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Prova Discursiva libras e didàtica

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Questão 1/5
A partir da sistematização da Didática prática desenvolvida pelos professores ao longo desse período, e da análise das reflexões teóricas que ocorreram entre os grupos de Didática e Prática de Ensino nos seus encontros, além de teses e dissertações relativas ao ensino, delineiam-se três momentos fundamentais. Esses momentos, com ênfases específicas, não se anulam, mas se interpenetram e devem ser entendidos como uma parte de um todo. O primeiro enfatiza a questão da Dimensão política do ato pedagógico - 1985/88; o segundo caracteriza-se pela ênfase na Organização do trabalho na escola - 1989/93; o terceiro tem como elemento central a questão da Produção e sistematização coletivas do conhecimento - 1994... A caracterização desses três momentos tem como critério as questões recorrentes na prática dos professores no período e sua expressão teórica nas reflexões desenvolvidas no interior das universidades, quer em encontros científicos, quer nas produções de dissertações e teses relativas ao ensino.
MARTINS, Pura. A relação teoria e prática na formação do professor universitário: princípios e metodologia. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n.10, set./dez. 2003, p.6. Disponível em: < www2.pucpr.br/reol/index.php/dialogo?dd99=pdf&dd1=791>. Acesso em: 02/09/2015.
 
Após esta primeira sistematização, em 2008 Martins inclui um 4º momento: aprender a aprender, cuja ênfase está na aprendizagem.
 
 Descreva as características de cada momento evidenciando a influência dos aspectos históricos que levaram a cada um.
Nota: 16.0
	Nesta questão é importante que o aluno tenha claro como cada momento está diretamente ligado e dependente historicamente ao que se passou no instante precedente:
Dimensão política do ato pedagógico (1985-1988): é um período marcado pela intensa participação social, reflexo dos movimentos sociais que ocorreram no Brasil nas décadas de 1970/1980, que consolidaram novas formas de organização e mobilização que repercutiram na escola. Os professores no seu dia a dia reclamam da predeterminação do seu trabalho por instâncias superiores, querem participar, e essa participação tem um caráter eminentemente político.
Organização do trabalho na escola (1989-1993) – Este momento é marcado pela intensificação da quebra do sistema organizacional da escola. Os professores passam a se compreender como classe e se organizam em sindicatos, participam de movimentos reivindicatórios. Fazem tentativas para alterar as relações sociais estabelecidas: redefine-se, por exemplo, o papel do especialista, que já não pode mais assumir o papel de controlador. Há que se desenvolverem trabalhos mais coletivos, um não fica sobre o outro (professores x especialistas) mas estes se juntam.
Produção e sistematização coletivas do conhecimento (1994-2000) – passa-se a enfatizar a problemática do aluno como sujeito à medida que se verificam alterações no interior da organização escolar por iniciativa de seus agentes. O aluno é concebido como ser historicamente situado, pertencente a uma classe, portador de uma prática social com interesses próprios e de um conhecimento adquirido nessa prática, os quais não podem ser ignorados pela escola.
Aprender a Aprender (2001 até os dias atuais) – expressão antiga que volta neste período não centrada no sujeito psicológico, mas sim no sujeito produtivo, intelectualmente ativo, criativo, capaz de dominar os processos de aprender. A questão central passa a ser que o aluno aprenda a aprender. (LIVRO-BASE, p.25-26)
Resposta:No primeiro momento professor começa tomar consciência de que precisa participar , tomar decisões e ter o controle sobre suas aulas.Segundo momento a escola já se organiza , os educandos já se veem como trabalhadores assalariados.No terceiro momento buscam melhorias , participam de manifestações e organizam-se em sindicatos.
Questão 2/5
A sistematização coletiva do conhecimento se traduz numa organização do processo pedagógico que permita ao professor ser uma agente ativo, capaz de elaborar e produzir conhecimentos adequados aos interesses e necessidades práticas dos seus alunos.
MARTINS, Pura. Didática teórica/didática prática. São Paulo: Loyola, 2002. p. 12.
 
De acordo com os conteúdos abordados no livro-base e nas aulas, explique quais as concepções de homem, escola e educação que caracterizam esta abordagem do ensino.
Nota: 6.0
	Para esta abordagem de ensino:
O homem é considerado uma síntese de múltiplas determinações, sujeito histórico, situado num contexto cultural, que se afirma na ação-reflexão-ação.
A escola é o espaço onde se desenvolve um processo de ação-reflexão-ação comprometido com ações transformadoras.
A educação é um processo histórico, global e dialético de compreensão da realidade, tendo em vista a sua transformação.
(LIVRO-BASE, p.45)
Resposta:O aluno passa ser visto como um ser historicamente situado dono de uma ação social que não mais pode ser ignorada.O professor tem que fazer a mediação entre o saber sistematizado e ação social.
Questão 3/5
Leia o texto a seguir:
No século XVIII, Charles – Michel de I´Épée (1712-1789), um padre francês, reconheceu a existência da língua de sinais (antiga Língua Gestual Francesa) e que seu desenvolvimento servia como base de comunicação entre os surdos que se comunicavam nas ruas de Paris, utilizando a datilologia/alfabeto manual.
RODRIGUES, Cristiane Seimetz; VALENTE, Flávia/ Aspectos Linguísticos das Libras – Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2002. p. 32.
Mesmo com o crescimento quantitativo e qualitativo da educação de surdos a ênfase ainda era a aprendizagem da fala. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, para qual finalidade o surdo precisava adquirir a fala? Explique.
Nota: 10.0
	Espera-se que o aluno considere as exigências sociais da época (século XVIII).
A preocupação era no sentido de ensinar o surdo, para que pudesse trabalhar e exercer sua cidadania. A ênfase do ensino destacou-se, assim, da busca do desenvolvimento da fala para a formação. Livro-base p. 42
Resposta:O uso de sinais era considerado vulgar, um grupo denominados oralistas acreditam que ensinando a leitura labial esses poderiam aprender a falar.Viam essas pessoas como um fardo para sociedade, que nada produziam. Os curassem estes tornariam-se produtivos.
Questão 4/5
Analise o fragmento de texto que segue:
Trabalhar Currículo na educação de surdos sempre significou desenvolver estratégias que os tornassem mais aceitos socialmente, que os fizessem parecer mais ouvintes, vale dizer com alguns ouvintes. As discussões políticas em torno do Currículo passaram distante dos debates educacionais realizados na educação de surdos. Havia total dicotomia entre o estudo dos processos educacionais em geral e os processos específicos voltados para a surdez, como se fosse indevido o questionamento sobre as questões de classe, de raça, de gênero, de identidade e de alteridade na surdez.
DORZIAT, Ana. O outro da educação: pensamento a surdez com base nos temas identidade/Diferença, Currículo e Inclusão. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009, p. 46.
Ao debater a questão de currículo estudam-se diversos processos educacionais. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base explique: Como o currículo na educação de surdos deve ser construído?
Nota: 10.0
	O ambiente escolar deve propiciar o desenvolvimento de identidades sociais. É nesse espaço que o currículo voltado às pessoas surdas se desenvolve. O currículo constitui essas identidades de maneira sócio-cultural por isso, é algo produzido, elaborado com objetivos específicos a serem atingidos ao longo do processo ensino-aprendizagem. “Estabelecer regras específicas para planejar, para aprender, para avaliar (currículos, atividades, avaliação de aprendizagem para alunos com deficiências e com necessidades educativas especiais)”. Livro-base pg. 86.
 
Resposta:O currículo escolar deve ser construído a partir da ideia de que o surdo possui língua e cultural própria.Que o surdo é tão capaz quanto o ouvinte.Respeitando isso podemos proporcionar a articulação entre a cultura surda e a do ouvinte.
Questão 5/5
Leia o fragmento de texto.
A concepção de que a articulação e a percepção envolvem a mesma interface (representação fonética) é controversa, e os problemas obscuros relacionados à interface C-I (conceptual-intencional) é ainda mais. O termo “articulatório” é tão restrito que sugere que a faculdade da linguagem apresenta uma modalidade específica, com uma relação especial aos órgãos vocais. O trabalho nos últimos anos em língua de sinais evidencia que essa é muito restrita. Eu continuarei a usar o termo, mas sem quaisquer implicações sobre a especificidade do sistema de output, mantendo o caso das línguas faladas. (Chomsky, 1995ª, p. 434,nota 4)
QUADROS, Ronice Muller de. KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: Estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004. p.29.
Compreendendo a língua natural como uma faculdade de linguagem, explique  de acordo com os conteúdos abordados nas aulas e livro- base,  o que  é uma língua natural.
Nota: 20.0
	As línguas de sinais são consideradas línguas naturais para os estudos linguísticos, pois, possuem a capacidade de gerar um número infinito de sentenças através do seu sistema convencional finito de regras. Língua natural aqui deve ser entendida como uma língua que foi criada e é utilizada por uma comunidade específica [...] livro-base p.17.
Resposta:Foi observados que independente da fala o surdo se comunicavam.Língua natural é qualquer ato de comunicação espontânea.

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