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ENTREGAR DIA 26/10/15
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ESTUDO DE CASO – O NAUFRÁGIO DO TITANIC
No dia 14 de Abril de 1912, um Domingo, às 23:40 da noite, o Titanic chocou-se com um iceberg no mar gelado do Atlântico Norte, afundando em menos de três horas, matando cerca de três quartos das 2.224 pessoas que estavam a bordo.
O arquiteto naval Thomas Andrews, diretor do departamento de projetos e construção do estaleiro irlandês Harland & Wolff, responsável pela concepção do Titanic e jamais poderia antecipar o fatídico destino que o aproximaria para sempre de sua principal criação (ele sucumbiu junto com o navio). Planejado à exaustão desde meados da década passada, em parceria com William Pirrie e Alexander Carlisle, construído ao longo de três anos de trabalho árduo em Belfast, o transatlântico parecia acima de qualquer suspeita em termos de segurança. Seu naufrágio não era uma hipótese, nem mesmo quando os primeiros relatos do acidente chegaram aos ouvidos dos construtores. Todos imaginavam que nada de errado aconteceria com o gigante dos mares.
A tranquilidade dos construtores era respaldada por uma tecnologia revolucionária. 
Uma verdadeira usina funcionava no casco do navio, dividida em dezesseis compartimentos e protegida por um inovador sistema de portas à prova d’água, baixadas de forma manual ou automática, por meio de poderosos eletroímãs. Andrews e os construtores do Titanic projetaram o transatlântico para flutuar com dois compartimentos inundados, mas acreditavam que a embarcação permaneceria navegando com até quatro deles comprometidos. Quis o destino que cinco deles fossem rasgados pelo iceberg que o Titanic abalroou em Newfoundland. Não havia como reverter o dramático quadro.
Outros detalhes técnicos e explicações mais detalhadas deverão ser obtidos nas comissões de investigação em curso nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha - assim como conclusões sobre se houve erro no projeto ou na execução. Por enquanto, resta a singela explicação de Alexander Carlisle, um dos engenheiros do Titanic: “Construímos o navio para fazê-lo flutuar. Não o construímos para colidir com um iceberg ou um penhasco. Infelizmente, foi exatamente o que aconteceu.”
POR QUE O TITANIC AFUNDOU TÃO RAPIDAMENTE?
Esta é uma das principais perguntas que se faz sobre este acidente. Afinal de contas, se houvesse mais tempo, muitas vidas poderiam ter sido poupadas pela chegada de outros navios de resgate.
TEORIAS A RESPEITO DAS CAUSAS DO NAUFRAGIO
1. COMPOSIÇÃO QUÍMICA
 O Titanic incorporava o que havia de mais moderno em tecnologia para a época, com o intuito de garantir a sua segurança. Por exemplo, ele foi um dos primeiros a ter divisórias transversais seladas, que cruzavam toda a embarcação perpendicularmente ao eixo longitudinal, com portas operadas eletricamente, e que poderiam ser fechadas a qualquer momento, evitando que a água passasse de um compartimento para outro. Entretanto, a ciência por trás do naufrágio do Titanic teve de esperar 90 anos para ser explorada. Seus destroços no fundo do mar foram descobertos pelo submergível Alvin durante uma expedição franco-americana em 1985, na qual se destacava o oceanógrafo e arqueólogo Robert Ballard. 
Uma primeira tentativa de explicar a causa do naufrágio rápido do Titanic foi relacionada a testes físicos no aço usado nas placas do navio. Testes preliminares feitos por metalúrgicos no Canadá sugeriram que o aço das placas de seu casco tornava-se frágil a cerca de 32°C. Isto contrasta com os aços modernos, onde a temperatura de transição dúctil-frágil é de -27°C. Durante a colisão, a temperatura da água do mar era de -2oC
O casco era feito de aço macio (aço com um teor máximo de carbono de 0,35%) e as placas que o compunham eram mantidas unidas por três milhões de rebites de aço e ferro forjado. 
Testes feitos por metalúrgicos no Canadá sugeriram que o aço das placas de seu casco tornava-se frágil a cerca de 32°C. Isto contrasta com os aços modernos, onde a temperatura  de transição dúctil-frágil é de -27°C. No entanto, testes mais sensíveis que foram realizados, e que se aproximam mais das características do impacto do Titanic com o iceberg, sugerem que o aço do chapeamento do navio foi suficiente para dobrar-se, ao invés de fraturar.
2. TEORIA DOS REBITES
Em meados de 2000, dois metalúrgicos, Tim Foecke, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA, e, em seguida, Jennifer Hooper McCarty, da Universidade Johns Hopkins, também dos EUA, concentraram a atenção sobre a composição dos rebites do Titanic. Eles combinaram a análise metalúrgica com uma varredura metódica através dos registros da Harland and Wolff, em Belfast, estaleiro onde o Titanic foi construído. Combinando análise física e histórica, eles descobriram que os rebites (cerca de 3 milhões) que fixavam as chapas de aço leve do casco do Titanic, não eram de composição uniforme ou de qualidade, e não tinham sido inseridos de maneira que ficassem igualmente espaçados uns dos outros. 
Apesar de os rebites de aço serem mais fortes do que os de ferro forjado, por razões técnicas e também econômicas eles só foram usados em dois quintos do comprimento do navio. Os rebites de ferro foram escolhidos para a popa e a proa. Porém, a proa foi a parte atingida pelo iceberg: estudos sobre o naufrágio mostram que seis rachaduras foram abertas nas placas daquela região.
Especificamente, Foecke e McCarty descobriram que os rebites da parte da frente e os da parte traseira, eram de qualidade inferior quando comparados aos usados na parte do meio do casco, e além disso, tinham sido inseridos manualmente. A razão para isto, é que no momento da construção do Titanic, as prensas hidráulicas usadas para inserir os rebites no meio do casco, e que correspondiam a três quintos do navio, não podiam operar em lugares onde a curvatura do casco era muito acentuada, isto é, nas pontas da embarcação.
Os rebites de qualidade inferior eram mais baratos, mas tinham uma maior concentração de impurezas, conhecidas como "escória". Esta maior concentração de escória significava que os rebites estariam particularmente vulneráveis às tensões de cisalhamento - justamente o tipo de impacto que foram submetidos naquela noite de Abril de 1912. Testes de laboratório demonstraram que nas cabeças destes rebites podem ter surgido pressões extremas, que teriam permitido que as placas de aço se soltassem no casco, expondo suas câmaras internas ao ataque das águas.
MICROESTRUTURA (A36 X TITANIC)
Na micrografia pode-se notar o tamanho de grão bem maior no aço do TITANIC em comparação ao aço A36. 
ENSAIO DE IMPACTO CHARPY
QUESTIONAMENTOS
1. Suponha que você seja um pesquisador e esteja estudando o caso do famoso naufrágio do Titanic. O que você pode concluir a respeito da influência dos materiais no naufrágio? Pense criticamente a respeito dos materiais selecionados, sua composição química, propriedades e condições de aplicação.
2. A qual comportamento dos materiais se refere o termo ‘dobrar’ apresentado na 1ª teoria sobre a composição química? Explique a influência que esta propriedade poderia ter tido no naufrágio.
3. Levante diversos fatores técnicos e operacionais que em sua opinião influenciaram no naufrágio? 
4. Em sua opinião alguma das tuas teorias estudas apresenta uma parcela no naufrágio do Titanic. Assuma uma postura crítica e explique o seu posicionamento.
FONTES
1. AUTÓPSIA DO DESASTRE. VEJA. Disponível em: http://veja.abril.com.br/historia/titanic/engenharia-projeto-construcao-compartimentos-seguranca.shtml.
2. TITANIC: 100 ANOS DEPOIS. Disponível em: http://raiosinfravermelhos.blogspot.com.br/2012/04/figura-do-titanic-afundando-no-dia-14.html
3. CASO O37: FRAGILIZAÇÃO A FRIO? Disponível em: http://inspecaoequipto.blogspot.com.br/2013/09/caso-037-fragilizacao-frio-titanic-1912.html

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