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Exercicios de ratificação Direito civil 2



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DIREITO CIVIL II
EXERCÍCIOS DE RATIFICAÇÃO DE CONTEÚDO
“A” casada com “B” em regime de comunhão parcial de bens. Da união deram origem a dois filhos “C” e ”D”. Ocorre que “A” e “B” de comum acordo resolveram vender um apartamento adquirido na constância do casamento a “C”. Esse negócio é válido? Justifique.
Neste caso embora “A” e “B” estejam em comum acordo no tocante a venda para “C” (capacidade genérica (agente capaz art. 104, I, CC) não há no caso em tela a capacidade específica (legitimidade) se não houver a anuência de “D”. Portanto, a aludida venda só será válida se houver a anuência o consentimento (anuência do seu cônjuge e dos demais descendentes (art. 496, CC). 
Maria e Helena são sócias de João e Miguel na empresa XY. Os dois receosos das consequências de débito tributário que a empresa possui ofertam a Maria e Helena as suas quotas na aludida empresa; elas aceitam e o negócio é realizado. No dia seguinte a venda sai a publicação de uma lei que beneficia a empresa dando total isenção ao débito tributário da mesma . Tal fato leva os sócios a pedirem a anulação do negócio jurídico. A pretensão de ambos procede? Justifique.
O art. 110, CC nos traz o instituto da reserva mental que ocorre quando um dos declarantes oculta sua verdadeira intenção. No caso em pareço João e Migue ocultaram a verdadeira intenção da venda das referidas quotas. Assim, estamos diante da hipótese de reserva mental prevista no supracitado artigo que determina que nestes casos o que prevalece é a vontade externada e não o que reservou em seu íntimo de quem a manifestou.
Portanto, a pretensão de ambos não procede. 
Péricles, incapaz, passa todas as tardes cuidando do jardim de sua casa onde mora com seus pais. Ocorre que há dois dias ao escavar o solo para plantar uma roseira encontra uma peça muito valiosa do século XIX enterrada em sua propriedade. Quais são os direitos de Péricles em relação ao objeto encontrado? Justifique.
Sim. Péricles tem direito pois o caso em apreço trata-se de um ato-fato jurídico onde não se leva em consideração a vontade (não exige vontade qualificada) do sujeito em praticar o ato, mas sim o resultado. Portanto, considerando que não se leva em consideração a vontade de praticar, mas sim o fato resultante ele tem direito; pois ainda que uma pessoa (ainda que seja um louco) ache casualmente um tesouro terá direito ao mesmo(consequência prevista no art. 1.264, CC).
Carlos locou um AP a Pedro por 01 ano. Dois meses antes do término do contrato o locador notificou o locatário de sua pretensão em rescindir o contrato ao término do mesmo. Pedro, por sua vez, contranotificou Carlos alegando que não tem a pretensão de rescindir o negócio. Você como advogado(a) é procurado (a) por Carlos. Qual será o seu parecer? Explique.
O caso em análise trata-se de um ato jurídico em sentido estrito (meramente lícito) onde o efeito da manifestação da vontade está predeterminado na lei. Basta a mera intenção sendo sempre unilateral. ex:. notificação que constitui em mora o devedor; reconhecimento de um filho etc. 
Crie um exemplo de uma condição puramente potestativa.
Resposta é pessoa, nesse sentido vale lembrar que condições Puramente Potestativas são consideradas ilícitas (art. 122, CC)= “condições defesas” por sujeitarem todo efeito do ato ao puro arbítrio de uma das partes, sem influência de qualquer outro fator externo – cláusula si voluero, ou seja, se me aprouver, dependem de puro capricho.
Exs.: Se eu quiser; se eu levantar o braço etc.