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Novos Keynesianos - Informações Adicionais

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Dentre as principais justificativas para a existência das rigidezes, estudadas por seus teóricos, destacam-se: i) custo de ajustamento ou custo de menu; ii) perda de market-share; iii) relação de clientela; iv) salário eficiência; v) modelo incluído-excluído (insider outsider); e vi) modelo de racionamento de crédito. Os itens (i), (ii) e (iii) referem-se ao mercado de bens, enquanto os (iv) e (v) ao mercado de trabalho e, por fim, o item (vi) ao mercado de crédito.
I) Os custos de menu não estão relacionados com a organização dos mercados, mas sim com o custo operacional das firmas em ajustar preços diante de um choque de demanda.
II) Um outro motivo que levaria os agentes a não remarcar preços seria a possibilidade de perda de market-share. Considerando que os mercados são oligopolizados, a estratégia de cada firma é tomada levando em consideração o comportamento não cooperativo das demais firmas. Em suma, seria a ideia de informação imperfeita acerca da ação dos concorrentes, aonde o custo da mudança é a perda potencial de clientela num ambiente de jogo não cooperativo. 
III) Ainda dentro da análise do mercado de bens, a relação de clientela especifica que para a firma manter relacionamento de longo prazo com seus clientes, faz-se necessário cultivar certa estabilidade de regras ou de contratos de longo prazo para manter os clientes, o que impediria o imediato aumento nos preços diante de choques de demanda. Taylor (1977) argumenta ainda que a existência de contratos de longo prazo é condição suficiente para a não neutralidade da moeda, ainda que se considere a hipótese de expectativas racionais.
IV) A rigidez à baixa no mercado de trabalho é normalmente atribuída à existência de salário de eficiência. Salários menores tenderiam a reduzir a produtividade marginal do trabalho e, por consequência, os lucros das empresas. Yellen (1991, p.113) identificou três benefícios que levariam as firmas a pagarem maiores salários do que aqueles que supostamente equilibrariam oferta e demanda por mão-de-obra, a saber: redução da rotatividade, da indolência dos trabalhadores e aumento da produtividade.
V) Ainda no mercado de trabalho, outra fonte de rigidez decorreria do chamado modelo incluído-excluído (insider-outsider). A partir dessa estrutura se estabelece um consenso implícito entre trabalhadores insiders e as firmas, impedindo a queda nos salários e a inclusão desejadas pelos outsiders. Por um lado, é custoso para a firma substituir um trabalhador insider e treinar um excluído, e por outro lado, existem os sindicatos fazendo pressão para evitar as reduções nos salários, bem como as demissões.
VI) Por último, o modelo de racionamento de crédito é usado para explicar a rigidez em um mercado de grande importância. Novos keynesianos argumentam que diante de uma expansão monetária, acompanhada da expectativa de elevação nos preços, seria racional os bancos exigirem maior taxa de juros em seus empréstimos concedidos aos clientes, o que não ocorre, pois um aumento na taxa de juros implicaria em aumento no risco dos bancos.

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