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Fundamentos de Direito Público I-Seminário II

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Fundamentos de Direito Público I
Prof: Gabriela Zancaner
Grupo: Andrea Kimie; Daniel Mateus; Emmanuel de Souza; Guilherme Sati; Júlia Gonçalves
Seminário II-23/08/2013
O que são normas?O que são normas jurídicas? Exemplifique
As normas são mecanismos capazes de cercear o comportamento dos indivíduos dentro de um determinado grupo social. Ou seja, alguns critérios, dentro de uma sociedade, são desenvolvidos para serem utilizados como diretriz dos comportamentos. 
Um exemplo de norma é a que rege a boa educação. Ao chegar a determinado ambiente, espera-se que se cumprimentem os indivíduos presentes. Se esse critério não for assumido pelo indivíduo, este sofre algum tipo de consequência naquele ambiente e com aquelas pessoas presente. Neste caso não há obrigatoriedade mediante a regra do comportamento.
As normas jurídicas são as leis positivadas que compõem o Direito e influenciam os indivíduos a se comportarem mediante a obrigatoriedade emanada pela lei e, caso esta seja infringida, cabe aplicar um sanção. 
O exemplo que pode ser dado sobre a norma jurídica é o art. 121 do Código Penal brasileiro que estabelece implicitamente, pelo mandamento, que é proibido matar o indivíduo e, caso o faça, será aplicado ao infrator a sanção, reclusão de 6 (seis) anos a 20 (anos).
Explique os três critérios de valoração das normas jurídicas segundo Norberto Bobbio.
Norberto Bobbio postula que a norma jurídica possui três critérios de valoração: justiça, validade e eficácia. Em que, dão origens a ordens distintas de problemas e, são independentes um do outro. 
Em relação à justiça: a norma justa é aquela que deve ser, ou seja, que está em consonância com a lei vigente. Mas é injusta aquela que não deve ser, pois não está de acordo com o ordenamento jurídico. O problema da justiça é pensar sobre o problema de correspondência entre o mundo real (aquele que é) e o mundo ideal (aquele que deveria ser), relacionado com o juízo de valor.
Segundo o critério da validade, é a que define a norma como válida ou inválida, constatando se esta existe ou não (juízo de fato), independentemente se é justa ou injusta (juízo de valor). Para ser válida há de se observar três quesitos: a autoridade deve ter o poder legítimo para emanar a norma jurídica; se foi ab-rogada, regulada pelo tempo, em que tenha sido substituída por outra norma mais recente, mas que trate da mesma matéria, mesmo que tenha sido emanada pelo poder competente e; se não é incompatível com outras normas do sistema, tal caso denominado de ab-rogação implícita, tornando incompatível uma norma hierarquicamente superior à outra e, portanto, invalidando-as. 
O último critério de valoração das normas jurídicas diz respeito à sua eficácia, em que depende do grau de seguimento pelos destinatários. Uma norma é considerada ineficaz quando esta é violada pela sociedade e, eficaz quando é seguida com maior assiduidade por aquelas a quem a norma fora dirigida, independente da sanção aplicada.
Portanto, o problema da justiça se resolve com juízo de valor, verificando se a norma é justa ou não, comparando-a a um valor ideal. O problema da validade se resolve constatando se a norma jurídica existe enquanto regra jurídica, ou seja, para julgar sua validade é necessário realizar investigações sobre a autoridade que emanou a norma, possível ab-rogação desta e compatibilidade com as outras normas do sistema, independente se é justa ou não. EO problema da validade é o problema da existência da regra enquanto tal, independente do juízo de valor sobre ela. E o problema da eficácia é averiguação do grau de seguimento da norma jurídica pelos destinatários, independentemente da sanção aplicada.

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