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NOÇÕES DE QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA PRÁTICA - NELSON ALENCAR DESTILAÇÃO SIMPLES OBJETIVO: Realizar a separação de componentes de uma mistura por destilação simples. CONSIDERAÇÕES GERAIS: A destilação consiste na separação de líquidos de suas eventuais misturas, por passagem ao estado de vapor e posterior condensação com retorno ao estado líquido, com auxilio de calor e/ou por redução da pressão. Um corpo líquido, quando entra em ebulição, passa para o estado de vapor ou gasoso. Para que isto ocorra, o corpo deverá ser submetido a um aumento da temperatura ou a uma diminuição da pressão. A concorrência simultânea destes dois fatores facilitará consideravelmente o fenômeno. Os compostos orgânicos, quimicamente puros, apresentam pontos de ebulição distintos e definidos, daí o uso generalizado da destilação, não somente para separá-los de misturas, como para purificá-los e caracterizá-los. Se as substâncias quimicamente puras apresentam ponto de ebulição constante e definido, destilam a esta temperatura, o mesmo não podemos dizer das substâncias impuras ou das misturas de substâncias voláteis. Destilação Simples: Só tem aplicação para separar um líquido de suas impurezas não voláteis (em solução no líquido), um solvente usado numa extração, ou, excepcionalmente, para separar líquidos de pontos de ebulição muito afastados. A destilação simples é realizada em laboratório num aparelho, que consta do seguinte: um balão de destilação ligado pelo seu tubo de desprendimento lateral a um condensador liso (ou reto), munido, na sua abertura superior, de uma rolha perfurada, pela qual se introduz um termômetro. Este deve ser adaptado de modo que o seu bulbo se situe à altura da abertura do tubo de desprendimento. O condensador devera estar disposto em posição inclinada, de maneira que a água fria da torneira penetre pela sua abertura lateral inferior, através de um sistema de comunicação com tubos de borracha ou plásticos, sendo então expelida pela abertura lateral situada na parte mais alta. O líquido condensado (destilado) é coletado num frasco receptor, preferentemente um erlenmeyer, adaptado à extremidade final do condensador. O superaquecimento da massa líquida poderá resultar em uma ebulição tumultuosa, que deve ser evitada, adicionando-se à mistura, ainda frio, algumas pérolas de vidro. Neste caso, bolhas de ar contidas nas pedras porosas são eliminadas pelo aquecimento, as quais, devido a um aumento da pressão interna, vencem a pressão da coluna do líquido, sendo assim expelidas, rompendo a tensão superficial. Uma distribuição homogênea do calor em toda a massa liquida concorre também para evitar a ebulição tumultuosa com a formação de bolhas de vapor, não somente no fundo do balão, como em todos os seus pontos ao mesmo tempo, impedindo deste modo o superaquecimento, isto é, o aquecimento do líquido além do seu ponto de ebulição normal. MATERIAL NECESSÁRIO: Suporte universal; Funil; Balão de destilação; Bico de Bunsen; Tripé; Tela de amianto; Rolhas; Proveta; Erlenmeyer; Termômetro; Condensador liso; Garras; Espátulas. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Pesar 1g de CuSO4, dissolver dentro de um balão de fundo redondo com aproximadamente 100 mL de água. Para evitar superaquecimento adicione aproximadamente 10 pérolas de vidro e aqueça lentamente. Abra com cuidado a entrada de água do condensador, anote a temperatura no inicio da ebulição e também no término. Observe que, quando a solução atinge o ponto de ebulição, a água passa para o estado gasoso e vai para o condensador, onde volta para o estado líquido. Verifique ainda se, no final da destilação, você obteve o sulfato de cobre no balão e água destilada no erlenmeyer. REFERÊNCIA: SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J., CROUCH, S. R. Fundamentos de Química Analítica. 8.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 999p.
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