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Administração Pública

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BASES CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
 1. Estado 
 - A denominação, Estado, surge pela primeira vez no século XVI na obra O Príncipe, de Maquiavel.
 Há várias divergências doutrinárias com relação ao tema.
1ª corrente: O Estado, como a sociedade, sempre existiu.
2ª corrente: A sociedade em si é uma antecedência sobre a formação do Estado.
3ª corrente: O Estado só passaria a existir com características bem definidas.
 - O Estado é um ente personalizado, podendo contrair direitos e obrigações.
- A federação é forma de Estado Nacional.
- O estado tem um grande número de repartições internas, necessárias a sua organização. 
2. Poderes e funções
- Os poderes do Estado são o Legislativo, Executivo e Judiciário.
- A função do legislativo é de compor normas; O executivo tem função administrativa; O judiciário tem função jurisdicional, ou aplicar o direito ao caso concreto.
OBS: Não há exclusividade na função de cada poder, apenas preponderância. E nenhum está subordinado ao outro.
- Além de exercerem funções típicas, exercem funções atípicas.
- Função atípica dos poderes: Legislativo, poderá administrar e aplicar o direito ao caso concreto; Judiciário, poderá administrar e legislar; Executivo poderá legislar.
OBS: O poder executivo tem como função atípica legislar, mas não tem poderes jurisdicionais, segundo o sistema pátrio.
3. Função Administrativa
- A função administrativa é aquela exercida pelo Estado ou por seus delegados, estando implícito a ordem constitucional e legal, sob regime de direito público, com vistas a alcançar os fins colimados pela ordem jurídica.
- O interesse está na gestão dos interesses coletivos. 
- A administração pública num sentido geral, considerando-se todos os aparelhos administrativos de todas as entidades federativas, e num sentido específico, abrangendo casa pessoa da federação tomada isoladamente.
4- Órgãos Públicos
- A vontade do órgão público é imputada à pessoa jurídica a cuja pertence. 
- Os órgãos públicos não possuem personalidade jurídica própria.
- Tanto sua criação, como extinção, dependem de lei.
- O órgão público é o compartimento na estrutura estatal a que são cometidas funções determinadas, sendo integrado por agentes que, quando as executam, manifestam a própria vontade do Estado.
- O órgão não tem capacidade processual.
5- Princípios Administrativos
* Princípios Expressos
- Princípio da Legalidade: Toda e qualquer atividade da administração pública deve ser autorizada por lei. Sendo assim, o Estado tem que obedecer as próprias leia que edita.
O administrador público só pode atuar onde a lei autoriza.
- Princípio da Impessoalidade: Aquilo que não pode ser voltado especialmente a determinadas pessoas. Objetivando a igualdade de tratamento. Devendo voltar-se ao verdadeiro interesse público.
- Princípio da Moralidade: Impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua conduta. Logo, tal princípio está ligado ao da legalidade, pois quando estamos falando em imoralidade, estamos supondo alguma conduta que viola a lei.
- Princípio da Publicidade: Os atos da administração devem merecer a mais ampla divulgação possível entre os administrados, isso porque constitui fundamento do princípio propiciar-lhe a possibilidade de controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos. E só com a transparência dessa conduta é que poderão os indivíduos avaliar a legalidade ou não dos atos e o grau de eficiência de que se reveste. A publicidade não pode ser empregada como instrumento de propaganda pessoal do agente público.
- Princípio da Eficiência: Seria qualidade no serviço prestado. Tenho como intenção o melhoramento à gestão da coisa pública e dos interesses da sociedade.
* Princípios Fundamentais.
- Supremacia do Interesse Público: As atividades administrativas são desenvolvidas pelo Estado para benefício da coletividade. Havendo interesse público, desvirtuando-se desse proposito, poderá ocorrer desvio de finalidade. Sendo assim, não é o indivíduo o destinatário desta atividade, mas sim a sociedade como um todo. Logo, ocorrendo conflito entre o interesse privado e o interesse público, este prevalecerá. 
- Indisponibilidade do Interesse Público: Os bens e interesses públicos não pertencem a Administração Pública nem a seus agentes. Sendo que estes atuam em nome de terceiros (sociedade). Logo, tal princípio abrange os cuidados exigidos quanto aos bens públicos, sendo que, tais bens devem ser aplicados na melhor maneira possível, estando voltando ao interesse social. 
6- Administração Direta e Indireta
Organização administrativa: Centralização e Descentralização
A organização administrativa resulta de um conjunto de normas jurídicas que regem a competência, as relações hierárquicas, a situação jurídica, as formas de atuação e controle dos órgãos e pessoas, no exercício da função administrativa.
Centralização: É a situação em que o Estado executa suas tarefas diretamente, ou seja, por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem a estrutura funcional.
Descentralização: Executa de forma indireta, isto é, delega atividades a outras entidades.
Desconcentração: Desmembra órgãos para propiciar melhoria na sua organização estrutural. 
2) Administração Direta
- Conceito: Administração Direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado. 
Pessoas Políticas: São os Entes Federados.
Pessoas administrativas: O Estado. 
3) Administração Indireta
- Conceito: É o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva Administração Direta, tem o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada. 
- Função: O grande e fundamental objetivo da Administração Indireta do Estado é a execução de algumas tarefas de seu interesse por outras pessoas jurídicas, ou seja, executando funções de forma descentralizada.
- Abrangência: Todas as entidades federativas (União, Estados, Municípios e DF) podem ter sua Administração Indireta. 
- Composição: Compõem-se de pessoas jurídicas, também denominada entidades.
a) Autarquias;
b) Fundações Públicas;
c) Empresas Públicas; 
d) Sociedade de Economia Mista.
 
Entidades Paraestatais: São aquelas pessoas jurídicas que atuam ao lado e em colaboração com o Estado.
Princípios da Administração Indireta	
- Reserva Legal: Tem por objetivo a indicação de que todas as pessoas integrantes da Administração Indireta de qualquer dos Poderes, seja qual for a esfera federativa a que estejam vinculadas, só podem ser instituídas por lei.
- Especialidade: Aponta para a absoluta necessidade de ser expressamente consignada na lei a atividade a ser exercida, descentralizadamente, pela entidade da Administração Pública, ou seja, só podem atuar nos limites determinados pelos fins específicos para os quais foram criadas. 
- Controle: É o conjunto de meios através dos quais pode ser exercida função de natureza fiscalizatória sobre determinado órgão ou pessoa administrativa. Assim sendo, toda pessoa integrante da Administração Indireta é submetida a controle da Administração Direta da pessoa política que é vinculada. 
3.1) Autarquias
- Conceito: Pessoa Jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar funções, que despidas de caráter econômico, sejas próprias e típicas do Estado. 
Autarquias Institucionais e Territoriais: As chamadas autarquias territoriais correspondem a desmembramentos geográficos em certos países, normalmente com regime unitário, ao qual o poder central outorga algumas prerrogativas de ordem política e administrativa, permitindo-lhes uma relativa liberdade de ação. As autarquias institucionais nascem como pessoas jurídicas criadas pelo Estado para se desincumbirem de tarefas para as quais a lei as destinou. 
- Personalidade Jurídica: É um serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita própria, para executar atividadestípicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. 
Criação, Organização e Extinção: A lei de criação da autarquia deve ser da iniciativa privativa do Chefe do Executivo. Para a extinção de autarquias é também a lei o instrumento jurídico adequado. A organização da autarquia é delineada através de ato administrativo, normalmente decreto do Chefe do Executivo. 
Classificação
- Quanto ao nível federativo: As autarquias podem ser federais, estaduais, distritais e municipais, conforme instituídas pelos Entes Federativos. Logo, não são admissíveis autarquias interestaduais e intermunicipais. 
- Quanto ao objeto: As autarquias podem ter diferentes objetivos, sejam eles:
a) Autarquias assistenciais: aquelas que visam a dispensar auxílio a regiões menos desenvolvidas ou a categorias sociais específicas, para o fim de minorar as desigualdades regionais e sociais. 
b) Autarquias previdenciárias: Voltadas para atividades de previdência social oficial. 
c) Autarquias culturais: Dirigidas à educação e ao ensino.
d) Autarquias profissionais: Incumbidas da inscrição de certos profissionais e de fiscalizar sua atividade.
e) Autarquias administrativas: que formam a categoria residual, ou seja, daquelas entidades que se destinam às várias atividades administrativas, inclusive a de fiscalização, quando essa atribuição for da pessoa federativa a que estejam vinculadas.
f) Autarquias de controle: Enquadram-se nesta categoria as recém-criadas agências reguladoras, inseridas no conceito genérico de agências autárquicas, cuja função primordial consiste em exercer controle sobre as entidades que prestam serviços públicos ou atuam na área de economia por força de concessões e permissões de serviços públicos.
g) Autarquias associativas: São as denominadas “associações públicas”, ou seja, aquelas que resultam da associação com fins de mútua cooperação entre entidades públicas, formalizada pela instituição de consórcios públicos. 
- Quanto ao regime jurídico: Existem as autarquias comuns e as autarquias especiais. As primeiras estariam sujeitas a uma disciplina jurídica sem qualquer especificidade. As últimas seriam regidas por disciplina específica, cuja característica seria a de atribuir, prerrogativas especiais e diferenciadas a certas autarquias. 
Patrimônio: Diz respeito à caracterização dos bens em públicos e privados. Sendo assim, os bens públicos pertencem a qualquer pessoa de direito público, quanto aos demais seriam privados. Logo, tais bens são impenhoráveis e imprescritíveis. 
Pessoal: O regime único está a indicar que as autarquias devem adotar o mesmo regime estabelecido para os servidores da Administração Direta, isto é, ou todos os servidores serão estatutários ou todos serão trabalhistas.
Controle Judicial: As autarquias, conquanto dotadas de personalidade jurídica de direito público, praticam, como todas as demais pessoas dessa categoria, atos administrativos típicos e atos de direito privado.
Foro dos Litígios Judiciais: As autarquias nos litígios comuns, sendo autoras, rés, assistentes ou oponentes, têm suas causas processadas e julgadas na Justiça Federal. Quanto as autarquias estaduais e municipais, os processos em que figuram como partes ou intervenientes terão seu curso na Justiça Estadual Comum.
Atos e contratos: Os atos das autarquias são, como regra, típicos atos administrativos, revestindo-se das peculiaridades próprias do regime de direito público ao qual se submetem.
Responsabilidade Civil: As autarquias se tem personalidade jurídica de direto público, estão enquadradas na norma, respondendo, portanto, pelos danos que seus agentes causaram. Consagrando a teoria objetiva do Estado, ou seja, aquela que independe da investigação de culpa na conduta do agente. Logo, a autarquia poderá dispor de seu direito de regresso contra o servidor que causou o dano, desde que comprovada o dolo ou culpa em sua conduta. 
Agências Reguladoras e Executivas.
- Agências Reguladoras: A essas autarquias reguladoras foi atribuída a função principal de controlar, em toda a sua extensão, a prestação dos serviços públicos e o exercício de atividades econômicas, bem como a própria atuação das pessoas privadas que passaram a executá-los, inclusive impondo sua adequação aos fins colimados pelo Governo e ás estratégias econômicas e administrativas que inspiraram o processo de desestatização. 
- Agências Executivas: Não tem como função precípua exercer controle sobre particulares prestadores de serviço. Destinam-se a exercer atividade estatal, que para melhor desenvoltura, deve ser descentralizada e, por conseguinte, afastada da burocracia administrativa central. A base se sua atuação, desse modo, é a operacionalidade, ou seja, visam à efetiva execução e implementação da atividade descentralizada, diversamente da função de controle, esta o alvo primordial das agências reguladoras. 
Associações Públicas: A associações tem personalidade jurídica de direito público e natureza jurídica de autarquia. São pessoas derivadas da formação de consórcio público.
3.2) Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista
- São dotadas de personalidade jurídica de direito privado e delas se vale o Estado para possibilitar a execução de alguma atividade de seu interesse com maior flexibilidade, sem as travas do emperramento burocrático indissociáveis das pessoas de direito público. 
Empresa Pública: São pessoas jurídicas de direito priva, integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou em certas situações, execute a prestação de serviços públicos.
Sociedade de economia mista: São pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta do Estado criado por autorização legal, sob a forma de sociedade anônima, cujo controle acionário pertence ao Poder Público, tenho por objetivo, como regra, a exploração de atividades gerais de caráter econômico e em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos.
Natureza Jurídica: As empresas públicas e as sociedades de economia mista tem personalidade jurídica de direito privado, o que nesse aspecto, as torna diferente das autarquias, qualificadas como pessoas jurídicas de direito público. Logo, tais entidades não são nascidas da iniciativa privado, pois o Estado é o seu grande comandante. 
Criação e Extinção: A lei em si não as cria, mas autoriza sua criação. A extinção das empresas públicas e sociedade de economia mista reclama lei autorizada. Sendo assim, o Poder Executivo, a que são normalmente vinculadas, não tem competência exclusiva para dar fim às entidades. Logo, sua extinção de dará pelo próprio dispositivo legal (lei).
Objeto: O objetivo de sua instituição é o desempenho de atividades de caráter econômico. Logo, há limites entre essas entidades, pois são impedidas de introduzirem no mercado com intuito de competição com as empresas de iniciativa privada, para exploração de atividade econômica. Tendo outro objetivo, que é a prestação de serviços públicos. 
Diferença entre as entidades
- A constituição do Capital: Na sociedade de economia mista, o capital é formado da conjugação de recursos oriundos das pessoas de direito público ou de outras pessoas administrativas, de um lado, e de recursos da iniciativa privada do outro. A empresa pública só é admissível que participem do capital pessoa administrativa, seja qual for seu nível federativo ou sua natureza jurídica. 
- A forma jurídica: As sociedades de economia mista devem ter a forma de sociedade anônima. As empresas públicas podem revestir-se de qualquer forma societária admitida no direito. 
- Foro processual para entidades federais: As empresas públicas federais teriam seus litígios processados e julgados na Justiça Federal, podendo ocorrer hipóteses, na qual exigirá sua participação no processo, na Justiça Estadual. As sociedades de economia mista por outro lado, têm suas ações processadas ejulgadas na Justiça Estadual. 
3.3) Fundações Públicas.
Introdução: A fundação como pessoa jurídica oriunda do direito privado, se caracteriza pela circunstância de ser atribuída personalidade jurídica a um patrimônio preordenado a certo fim social. 
Fundações privadas, instituídas por pessoas da iniciativa privada;
Fundações públicas, quando o Estado tiver sido o instituidor.

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