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Laboratório de Termodinâmica Química Prática 2 – Propriedade empírica dos gases Alunos: Bárbara Baptista Faconi Giovana de Almeida Pimentel Isabel de Araujo Porto Oliveira Raíssa Bosich Antunes Jambo Universidade Federal de Juiz de Fora Juiz de Fora 2 / 2015 1 - Introdução: O principal objetivo do químico Robert Boyle era de estudar os gases e enten- der seu comportamento. A lei dos gases ideais é uma lei especial, em que dado um gás que está contido em um sistema fechado, se a temperatura for fixada, obtem-se uma constante para o produto do volume pela sua pressão. A lei de Boyle pode ser enunciada da seguinte forma: “Para uma quantidade fixa de um gás ideal mantido a uma temperatura cons- tante, a pressão P e o volume V são inversamente proporcionais (enquanto um dobra, o outro se reduz a metade).” Logo: PV = constante Daniel Bernoulli em 1737 deduziu a lei de Boyle utilizando as Leis de Newton com aplicações em nível molecular. Associando a relação entre o volume do gás e a temperatura do mesmo, o ci- entista Jacques Charles descobriu que o volume de uma certa quantidade fixa de um gás a pressão constante aumenta linearmente com a temperatura, qualquer que seja a natureza do gás, desde que a pressão seja baixa. “O volume de certa quantidade fixa de gás mantida a pressão constante é di- retamente proporcional à respectiva temperatura absoluta” Portanto: V = constante x T Assim, quando aumentamos a temperatura de um gás a volume constante, aumentamos também a pressão que ele exerce, sendo o inverso também váli- do. Teoricamente, ao reduzir a energia térmica das moléculas a pressão é nula e assim o zero absoluto é obtido. 2- Objetivo: Determinar se o gás em estudo, no nosso caso o ar atmosférico, segue o comportamento de gás ideal de acordo com as leis de Boyle e Charles. 3 – Parte Experimental: 3.1 – Materiais: tubo de vidro fechado em uma das extremidades; bureta; tubo de borracha; termostato; termômetro; papel milimetrado; suporte; mercúrio; barômetro. 3.2 - Procedimento: Fora preparado um aparato (como mostrado na figura 1) formado por um condensador e uma bureta previamentes preenchidos com mercúrio e liga- dos por um tudo de borracha. Determinou-se então o ponto zero igualando as alturas dos níveis de mercúrio tanto no condensador quanto na bureta. A partir disso, foram realizadas variações da altura da bureta dois pontos acima e dois pontos abaixo do zero determinado em três temperaturas diferentes determinando assim a diferença na altura do mercúrio no condensador. A variação do deslocamento do mercúrio dentro do condensador foi denotado como L e a variação do deslocamento do mercúrio entre o condensador e a bureta foi denotado como h. Figura 1: Aparato utilizado na experiência. 4 – Resultados e discussão: Variando-se então a altura da coluna de mercúrio (bureta) para valores maio- res que o zero determinado, a pressão do gás será maior que a pressão at- mosférica. Pgás = Patm + h Para valores abaixo de zero, temos: Pgás = Patm – h Portanto, para tais valores, a pressão do gás é menor que a pressão atmosféri- ca. Tabela 1: Dados para temperatura 22,5°C Tabela 2: Dados para temperatura 11°C Tabela 3: Dados para temperatura de 45,5°C Para realizar o cálculo do volume, a área utilizada foi de (0,6154 ± 0,0008)cm², obti- da através da realização da prática 1. A seguir são exibidos os gráficos referentes a cada tabela apresentada. Figura 2: Gráfico referente a tabela 1 p = (2 ±1). 10² + (32±7). 10² 1/V (N=5; σ= 20,96; R= 0,94) Figura 3: Gráfico referente a tabela 2 0,14 0,16 0,18 0,20 660 720 780 P (m m Hg ) 1/V (cm³) p = (1,7 ± 0,3).10² + (3,2 ± 0,2). 10³ 1/V (N= 5; σ= 7,85; R= 0,99) Figura 4: Gráfico referente a tabela 3 0,12 0,14 0,16 660 720 780 P (m m Hg ) 1/V (cm³) p = (8 ± 2).10 + (4,4 ± 0,1).10³ 1/V (N= 5; σ= 3,85; R= 1,0) Figura 5: Gráfico para a estimativa da temperatura do zero absoluto 10 20 30 40 50 6,0 6,5 7,0 7,5 V (c m ³) T (°C) V = (6,1 ± 0,3) + (0,02 ± 0,01) T N = 3, R= 0,72 Temos que pela lei de Charles, o gráfico correspondente também deve apresen- tar um comportamento linear, o que se percebe facilmente com a observação da figura 5. Pode-se ainda estimar a temperatura (em °C) no zero absoluto fazendo o valor de V tender a zero, ou seja, extrapolando o volume do gás para 0 cm3. • Estimativa da temperatura no zero absoluto: V = 6,1 + 0,02 T 0 = 6,1 + 0,02 T T = -305°C • Erro: E = [(273,16 – 305) / 273,16] x 100 E = -0,12% 5 – Conclusão: Os erros envolvidos estão relacionados a precisão para a realização da leitura da altura no papel milimetrado, o desgaste dos equipamentos oriundo do cons- tante uso dos mesmos e ao cálculo da área do tubo de vidro. O ar atmosférico pode ser considerado um gás ideal, pois os gráficos que re- lacionam p*V e V/T apresentaram uma relação linear, comprovando assim as Leis de Charles e Boyle. A temperatura no zero absoluto pode ser estimada com um erro razoável. 6 - Referências Bibliográficas: Apostila de Laboratório de Termodinâmica Química. BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR., H. Eugene; BURSTEN, Bruce E;BURDGE, Júlia R. Química, A Ciência Central. 9ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005. ATKINS, Peter; PAULA, Julio de. Físico- química. 8ª ed. Rio de Janei- ro:LTC,2008. CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de físico- química; São Paulo: LTC,1986 1 - Introdução: 2- Objetivo: 3 – Parte Experimental: 3.2 - Procedimento: 4 – Resultados e discussão: 5 – Conclusão: 6 - Referências Bibliográficas: Apostila de Laboratório de Termodinâmica Química. BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR., H. Eugene; BURSTEN, Bruce E;BURDGE, Júlia R. Química, A Ciência Central. 9ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
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