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008 Respostas Caso Concreto 106804 - Redação Jurídica CCJ0052

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Redação Jurídica – CCJ0009
Prof.ª Maria Geni de Almeida Fortunato genifortunato@yahoo.com.br
Cel.: (22) 9269-5064 - Tel.: (22) 2732-2661.
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618.
008 Resposta Caso Concreto 106804
Adiante, listamos as principais características do relatório jurídico:
(A) O relatório é um texto de tipo narrativo;
(B)  caracteriza-se por ser uma narrativa simples, sem valoração. Sempre que possível, aponte as alegações de ambas as partes;
(C) todos os fatos relevantes do caso concreto devem ser narrados no pretérito e na 3ª pessoa;
(D) o que não existir no relatório não pode figurar como argumento na fundamentação;
(E) a organização dos eventos deve seguir a ordem cronológica;
(F) o primeiro parágrafo deve indicar o fato gerador da demanda e os sujeitos envolvidos;
(G) o texto não pode deixar de responder às seguintes indagações: qual o fato gerador do conflito? Quem são os envolvidos na lide? Onde e quando os fatos ocorreram? Como se desenvolveu o conflito? Por que ocorreu o conflito de interesses? Quais as consequências dos fatos narrados?
(H) sugere-se, para iniciar o primeiro parágrafo, a redação "Trata-se de questão sobre...";
(I) a paragrafação deve seguir as orientações tradicionais de um texto redigido em norma culta;
(J) cada parágrafo deve receber um recuo inicial de, aproximadamente, 1,5 cm;
(K) não há limite mínimo ou máximo de linhas, mas sua narração deve ser clara e concisa;
(L) recorra à polifonia;
(M) terminado o relatório, na linha abaixo, use a expressão "É o relatório".
 
 QUESTÃO - Leia o caso concreto e, em seguida, redija o relatório jurídico. - Fabian propôs ação negatória de paternidade cumulada com anulação de registro civil em face de Cida, menor de 11 (onze) anos de idade representada por sua mãe, Chayene. Aduziu que fora casado com Chayene por 12 (doze) anos, tendo ocorrido, no decorrer do vínculo matrimonial, o nascimento e o registro civil da Ré.
O Autor afirmou que quando efetuou o registro civil como pai da menor incidiu em erro porque desconhecia a relação extraconjugal que Chayene nutriu por anos com Sandro, amigo comum do casal.
Aduziu que depois de 10 anos de matrimônio, não suportando mais ocultar a traição, Chayene revelou a ele que Cida não era sua filha biológica, mas sim, filha de Sandro.
Informou, por fim, que sempre manteve e continua mantendo uma relação de carinho e respeito com a menor, zelando pela sua educação e pelo seu adequado desenvolvimento. Todavia, ao descobrir a traição da ex-mulher não desejaria mais ter como válido o reconhecimento da paternidade derivado de uma manifestação de vontade viciada. Pugnou, assim, pela procedência dos pedidos.
A Ré, em contestação, salientou que igualmente desconhecia a traição materna e a possibilidade de ser filha biológica de outro homem. Afirmou que sempre reconheceu Fabian como um pai, tendo por ele um verdadeiro amor filial. Ressaltou que mesmo após 2 (dois) anos da separação judicial e da ciência de que não seria o seu verdadeiro pai biológico, Fabian continuou exercendo o seu direito de visitação, contribuindo regularmente, ainda, para o seu sustento, o que denotaria o forte laço socioafetivo que uniria Autor e Ré. Requereu, desta forma, a improcedência do pleito autoral.
Laudo pericial sobre o exame de DNA feito, acostado aos autos às fls.xx, comprovando que Fabian não era o pai biológico de Cida.
Estudo social do caso atestando que havia latente vínculo socioafetivo entre Autor e Ré.
Promoção do Ministério Público opinando pela improcedência dos pedidos autorais.
Para melhor entender a questão, observe a jurisprudência: A paternidade atualmente deve ser considerada gênero do qual são espécies a paternidade biológica e a socioafetiva. Assim, em conformidade com os princípios do Código Civil de 2002 e da Constituição Federal de 1988, o êxito em ação negatória de paternidade depende da demonstração, a um só tempo, da inexistência de origem biológica, e também de que não tenha sido constituído o estado de filiação, fortemente marcado pelas relações socioafetivas e edificado na convivência familiar? (Recurso Especial n.º 1.059.214? Informativo n.º 491).
RELATÓRIO:
Trata-se de um caso de negação de paternidade decorrente de erro de execução no registro civil da menor Cida, com 11 anos de idade, registrada como filha biológica de Fabian e Chayene, ocorrido em Tatuapé, SP, há 10 anos.
O Autor mantido em ignorância por dez anos sobre a verdadeira origem biológica da filha do casal, foi informado por Chayene, sua esposa, que na verdade a menina era fruto da relação extraconjugal desta com Sandro, amigo do casal.
Mesmo diante de fatos, que até então, lhe eram desconhecidos, continuou mantendo uma relação de carinho e respeito com a menor, zelando pela sua educação e pelo seu adequado desenvolvimento.
Entretanto, diante desta realidade, separou-se da mulher e por concluir que sua manifestação de vontade no ato do registro civil foi decorrente de vício e de erro, ajuizou a presente ação, requerendo a procedência do seu pedido de anulação de registro civil.
A ré em contestação, afirmou seu desconhecimento sobre sua origem biológica e reconhecendo o autor como pai, ressaltou que após 2 (dois) anos da separação judicial e da ciência de que não seria o seu pai biológico, este continuou exercendo o seu direito de visitação, contribuindo para o seu sustento, o que demonstra o forte laço socioafetivo entre eles. Requereu, desta forma, a improcedência do pedido do autor.
Laudo pericial sobre o exame de DNA feito, acostado aos autos às fls.xx, paternidade negativa.
Estudo social do caso atestando o vínculo socioafetivo existente entre Autor e Ré.
Promoção do Ministério Público opinando pela improcedência dos pedidos autorais.
Eis o relatório.
RELATÓRIO CORRIGIDO
Efetuar uma síntese do texto, pois determinado assunto 
Trata-se de um caso de negação de paternidade decorrente de erro de execução no registro civil da menor Cida, com 11 anos de idade, registrada como filha biológica de Fabian e Chayene, ocorrido em Tatuapé, SP, há 10 anos.
O Autor mantido em ignorância por dez anos foi informado por Chayene, sua esposa, que na verdade a filha do casal era fruto da relação extraconjugal desta com Sandro, amigo do casal.
O autor continuou mantendo uma relação de carinho e respeito com a menor, zelando pela sua educação e pelo seu adequado desenvolvimento, mas, separou-se da mulher e por concluir que sua manifestação de vontade no ato do registro civil foi decorrente de vício, ajuizou a presente ação, requerendo a procedência do seu pedido de anulação de registro civil.
A ré em contestação, afirmou seu desconhecimento sobre sua origem biológica e reconhecendo o autor como pai, ressaltou que após 2 (dois) anos da separação judicial e da ciência de que não seria o seu pai biológico, este continuou exercendo o seu direito de visitação, contribuindo para o seu sustento, o que demonstra o forte laço socioafetivo entre eles. Requereu, desta forma, a improcedência do pedido do autor.
Laudo pericial sobre o exame de DNA feito, acostado aos autos às fls.xx, paternidade negativa.
Estudo social do caso atestando o vínculo socioafetivo existente entre Autor e Ré.
Promoção do Ministério Público opinando pela improcedência dos pedidos autorais.
Eis o relatório.

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