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Universidade Federal de Campina Grande - UFCG Centro de Ciências e Tecnologias – CCT Unidade Acadêmica de Física – UAF Curso: Engenharia Civil Disciplina: Física Experimental Professor; Wilton Pereira da Silva Turma: 02 TERMODINÂMICA – LEI DE BOYLE-MARIOTTE Discente: Ana Paula Travassos Fernandes - Matrícula: 119210910 Campina Grande - PB, 05/10/2021 mailto:ana.travassos@estudante.ufcg.edu.br 1 INTRODUÇÃO Em temperaturas constantes (condições isotermas), o produto da pressão e do volume de uma massa gasosa é constante, sendo, assim inversamente proporcionais. Todo aumento de pressão produz uma diminuição de volume e todo aumento de volume gera uma diminuição de pressão. Um gráfico de pressão vs volume, em uma temperatura constante, o produto entre pressão e volume deveria ser constante, se o gás fosse considerado perfeito. Esta temperatura é chamada de temperatura de Mariotte. 1.1 OBJETIVO Este relatório tem como objetivo verificar experimentalmente a lei de Boyle – Mariotte e por meio desta verificação, podemos determinar a pressão atmosférica e a densidade do ar no local da experiência. 1.2 MATERIAL - Manômetro a mercúrio; - Termômetro; - Paquímetro; - Funil; - Mangueira; - Haste; - Suporte. Figura 01 – Montagem 2. PROCEDIMENTOS Com o paquímetro, foi medido o diâmetro interno D do tubo de vidro do manômetro (conforme mostra a figura 02). O ramo aberto, que está ao lado do monômetro foi utilizado no momento da medição Figura 02 – Representação da medição do diâmetro Após ter feito as medições, obteve os seguintes resultados: - Diâmetro interno: D = 6,77 mm - Temperatura ambiente: T = 24,0 °C - Comprimento da coluna de ar: L0 = 35,0 cm A válvula da parte superior do tudo que está ao lado esquerdo do monômetro é preciso está aberta. Foi certificado que o reservatório de mercúrio (funil) se encontra na parte baixa da haste e, assim, foi zerado o monômetro (os dois meniscos de mercúrio/ar deve estar no mesmo nível 0 da estaca). E a válvula foi fechada. Obtemos o comprimento L0 da coluna do ar confinado no ramo esquerdo do manômetro foi mantido. Com o termômetro que foi disponível no laboratório, foi medida a temperatura ambiente (conforme já foi citada acima). Para cumprir os objetivos desse relatório, a compressão isotérmica do ar confinado no ramo esquerdo do manômetro foi estudada como um gás ideal. Foi necessário medir o volume ocupado pelo gás e a pressão exercida por ele. Volume é obtido pela área da seção reta do tubo do manômetro 𝜋 × ( 𝐷 2 ) 2 , multiplicado pelo comprimento L diminui quando a coluna de mercúrio h1, no ramo esquerdo, cresce. O professor fez a medição de h1 e h2 mostrado na tabela I, quando a altura do funil com mercúrio é aumentada em uma certa quantidade de centímetros, a pressão manométrica exercida pelo ar confinado é obtida pela diferença entre h2 e h1. Assim h2 e h1 foram anotados na Tabela I: Coluna1 1 2 3 4 5 6 h1 cmHg) 0,0 3,6 6,1 7,6 8,0 8,5 h2 cmHg) 0,0 12 21 27,5 28,5 31,0 Tabela I Observação: Após a abertura da válvula, percebemos que os níveis de mercúrio se igualaram, pois, os dois lados estão submetidos a mesma pressão, neste caso, atmosférica. 2.2. ANÁLISES Com a temperatura constante, podemos enunciar a Lei de Boyle – Mariotte, que diz que à temperatura constante, a pressão de um gás varia inversamente com o volume, mostrando assim que o produto Pressão e Volume é uma constante, ou seja, PV = Constante A figura abaixo representa o processo isotérmico em diagrama P versus V: Como nesse processo P e V estão relacionados por uma proporção inversa, podemos concluir que a curva é uma hipérbole, também denominada isoterma, pois todos os seus pontos representam estados de um gás com a mesma temperatura. A pressão manométrica é dada pelo ∆h = h2 − h1, com isto, foi preenchido a Tabela II. Para sabermos o valor de L, fizemos L = L0 − h1, esses valores também foram inseridos na Tabela II. Coluna1 1 2 3 4 5 6 0,0 8,4 14,9 19,9 20,5 22,5 35,0 31,4 28,9 27,4 27,0 26,5 Tabela II O volume do inicial do gás é calculado sabendo-se o raio e o comprimento do recipiente no qual o mesmo se encontra, pois o volume do recipiente, em formato cilíndrico, é dado por 𝑉 = 𝜋 × 𝑟2 × 𝐿, onde r é o raio do cilindro e L é o comprimento. Sabendo os diferentes valores de L, podemos, então, calcular os diferentes volumes do gás, preenchendo a Tabela III: 𝑉 = 𝜋 × ( 𝐷 2 ) 2 × 𝐿 𝑉 = 𝜋 × ( 𝐷 2 ) 2 × (𝐿0 − ℎ1) Coluna1 1 2 3 4 5 6 0,0 8,4 14,9 19,9 20,5 22,5 12,60 11,30 10,40 9,86 9,71 9,53 Tabela III A equação dos gases ideais é dada por: PV =nRT Onde: ∆ℎ (𝑐𝑚𝐻𝑔) 𝐿 (𝑐𝑚3) ∆ℎ (𝑐𝑚𝐻𝑔) 𝑉 (𝑐𝑚3) - P é a pressão absoluta (𝑃 = 𝑃0 + ∆ℎ); - V é o volume; - n é o número de moles; - R é a constante universal dos gases (R = 8,31 j/mol.K); - T é a temperatura absoluta. Como no processo isotérmico o termo nRT é constante, podemos escrever: 𝑃𝑉 = 𝐶 𝑃 = 𝐶 𝑉 , com C = nRT. Chamando de X = 1/V, e lembando que P =, teremos: P0 + ∆ℎ = CX ou ∆ℎ = CX –P0 Lembrando que, X = 1 𝑉 Preenchemos a tabela IV Coluna1 1 2 3 4 5 6 0,0 8,4 14,9 19,9 20,5 22,5 0,079 0,088 0,096 0,101 0,102 0,105 Tabela IV Com a tabela IV, construímos o gráfico da pressão manométrica ∆ℎ em função do inverso do volume X. ∆ℎ (𝑐𝑚𝐻𝑔) X (1/𝑐𝑚3) Comparando as equações ∆ℎ = CX +P0 e Y = AX + B onde, nesta última Y é o ∆ℎ e A é a própria constante C (cmgHg.cm3). Figura 04 – Representação do gráfico da pressão manométrica 3. CONCLUSÃO Considerando como o melhor valor da pressão atmosférica, em Campina Grande – PB, sendo com P0 = 71,5 cmHg, foi calculado o erro percentual cometido na determinação da pressão atmosférica local de |𝜀%| = 2,5%. Utilizando a equação dos gases ideias e os dados experimentais, podemos calcular o número de moles existentes no ramo esquerdo do tubo em U, que é de 0,36 mols. Para determinar a densidade do ambiente, foi utilizado o primeiro ponto e a massa do ar dada Mar = 29 g/mol, obtemos 𝜌 = 0,83𝑔/𝑐𝑚3. É importante destacarmos o fato de não podermos usar outro ponto além do primeiro, pois foi fazendo uso do primeiro ponto garantimos que estamos trabalhando com a pressão local, o que seria necessário para determinarmos a densidade. Caso houvesse vazamento de gás através da válvula não vedada corretamente, a pressão manométrica seria menor, podendo até ser igual a atmosférica, assim não poderíamos calcular o valor exato da pressão atmosférica. O principal erro sistemático desse experimento foi considerar a temperatura constante e o ar como gás ideal durante todo o experimento. 4. ANEXO Cálculo da tabela III 𝑉 = 𝜋 × 𝑟2 × 𝐿 Onde, 𝑟 = 𝐷 2 ⇒ 𝑟 = 0,3388 𝑐𝑚 𝑉1 = 𝜋 × (0,3385) 2 × 12,60 ⇒ 𝑉1 = 4,533 𝑐𝑚 3 𝑉2 = 𝜋 × (0,3385) 2 × 11,30 ⇒ 𝑉1 = 4,065 𝑐𝑚 3 𝑉3 = 𝜋 × (0,3385) 2 × 10,40 ⇒ 𝑉1 = 3,742𝑐𝑚 3 𝑉4 = 𝜋 × (0,3385) 2 × 9,86 ⇒ 𝑉1 = 3,548 𝑐𝑚 3 𝑉5 = 𝜋 × (0,3385) 2 × 9,71 ⇒ 𝑉1 = 3,494 𝑐𝑚 3 𝑉6 = 𝜋 × (0,3385) 2 × 9,53 ⇒ 𝑉1 = 3,429 𝑐𝑚 3 Cálculo da tabela IV 𝑋 = 1 𝑉 𝑋1 = 1 12,60 = 0,079 𝑋1 = 1 11,30 = 0,088 𝑋1 = 1 10,40 = 0,096 𝑋1 = 1 9,86 = 0,101 𝑋1 = 1 9,71 = 0,102 𝑋1 = 1 9,53 = 0,105 Determinação dos parâmteros da função hipérbole, no LAB Fit Essa função, no LAB Fit, é a função 8, do tipo: 𝑌 = 𝐴 𝑋 + 𝐵 𝑌 = ∆ℎ A = C X = V B = - P0 Figura05 – Parâmetros estabelecidos pelo LAB Fit Aplicando a teoria dos erros, temos: 𝐴 = (880 ± 13) Sabendo que, 𝐵 = −𝑃0 Temos que −69,7 = −𝑃0 Portanto, 𝑃0 = 69,7 𝑐𝑚𝐻𝑔 Determinação do número de mols de ar confinado (n) Sabendo que A = C (que é igual a nRT, conhecido no ajuste), sendo: A = 880 R = 8,31 J/molK (Constante universal dos gases ideais) T = 24°C (Temperatura medida) Que convertendo para Kelvin, temos: T = 24,0 + 273,15 = 297,15 K Podemos determiner n como sendo: A = nRT 𝐴 𝑅𝑇 = 𝑛 880 8,31 × 297,15 = 𝑛 n = 0,356373919666 n = 0,36 mols Determinação da densidade do ar no ambiente Sabendo que n = 0,36 mols Podemos calcular a massa do ar, 𝑚 = 𝑛 × 𝑀 Onde M é a massa molecular do ar (M = 29 g/mol) Assim, 𝑚 = 0,36 × 29 𝑚 = 10,44𝑔 Logo, podemos determiner a densidade do ambiente através do primeiro ponto da tabela II, em que, nesta tabela, tem-se o volume do ar V no ramo esquerdo do manômetro antes do fechamento da válvula V = 12,60 Portanto, temos: 𝜌 = 𝑚 𝑉 𝜌 = 10,44 12,60 𝜌 = 0,8285714286 𝝆 = 𝟎, 𝟖𝟑 𝒈/𝒄𝒎𝟑 Determinação do erro percentual cometido 𝜀% = 𝑃0 − 𝑃0 𝑡𝑒𝑜 𝑃0 𝑡𝑒𝑜 × 100 𝜀% = 69,7 − 71,5 71,5 × 100 𝜀% = −2,5% |𝜺%| = 𝟐, 𝟓%
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