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ANUAL NOTURNO 
Direito Administrativo 
Celso Spitscovsky 
Data: 14/10/2011 
Aula 14 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
MATERIAL DE APOIO 
 
SUMÁRIO 
1) SERVIDORES PÚBLICOS (continuação) 
 
 
 
Quinto constitucional, art. 94, CF 
Um quinto das vagas dos tribunais serão preenchidas por advogados e membros do MP. 
 
STF – Art. 101, CF 
A nomeação para o STF exige o preenchimento de algumas exigências (requisitos no artigo). É possível que 
alguém seja nomeado para o STF sem que integrasse o serviço público. 
 
Estágio probatório 
Definição 
Período de experiência pelo qual passa o servidor para a apuração da sua eficiência em relação a itens que não 
puderam ser averiguados durante o concurso. Estes itens são encontrados na lei 8112/90, artigo 20. Ex. assiduidade; 
produtividade; disciplina; respeito à hierarquia e subordinação. 
Súmula 21 STF – durante o estágio probatório o servidor não poderá ser demitido nem exonerado sem a 
abertura de processo administrativo em que se assegure o contraditório e a ampla defesa. Neste caso, ainda que o 
servidor esteja em situação de instabilidade, não poderá ser demitido nem exonerado. Demissão e exoneração são 
instrumentos através dos quais o servidor é excluído dos quadros da administração, a diferença básica é que a 
demissão pressupõe o cometimento de um ilícito e a exoneração não. Ex: se durante o estágio probatório o servidor 
não rendeu o esperado, poderá ser exonerado; se o servidor desviou verbas públicas, será demitido. 
Essa súmula foi ratificada pelo art. 5ª, LV da CF – aos litigantes em processo judicial ou administrativo é 
assegurado o contraditório e ampla defesa com todos os meios e recursos a ele inerentes. 
O prazo de duração do estágio probatório fica na direta dependência do que o servidor conquista, se nele for 
confirmado: 
1 – se aprovado no estágio conquistar estabilidade a duração será de três anos de acordo com a previsão 
contida no art. 41, caput, da constituição. 
2 – se a carreira prevê, para seu integrante, a conquista de vitaliciedade, o prazo de estágio probatório será de 
dois anos. Exemplo art. 95 da CF, que prevê as garantias da magistratura. No caso do MP é a mesma coisa, art. 128, 
§5º, II, CF. 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
A estabilidade é garantia atribuída ao servidor que lhe assegura a permanência no serviço. A vitaliciedade é a 
garantia atribuída ao servidor que lhe assegura a permanência no cargo. O critério para averiguação de vitaliciedade é 
expresso, ou seja, somente as carreiras que tiverem expressa disposição constitucional asseguram vitaliciedade a seus 
integrantes. 
No caso da estabilidade o critério é residual, todas as carreiras que não tiverem disposição expressa reservam 
estabilidade para seus integrantes. 
 
Estabilidade 
O reflexo imediato é: 
Se o cargo titularizado pelo servidor estável for extinto ou declarado desnecessário, qual a consequência que 
incide sobre o servidor? 
a) Demissão 
b) Exoneração 
c) Disponibilidade remunerada com vencimentos integrais 
d) Disponibilidade remunerada com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço 
 
Ora, se o servidor tem estabilidade no serviço, podemos eliminar as duas primeiras opções. A disponibilidade 
remunerada será, conforme art. 41, §3º, CF, a com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. Essa redação foi 
alterada pela emenda 19 de 1998, pois, até então, o servidor era colocado em disponibilidade com vencimentos 
integrais. 
Exigências que devem ser preenchidas para a aquisição da estabilidade, art. 41, caput, CF: 
1 – aprovação em concurso público – aquele que não é aprovado não conquistará a estabilidade; 
2 – que o servidor titularize um cargo (regime estatutário) – aquele que titulariza um emprego público não goza 
de tal estabilidade. Ocorre que a súmula 390 do TST estendeu a possibilidade de estabilidade para aqueles que 
titularizam empregos públicos na adm. direta, nas autarquias e fundações. A súmula deixou de fora aquele que 
titulariza emprego em empresa pública ou em sociedade de economia mista. 
3 – Em caráter efetivo (permanente) – por esta exigência o titular de um cargo que não é permanente não 
poderá aspirar estabilidade. 
4 – aprovação em estágio probatório com duração de três anos. 
*existe uma exceção em que o indivíduo, mesmo que não aprovado em concurso, adquire estabilidade, a qual 
é por prazo determinado. Essa exceção é para os dirigentes de agências reguladoras (ANAC, ANATEL, ANEEL, ANP, 
ANS), os quais são nomeados pelo presidente da república. Essa estabilidade vigora durante a vigência dos mandatos 
destes dirigentes, ou seja, só poderão ser demitidos em caso de configuração de falta grave devidamente apurada 
mediante processo administrativo no qual se assegure contraditório e ampla defesa. 
5 – aprovação em avaliação de desempenho (art. 41, §4º, CF) – essa é uma norma de eficácia limitada, que é 
aquela que só produz os efeitos que justificaram a criação depois de editada a regulamentação da qual ela depende. 
 
 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
Perda do cargo pelo servidor estável 
Previsão no artigo 41, §1º, CF – sentença judicial com trânsito em julgado; processo administrativo assegurado 
o contraditório e ampla defesa; insuficiência de desempenho. Essa última regra foi introduzida para evitar 
acomodação do servidor, porém a própria CF determina que a perda do cargo por insuficiência de desempenho 
depende de lei complementar. 
Há uma outra hipótese de perda do cargo pelo servidor estável que se encontra no artigo 169 da CF, que prevê 
que a União, os estados, os municípios e o DF não poderão gastar com sua folha de pessoal, incluídos os inativos, além 
dos limites fixados por lei complementar. Essa lei é a lei complementar 101/2000, lei de responsabilidade fiscal, que 
criou limites nos seus artigos 19 e 20, os quais preveem que a União não poderá gastar mais que 50% de sua receita 
corrente com folha de pagamento; para as outras esferas de governo a lei previu que não poderá gastar, com folha de 
pessoal, mais de 60% de sua receita corrente. 
A constituição, no art. 169, §3º, estabeleceu dois instrumentos para redução das despesas: redução, em pelo 
menos 20%, as despesas com cargos em comissão e cargos de confiança; exoneração dos não estáveis. No §4º do 
artigo 169, a CF diz que se estas duas medidas não forem suficientes para o atingimentos dos limites da LRF, os cortes 
poderão atingir os servidores estáveis. 
A perda do cargo por excesso de despesa necessita de motivação e, no momento em que se decide pela 
exoneração, o servidor tem o direito de que a adm. aponte por qual item do orçamento sairão as verbas resultantes 
de sua exoneração. 
 
Acumulação remunerada de cargos dentro da administração pública 
Regra geral – art. 37, XVI, CF – a CF proibiu a acumulação remunerada de cargo. No inciso XVII do mesmo artigo 
a CF estendeu a proibição para aqueles que titularizam empregos e funções na adm. direta e indireta nas quatro 
esferas de governo. 
A acumulação ilegal se verifica a partir do momento que o servidor titularize, de modo irregular, dois cargos ou 
empregos. Isso ocorre a partir a posse em dois cargos ou empregos, contrariando a CF. 
Sanção: demissão. 
 
Exceções (art. 37, XVII, CF) 
1 – Pré-requisitos: 
1.1 - existência de compatibilidade de horários; 
1.2 – o resultado financeiro da acumulação não pode ultrapassar o teto de remuneração dentro da 
administração pública. 
2 - Hipóteses (art. 37, XVI, CF) 
 2.1 – dois cargos de professor; 
 2.2 – um de professor com outro técnico científico. A doutrina e a jurisprudência identificam este cargo 
técnico como sendo ligado ao magistério; 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 2.3 – antes da emenda 34, a CF previa a possibilidade de acumulação de dois cargos de médico. 
Atualmente podehaver a cumulação de dois cargos ou empregos privativos de profissionais da área de saúde com 
profissões regulamentadas. 
Há outros exemplos: juiz pode acumular com uma de magistério, art. 95, par. único, I, CF; o mesmo ocorre em 
relação ao integrante do MP, art. 128, §5º, II, CF. 
 
Próxima aula 
É possível se cogitar em acumulação de cargo público com mandato eletivo conquistado nas urnas?

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