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ANUAL NOTURNO 
Direito Administrativo 
Celso Spitscovsky 
Data: 28/10/2011 
Aula 16 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
MATERIAL DE APOIO 
 
SUMÁRIO 
1) Direito de Greve dos Servidores Públicos 
2) Regime Jurídico dos Servidores Públicos 
3) Aposentadoria no Setor Público 
 
 
Direito de greve dos Servidores Públicos 
Greve 
a. Localização 
b. Histórico 
c. Perfil Atual 
O direito de greve para os servidores públicos é novidade trazida pela CF/88 em seu artigo 37, VII. A CF nos 
mostra que o direito de greve dos servidores não apresenta o mesmo perfil da iniciativa privada. Diz a CF que o direito 
de greve dos servidores será exercido nos termos e limites definidos em lei específica. Essa dependência de lei já 
existia desde a promulgação da CF/88. Em sua redação original a CF dizia que o direito de greve seria exercido nos 
termos e limites estabelecidos em lei complementar. A doutrina passou a entender que a regra seria uma norma de 
eficácia limitada porque fez com que o direito de greve dependesse de lei posterior e, ainda, lei complementar (exige 
quórum qualificado de maioria absoluta). Doutrina e jurisprudência começaram a entender que o direito de greve não 
era mais de eficácia limitada e sim norma de eficácia contida. Dessa forma, veio a emenda constitucional nº 19/98, 
que passou a exigir apenas lei específica e não mais lei complementar. 
Diante da omissão do legislativo, os Tribunais e a doutrina passaram a entender que o direito de greve é devido 
aos servidores, mesmo sem a edição da lei específica, porém, com limites, ou seja, não pode haver paralização total 
do serviço público. 
 
Regime jurídico profissional dos servidores públicos 
Existem dois regimes: estatutário, baseado em regras previstas em estatutos (para quem titulariza cargos 
públicos, em regra) e celetista, que é baseado na titularização de empregos públicos. 
A partir de 1988, com a promulgação da CF, criou-se o regime jurídico único. Este impunha regime idêntico 
para a administração direta, autarquias e para as fundações. Isso constava no art. 39, CF. Quando se fixou tal regime, a 
CF não disse qual seria o regime, se estatutário ou o celetista. Inicialmente, criou-se o entendimento de que seria o 
regime estatutário. Com esta extensão ao regime jurídico único, não foram incluídas as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista, que podiam adotar o regime celetista para os seus servidores (principalmente aquelas 
criadas para explorar atividade econômica). Na forma do art. 173, §1º, II, estas devem se submeter ao mesmo regime 
jurídico das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações de natureza trabalhista. Este era um dos 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
motivos de as empresas públicas e sociedades de economia mista ficarem de fora do regime jurídico estatutário. A EC 
19 acabou com o regime jurídico único. Foi impetrada em 2007 uma Adin 2135/DF alegando ser a EC 19/98 
inconstitucional. O STF acolheu a Adin mas com efeitos ex nunc, ou seja, preservando os efeitos pretéritos. Dessa 
forma, o regime jurídico único foi resgatado até que haja manifestação diversa do STF. 
 
Aposentadoria no setor público 
Não trataremos de regras da Previdência Social. Vamos trabalhar com conceitos e não com números. 
1 - Natureza jurídica do sistema do regime de aposentadoria no setor público: Art. 40, caput – O sistema tem 
natureza contributiva. Isso significa que só se aposentam por essas regras aqueles que tenham contribuído para a sua 
manutenção. 
2 – Critério – art. 40, caput CF: O critério é o tempo de contribuição (após a EC 20/98, pois antes era tempo de 
serviço). Com esta troca de critério, passou a não se permitir a comprovação do tempo de serviço somente por 
testemunhas. 
a) Extensão: No art. 40, §9º admite a possibilidade de utilização de qualquer tempo de contribuição (federal, 
municipal, estadual). O tempo de contribuição na iniciativa privada (regime geral de previdência) pode ser 
aproveitado para efeitos de aposentadoria no setor público (art. 201, §9º, CF). Neste caso, haverá uma forma de 
compensação entre os regimes privado e público. 
3 – Destinatários: No art. 40, caput, a CF diz que são destinatários da aposentadoria: 
a. Servidores 
b. Titulares de cargos 
c. Em caráter efetivo, ou seja, em caráter permanente. 
Relembrando: Temos os agentes públicos em que se incluem os agentes políticos, os servidores (funcionários, 
empregados e temporários) e os particulares em colaboração com o serviço público. 
Dessa categoria, não entram nas regras do regime de aposentadoria do setor público os agentes políticos e os 
particulares em colaboração com o serviço público. Ex.: O notário é um particular que exerce função pública por 
delegação. Assim, ele está fora dos que podem se beneficiar da aposentadoria no setor público. Estão excluídos 
também os servidores titulares de emprego público e também os temporários. Estes serão aposentados pelas regras 
do regime geral de previdência (art. 40, §13, CF). 
Dessa forma, são destinatários da aposentadoria no setor público os funcionários públicos. 
4 – Modalidades - Art. 40, §1º, CF: 
� Aposentadoria por invalidez 
� Aposentadoria compulsória 
� Aposentadoria voluntária 
 
Provento é a remuneração percebida pelo aposentado. Proventos poderão ser percebidos em caráter integral 
ou proporcional ao tempo de contribuição. 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
Aposentadoria por invalidez: 
Fato gerador: É a invalidez permanente. Afasta, num primeiro momento, a possibilidade de invalidez 
temporária. Deve ser aquela invalidez que impeça o servidor de continuar exercendo as atribuições do seu cargo. 
A Lei 8112/90 trouxe o instituto da readaptação, que é a transferência do servidor para outro compatível ou 
adaptável às limitações físicas e/ou mentais que ele passou a experimentar. Na impossibilidade de readaptação é que 
se transfere o servidor para a inatividade. Para que as decisões sejam fundamentadas, todo este processo deve ser 
avaliado por perícia médica. 
Natureza dos proventos: Regra geral, proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Em caráter 
excepcional, prevê proventos integrais em 3 situações: acidente em serviço, moléstia profissional, doença grave, 
contagiosa ou incurável. 
 
Aposentadoria compulsória: 
Fato gerador: Atingimento do limite máximo de idade previsto pela constituição. O limite está em 70 anos. 
Natureza dos proventos: proporcionais ao tempo de contribuição. 
Ver súmula 683, STF 
 
Aposentadoria voluntária: 
Fato gerador: Primeiramente, o servidor tem que comprovar o mínimo de dez anos de serviço público, cinco 
dos quais no cargo em que pretenda se aposentar. 
CF, Art. 40, §1º, III, a, b: 
Proventos integrais para homens: 10 anos de serviço, 5 dos quais no cargo, 60 anos de idade, 35 anos de 
contribuição. 
Proventos integrais para mulheres: 10 anos de serviço, 5 dos quais no cargo, 50 anos de idade, 30 anos de 
contribuição. 
A idade e a contribuição diferentes para homens e mulheres se justificam por conta do art. 5º, I, CF que diz que 
homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações observados os termos desta constituição. Ela abre espaço para 
diferenciações desde que previstas na CF e uma destas diferenças é esta. 
Proventos proporcionais para homens: 10 anos de serviço, 5 dos quais no cargo, 65 anos de idade. 
Proventos proporcionais para mulheres: 10 anos de serviço, 5 dos quais no cargo, 60 anos de idade. 
Trata-se de elenco meramente exemplificativo, comportando ampliação das hipóteses de aposentadoria. 
Temos a aposentadoria especial prevista no art. 40, §4º, CF. São aquelas que preveem requisitos mais flexíveis para 
aposentadoria. O legislador não é livre para criar espécies de aposentadoria, tendo limites.

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