectar outros 
computadores (via e?mails, Web, FTP, redes das empresas etc). 
Diferentemente do vírus, o worm não embute cópias de si mesmo em 
outros programas ou arquivos e não necessita ser explicitamente 
executado para se propagar. Sua propagação se dá através da 
exploração de vulnerabilidades existentes ou falhas na configuração de 
softwares instalados em computadores. 
Worms são notadamente responsáveis por consumir muitos recursos. 
Degradam sensivelmente o desempenho de redes e podem lotar o 
disco rígido de computadores, devido à grande quantidade de cópias de 
si mesmo que costumam propagar. Além disso, podem gerar grandes 
transtornos para aqueles que estão recebendo tais cópias. 
Difíceis de serem detectados, muitas vezes os worms realizam uma 
série de atividades, incluindo sua propagação, sem que o usuário tenha 
conhecimento. Embora alguns programas antivírus permitam detectar 
a presença de worms e até mesmo evitar que eles se propaguem, isto 
nem sempre é possível. 
 
x Bots: de modo similar ao worm, é um programa capaz de se 
propagar automaticamente, explorando vulnerabilidades existentes 
ou falhas na configuração de software instalado em um computador. 
Adicionalmente ao worm, dispõe de mecanismos de comunicação 
com o invasor, permitindo que o bot seja controlado remotamente. 
Os bots esperam por comandos de um hacker, podendo manipular 
os sistemas infectados, sem o conhecimento do usuário. 
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Nesse ponto, cabe destacar um termo que já foi cobrado várias vezes 
em prova!! Trata-se do significado do termo botnet, junção da 
contração das palavras robot (bot) e network (net). Uma rede infectada 
por bots é denominada de botnet (também conhecida como rede 
zumbi), sendo composta geralmente por milhares desses elementos 
maliciosos que ficam residentes nas máquinas, aguardando o comando 
de um invasor. Um invasor que tenha controle sobre uma botnet pode 
utilizá-la para aumentar a potência de seus ataques, por exemplo, para 
enviar centenas de milhares de e-mails de phishing ou spam, desferir 
ataques de negação de serviço etc (CERT.br, 2006). 
 
x Trojan horse (Cavalo de troia): é um programa aparentemente 
inofensivo que entra em seu computador na forma de cartão virtual, 
álbum de fotos, protetor de tela, jogo etc, e que, quando executado 
(com a sua autorização!), parece lhe divertir, mas, por trás abre 
portas de comunicação do seu computador para que ele possa ser 
invadido. 
 
Por definição, o cavalo de troia distingue-se de um vírus ou de um 
worm por não infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si 
mesmo. 
 
Os trojans ficaram famosos na Internet pela facilidade de uso, e por 
permitirem a qualquer pessoa possuir o controle de um outro 
computador apenas com o envio de um arquivo. 
Os trojans atuais são divididos em duas partes, que são: o servidor e o 
cliente. Normalmente, o servidor encontra-se oculto em algum outro 
arquivo e, no momento em que o arquivo é executado, o servidor se 
instala e se oculta no computador da vítima. Nesse momento, o 
computador já pode ser acessado pelo cliente, que enviará informações 
para o servidor executar certas operações no computador da vítima. 
O Cavalo de troia não é um vírus, pois não se duplica e não se 
dissemina como os vírus. Na maioria das vezes, ele irá instalar 
programas para possibilitar que um invasor tenha controle total sobre 
um computador. Estes programas podem permitir: 
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x que o invasor veja e copie ou destrua todos os arquivos 
armazenados no computador; 
x a instalação de keyloggers ou screenloggers (descubra todas as 
senhas digitadas pelo usuário); 
x o furto de senhas e outras informações sensíveis, como números de 
cartões de crédito; 
x a inclusão de backdoors, para permitir que um atacante tenha total 
controle sobre o computador; 
x a formatação do disco rígido do computador, etc. 
Exemplos comuns de cavalos de troia são programas que você recebe 
ou obtém de algum site e que parecem ser apenas cartões virtuais 
animados, álbuns de fotos de alguma celebridade, jogos, protetores de 
tela, entre outros. Enquanto estão sendo executados, estes programas 
podem ao mesmo tempo enviar dados confidenciais para outro 
computador, instalar backdoors, alterar informações, apagar arquivos 
ou formatar o disco rígido. Existem também cavalos de troia utilizados 
normalmente em esquemas fraudulentos, que, ao serem instalados 
com sucesso, apenas exibem uma mensagem de erro. 
x Adware (advertising software): este tipo de programa 
geralmente não prejudica o computador. O adware apresenta 
anúncios, cria ícones ou modifica itens do sistema operacional com o 
intuito de exibir alguma propaganda. Nem sempre são maliciosos! 
Um adware malicioso pode abrir uma janela do navegador 
apontando para páginas de cassinos, vendas de remédios, páginas 
pornográficas, etc. Um exemplo do uso legítimo de adwares pode 
ser observado no programa de troca instantânea de mensagens 
MSN Messenger. 
x Spyware: trata-se de um programa espião (spy em inglês = 
espião). É um programa que tem por finalidade monitorar as 
atividades de um sistema e enviar as informações coletadas para 
terceiros. 
x Keylogger: um tipo de malware que é capaz de capturar e 
armazenar as teclas digitadas pelo usuário no teclado de um 
computador. Dentre as informações capturadas podem estar o 
texto de um e?mail, dados digitados na declaração de Imposto de 
Renda e outras informações sensíveis, como senhas bancárias e 
números de cartões de crédito. Em muitos casos, a ativação 
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do keylogger é condicionada a uma ação prévia do usuário, como 
por exemplo, após o acesso a um site específico de comércio 
eletrônico ou Internet Banking. Normalmente, o keylogger contém 
mecanismos que permitem o envio automático das informações 
capturadas para terceiros (por exemplo, através de e-mails). 
As instituições financeiras desenvolveram os teclados virtuais para 
evitar que os keyloggers pudessem capturar informações sensíveis de 
usuários. Então, foram desenvolvidas formas mais avançadas de 
keyloggers, também conhecidas como screenloggers, capazes de: 
x armazenar a posição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos 
momentos em que o mouse é clicado, ou 
x armazenar a região que circunda a posição onde o mouse é clicado. 
Normalmente, o keylogger vem como parte de umprograma spyware 
ou cavalo de troia. Desta forma, é necessário que este programa seja 
executado para que o keylogger se instale em um computador. 
Geralmente, tais programas vêm anexados a e-mails ou estão 
disponíveis em sites na Internet. 
Existem ainda programas leitores de e-mails que podem estar 
configurados para executar automaticamente arquivos anexados às 
mensagens. Neste caso, o simples fato de ler uma mensagem é 
suficiente para que qualquer arquivo anexado seja executado. 
x Screenlogger: forma avançada de keylogger, capaz de armazenar 
a posição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos 
em que o mouse é clicado, ou armazenar a região que circunda a 
posição onde o mouse é clicado. 
x Ransomwares: são softwares maliciosos que, ao infectarem um 
computador, criptografam todo ou parte do conteúdo do disco 
rígido. Os responsáveis pelo software exigem da vítima, um 
pagamento pelo "resgate" dos dados. 
x Backdoors 
Normalmente um atacante procura garantir uma forma de retornar a 
um computador comprometido, sem precisar recorrer aos métodos 
utilizados na realização da invasão. Na maioria dos casos, também é 
intenção do atacante poder retornar ao computador comprometido sem 
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ser notado. A esses programas que permitem o retorno de um invasor 
a um computador comprometido, utilizando serviços criados ou 
modificados para este fim, dá-se o nome de backdoor. 
A forma usual de inclusão de um backdoor consiste na disponibilização 
de um novo serviço ou substituição de um determinado serviço por 
uma versão alterada, normalmente possuindo recursos que permitam 
acesso remoto (através da Internet). Pode ser incluído por um invasor 
ou através de um cavalo de troia. 
 
 
x Rootkits 
Um invasor, ao realizar uma invasão, pode utilizar mecanismos para 
esconder e assegurar a sua presença no computador comprometido. O 
conjunto de programas que fornece estes mecanismos é conhecido 
como rootkit. É muito importante ficar claro que o nome rootkit não 
indica que as ferramentas que o compõem são usadas para obter 
acesso privilegiado (root ou Administrator) em um computador, mas 
sim para mantê-lo. Isto significa que o invasor, após instalar o rootkit, 
terá acesso privilegiado ao computador previamente comprometido, 
sem precisar recorrer novamente aos métodos utilizados na realização 
da invasão, e suas atividades serão escondidas do responsável e/ou 
dos usuários do computador. 
Um rootkit pode fornecer programas com as mais diversas 
funcionalidades. Dentre eles, podem ser citados: 
x programas para esconder atividades e informações deixadas pelo 
invasor (normalmente presentes em todos os rootkits), tais como 
arquivos, diretórios, processos, conexões de rede, etc; 
x backdoors, para assegurar o acesso futuro do invasor ao 
computador comprometido (presentes na maioria dos rootkits); 
x programas para remoção de evidências em arquivos de logs; 
x sniffers, para capturar informações na rede onde o computador está 
localizado, como por exemplo senhas que estejam trafegando em 
claro, ou seja, sem qualquer método de criptografia; 
x scanners, para mapear potenciais vulnerabilidades em outros 
computadores. 
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x Sniffers (farejadores): são programas que agem na rede 
farejando pacotes na tentativa de encontrar certas informações, 
como senhas de acesso, nomes de usuários, informações 
confidenciais, etc. Foram desenvolvidos como ferramentas auxiliares 
de diagnóstico em redes e posteriormente alterados para fins ilícitos. 
 
 
1.3 Vulnerabilidades de Segurança 
 
Um conceito bastante comum para o termo vulnerabilidade: 
Trata-se de falha no projeto, implementação ou configuração de 
software ou sistema operacional que, quando explorada por um 
atacante, resulta na violação da segurança de um computador. 
Em outras palavras, 
 
vulnerabilidade é uma fragilidade que poderia ser explorada por uma 
ameaça para concretizar um ataque. 
 
O conhecimento do maior número de vulnerabilidades possíveis permite à 
equipe de segurança tomar medidas para proteção, evitando assim 
ataques e consequentemente perda de dados. Não há uma receita ou lista 
padrão de vulnerabilidades. Esta deve ser levantada junto a cada 
organização ou ambiente em questão. Sempre se deve ter em mente o 
que precisa ser protegido e de quem precisa ser protegido de acordo com 
as ameaças existentes. 
Podemos citar como exemplo inicial, uma análise de ambiente em uma 
sala de servidores de conectividade e Internet com a seguinte descrição: a 
sala dos servidores não possui controle de acesso físico!! Eis a 
vulnerabilidade detectada nesse ambiente. 
Outros exemplos de vulnerabilidades: 
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x uso de senhas não encriptadas, mal formuladas e mal utilizadas; 
x ambientes com informações sigilosas com acesso não controlado; 
x software mal desenvolvido; 
x hardware sem o devido acondicionamento e proteção; 
x falta de atualização de software e hardware; 
x falta de mecanismos de monitoramento e controle (auditoria); 
x ausência de pessoal capacitado para a segurança; 
x inexistência de políticas de segurança. 
A seguir serão citadas as vulnerabilidades existentes em uma organização, 
segundo classificação própria da área: 
 
Vulnerabilidades Físicas 
São aquelas presentes em ambientes onde se armazenam as informações, 
como: 
x instalações prediais fora do padrão; 
x ausência de recursos para combate a incêndios; 
x CPDs mal planejados; 
x disposição desorganizada de fios de energia e cabos de rede; 
x ausência de controle de acesso físico, etc. 
 
Vulnerabilidades de Hardware 
Compreendem possíveis defeitos de fabricação, erros de configuração ou 
falhas nos equipamentos. Como exemplos citam-se erros decorrentes da 
instalação, desgaste, obsolescência ou má utilização do equipamento etc. 
É importante observar detalhes como o dimensionamento adequado do 
equipamento, ou seja, se sua capacidade de armazenamento, 
processamento e velocidade estão compatíveis com as necessidades, de 
modo a não sub ou super dimensioná-lo. 
 
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Vulnerabilidades de Software 
São possíveis falhas de programação, erros de instalação e configuração, 
que podem, por exemplo, causar acesso indevido, vazamento de 
informações, perda de dados etc. Sistemas operacionais são altamente 
visados para ataque, pois através deles é possível ter acesso ao hardware 
do computador. Ataques como estes são de alta gravidade, e podem 
comprometer todo o sistema. 
Um grande número de empresas, ao identificarem alguma vulnerabilidade 
em seus softwares, lançam boletins informativos a fim de alertar os 
usuários, e normalmente disponibilizam pacotes de atualização, 
denominados Service Packs, para correção desta vulnerabilidade. 
 
Vulnerabilidades de Armazenamento 
Relacionadas com a forma de utilização das mídias (disquetes, CD?ROMs, 
fitas magnéticas, discos rígidos dos servidores, etc.) em que estão 
armazenadas as informações, como armazenamento de disquetes emlocal inadequado etc. 
 
Vulnerabilidades de Comunicação 
Relacionadas com o tráfego de informações, independente do meio de 
transmissão, podendo envolver ondas de rádio, satélite, fibra ótica etc. 
Podem, por exemplo, permitir acesso não autorizado ou perda de dados 
durante a transmissão de uma informação. 
A escolha do meio de transmissão e das medidas de segurança é de suma 
importância, pois a informação poderá ser interceptada antes de chegar 
ao destino. Uma opção de segurança nesse contexto envolveria por 
exemplo o uso de criptografia. 
 
Vulnerabilidades Humanas 
Relacionadas aos danos que as pessoas podem causar às informações e 
ao ambiente tecnológico que as suporta, podendo ser intencionais ou não. 
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Podem ocorrer devido a desconhecimentos das medidas de segurança, 
falta de capacitação para execução da tarefa dentro dos princípios de 
segurança, erros e omissões. 
 
1.4 Risco 
Alguns conceitos necessitam ser expostos para o correto entendimento do 
que é risco e suas implicações. 
Risco é a medida da exposição à qual o sistema computacional está 
sujeito. Depende da probabilidade de uma ameaça atacar o sistema e do 
impacto resultante desse ataque. 
Sêmola (2003, p. 50) diz que ULVFR� p� D� ³SUREDELOLGDGH� GH� DPHDoDV�
explorarem vulnerabilidades, provocando perdas de 
confidencialidade, integridade e disponibilidade, causando, 
possivelmente, impactos nos negócios´� 
Como exemplo de um risco pode-se imaginar um funcionário insatisfeito e 
um martelo ao seu alcance; nesse caso o funcionário poderia danificar 
algum ativo da informação. Assim pode-se entender como risco tudo 
aquilo que traz danos às informações e com isso promove perdas para a 
organização. 
 
Risco: é medido pela probabilidade de uma ameaça acontecer e 
causar algum dano potencial à empresa. 
 
Existem algumas maneiras de se classificar o grau de risco no mercado de 
segurança, mas de uma forma simples, poderíamos tratar como alto, 
médio e baixo risco. No caso do nosso exemplo da sala dos servidores, 
poderíamos dizer que, baseado na vulnerabilidade encontrada, a ameaça 
associada é de alto risco. 
 
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1.5 Incidente 
Incidente de segurança da informação: é indicado por um simples ou 
por uma série de eventos de segurança da informação indesejados 
ou inesperados, que tenham uma grande probabilidade de 
comprometer as operações do negócio e ameaçar a segurança da 
informação. Exemplos de alguns incidentes de segurança da informação: 
invasão digital; violação de padrões de segurança de informação. 
 
 
1.6 Ataques 
Ataque é uma alteração no fluxo normal de uma informação que afeta 
um dos serviços oferecidos pela segurança da informação. Ele é 
decorrente de uma vulnerabilidade que é explorada por um atacante em 
potencial. 
A figura seguinte representa um fluxo de informações e quatro ameaças 
possíveis para a segurança de um sistema de informação: 
x Interrupção: ataque na transmissão da mensagem, em que o fluxo 
de dados é interrompido. Um exemplo pode ser a danificação de 
componentes de hardware ou a queda do sistema de comunicação 
por sabotagem. 
x Interceptação: este é um ataque sobre a confidencialidade. Ocorre 
quando uma pessoa não autorizada tem acesso às informações 
confidenciais de outra. Um exemplo seria a captura de dados na 
rede ou a cópia ilegal de um arquivo. 
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x Modificação: este é um ataque à integridade da mensagem. Ocorre 
quando uma pessoa não autorizada, além de interceptar as 
mensagens, altera o conteúdo da mensagem e envia o conteúdo 
alterado para o destinatário. 
x Fabricação: este é um ataque sobre a autenticidade. Uma pessoa 
não autorizada insere mensagens no sistema assumindo o perfil de 
um usuário autorizado. 
 
 
Figura - Exemplos de ataques contra um sistema de informação 
 
Os principais tipos de ataque são: 
 
x Engenharia Social 
É o método de se obter dados importantes de pessoas através da velha 
³OiELD´��1R�SRSXODU�p�R�WLSR�GH�YLJDULFH�PHVPR�SRLV�p�DVVLP�TXH�PXLWRV�
habitantes do underground da internet operam para conseguir senhas 
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de acesso, números de telefones, nomes e outros dados que deveriam 
ser sigilosos. 
 
 
A engenharia social é a técnica que explora as fraquezas 
humanas e sociais, em vez de explorar a tecnologia. Guarde 
isso!!! 
 
A tecnologia avança e passos largos mas a condição humana continua 
na mesma em relação a critérios éticos e morais. Enganar os outros 
deve ter sua origem na pré-história portanto o que mudou foram 
apenas os meios para isso. 
Em redes corporativas que são alvos mais apetitosos para invasores, o 
perigo é ainda maior e pode estar até sentado ao seu lado. Um colega 
poderia tentar obter sua senha de acesso mesmo tendo uma própria, 
pois uma sabotagem feita com sua senha parece bem mais 
interessante do que com a senha do próprio autor. 
x Phishing (também conhecido como Phishing scam, ou apenas 
scam) 
Phishing é um tipo de fraude eletrônica projetada para roubar 
informações particulares que sejam valiosas para cometer um roubo ou 
fraude posteriormente. 
O golpe de phishing é realizado por uma pessoa mal-intencionada 
através da criação de um website falso e/ou do envio de uma 
mensagem eletrônica falsa, geralmente um e?mail ou recado através 
de scrapbooks como no sítio Orkut, entre outros exemplos. 
Utilizando de pretextos falsos, tenta enganar o receptor da mensagem 
e induzi-lo a fornecer informações sensíveis (números de cartões de 
crédito, senhas, dados de contas bancárias, entre outras). Uma 
variante mais atual é o Pharming. Nele, o usuário é induzido a baixar 
e executar arquivos que permitam o roubo futuro de informações ou o 
acesso não autorizado ao sistema da vítima, podendo até mesmo 
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redirecionar a página da instituição (financeira ou não) para os sites 
falsificados. 
$V� GXDV� ILJXUDV� VHJXLQWHV� DSUHVHQWDP� ³LVFDV´� �e-mails) utilizadas em 
golpes de phishing, uma envolvendo o Banco de Brasil e a outra o 
Serasa. 
 
 
 
A palavra phishing (de fishing) vem de uma analogia criada pelos 
IUDXGDGRUHV�� HP� TXH� ³LVFDV´� �e-mails�� VmR� XVDGDV� SDUD� ³SHVFDU´�
informações sensíveis (senhas e dados financeiros, por exemplo) de 
usuários da Internet. 
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Atualmente, este termo vem sendo utilizado também para se referir aos 
seguintes casos: 
x mensagem que procura induzir o usuário à instalação de códigos 
maliciosos, projetados para furtar dados pessoais e financeiros; 
x mensagem que, no próprio conteúdo, apresenta formulários para o 
preenchimentoe envio de dados pessoais e financeiros de usuários. 
 
Ataques a servidores Web 
O crescimento do uso do phishing pode ser uma decorrência do aumento 
do número de ataques aos servidores Web, que cresceu 41% em relação 
ao trimestre anterior e 77% em relação ao mesmo período de 2009. 
De acordo com o Cert.br, houve crescimento deste tipo de ataque durante 
todo o ano de 2010. Os atacantes exploram vulnerabilidades em 
aplicações Web para, então, hospedar nesses sites páginas falsas de 
instituições financeiras, cavalos de Troia, ferramentas utilizadas em 
ataques a outros servidores Web e scripts para envio de spam ou scam. 
 
 
Pharming 
O Pharming é uma técnica que utiliza o sequestro ou a "contaminação" 
do DNS (Domain Name Server) para levar os usuários a um site falso, 
alterando o DNS do site de destino. O sistema também pode 
redirecionar os usuários para sites autênticos através de proxies 
controlados pelos phishers, que podem ser usados para monitorar e 
interceptar a digitação. 
Os sites falsificados coletam números de cartões de crédito, nomes de 
contas, senhas e números de documentos. Isso é feito através da 
exibição de um pop-up para roubar a informação antes de levar o 
usuário ao site real. O programa mal-intencionado usa um certificado 
auto-assinado para fingir a autenticação e induzir o usuário a acreditar 
nele o bastante para inserir seus dados pessoais no site falsificado. 
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Outra forma de enganar o usuário é sobrepor a barra de endereço e 
status de navegador para induzi-lo a pensar que está no site legítimo e 
inserir suas informações. 
Os phishers utilizam truques para instalar programas criminosos nos 
PCs dos consumidores e roubar diretamente as informações. Na 
maioria dos casos, o usuário não sabe que está infectado, percebendo 
apenas uma ligeira redução na velocidade do computador ou falhas de 
funcionamento atribuídas a vulnerabilidades normais de software. Um 
software de segurança é uma ferramenta necessária para evitar a 
instalação de programas criminosos se o usuário for atingido por um 
ataque. 
 
x Ataques de senhas 
A utilização de senhas seguras é um dos pontos fundamentais para 
uma estratégia efetiva de segurança. As senhas garantem que somente 
as pessoas autorizadas terão acesso a um sistema ou à rede. 
Infelizmente isso nem sempre é realidade. As senhas geralmente são 
criadas e implementadas pelos próprios usuários que utilizam os 
sistemas ou a rede. Palavras, símbolos ou datas fazem com que as 
senhas tenham algum significado para os usuários, permitindo que eles 
possam facilmente lembrá-las. Neste ponto é que existe o problema, 
pois muitos usuários priorizam a conveniência ao invés da segurança. 
Como resultado, eles escolhem senhas que são relativamente simples. 
Enquanto isso permite que possam lembrar facilmente das senhas, 
também facilita o trabalho de quebra dessas senhas por hackers. Em 
virtude disso, invasores em potencial estão sempre testando as redes e 
sistemas em busca de falhas para entrar. O modo mais notório e fácil a 
ser explorado é a utilização de senhas inseguras. 
A primeira linha de defesa, a utilização de senhas, pode se tornar um 
dos pontos mais falhos. Parte da responsabilidade dos administradores 
de sistemas é garantir que os usuários estejam cientes da necessidade 
de utilizar senhas seguras. 
Isto leva a dois objetivos a serem alcançados: primeiro, educar os 
usuários sobre a importância do uso de senhas seguras; e segundo, 
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implementar medidas que garantam que as senhas escolhidas pelos 
usuários são efetivamente adequadas. 
Para alcançar o primeiro objetivo, a educação do usuário é o ponto 
chave. Já para alcançar o segundo objetivo, é necessário que o 
administrador de sistemas esteja um passo à frente, descobrindo 
senhas inseguras antes dos atacantes. Para fazer isso é necessária a 
utilização das mesmas ferramentas utilizadas pelos atacantes. 
As duas principais técnicas de ataque a senhas são: 
x Ataque de Dicionário: nesse tipo de ataque são utilizadas 
combinações de palavras, frases, letras, números, símbolos, ou 
qualquer outro tipo de combinação geralmente que possa ser 
utilizada na criação das senhas pelos usuários. Os programas 
responsáveis por realizar essa tarefa trabalham com diversas 
permutações e combinações sobre essas palavras. Quando alguma 
dessas combinações se referir à senha, ela é considerada como 
quebrada (Cracked). 
Geralmente as senhas estão armazenadas criptografadas 
utilizando um sistema de criptografia HASH. Dessa maneira os 
programas utilizam o mesmo algoritmo de criptografia para 
comparar as combinações com as senhas armazenadas. Em 
outras palavras, eles adotam a mesma configuração de 
criptografia das senhas, e então criptografam as palavras do 
dicionário e comparam com senha. 
x Força-Bruta: enquanto as listas de palavras, ou dicionários, dão 
ênfase a velocidade, o segundo método de quebra de senhas se 
baseia simplesmente na repetição. Força-Bruta é uma forma de se 
descobrir senhas que compara cada combinação e permutação 
possível de caracteres até achar a senha. Este é um método muito 
poderoso para descoberta de senhas, no entanto é extremamente 
lento porque cada combinação consecutiva de caracteres é 
comparada. Ex: aaa, aab, aac ..... aaA, aaB, aaC... aa0, aa1, aa2, 
aa3... aba, aca, ada... 
 
x Sniffing 
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É o processo de captura das informações da rede por meio de um 
software de escuta de rede (sniffer), que é capaz de interpretar as 
informações transmitidas no meio físico. Para isso, a pilha TCP/IP é 
configurada para atuar em modo promíscuo, ou seja, desta forma irá 
repassar todos os pacotes para as camadas de aplicação, mesmo que 
não sejam endereçados para a máquina. Esse é um ataque à 
confidencialidade dos dados, e costuma ser bastante nocivo, uma vez 
que boa parte dos protocolos mais utilizados em uma rede (FTP, POP3, 
SMTP, IMAP, Telnet) transmitem o login e a senha em aberto pela 
rede. 
 
Importante 
 
Sniffers ± Farejadores: Por padrão, os computadores (pertencentes 
à mesma rede) escutam e respondem somente pacotes endereçados a 
eles. Entretanto, é possível utilizar um software que coloca a interface 
num estado chamado de modo promíscuo. Nessa condição o 
computador pode monitorar e capturar os dados trafegados através da 
rede, não importando o seu destino legítimo. 
Os programas responsáveis por capturar os pacotes de rede são 
chamados Sniffers, Farejadores ou ainda Capturadores de Pacote. Eles 
exploram o fato do tráfego dos pacotes das aplicações TCP/IP não 
utilizar nenhum tipo de cifragem nos dados. Dessa maneira um sniffer 
pode obter nomes de usuários, senhas ou qualquer outra informação 
transmitida que não esteja criptografada. 
A dificuldade no uso de um sniffer é que o atacante precisa instalar o 
programa em algum ponto estratégico da rede, como entre duas 
máquinas, (com o tráfego entre elas passando pela máquina com o 
farejador) ou em uma rede local com a interface de rede em modo 
promíscuo. 
 
x Spoofing ± Falsificação de Endereço 
 
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Spoofing é a modificação de campos de identificação de pacotes de 
forma que o atacante possa atuar se passando por outro host. 
 
Pode ser considerado como sendo uma técnica utilizada por invasores 
para conseguirem se autenticar a serviços, ou outras máquinas, 
falsificando o seu endereço de origem. Ou seja, é uma técnica de 
ataque contra a autenticidade, uma forma de personificação que 
consiste em um usuário externo assumir a identidade de um usuário ou 
computador interno, atuando no seu lugar legítimo. 
A técnica de spoofing pode ser utilizada para acessar serviços que são 
controlados apenas pelo endereço de rede de origem da entidade que 
irá acessar o recurso específico, como também para evitar que o 
endereço real de um atacante seja reconhecido durante uma tentativa 
da invasão. 
Essa técnica é utilizada constantemente pelos Hackers, sendo que 
existem várias ferramentas que facilitam o processo de geração de 
pacotes de rede com endereços falsos. 
x IP Spoofing (Falsificação de endereço IP) 
A falsificação de endereço IP não é exatamente um ataque, ela na 
verdade é utilizada juntamente com outros ataques para esconder a 
identidade do atacante. Consiste na manipulação direta dos campos do 
cabeçalho de um pacote para falsificar o número IP da máquina que 
dispara a conexão. 
Quando um host A quer se conectar ao B, a identificação é feita através 
do número IP que vai no cabeçalho, por isto, se o IP do cabeçalho 
enviado pelo host A for falso (IP de um host C), o host B, por falta de 
outra forma de identificação, acredita estar se comunicando com o host 
A. 
Através desta técnica, o hacker consegue atingir os seguintes 
objetivos: obter acesso a máquinas que confiam no IP que foi 
falsificado, capturar conexões já existentes e burlar os filtros de 
pacotes dos firewalls que bloqueiam o tráfego baseado nos endereços 
de origem e destino. 
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x Denial of Service (DoS) 
Os ataques de negação de serviço (denial of service - DoS) consistem 
em impedir o funcionamento de uma máquina ou de um serviço 
específico. No caso de ataques a redes, geralmente ocorre que os 
usuários legítimos de uma rede não consigam mais acessar seus 
recursos. 
O DoS acontece quando um atacante envia vários pacotes ou 
requisições de serviço de uma vez, com objetivo de sobrecarregar um 
servidor e, como conseqüência, impedir o fornecimento de um serviço 
para os demais usuários, causando prejuízos. 
 
 
 No DoS o atacante utiliza um computador para tirar de operação 
um serviço ou computador(es) conectado(s) à Internet!! 
 
Como exemplo deste tipo de ataque tem-se o seguinte contexto: gerar 
uma sobrecarga no processamento de um computador, de modo que o 
usuário não consiga utilizá-lo; gerar um grande tráfego de dados para 
uma rede, ocasionando a indisponibilidade dela; indisponibilizar serviços 
importantes de um provedor, impossibilitando o acesso de seus usuários. 
Cabe ressaltar que se uma rede ou computador sofrer um DoS, isto 
não significa que houve uma invasão, pois o objetivo de tais ataques é 
indisponibilizar o uso de um ou mais computadores, e não invadi?los. 
x Distributed Denial of Service (DDoS) -> São os ataques 
coordenados! 
Em dispositivos com grande capacidade de processamento, 
normalmente, é necessária uma enorme quantidade de requisições 
para que o ataque seja eficaz. Para isso, o atacante faz o uso de uma 
botnet (rede de computadores zumbis sob comando do atacante) para 
bombardear o servidor com requisições, fazendo com que o ataque 
seja feito de forma distribuída (Distributed Denial of Service ± DDoS). 
 
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 No DDoS ± ataque de negação de serviço distribuído - , um 
conjunto de computadores é utilizado para tirar de operação um 
ou mais serviços ou computadores conectados à 
Internet. 
 
x SYN Flood 
O SYN Flood é um dos mais populares ataques de negação de serviço. 
O ataque consiste basicamente em se enviar um grande número de 
pacotes de abertura de conexão, com um endereço de origem forjado 
(IP Spoofing), para um determinado servidor. 
O servidor ao receber estes pacotes, coloca uma entrada na fila de 
conexões em andamento, envia um pacote de resposta e fica 
aguardando uma confirmação da máquina cliente. Como o endereço de 
origem dos pacotes é falso, esta confirmação nunca chega ao servidor. 
O que acontece é que em um determinado momento, a fila de 
conexões em andamento do servidor fica lotada, a partir daí, todos os 
pedidos de abertura de conexão são descartados e o serviço inutilizado. 
Esta inutilização persiste durante alguns segundos, pois o servidor ao 
descobrir que a confirmação está demorando demais, remove a 
conexão em andamento da lista. Entretanto se o atacante persistir em 
mandar pacotes seguidamente, o serviço ficará inutilizado enquanto ele 
assim o fizer. 
x Ataques de Loop 
Dentro desta categoria de ataque o mais conhecido é o Land. Ele 
consiste em mandar para um host um pacote IP com endereço de 
origem e destino iguais, o que ocasiona um loop na tabela de conexões 
de uma máquina atacada. Para executar um ataque como este, basta 
que o hacker tenha um software que permita a manipulação dos 
campos dos pacotes IP. 
x Ataques via ICMP 
O protocolo ICMP (Internet Control Message Protocol) é utilizado no 
transporte de mensagens de erro e de controle. Essencialmente é um 
protocolo de transferência de mensagens entre gateways e estações. 
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Como todos os protocolos do conjunto TCP/IP, o ICMP não tem como 
ter garantia se a informação recebida é verdadeira, e por este motivo, 
um atacante pode utilizar o ICMP para interromper conexões já 
estabelecidas, como por exemplo enviando uma mensagem ICMP de 
host inacessível para uma das máquinas. 
x Ping of Death 
Ele consiste em enviar um pacote IP com tamanho maior que o 
máximo permitido (65.535 bytes) para a máquina atacada. O pacote é 
enviado na forma de fragmentos (porque nenhuma rede permite o 
tráfego de pacotes deste tamanho), e quando a máquina destino tenta 
montar estes fragmentos, inúmeras situações podem ocorrer: a 
maioria trava, algumas reinicializam, outras exibem mensagens no 
console, etc. 
x Dumpster diving ou trashing 
É a atividade na qual o lixo é verificado em busca de informações sobre 
a organização ou a rede da vítima, como nomes de contas e senhas, 
informações pessoais e confidenciais. Muitos dados sigilosos podem ser 
obtidos dessa maneira. 
 
1.7 Antivírus 
O programa Antivírus verifica se existem vírus conhecidos ou 
desconhecidos no seu computador. O vírus conhecido é aquele que pode 
ser detectado e identificado pelo nome. O vírus desconhecido é o que 
ainda não foi definido pelo programa Antivírus. O programa Antivírus 
monitora continuamente o seu computador a fim de protegê-lo contra 
ambos os tipos de vírus. Para isso, ele usa: 
x definições de vírus (que detectam os vírus conhecidos): o 
serviço de definição de vírus consiste em arquivos que o programa 
Antivírus usa para reconhecer os vírus e interromper suas 
atividades; 
x tecnologia Bloodhound: detecta vírus analisando a estrutura,o 
comportamento e outros atributos dos arquivos, como a lógica de 
programação, as instruções de computador e todos os dados nele 
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contidos. Ela também define ambientes simulados nos quais carrega 
documentos e testa a existência de vírus de macro; 
x bloqueios de scripts: o script é um programa gravado em 
linguagem de script (como, por exemplo, Visual Basic Script ou 
JavaScript) que pode ser executado sem interação com o usuário. 
Como podem ser abertos com editores ou processadores de texto, 
os scripts são muito fáceis de alterar. Eles podem ser usados 
quando você se conecta à Internet ou verifica seu e-mail. 
 
A reinicialização do computador também requer o uso de scripts que lhe 
informem que programas deve carregar e executar. Os scripts também 
podem ser criados para executar atividades maliciosas quando iniciados. 
Você pode receber um script malicioso sem perceber, abrindo documentos 
ou anexos de e-mail infectados, visualizando mensagens de e-mail em 
HTML infectadas ou visitando sites da Internet infectados. O bloqueio de 
scripts detecta vírus de Visual Basic e JavaScript, sem a necessidade de 
definições de vírus específicas. Ele monitora os scripts em busca de 
atividades típicas de vírus, emitindo alertas caso sejam detectadas. 
Os recursos representados pelas definições de vírus, tecnologia 
Bloodhound, bloqueio de scripts e verificação de e-mail e mensageiros 
instantâneos são todos empregados nas verificações agendadas e 
manuais, além de serem usados pelo Auto-Protect para monitorar 
constantemente um computador. 
O Auto-Protect do programa Antivírus é carregado na memória durante a 
inicialização do Sistema Operacional, fornecendo proteção constante 
enquanto se trabalha. Usando o Auto-Protect, o programa Antivírus 
automaticamente: 
x elimina quaisquer worms, Cavalos de troia e vírus, inclusive os de 
macro, e repara arquivos danificados; 
x verifica a existência de vírus cada vez que se utiliza programas, 
discos flexíveis ou outras mídias removíveis em um computador ou 
utiliza documentos criados ou recebidos; 
x monitora o computador em busca de sintomas atípicos que possam 
indicar a existência de um vírus em ação; 
x protege o computador contra vírus provenientes da Internet. 
 
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1.8 Prevenção de Intrusão e Firewall 
Em um sistema em segurança de redes de computadores, a intrusão é 
qualquer conjunto de ações que tendem a comprometer a integridade, 
confidencialidade ou disponibilidade dos dados ou sistemas. 
Os intrusos em uma rede podem ser de dois tipos: internos (que tentam 
acessar informações não autorizadas para ele); externos (tentam acessar 
informações via Internet). 
IDS (Intrusion Detection Systems) são sistemas de detecção de 
intrusos, que têm por finalidade detectar atividades incorretas, maliciosas 
ou anômalas, em tempo real, permitindo que algumas ações sejam 
tomadas. 
 
As informações podem ser coletadas em redes, de várias formas: 
‡�Sistema de detecção de intrusão baseados em redes (NIDS). 
Neste tipo de sistema, as informações são coletadas na rede, 
normalmente por dispositivos dedicados que funcionam de forma 
similar a sniffers de pacotes. 
Vantagens: diversas máquinas podem ser monitoradas utilizando-se 
apenas um agente (componente que coleta os dados). 
'HVYDQWDJHQV��R�,'6�³HQ[HUJD´�DSHQDV�RV�SDFotes trafegando, sem ter 
visão do que ocorre na máquina atacada. 
 
‡ Sistema de detecção de intrusão baseados em host (HIDS) 
Coletam informações dentro das máquinas monitoradas, o que 
normalmente é feito através de um software instalado dentro delas. 
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x Hybrid IDS 
Combina as 2 soluções anteriores!! 
 
Cabe ressaltar que o IDS (Intrusion Detection Systems) procura por 
ataques já catalogados e registrados, podendo, em alguns casos, fazer 
análise comportamental. 
 
O firewall não tem a função de procurar por ataques. Ele realiza a 
filtragem dos pacotes e, então, bloqueia as transmissões não 
permitidas. O firewall atua entre a rede externa e interna, controlando o 
tráfego de informações que existem entre elas, procurando certificar-se de 
que este tráfego é confiável, em conformidade com a política de 
segurança do site acessado. Também pode ser utilizado para atuar entre 
redes com necessidades de segurança distintas. 
 
O IPS (Sistema de Prevenção de Intrusão) é que faz a detecção de 
ataques e intrusões, e não o firewall!! Um IPS é um sistema que detecta e 
obstrui automaticamente ataques computacionais a recursos protegidos. 
Diferente dos IDS tradicionais, que localizam e notificam os 
administradores sobre anomalias, um IPS defende o alvo sem uma 
participação direta humana. 
 
Basicamente, o firewall é um sistema para controlar o acesso às 
redes de computadores, desenvolvido para evitar acessos não 
autorizados em uma rede local ou rede privada de uma 
corporação. Pode ser desde um software sendo executado no 
ponto de conexão entre as redes de computadores ou um conjunto 
complexo de equipamentos e softwares. 
 
 
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A RFC 2828 (Request for Coments nº 2828) define o termo firewall como 
sendo uma ligação entre redes de computadores que restringem o tráfego 
de comunicação de dados HQWUH� D� SDUWH� GD� UHGH� TXH� HVWi� ³GHQWUR´� RX�
³DQWHV´� GR� ILUHZDOO�� SURWHJHQGR-a assim das ameaças da rede de 
FRPSXWDGRUHV�TXH�HVWi� ³IRUD´�RX�GHSRLV�GR� ILUHZDOO��(VVH�PHFDQLVPR�GH�
proteção geralmente é utilizado para proteger uma rede menor (como os 
computadores de uma empresa) de uma rede maior (como a Internet). 
Um firewall deve ser instalado no ponto de conexão entre as redes, onde, 
através de regras de segurança, controla o tráfego que flui para dentro e 
para fora da rede protegida. Pode ser desde um único computador, um 
software sendo executado no ponto de conexão entre as redes de 
computadores ou um conjunto complexo de equipamentos e softwares. 
Deve-se observar que isso o torna um potencial gargalo para o tráfego de 
dados e, caso não seja dimensionado corretamente, poderá causar atrasos 
e diminuir a performance da rede. 
Os firewalls são implementados, em regra, em dispositivos que fazem a 
separação da rede interna e externa, chamados de estações guardiãs 
(bastion hosts). 
As principais funcionalidades oferecidas pelos firewalls são: 
x regular o tráfego de dados entre uma rede local e a rede externa 
não confiável, por meio da introdução de filtros para pacotes ou 
aplicações; 
x impedir a transmissão e/ou recepção de acessos nocivos ou não 
autorizados dentro de uma rede local; 
x mecanismo de defesa que restringe o fluxo de dados entre redes, 
SRGHQGR�FULDU�XP�³ORJ´�GR�WUiIHJR�GH�HQWUDGD�H�VDtGD�GD�UHGH�� 
x proteção de sistemas vulneráveis ou críticos, ocultando informações 
de rede como nome de sistemas, topologia da rede, identificações 
dos usuários etc. 
 
Fique ligado! 
Existem ameaças das quais o firewall NÃO PODE proteger: 
x uso malicioso dos serviços que ele é autorizado a liberar; 
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x usuários que não passam por ele, ou seja, o firewall não verifica o 
fluxo dentro da rede; 
x falhas de seu próprio hardware e sistema operacional; 
x ataques de Engenharia Social ± uma técnica em que o atacante (se 
fazendo passar por outra pessoa) utiliza-se de meios, como uma 
ligação telefônica ou e-mail, para persuadir o usuário a fornecer 
informações ou realizar determinadas ações. Exemplo: algum 
desconhecido liga para a sua casa e diz ser do suporte técnico do 
seu provedor de acesso. Nessa ligação, ele informa que sua conexão 
com a Internet está apresentando algum problema e, então, solicita 
sua senha para corrigi-lo. Caso a senha seja fornecida por você, 
HVVH�³VXSRVWR�WpFQLFR´�SRGHUi�UHDOL]DU�XPD�LQILQLGDGH�GH�DWLYLGDGHV�
maliciosas com a sua conta de acesso à Internet, relacionando, 
dessa maneira, tais atividades ao seu nome. 
 
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2 Criptografia e Certificação Digital 
A palavra criptografia é composta dos termos gregos KRIPTOS (secreto, 
oculto, ininteligível) e GRAPHO (escrita, escrever). Trata-se de um 
conjunto de conceitos e técnicas que visa codificar uma informação de 
forma que somente o emissor e o receptor possam acessá-la. A 
criptografia é, provavelmente, tão antiga quanto a própria escrita, sendo 
alvo constante de extenso estudo de suas técnicas. Na informática, as 
técnicas mais conhecidas envolvem o conceito de chaves, as chamadas 
"chaves criptográficas". Trata-se de um conjunto de bits (unidade de 
medida de armazenamento) baseado em um determinado algoritmo capaz 
de codificar e de decodificar informações. Se o receptor da mensagem 
usar uma chave incompatível com a chave do emissor, não conseguirá 
extrair a informação. 
Os primeiros métodos criptográficos existentes usavam apenas um 
algoritmo de codificação. Assim, bastava que o receptor da informação 
conhecesse esse algoritmo para poder extraí-la. No entanto, se um intruso 
tiver posse desse algoritmo, também poderá decifrá-la, caso capture os 
dados criptografados. Há ainda outro problema: imagine que a pessoa A 
tenha que enviar uma informação criptografada à pessoa B. Esta última 
terá que conhecer o algoritmo usado. Imagine agora que uma pessoa C 
também precisa receber uma informação da pessoa A, porém a pessoa C 
não pode descobrir qual é a informação que a pessoa B recebeu. Se a 
pessoa C capturar a informação envida à pessoa B, também conseguirá 
decifrá-la, pois quando a pessoa A enviou sua informação, a pessoa C 
também teve que conhecer o algoritmo usado. Para a pessoa A evitar esse 
problema, a única solução é usar um algoritmo diferente para cada 
receptor. 
Detalhe: Na área de segurança é comum utilizar os nome Alice (A) e Bob 
(B) para representar as pessoas que querem se comunicar de forma 
secreta. 
Terminologia básica sobre Criptografia: 
x Mensagem ou texto é a informação de se deseja proteger. Esse 
texto quando em sua forma original, ou seja, a ser transmitido, é 
chamado de texto puro ou texto claro. 
x Remetente ou emissor refere-se à pessoa que envia a mensagem. 
x Destinatário ou receptor refere-se à pessoa que receberá a 
mensagem. 
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x Encriptação é o processo em que um texto puro passa, 
transformando-se em texto cifrado. 
x Desencriptação é o processo de recuperação de um texto puro a 
partir de um texto cifrado. 
x Criptografar é o ato de encriptar um texto puro, assim como, 
descriptografar é o ato de desencriptar um texto cifrado. 
 
Sistemas Criptográficos 
Chave é a informação que o remetente e o destinatário possuem, e que 
será usada para criptografar e descriptografar um texto ou mensagem. 
 
2.1 Chaves criptográficas 
Na criptografia, para proteger os dados é necessário um algoritmo 
(método/processo), que para encriptar (criptografar) os dados, necessita 
de uma chave (número ou frase secreta). 
Hoje, podemos afirmar que a criptografia computadorizada opera por meio 
da utilização de chaves secretas, ao invés de algoritmos secretos. Se 
protegermos os dados com uma chave, precisamos proteger somente a 
chave. Se utilizarmos chaves para proteger segredos, podemos utilizar 
diversas chaves para proteger diferentes segredos. Em outras palavras, se 
uma chave for quebrada, os outros segredos ainda estarão seguros. Por 
outro lado, se um algoritmo secreto for quebrado por um invasor, este 
terá acesso a todos os outros segredos. 
Com o uso de chaves, um emissor pode usar o mesmo algoritmo (o 
mesmo método) para vários receptores. Basta que cada um receba uma 
chave diferente. Além disso, caso um receptor perca ou exponha 
determinada chave, é possível trocá-la, mantendo-se o mesmo algoritmo. 
Você já deve ter ouvido falar de chave de 64 bits, chave de 128 bits e 
assim por diante. Esses valores expressam o tamanho de uma 
determinada chave. Quanto mais bits forem utilizados, maior será a chave 
e mais difícil de descobrir o segredo por meio da força bruta (tentativa e 
erro) ou técnicas automatizadas de quebra da chave. Assim, sendo maior 
a chave, mais segura será a criptografia. 
Explico: caso um algoritmo use chaves de 8 bits, apenas 256 chaves 
poderão ser usadas na decodificação, pois 2 elevado a 8 é 256. Isso deixa 
claro que 8 bits é inseguro, pois até uma pessoa é capaz de gerar as 256 
combinações (embora demore), imagine então um computador. Porém, se 
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Nas figuras acima, podemos observar o funcionamento da criptografia 
simétrica. Uma informação é encriptada através de um polinômio 
utilizando-se de uma chave (Chave A) que também serve para decriptar a 
informação. 
 
As principais vantagens dos algoritmos simétricos são: 
x Rapidez: Um polinômio simétrico encripta um texto longo em 
milésimos de segundos 
x Chaves pequenas: uma chave de criptografia de 128bits torna um 
algoritmo simétrico praticamente impossível de ser quebrado. 
 
A maior desvantagem da criptografia simétrica é que a chave utilizada 
para encriptar é igual à chave que decripta. Quando um grande número 
de pessoas tem conhecimento da chave, a informação deixa de ser um 
segredo. 
O uso de chaves simétricas tem algumas desvantagens, fazendo com que 
sua utilização não seja adequada em situações onde a informação é muito 
valiosa. Para começar, é necessário usar uma grande quantidade de 
chaves caso muitas pessoas estejam envolvidas. 
Ainda, há o fato de que tanto o emissor quanto o receptor precisa 
conhecer a chave usada. A transmissão dessa chave de um para o outro 
pode não ser tão segura e cair em "mãos erradas". 
Existem vários algoritmos que usam chaves simétricas, como o DES, o 
IDEA, e o RC: 
x DES (Data Encryption Standard): criado pela IBM em 1977, faz 
uso de chaves de 56 bits. Isso corresponde a 72 quadrilhões de 
combinações (256 = 72.057.594.037.927.936). É um valor 
absurdamente alto, mas não para um computador potente. Em 
1997, ele foi quebrado por técnicas de "força bruta" (tentativa e 
erro) em um desafio promovido na internet; 
x IDEA (International Data Encryption Algorithm): criado em 
1991 por James Massey e Xuejia Lai, o IDEA é um algoritmo que faz 
uso de

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