Buscar

N2 BENS PUBLICOS - 8 semestre FMU

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

QUESTÃO 1 - A administração Pública, para poder controlar a sociedade, na busca do bem comum, recebe determinados poderes da lei. Um dos principais é o chamado poder de polícia. Dessa forma, explique o que é o poder de polícia da administração pública, quais são os seus atributos (explique) e exemplifique de que forma ele é utilizado no controle social.
O poder de polícia tem conceito legal contido no artigo 78 da Lei nº 5.172/66 do Código Tributário Nacional. Se trata de uma competência da Administração Pública em benefício da coletividade com proposito de alcançar um bem-estar social. Esse poder deve ser realizado por quem detenha a competência para sua realização, sendo que há esta limitação para que haja seu exercício.
DISCRICIONARIEDADE – Se trata de razoável liberdade de atuação, podendo definir valores de oportunidades e conveniência para prática do ato. Respeitados os limites legais, é a capacidade de estabelecer motivo e objeto para atuar. Este atributo tem legitimidade garantida sempre que o ato administrativo esteja chancelado pelas definições da lei e da margem de conferência que compete ao administrador.
AUTOEXECUTORIEDADE – Se trata da possibilidade de executar decisões sem necessidade de anuência do poder judiciário. Este atributo garante que a administração pública possa executar seus planos e decisões por seus próprios meios. Em outras linhas, é a capacidade do administrador público de impor medidas e sanções, visando coibir atividades lesivas ao interesse coletivo. Existe importante ressalva nesse atributo que trata a multa, que só podem ser executadas quando provocado o poder judiciário. 
COERCIBILIDADE – Este atributo é caracterizado por meio da imposição coativa das medidas adotadas pela Administração, que quando perceber resistência perante os administrados, tem prerrogativa para utilizar da força pública para garantir o cumprimento de seus atos. É o mesmo que dizer que o ato administrativo é imperativo e de observância obrigatória por parte do particular. 
Exemplos práticos da utilização do poder de polícia na administração pública: fiscalização das condições de segurança dos veículos que transitam nas vias públicas, visando manutenção das vias e segurança no trânsito; fiscalização das casas de espetáculos e show, visando proteção da cultura social; fiscalização de pesos e medidas de produtos comercializados ao público, visando impedir que o consumidor seja lesado.
QUESTÃO 2 - Quais são as modalidades de licitação previstas na Lei 8666/93 e no que se diferenciam das modalidades previstas na nova Lei de Licitações (Lei 14133/21? A nova Lei de Licitações já está sendo aplicada? Explique.
A Nova Lei de licitações entrou em vigor na data de sua publicação, em 1º de abril de 2021. No entanto, as leis anteriores que disciplinam a matéria – Lei nº 8.666/93, Lei nº 10.520/00 (Lei do Pregão) e Lei nº 12.492/11 (Regime Diferenciado de Contratação) – não serão revogadas imediatamente, pois ainda vigerão por dois anos, ou seja, até o dia 1º de abril de 2023.
Quando comparamos as leis trazidas no enunciado é possível ver que na lei de 1993 os tipos licitatórios estavam elencados da seguinte forma: Concorrência; Convite; Tomada de Preço; Pregão e Leilão. Com o advento da nova lei deixam de existir as modalidades Convite e Tomada de Preço, ao mesmo passo que passa a existir modalidade denominada Diálogo Competitivo. Importante ressaltar que a nova lei traz mudança no que diz respeito a definição das modalidades de licitação, qual seja, deixa definir a modalidade em função do valor do objeto.
QUESTÃO 3 - Em uma determinada fazenda do interior, de grandes proporções territoriais, a Administração Pública necessitava utilizar uma pequena faixa de terra para passagem de tubulação de petróleo. Exercitando o seu poder de limitar o direito de propriedade dos particulares, editou Decreto desapropriatório de toda a fazenda. Analisando as formas de limitação da propriedade, a forma adotada pela Administração Pública foi a mais apropriada para solucionar a sua necessidade ou ela poderia ter agido diferentemente? Justifique
Estamos diante de um caso ideal para Servidão Administrativa, nos mesmos termos que a servidão do Direito Civil, conhecida como servidão de passagem, onde o proprietário da coisa serviente é obrigado a permitir que terceiros ou o poder público utilizem seu imóvel como passagem. Não há uma lei que define a servidão administrativa, porém temos o artigo 40 do Decreto de Lei nº 3365/41, que em sua redação confirma sua existência.
Conforme o artigo 40 do DL supramencionado, a Servidão Administrativa é data nos moldes da desapropriação, qual seja, através de decreto que declara necessidade de utilização pública de um determinado bem, para fins institucionais.
Assim que publicado o decreto, o poder público se comunica com o proprietário do bem disposto para compor acordo. Caso não aconteça dessa forma, é dever do governo ajuizar ação para tornar efetiva a servidão administrativa.
A grande questão da ação judicial para fins de criação de uma servidão administrativa é o questionamento quanto à existência, ou não, de uma indenização e, se for o caso, de quanto será seu valor.
O único ponto de discussão quanto a esta ferramenta do poder público é no tocante a existência ou não de uma indenização em virtude da desapropriação do bem. Em regra não há indenização, mas já existem exceções.

Continue navegando