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[Digite texto] PRÁTICA PENAL IV PEÇAS A SEREM ENTREGUES: 1- Revogação da prisão preventiva – data da entrega - 15/09 2- Denúncia – data da entrega – 29/09 3- Resposta à acusação – data da entrega - 13/10 4- Memoriais da defesa ou da acusação – data da entrega – 27/10 5- Pronúncia – data da entrega - 10/10 6- Recurso em sentido estrito – data da entrega – 24/11 OBS: • As peças deverão ser entregues impreterivelmente nas datas designadas acima, no Núcleo de Prática Jurídica. • Os relatórios de visitas deverão ser entregues ao professor. [Digite texto] PORTARIA Tendo chegado ao conhecimento desta autoridade policial a notícia, em tese, dos delitos de HOMICÍDIO DOLOSO – Consumado, ocorrido no dia 25/11/214, às 00:18, tendo como Vítima – MARIA CLEMÊNCIA; Acusado – SÊNECA DOS SANTOS, conforme boletim de ocorrência de n. 98765/2015/3456, INSTAURO INQUÉRITO POLICIAL para a apuração dos fatos e determino ao Sr. Escrivão de Polícia que adote as seguintes providências: 1. Registe e autue este procedimento; 2. Junte-se aos autos toda a documentação pertinente aos fatos; 3. Proceda a todas as demais diligências referentes aos fatos investigados, na forma do art. 6. do CPP; 4. Por fim, voltem os autos conclusos para ulteriores deliberações. CUMPRA-SE. RIO GRANDE/RS, 27/11/2014. João da Luz Delegado de Polícia Matrícula 1234567 [Digite texto] Ocorrência n. 98765/2015/3456 Registro: 25/11/2014 às 03:00 horas Comunicação: pessoal Comunicante: Júlia da Silva Instrução: fundamental incompleto Endereço: Rua Senador Júlio César, s/n, Rio Grande/RS - BRASIL Fato: Homicídio doloso consumado Início: 25/11/2014 às 00:15 horas Local: Rua Senador Júlio César, Rio Grande/RS Área: urbana Histórico: Recebemos uma ligação do Hospital Universitário informando-nos que havia dando entrada uma mulher gravemente ferida por disparos de arma de fogo. Uma equipe do DPPA deslocou-se até o hospital, local onde foi constatado que a vítima havia chegado sem sinais vitais. Comparecendo nesta DPPA a comunicante, a tia da vítima que relata o seguinte: Que estava na cozinha quando ouviu, vindo da casa ao lado que pertencia à vítima, barulho de louça sendo quebrada e vozes alteradas, além de choro de criança. Que ligou para o marido, Manoel Calabresa da Silva e este, estando em local próximo, veio rapidamente. Que Manoel foi até a casa perguntar o que estava acontecendo, que Sêneca dos Santos estava bêbado e muito nervoso, afirmando que havia descoberto “o caso” da vítima, que ia matar toda a família além do amante. Que a vítima tentou sair da casa com duas crianças, que Sêneca dos Santos a impediu com um soco que a lançou no chão. Que estando a vítima ainda deitada, Sêneca dos Santos atirou a queima roupa. Que logo depois, saiu correndo, gritando que ia atrás do amante e depois se mataria. Nada mais. [Digite texto] Termo de declarações: Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e quatorze, nesta cidade de Rio Grande/RS, numa das salas do prédio, onde funciona esta delegacia, na presidência do respectivo delegado João da Luz comigo Escrivão e Polícia, Luzia dos Santos, compareceu Júlia da Silva, data de nascimento 22/02/1969, pai João de Souza, mãe Maria de Souza, cor/pele/raça parda, estado civil: amigada, natural de Rio Grande, de nacionalidade brasileira nata, instrução: ensino fundamental incompleto, residência: Rua Senador Júlio César, s/n, Rio Grande/RS. Que estava na cozinha quando ouviu, vindo da casa ao lado, que pertencia à vítima, barulho de louça sendo quebrada e vozes alteradas, além de choro de crianças. Que não foi a primeira vez que ouvira o casal brigando, mas desta vez ficou preocupada com o barulho das louças quebradas e o choro das crianças. Que o casal tem dois filhos: Margarida de 02 anos e João Paulo de 12 anos. Que diante do barulho ficou preocupada e ligou para o marido, Manoel Calabresa da Silva e este, estando em local próximo, veio rapidamente. Que foi junto com Manoel até a casa do casal e perguntaram o que estava acontecendo, que Sêneca dos Santos estava bêbado e muito nervoso, afirmando que havia descoberto “o caso” da vítima, que ia matar a mulher e o filho caçula que suspeitava fosse do amante. Que a vítima tentou sair da casa com as duas crianças, que Sêneca dos Santos a impediu com um soco que a lançou no chão. Que estando a vítima ainda deitada, Sêneca dos Santos disparou a queima roupa e logo depois, saiu correndo, gritando que ia atrás do amante e depois se mataria. Que Sêneca sempre foi um homem respeitador, trabalhador e bom pai de família. Que Sêneca era visto sempre na rua com os filhos, que frequentava com assiduidade a Igreja com a família. Que, no entanto, o casal brigava com frequência, por ciúmes do marido. Que ouviu falar quando a criança mais nova nasceu de que Sêneca não seria o pai. Que a vítima, nos últimos tempos, estava deprimida, mas atribui isso ao fato do marido ter sido demitido. Que não sabe o paradeiro de Sêneca. Que há um boato de que o suposto amante seria um amigo de Sêneca, mas desconhece o seu nome, sabendo apenas que reside em Rio Grande e trabalha com solda de navios. Que não pensou em ligar para a polícia porque o casal brigava com muita frequência e sempre se reconciliava. Que a vítima possui somente uma irmã gêmea que reside em São José do Norte. Que os pais da vítima são falecidos. Que a vítima começou a trabalhar como empregada doméstica após a demissão do marido. Declarante: Escrivã: [Digite texto] Termo de declarações: Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano de dois mil e quatorze, nesta cidade de Rio Grande/RS, numa das salas do prédio, onde funciona esta delegacia, na presidência do respectivo delegado João da Luz comigo Escrivão e Polícia, Luzia dos Santos, compareceu Manoel Calabreza, data de nascimento 27/01/1958, pai Carlos Calabreza, mãe Fátima Maria, cor/pele/raça parda, estado civil: amigado, natural de Rio Grande, de nacionalidade brasileiro nato, instrução: analfabeto, profissão: serviços gerais, residência: Rua Senador Júlio César, s/n, Rio Grande/RS. Que recebeu uma ligação da esposa dizendo que havia uma confusão na casa do investigado. Que estava perto e foi correndo ao local. Que lá chegando encontrou Sêneca transtornado, dizendo que agora sabia toda a verdade. Que ouviu a vítima dizer que era mesmo verdade e que ela estava cansada de mentir ao marido. Que os filhos do casal choravam muito e que o declarante quis tirá-los do local. Que tentou acalmar Sêneca que tremia muito e chorava enquanto segurava a arma. Que acha que a arma disparou involuntariamente diante da mão trêmula de Sêneca, que o segundo tiro também foi fruto do desespero. Que Sêneca chorou muito depois dos disparos e saiu correndo afirmando que mataria o amante e depois se mataria. Que Sêneca é um homem bom, trabalhador. Que não compreende o que ocorreu. Declarante: Escrivã: [Digite texto] OFÍCIO N. 1234 OCORRÊNCIA: 98765/2015/3456 Rio Grande, 27 de novembro de 2014. Senhor Diretor: A par de cumprimentá-lo cordialmente, requisito o exame de NECRÓPSIA em MARIA CLEMÊNCIA, portadora do RG de n. 7654321, nascida em 15/09/1986, amigada, natural da cidade do Rio grande/RS, residente e domiciliada na Rua Senador JúlioCésar, s/n, e que deu entrada no Hospital Universitário em óbito por disparos de arma de fogo, no dia 25/11/2014, às 00:18 horas. Solicito, outrossim, a remessa do laudo pericial ao Órgão Policial de Rio Grande – 01 DEL. POLÍCIA/ DELEGACIA DISTRITAL. Atenciosamente, João da Luz Delegado de Polícia [Digite texto] ILMO. SR. DR. M.D DIRETOR DO DML NESTA CIDADE RELATÓRIO DE SERVIÇO No dia de hoje recebi comunicação dos policiais da DPPA que uma mulher de nome Maria Clemência, trinta e dois anos de idade, chegou ao Hospital Universitário sem sinais vitais devido ter sido vítima de disparos de arma de fogo. Segundo as informações iniciais, o autor seria o seu companheiro, de nome Sêneca dos Santos, alcunha “Galego”, que, por motivo fútil e sem dar chance de defesa teria discutido com a vítima sobre uma suposta traição e disparado contra ela várias vezes. Parentes e vizinhos socorreram a vítima que não resistiu e faleceu antes de chegar ao hospital. Segundo um exame preliminar, a vítima teria morrido em virtude dos disparos, o que apenas será confirmado após o exame da necropsia. Galego fugiu do local e se refugiou em um bar. Após denúncia anônima, foi deslocado um efetivo de policiais até o bar, mas Galego não se encontrava mais no local. Já na DPPA conseguimos contatar com a mãe do investigado que forneceu o endereço de uma amiga de Galego, Maria Madalena Farias. Dirigimo-nos até a casa da amiga de Galego que permitiu que diligenciássemos em sua residência, onde não encontramos o investigado. Ainda em diligência, fomos avisados que vizinhos e populares estavam na porta da casa da Delegacia aguardando a prisão de Galego para linchá- lo. Deste modo, entendemos ser necessário solicitar a prisão preventiva do investigado Sêneca dos Santos para que, tão logo tenhamos conhecimento da sua localização, possamos efetuar a sua prisão. Rio Grande, 25 de novembro de 2014. Pedro Arantes Inspetor de Polícia [Digite texto] EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DESTA COMCAR DO RIO GRANDE/RS Ref. B.O. n. 98765/2015/3456 – homicídio doloso URGENTE REPRESENTAÇÃO PELA PRISÃO PREVENTIVA Foi realizado registro de ocorrência narrando homicídio doloso, ocorrido na madrugada do dia 25/11/2014. DO FATO Por volta das 14:00 horas do dia de hoje, o acusado embriagado e munido de uma arma branca foi até a casa da tia da vítima, que acolheu os filhos do casal, e ameaçou de morte todos os que estavam na casa, inclusive os próprios filhos. Exaltado, o acusado afirmou estar a procura do amante da vítima e que desconfiava que o filho caçula do casal não era dele. Após fazer as ameaças, o acusado foi embora, dizendo que voltaria para acertar as contas com os seus desafetos. DO CABIMENTO DA PRISÃO PRVENTIVA A análise dos depoimentos colhidos nesta delegacia, bem como o relatório subscrito pelo inspetor de polícia Pedro Arantes [Digite texto] revelam a autoria do homicídio de forma inconteste, cometido de modo violento e por motivo fútil. Os ferimentos causados na vítima, embora ainda não haja laudo da necropsia foram a causa da morte. Ocorre ainda que o homicídio e o histórico de violência doméstica, além das ameaças do acusado indicam a índole perigosa e voltada para a prática do delito do acusado. Ora, os requisitos autorizadores da prisão preventiva, a saber, a) o fumus commissi delicti, a comprovação da ocorrência de um delito, o que se depreende do caso em apreço, e sua comprovada materialidade delitiva; b) o periculum libertatis, configurada pelo perigo oferecido pela conduta do acusado em estado de liberdade. Deve-se considerar que o imputado praticou um violento homicídio e seguiu com uma conduta ameaçadora e de desprezo pela vida de todos, inclusive dos filhos, o que impõe a sua segregação cautelar, a fim de garantir a ordem pública. DA REPRESENTAÇÃO Diante do exposto, com fulcro nos arts. 311 e 312 do Código de Processo Penal represento pela DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA de SÊNECA DOS SANTOS, já qualificado nos autos, com o escopo de garantir a ordem pública. Rio Grande, 26 de novembro de 2014. João da Luz Delegado de Polícia Matrícula 1234567 [Digite texto] DECISÃO Vistos. Trata-se de apreciar representação do Delegado de Polícia Civil pela decretação da prisão preventiva de Sêneca dos Santos. Compulsando os autos, verifico nos documentos acostados indícios suficientes no sentido de indicar a autoria do imputado pela prática do homicídio doloso ocorrido na madrugada do dia 25/11/2014, consistentes nos documentos médicos que informam o óbito da vítima bem como as declarações colhidas ainda em sede investigativa. Ressalte-se que a vítima era uma jovem mulher, que deixou duas crianças órfãs de mãe, e que morreu em virtude dos disparos efetuados. Trata-se, deste modo, de um grave delito, com pena superior a quatro anos de reclusão, envolvendo violência, o que, por si só, gera forte abalo à ordem pública, merecendo a pronta atuação estatal. Cumpre ainda destacar que o representado, não satisfeito com a prática do terrível homicídio, ameaçou matar os parentes, inclusive o filho menor da vítima, que, segundo as declarações, julga não ser seu. Diante do exposto, em prol da garantia da ordem pública, DECRETO a prisão preventiva de SÊNECA DOS SANTOS. Expeça-se mandado de prisão. Oportunamente, distribua-se, atualizem-se os antecedentes e dê-se vista dos autos ao órgão do Ministério Público. Rio Grande, 26 de novembro de 2014. Inge Borges Juíza de Direito [Digite texto] Ofício n. 4563/2014 Processo: 012/1.14.0065414-7 Excelentíssima Juíza Informo a vossa excelência que no dia 27/11/2014, em virtude do Mandado de Prisão em anexo, foi efetuada a prisão de Sêneca dos Santos, em na data de hoje, no município de Rio Grande. Esclareço, por oportuno, que a referida prisão foi comunicada ao Ministério Público e pessoa indicada pelo preso, todos da comarca do Rio Grande, local onde ocorreu a prisão. Respeitosamente, João da Luz Delegado de Polícia Matrícula 1234567 [Digite texto] LAUDO DE NECRÓPSIA N. 456.43/2014 VÍTIMA: MARIA CLEMÊNCIA Ocorrência policial n. 98765/2015/3456 Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Rio Grande/RS Aos vinte e cinco dias do mês de novembro de 2014, às 12:00 horas, neste Posto Médico-Legal da cidade do Rio Grande, a requisição do senhor Delegado de Polícia, compareceu o perito Médico-Legista Arnaldo Jorge (matrícula 33224) para proceder ao exame necroscópico no cadáver de MARIA CLEMÊNCIA, portadora do RG de n. 7654321, nascida em 15/09/1986, amasiada, natural da cidade do Rio grande/RS, residente e domiciliada na Rua Senador Júlio César, s/n, descrevendo o que encontrasse e respondendo aos seguintes quesitos: Primeiro: se houve morte. Segundo: qual a causa da morte. Terceiro: qual o instrumento ou meio que produziu a morte. Quarto: se foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura, ou por outro meio insidioso ou cruel (resposta especificada). Em consequência passou o perito a fazer o exame requisitado e as investigações julgadas necessárias, concluídas as quais declara o seguinte: HISTÓRICO: O corpo deu entrada neste Posto Médico-legal inicialmente identificadocomo sendo de Maria Clemência, portadora do RG de n. 7654321, nascida em 15/09/1986, amasiada, natural da cidade do Rio grande/RS, residente e domiciliada na Rua Senador Júlio César, s/n e, posteriormente, por informações dos familiares de que houvera confusão na identificação da vítima (irmãs gêmeas idênticas), o perito solicitou ao posto de Identificação de Rio Grande que procedesse à coleta e comparação das impressões digitais do cadáver, resultando na efetiva identificação do mesmo como sendo o de Maria Clemência. 1. CAUSA MORTIS: diante dos achados da necropsia, o perito formou o convencimento de que choque hipovolêmico por ferimento transfixiante de tórax por projétil de arma de fogo foi a causa da morte. 2 – CAUSA JURÍDICA DA MORTE: Diante do histórico policial e dos achados necroscópicos, houve convencimento do perito de que a causa jurídica da morte foi violenta, por homicídio. Morte violenta tem origem por ação externa que atingiu a vítima. A vítima foi atingida pordois tiros, transfixiantes na cavidade toráxica, os quais participaram diretamente na cadeia de acontecimentos patológicos que levaram à sua morte. Nestas condições, os peritos respondem aos quesitos da seguinte maneira: Primeiro quesito: sim; ao segundo quesito: choque hipovolêmico por ferimento transfixiante de toráx por dois projéteis de arma de fogo. Terceiro: instrumentos pérfuro-contundente (projéteis de arma de fogo). Quarto quesito: não. Sérgio Almada Perito Médico-Legista Matrícula 2345 CREMERS 9090909 [Digite texto] Termo de interrogatório: Aos vinte e oito dias do mês de novembro do ano de dois mil e quatorze, nesta cidade de Rio Grande/RS, numa das salas do prédio, onde funciona esta delegacia, na presidência do respectivo delegado João da Luz comigo Escrivão e Polícia, Luzia dos Santos, estando sob custódia preventiva, e acompanhado de seu advogado, o investigado Sêneca dos Santos, portador do RG de n. 76767, o qual, cientificado a imputação que lhe é feita, passou a ser interrogado pela autoridade policial, que, antes, informou-o do direito constitucional de permanecer em silêncio, direito constitucional de que se valeu o investigado para não responder a nenhuma das perguntas que lhe foi endereçada, afirmando somente que provará a sua inocência em juízo. A seguir foi feita a leitura do presente termo para que o acusado, se desejasse, indicasse eventual retificação que entendesse necessária, de modo a registrar apenas as suas declarações que, no caso, se resumiram ao protesto pela inocência. Nada mais disse nem lhe foi perguntado, pelo que, eu, Delegado de Polícia, lavrei o presente termo que vai por todos assinado. Declarante João da Luz Delegado de Polícia Matrícula 1234567 Escrivã [Digite texto] RELATÓRIO FINAL Procedimento: IP 9876/2014/1234-A Natureza: HOMICÍDIO DOLOSO CONSUMADO Excelentíssima Juíza de Direito: O presente inquérito policial foi instaurado tendo por base ocorrência policial registrada em razão do suposto cometimento do delito previsto no art. 121 do Código Penal Brasileiro. Vejamos o que se apurou: DOS FATOS: A ocorrência policial de n. 98765/2015/3456 narra que no dia 25/11/2014, por volta de 00:18 horas, Maria Clemência, foi vítima de disparos de arma de fogo dentro de sua residência, situada à rua Rua Senador Júlio César, s/n, nesta cidade do Rio Grande. Conforme Boletim de Atendimento Ambulatorial Maria Clemência foi encaminhada ao Hospital Universitário, mas o óbito já havia ocorrido. DAS INVESTIGAÇÕES A tia e o tio de Maria Clemência, Júlia da Silva e Manoel Calabresa foram testemunhas oculares do homicídio, estando na residência da vítima no momento em que foi alvejada pelos tiros. Segundo informações recolhidas e acostadas ao inquérito, o motivo do homicídio seria uma suposta traição e a desconfiança de que a filha menor do casal não fosse do indiciado, consta ainda um histórico de violência doméstica. Em sede de interrogatório, o indiciado, acompanhado de advogado, optou por permanecer em silêncio, afirmando apenas que provaria a sua inocência em juízo. Os depoimentos acostados aos presentes autos do inquérito demonstram de modo insofismável que [Digite texto] Sêneca dos Santos atirou a queima roupa, na vítima. Os fatos narrados acima resultaram de motivo fútil, em razão de uma suspeita que, mesmo fundada ou verdadeira, não seria razão para ceifar a vida da vítima. DO INDICIAMENTO: Diante do exposto, com a materialidade e a autoria devidamente comprovadas, INDICIO SÊNECA DOS SANTOS pela prática de crime de homicídio qualificado nos termos do art. 121, parágrafo 2, II, III do Código Penal. É o relatório. Remeta-se ao Poder Judiciário. Rio Grande, 15 de fevereiro de 2015. João da Luz Delegado de Polícia Matrícula 1234567
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