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Conceitos - Direito Administrativo

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Conceitos do Direito Administrativo (matéria globalizada)
Agentes Públicos: segundo o art. 2º, da Lei 8.429/92, são todos aqueles que exercem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, emprego ou função pública. Ou seja, são pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. 
Princípio da Legalidade (origem histórica – Da época liberal à atualidade): 
Referindo‐nos à evolução histórica do princípio da legalidade, poderemos afirmar que o princípio da legalidade da administração surgiu, a par do direito administrativo, em inícios do século XIX, com as Revoluções Liberais e a instituição do Estado de Direito de Legalidade Formal. Assegurada a existência de uma assembleia representativa do Terceiro Estado, procurava‐se criar condições para a realização do programa liberal do livre desenvolvimento da iniciativa privada e submeter o Poder Executivo às normas ditadas pelo Parlamento, considerado o representante da volonté général, impedindo‐se o atropelo da iniciativa privada e a excessiva intervenção do Executivo característica do Estado Absoluto3 , que cerceava os direitos do Terceiro Estado.
Assim surgiu o princípio da legalidade, que se exprimiria4 em dois subprincípios: o princípio do primado da lei, que implicava, num sentido negativo, a proibição de violação da lei por parte da Administração, e a sua consequente subordinação ao poder legislativo do Parlamento, e princípio da reserva da lei, que estabelecia as áreas que só podiam ser reguladas por lei parlamentar, estando vedada à Administração qualquer intervenção nessas matérias sem autorização legal, sendo que as áreas reservadas à lei seriam as dos direitos dos particulares por excelência: a liberdade e a propriedade, cerne da livre iniciativa privada, sendo esta reserva entendida, num triplo sentido, como reserva de Parlamento, enquanto área de competência exclusiva do órgão representativo; como reserva de função legislativa, no sentido de se entender a lei como norma geral e abstracta criada pelo Parlamento respeitante aos direitos dos particulares; e como reserva de direito, sendo jurídico apenas o que respeita aos direitos dos particulares, não sendo direito tudo o que não caiba neste campo.
E este entendimento tinha uma implicação decisiva no campo da discricionariedade administrativa. Efectivamente entendia‐se que fora do âmbito das áreas cuja regulação estava reservada ao parlamento, a Administração poderia actuar livremente; era a chamada discricionariedade livre, o campo da liberdade natural da administração, podendo esta adoptar as medidas que lhe parecessem mais adequadas de entre um leque de soluções igualmente admissíveis, dado que actuava num campo não jurídico, ou seja, fora do campo da liberdade e da propriedade a administração actuava como entendesse melhor, sendo a discricionariedade vista como verdadeira liberdade, algo que, face ao abstencionismo estatal característico desta época, não seria alarmante.
Atualmente o Princípio da Legalidade (Princípio da Juridicidade)
A reserva de lei passa a ser entendida como base legal maior ou menor da actividade administrativa, o que não poderia deixar de se reflectir no campo do princípio da legalidade, passando a lei a ser não só limite, como pressuposto e fundamento da actividade administrativa19, ou seja, surge o princípio da precedência de lei. Assiste‐se ainda a um alargamento do campo de aplicação do princípio da legalidade, face à necessidade de controlar a actividade da Administração que se libertava de velhas malhas; o princípio da legalidade passa aaplicar‐se não só à administração agressiva dos direitos dos particulares, mas também à administração de prestação ou constitutiva20, referindo‐se até a ideia da reserva de lei global, ou seja, que se estende a todas as matérias, embora em graus diversos21. Por outro lado alargam‐se as fontes de direito que vinculam a Administração: esta encontra‐se vinculada não só à lei como à Constituição e até a um conjunto de princípios jurídicos fundamentais, como o princípio da igualdade, o princípio da proporcionalidade e o princípio da justiça, que vinculariam a Administração mesmo no uso de poderes discricionários, daí que hoje se afirme o princípio da juridicidade e não o mero princípio da legalidade da Administração.
Ato Jurisdicional VS Ato Administrativo
ATO JURISDICIONAL:
(i)  A atividade jurisdicional depende de iniciativa da parte interessada;
(ii) A atividade jurisdicional pressupõe como causa um litígio, uma lide (ainda que virtual), para cuja eliminação é aplicada a lei;
(iii) O ato jurisdicional de composição da lide (sentença de mérito) adquire a autoridade de coisa julgada, ou seja, seus efeitos tornam-se imutáveis.
 ATO ADMINISTRATIVO
(i) A atividade administrativa normalmente não depende de requerimento do interessado, agindo, portanto, de ofício;
(ii) A atividade administrativa visa satisfazer necessidades individuais e coletivas, não tendo por pressuposto a existência de uma lide entre partes;
(iii) As decisões administrativas podem apenas “precluir” no âmbito da Administração (não admitem recurso administrativo), mas estão sujeitas, sem exceção, quanto à sua legalidade, ao reexame pelo Judiciário. 
Atribuições: fins ou interesses que a lei incumbe as pessoas coletivas públicas de prosseguir e realizar. O caso especial dos ministérios Pessoas coletivas de fins múltiplos Pessoas coletivas de fins especializados 
Competências: conjunto de poderes funcionais que a lei confere aos órgãos para a prossecução das atribuições das pessoas coletivas públicas (artigo 29.º do CPA) 
Legitimação: qualificação específica do órgão para exercer a sua competência na situação concreta.

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