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Tendências Pedagógicas 
Liberais - Marcou a Educação no Brasil nos últimos 50 anos, mostrando-se ora conservadora, ora renovada. A Pedagogia Liberal enfatiza: o preparo do indivíduo para o desempenho de papeis sociais, de acordo com as aptidões individuais; os indivíduos precisam aprender a adaptarem-se aos valores e á normas vigentes na sociedade de classes e, embora propague a idéia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições. Entre elas:
 
1) Tradicional: 
• PAPEL DA ESCOLA: formar o aluno para um modelo idealizado de homem que nada tem a ver com a vida presente e futura;
• CONTEÚDOS DE ENSINO: verdades incontestáveis pelo aluno e “dadas” pelo professor;
• MÉTODOS: exposição verbal e/ou demonstração; ênfase nos exercícios, na repetição e na memorização;
• RELACIONAMENTO PROFESSOR-ALUNO: professor transmite conteúdos num ambiente “disciplinado”;
• PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: acredita-se que a criança assimila conteúdos (mecanicamente e sob coação) por abstração. Avaliação como verificação; 
• MANIFESTAÇÕES NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA: escolas laicas ou religiosas e escolas de elite.
 
2) Renovada: 
• PAPEL DA ESCOLA: interações entre estruturas cognitivas do indivíduo e estruturas do ambiente;
• CONTEÚDOS DE ENSINO: maior ênfase no processo do que nos conteúdos;
• MÉTODOS: modelo científico que se estrutura a partir de curiosidades aguçadas; recursos didáticos valorizados;
• RELACIONAMENTO PROFESSSOR-ALUNO: o aluno é o centro do processo e do relacionamento com o professor;
• PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: incentivação e estimulação. A avaliação é focada nos esforços e êxitos do aluno;
• MANIFESTAÇÕES NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA: mais nos ambientes teóricos do que na prática da ação pedagógica. Nas escolas experimentais.
3) Não diretiva: 
• PAPEL DA ESCOLA: desenvolvimento psicológico do indivíduo;
• CONTEÚDOS DE ENSINO: ênfase nos processos de desenvolvimento das relações e da comunicação, tornando secundária a transmissão de conteúdos;
• MÉTODOS: dispensa de métodos; professor “facilitador”; utilização de técnicas de sensibilização;
• RELACIONAMENTO PROFESSOR-ALUNO: professor é especialista em relações humanas. Professor “ausenta-se” como melhor forma de respeito e aceitação plena do aluno;
• PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: motivar para desenvolver a valorização do “eu” no aluno. Auto-avaliação;
• MANIFESTAÇÕES NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA: prática de professores e educadores. Psicólogos escolares e orientadores educacionais.
 
4) Tecnicista: 
• PAPEL DA ESCOLA: “produzir” indivíduos competentes para o mercado de trabalho através de informações precisas, objetivas e rápidas;
• CONTEÚDOS DE ENSINO: objetivos, mensuráveis e observáveis; elimina-se qualquer subjetividade;
• MÉTODOS: manuais, livros didáticos, recursos, técnicas. Procedimentos e técnicas elaborados por especialistas para garantia da transmissão/recepção de informações objetivas.
• RELACIONAMENTO PROFESSOR-ALUNO: comunicação técnica sem relações afetivas e pessoais;
• PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: condicionamento: estímulos-respostas. Componentes da aprendizagem: motivação, retenção, transferência;
• MANIFESTAÇÕES NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA: sem índices seguros da sua assimilação por professores na prática e nem no ideário. Aos moldes da LDB 5692/71.
 
Progressista - É uma tendência que parte da análise crítica das realidades sociais que sustentam as finalidades sócio-políticas da educação. A Pedagogia Progressista não tem como institucionalizar-se numa sociedade capitalista, por isso se constitui num instrumento de luta dos professores ao lado de outras práticas sociais. Entre elas:
5) Libertadora: 
• PAPEL DA ESCOLA: preparar o aluno para as suas relações com a natureza e com outros homens visando a transformação da sociedade por intermédio de uma educação crítica;
• CONTEÚDOS DE ENSINO: com caráter político, proposto por Paulo Freire, os conteúdos são extraídos da problematização da prática de vida dos educandos , pelos “temas geradores”;
• MÉTODOS DE ENSINO: diálogo entre educador-educando e vice-versa. Professor é um animador, incentivando a aprendizagem autogerida pelos alunos e participando quando da necessidade de uma informação sistematizada;
• OS PASSOS DA APRENDIZAGEM: a partir da problematização da prática, compreensão do “vivido” para um caminho crítico da realidade. Temas geradores e palavras geradoras. Avaliação das relações e auto-avaliação; 
• RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: diálogo; relação horizontal; identificação do professor com o grupo. O professor assegura o espaço do aluno para manifestar sua expressão;
• PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: educação problematizadora; compreensão, reflexão e crítica; 
• MANIFESTAÇÕES NA PRÁTICA ESCOLAR: movimentos populares e sindicatos. Alfabetização de Jovens e Adultos, mas também em outros níveis. 
 
6) Crítico-social dos conteúdos: 
• PAPEL DA ESCOLA: garantir a todos um bom ensino pela apropriação dos conteúdos escolares indissociáveis das realidades sociais; escola democrática;
• CONTEÚDOS DE ENSINO: culturais universais incorporados pela humanidade, mas reavaliados constantemente face às realidades sociais; significativos do ponto de vista humano e social; 
• A POSTURA DA PEDAGOGIA “DOS CONTEÚDOS”: garantir ao aluno o acesso aos conteúdos (continuidade) e; proporcionar elementos de análise que possam fazer com que o aluno ultrapasse a experiência, os estereótipos e as pressões da ideologia dominante (ruptura);
• MÉTODOS DE ENSINO: relacionamento entre a prática vivida pelo aluno e os conteúdos propostos pelo professor; da ação à compreensão e da compreensão à ação;
• RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: professor mediador, satisfazendo necessidades dos alunos e despertando outras, exigindo dos mesmos esforços e mobilizando-os para uma participação ativa;
• PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: significatividade; desenvolvimento da capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do ambiente, organizando os dados disponíveis da experiência;
• MANIFESTAÇÕES NA PRÁTICA ESCOLAR: teóricos ou não e professores da rede escolar pública.
 
A RELAÇÃO PEDAGÓGICA
Escola Tradicional: Excesso de diretividade. Professor distante do aluno.
Escola Nova: O aluno é o centro - Ele é crítico e participativo. Fraca diretividade.
Escola Tecnicista: Professor distante do aluno.
Escola Crítica: Relação democrática e com diretividade.
Concepção construtivista: “ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do Indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento” (BECKER, 2001, p. 20).
Conjunto articulado de princípios que possibilita: diagnosticar, julgar e tomar decisões; O conhecimento só é aprendido realmente se for construído pelo indivíduo; A educação se dá numa dimensão social.
Possibilita-nos encontrar respostas do que acontece nos âmbitos:
a) Individual (cada aluno com seus objetivos, suas histórias de vida etc.)
b) Social (inserido no contexto escolar -relações aluno com professores, com colegas, com ambiente escolar, com conteúdos explorados, com meios de comunicação etc.)
c) Escolar (inserido no PPP). 
 
Isso nos leva a pensar sobre a construção de conhecimento...
 
Construir conhecimento é aprender realmente ou significativamente
Mas, o que é uma aprendizagem significativa? 
É o ato de construirmos um significado próprio e pessoal para um objeto de conhecimento que existe objetivamente. 
? Como Solé e Coll (1996) esclarecem: “não é um processo que conduz à acumulação de novos conhecimentos, mas à integração, modificação, estabelecimento de relações e coordenação entre esquemas de conhecimento que já possuímos,dotados de uma certa estrutura e organização que varia, em vínculos e relações, a cada aprendizagem que realizamos” (p. 116).
 
A concepção construtivista oferece:
ao professor, um referencial para analisar e fundamentar muitas das decisões que toma no planejamento e no processo do ensino para proporcionar-lhe critérios que o façam compreender o que acontece com seus alunos durante as aulas;
à escola, um referencial para um trabalho de equipe articulado com outras escolas (em projetos curriculares propostos, por exemplo, por políticas educacionais) e com outras disciplinas;
o desenvolvimento de um trabalho de formação dos professores pela construção de suas práticas profissionais.
A mediação social da prática educativa sustentada pelos conhecimentos
Os conhecimentos prévios dos alunos cumprem um papel fundamental nos processos de aprendizagem. O primeiro passo do processo de aprendizagem é a busca de compreensão daqueles novos elementos aos quais estamos tendo acesso e essa compreensão é construída pelo relacionamento de nossos conhecimentos anteriores com os novos saberes. 
Conceitos e relações são assim desestabilizados e reconstruídos, mas apenas se acontecer esse diálogo entre os conhecimentos prévios, também chamados de representações dos alunos, concepções alternativas ou culturas de referência e os novos saberes. 
Os conhecimentos prévios são as estruturas de acolhimento dos novos conceitos e por isso devem ser cuidadosamente investigados pelo professor e levados em conta no momento de se construir propostas de atividades de aprendizagem. 
“Para isso é necessário que cada educador domine e aplique em seus cursos diferentes estratégias de sondagem de conhecimentos: questionários, entrevistas, debates, júris simulados, jogos e dinâmicas, dentre outros” (BURNIER, 2001).
 
Ao planejar o curso/aula é importante que o professor dedique-se a detectar os conhecimentos prévios de seus alunos.
O primeiro critério nesta “busca” realizada pelo professor dos conhecimentos prévios dos alunos, pauta-se na seleção de quais desses conhecimentos devem ser explorados, ou seja, quais questões são importantes para que se descubra o que sobre determinado assunto os alunos já sabem.
Um segundo critério a ser considerado são os objetivos concretos do professor em relação aos conteúdos e ao tipo de aprendizagem pretendida. Se esses objetivos encontram-se na superficialidade ou na profundidade do conteúdo em questão.

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