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- QUESTÕES OBJETIVAS: 
 
1) (0,5 ponto) (TJ-PR - FAE – 2008- Adaptada). Assinale a alternativa correta: 
(a) A doutrina da constitucionalização do Direito Civil preconiza uma diferenciação radical entre os direitos da 
personalidade e o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, em especial no seu âmbito de 
aplicação, uma vez que essa distinção seria fundante da dicotomia entre Direito Privado e Direito Público. 
(b) É pacífico na doutrina o entendimento sobre a impossibilidade de se admitir colisão entre direitos da 
personalidade, de modo que, ainda que realizados em sua máxima extensão, um direito da personalidade 
jamais implicará negação ou, mesmo, restrição aos demais direitos da personalidade. 
(c) A vedação legal à limitação voluntária de exercício dos direitos da personalidade revela que esses direitos, 
mesmo quanto ao seu exercício, não se submetem ao princípio da autonomia privada. 
(d) É possível afirmar, mesmo à luz da doutrina que preconiza a constitucionalização do Direito Civil, que nem 
todo direito fundamental é direito da personalidade. 
(e) Na elaboração do Código Civil de 2002, o legislador adotou os paradigmas da socialidade, eticidade e 
operacionalidade, repudiando a adoção de cláusulas gerais, princípios e conceitos jurídicos indeterminados. 
2) (0,5 ponto) (FCC – 2012 – DPE-PR – Adaptada) Acerca das diretrizes regentes e estruturantes do processo 
de codificação do Código Civil de 2002, fundadas no pensamento culturalista de Miguel Reale, é INCORRETO 
afirmar: 
(a) A dignidade da pessoa humana, como vetor axiológico fundamental da Constituição Federal, orienta não só 
o Estado, mas também os particulares, nas suas relações privadas. 
(b) A operabilidade determinou a adoção de soluções normativas para a facilitação da interpretação, aplicação 
e adaptação do Direito, o que se verifica na adoção das normas abertas como técnica legislativa. 
(c) A socialidade implicou na funcionalização dos modelos jurídicos, fazendo prevalecer os valores coletivos 
sobre os individuais, sem que sejam desconsiderados os valores inerentes à pessoa, o que se verifica na 
previsão do instituto do abuso de direito. 
(d) A eticidade provocou a opção antropocêntrica da codificação civil, implicando na prevalência de critérios 
éticos sobre os de natureza formal, o que se verifica na possibilidade, por exemplo, de relativizar o princípio 
do Pacta Sunt Servanda. 
(e) e) A igualdade formal* determinou o tratamento igualitário dos sujeitos de direitos e o afastamento de 
regimes tutelares, o que se verifica no afastamento de um regime de proteção dos incapazes, presentes na 
anterior codificação civil. (*A igualdade formal é a igualdade jurídica onde todos devem ser tratados de 
maneira igual, sem quaisquer distinções.) 
3) (0,5 ponto) ( TCM-GO – FCC – 2015) Quanto aos direitos da personalidade, 
(a) sua indisponibilidade é absoluta, por não serem passíveis de transmissão a nenhum título. 
(b) seu exercício, como regra, pode sofrer limitação voluntária, por ser personalíssimo. 
(c) são eles objeto de rol taxativo, limitando-se aos que foram expressamente mencionados e disciplinados 
constitucionalmente e no atual Código Civil. 
(d) embora sejam eles, em regra, personalíssimos, e portanto intransmissíveis, tem-se que a pretensão ou 
direito de exigir a sua reparação pecuniária, em caso de ofensa, quando já ajuizada ação, transmite-se aos 
sucessores do ofendido. 
(e) não são passíveis de penhora, seja quanto aos direitos em si, seja quanto a seus reflexos de ordem 
patrimonial, por não serem passíveis de cessão. 
 
 
4) (0,5 ponto) (UFPR – DPE - PR-2014 – Adaptada ) Acerca das Pessoas Naturais, é correto afirmar: 
(a) A personalidade jurídica pode ser conceituada como a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair 
obrigações ou deveres na ordem civil, podendo sofrer limitações e gradações. 
(b) A capacidade de direito depende da capacidade de fato, razão pela qual aquela não se estende aos privados 
de discernimento e aos infantes em geral, por exemplo. 
(c) O desfazimento da unidade biológica entre mãe e filho é suficiente para que este adquira personalidade 
jurídica. Assim, o natimorto pode, por exemplo, receber e transmitir herança. 
(d) Os pródigos são considerados pelo Código Civil como absolutamente incapazes de exercer os atos da vida 
civil, incapacidade esta que deve ser decretada judicialmente por requisição do cônjuge ou familiar, já que 
o que se protege é exatamente o patrimônio da família e não apenas o do pródigo. 
(e) A legitimação consiste em uma capacidade especial para a celebração de um determinado ato ou negócio 
jurídico, exigida pela lei, como é o caso da outorga conjugal exigida nos casos previstos no art. 1.647 do 
CC. 
5) (0,5 ponto) (VUNESP – 2019 – TJ-RS) José desapareceu, sem deixar procurador ou representante que 
pudesse administrar-lhe os bens. João e Joaquim são filhos de José. Maria é casada com José, mas 
separada de fato deste há mais de dois anos. Os pais de José são Joaquina e Pedro. Foi requerida a 
declaração de ausência de José. Pode-se corretamente afirmar que 
(a) a curadoria de José deve ser atribuída a seus pais, Joaquina e Pedro. 
(b) a curadoria pode ser atribuída a qualquer dos descendentes ou ascendentes de José, mediante escolha 
discricionária do juiz. 
(c) a curadoria de José deve ser atribuída aos seus filhos, João e Joaquim. 
(d) para entrar na posse dos bens do ausente, João e Joaquim devem apresentar garantia. 
(e) Maria, por ser casada com José, é sua legítima curadora. 
6) (0,5 ponto) (MPE-PR – 2008) A respeito do domicílio, considere: 
I. Em regra, não se exige que a pessoa natural possua ânimo de permanecer definitivamente em uma 
residência para que esta seja considerada seu domicílio. 
II. Quanto às relações concernentes à profissão, também se considera domicílio da pessoa natural o lugar onde 
a profissão é exercida, admitindo-se a pluralidade de domicílios, inclusive profissionais. 
III. Considera-se domicílio do preso o último lugar em que residiu antes da prisão. 
IV. É defeso, nos contratos escritos, especificar-se domicílio onde deverão ser cumpridas as obrigações dele 
resultantes, salvo nas relações de consumo. 
Está correto o que consta APENAS em 
 (a) II e IV (b) III e IV. (c) II. (d) I e III. (e) I e IV. 
7) (2,5 pontos – 0,5 ponto cada item – Adaptada ) Julgue os itens abaixo em (V) se for verdadeiro ou (F) se for 
falso, corrigindo, de forma resumida mas fundamentada, os itens falsos. ( Indicar, se possível, os artigos 
pertinentes na correção dos itens falsos). 
a) ( F) De acordo com o STF, a alteração do prenome e do gênero (sexo) no registro civil de pessoas 
transgênero somente poderá ser autorizada se houver autorização judicial e comprovação da realização de 
cirurgia de transgenitalização pelo (a) interessado(a). A alteração se dá independentemente da realização 
da cirurgia e de autorização judicial; é feita pela via administrativa. 
 
b) ( F ) A menoridade cessa aos 18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os 
atos da vida civil. Contudo, a incapacidade cessará, para os menores, dentre outras hipóteses legalmente 
elencadas, pelo desempenho de funções inerentes a cargo público comissionado ou de provimento efetivo. 
Segundo art. 5º, parágrafo único, III, CC, que elenca as hipóteses de emancipação legal, a emancipação se 
dá pelo exercício de emprego público efetivo e não comissionado. 
 
c) ( F ) Na sucessão provisória, o ascendente, mesmo depois de provada a sua qualidade de herdeiro, deverá 
dar garantia mediante penhor ou hipoteca para imitir-se na posse do bem do ausente. Segundo o artigo 30, 
&2º do CC, o ascendente, depois de provada a sua qualidade de herdeiro, será imitido na posse dos bens 
do ausente, independentemente de garantia. Essa situação se estende aos descendentes e ao cônjuge.Segundo entendimento doutrinário, ao companheiro(a) também. 
 
d) ( F ) A emancipação voluntária se dá por concessão conjunta dos pais ou por aquele que detiver a guarda 
do menor ou, ainda, por sentença judicial. Exige-se, para a concessão realizada pelos pais, além do 
instrumento público, que estes estejam em pleno exercício da autoridade parental. Para a emancipação do 
menor que se encontra sob tutela, exige-se sentença judicial. Não há de se falar em concessão pelo genitor 
que detém a guarda do menor. A emancipação parental ou voluntária é concedida por ambos os genitores 
ou por um deles, na falta do outro, segundo dispõe o art. 5º, parágrafo único, I, CC. A sentença judicial, 
nesse caso, ocorre apenas se um dos pais divergir quanto à emancipação do filho. 
 
e) ( F ) Para a Teoria Concepcionista, que tem por fundamento a 1ª parte do art. 2º do Código Civil, o 
nascituro é pessoa humana, mas seus direitos estão sujeitos a uma condição suspensiva. A Teoria 
Concepcionista tem por fundamento a 2ª parte do art. 2º do CC. Para os adeptos dessa corrente, o nascituro 
é pessoa, possui personalidade jurídica e titulariza direitos da personalidade. Somente os direitos 
patrimoniais é que serão titularizados após o nascimento com vida. A 1ª parte do artigo 2º é defendida pela 
Teoria Natalista e ter direitos sujeitos a uma condição suspensiva é tese defendida pela Teoria da 
Personalidade Condicional. 
 
8) ( 2,5 pontos) Ana, sua filha Carolina e seu marido Alberto, outras três pessoas e o piloto viajavam de helicóptero 
quando sofreram grave acidente . Após um mês, a equipe de resgate havia encontrado apenas 2 corpos, em grande 
parte, carbonizados, fato que dificultou a identificação e encerrou as buscas. A perícia, quando os corpos de Ana e 
Carolina foram encontrados, não conseguiu precisar qual morte ocorreu primeiro. Diante dessa situação hipotética, 
responda: 
 
a) (1,0 ponto) Acerca da morte das pessoas envolvidas no caso, configura-se típica hipótese de morte civil, 
que a lei considera como fato extintivo da pessoa natural ou se trata de hipótese de morte presumida? 
Haverá ou não decretação de ausência? Justifique sua resposta, inclusive apontando o dispositivo legal que 
fundamenta a análise. No caso dos corpos que foram encontrados, tem-se a hipótese de morte real, prevista 
na 1ª parte do artigo 6º do CC. Já os que não foram encontrados enquadram-se na hipótese de morte 
presumida sem decretação de ausência, segundo o artigo 7º, I do CC, visto que é extremamente provável 
a morte dessas pessoas que estavam em perigo de vida. 
 
b) (0,5 ponto) Qual o nome que se dá ao procedimento que a família de Ana e Carolina ajuizará para que se 
fixe a data provável do falecimento delas e ocorra a expedição da certidão de óbito? ( Corrigindo enunciado:” 
que a família das pessoas cujos corpos não foram encontrados...” ) ...Justificação de óbito. 
 
c) (1,0 ponto) No caso específico da morte de Ana e Carolina, mãe e filha, pode-se afirmar que é possível 
aplicar o instituto da comoriência? Justifique sua resposta, conceituando a comoriência, apontando o 
dispositivo legal que serve de fundamento e a consequência jurídica da comoriência no que se refere aos 
direitos sucessórios. No caso de Ana e Carolina, é possível aplicar o instituto da comoriência, pois, por 
serem mãe e filha, são herdeiras entre si. A comoriência, prevista no artigo 8º do CC, consiste na presunção 
de morte simultânea de duas ou mais pessoas, na mesma ocasião, já que não é possível averiguar qual 
morte ocorreu primeiro. Assim, presume-se a simultaneidade dos óbitos. A consequência jurídica da 
comoriência concretiza-se no direito sucessório, já que um comoriente não herda do outro, abrindo-se 
cadeias sucessórias distintas e independentes. 
 
9) (1,0 ponto) Renata deu à luz sua filha Mariza, que, em razão de má formação na gestação, sobreviveu por 
algumas horas e veio a falecer pouco depois do parto. Considerando que o pai de Mariza faleceu dias antes do 
nascimento e em dúvida sobre as consequências dos fatos narrados, Renata procura um advogado que afirma que 
com o nascimento Mariza adquiriu personalidade e capacidade de direito, mas não titularizou direitos subjetivos e, 
ao morrer, não haveria potencial sucessão. Assiste razão ao advogado? E se Mariza fosse natimorta, quais seriam 
as consequências? A orientação jurídica do advogado está equivocada, pois, ao nascer com vida, mesmo tendo 
falecido logo após, Mariza adquiriu personalidade jurídica, capacidade de direito, passando a titularizar direitos da 
personalidade e direitos patrimoniais, vindo a integrar a cadeia sucessória do pai. Com o seu falecimento, a sua 
cota será transferida para sua mãe Renata, ascendente viva. Se fosse natimorta, Mariza não teria adquirido 
personalidade jurídica e não integraria a cadeia sucessória de seu pai, mas, segundo o Enunciado I da I Jornada de 
Direito Civil, teria resguardada a proteção a alguns direitos da personalidade, como nome, imagem e sepultura. 
 
SIMULADO PARA AV2 – GABARITO COMENTADO 
1. (Adaptada) Julgue os itens abaixo, usando V ( verdadeiro) ou F ( falso). Nos itens falsos, faça a devida 
correção. 
I . ( F ) Os negócios jurídicos eivados de simulação quanto à pessoa serão nulos caso se trate de simulação 
absoluta e anuláveis caso se trate de simulação relativa. Art. 167 do CC, A Simulação é vício social que 
gera NULIDADE ABSOLUTA do negócio jurídico. 
II. ( F ) Ocorre a lesão quando uma pessoa, em premente necessidade ou por inexperiência, se obriga a 
prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta, exigindo-se, para sua 
configuração, ainda, o dolo de aproveitamento, conforme a doutrina majoritária. Art. 157, CC. O conceito 
de lesão e seus requisitos estão corretos na alternativa. Porém, o Enunciado 150 da Jornada de Direito Civil 
prevê que: “A lesão de que trata o Art. 157 do Código Civil NÃO exige dolo de aproveitamento”, ou seja, 
para se caracterizar a lesão, não há necessidade de se comprovar a intenção de se aproveitar da necessidade 
ou inexperiência do outro. 
III. (V ) No estado de perigo, considerado como defeito do negócio jurídico, é correto afirmar que, para 
sua configuração, é imprescindível o conhecimento do risco de grave dano por ambas as partes. Art. 156, 
CC 
IV. ( F ) Para que se considere a coação como defeito do negócio, levam-se em conta o sexo, a idade , a 
condição, a saúde e outras circunstâncias que possam, de alguma forma, influir na sua gravidade. O simples 
temor reverencial também é considerado atividade coatora. A 1ª parte da alternativa está correta, pois 
corresponde ao que prescreve o art. 152 do CC. Porém, segundo o artigo 153, CC, o simples temor 
reverencial ou a ameaça do exercício normal de um direito não são considerados coação. 
V. ( V ) Para a caracterização da fraude contra credores e a consequente anulação do ato jurídico, faz-se 
necessário que o devedor esteja em estado de insolvência ou na iminência de alcançá-lo e pratique 
maliciosamente negócios que desfalquem seu patrimônio em detrimento da garantia que este representa 
para os direitos creditórios alheios. Art. 158 do CC 
 
Questão 2 – (FCC / 2018/ ALESE) - Temendo a desaprovação moral de seu pai, por quem nutre profundo 
respeito, Pedro matriculou-se no curso superior de Direito, mesmo não sendo esta sua vontade verdadeira. 
De acordo com o Código Civil, tal ato é 
a) anulável, pois foi praticado mediante coação, que pode ser física ou moral. 
b) nulo, pois foi praticado mediante coação, que pode ser física ou moral. 
c) insuscetível de anulação, pois o mero temor reverencial não vicia a declaração da vontade. Art. 
153, CC ( temor reverencial = receio de desapontar outrem). 
d) nulo, pois o temor reverencial, embora não configure coação, também constitui vício do negócio jurídico. 
e) anulável, pois o temor reverencial, embora não configure coação, tambémconstitui vício do negócio 
jurídico. 
 Questão 3- (CONSCAM – 2018) Sobre os defeitos dos negócios jurídicos, assinale a alternativa correta: 
a) Na fraude contra credores não serão anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, mesmo 
quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. Art. 159, CC 
Errada 
b) O dolo é considerado principal quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro 
modo.Art. 146, CC – definição de dolo acidental. 
c) A inexperiência constitui requisito para caracterização tanto da lesão como do estado de perigo. Artigos 
156 e 157 do CC. A inexperiência é elemento subjetivo apenas do vício da lesão. 
d) O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade. Art. 143, CC 
e) Tanto na coação como no estado de perigo são levados em conta os elementos subjetivo e objetivo. 
Apenas o estado de perigo tem elemento objetivo, qual seja, assumir obrigação excessivamente onerosa. 
 
Questão 4 – (FCC – 2018 – ALESE) Nicolas, agindo com dolo, induziu Erick a lhe vender um veículo 
por valor muito menor que o de mercado. Erick, ao descobrir que havia sido induzido em erro, ratificou 
expressamente o ato, permanecendo com o veículo. Passado um ano e meio, Erick 
a) não poderá ajuizar ação de anulação, pois a confirmação expressa do ato anulável implica extinção 
de todas as ações, ou exceções, de que o credor dispusesse contra o devedor. 
b) poderá ajuizar ação declaratória de nulidade, pois o dolo gera a nulidade do ato, não sendo passível de 
confirmação, ainda que expressa, nem convalesce com o passar do tempo. 
c) poderá ajuizar ação anulatória, pois o ato anulável não é passível de confirmação. 
d) não poderá ajuizar ação declaratória de nulidade, pois, depois de um ano da celebração do contrato, 
operou-se a decadência. 
e) não poderá ajuizar ação de anulação, pois, depois de um ano da celebração do contrato, operou-se a 
prescrição. 
 
Questão 5 – ( FCC – 2018 – ALESE) Com o objetivo de doar um veículo de alto valor para sua concubina, 
Paulo simulou uma compra e venda. O ato simulado é ( Simulação – vício social – gera nulidade – artigo 
167 do CC) 
a) anulável e sua invalidação poderá ser requerida por qualquer interessado ou pelo Ministério Público, 
quando lhe couber intervir, não convalescendo pelo decurso do tempo. 
b) nulo e sua invalidação poderá ser requerida, no prazo decadencial de 4 anos, pela parte que houver sido 
prejudicada ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir. 
c) anulável e sua invalidação poderá ser requerida apenas pela parte que houver sido prejudicada, no prazo 
prescricional de 4 anos. 
d) nulo e sua invalidação poderá ser requerida por qualquer interessado ou pelo Ministério Público, 
quando lhe couber intervir, não convalescendo pelo decurso do tempo. ( Artigos 167 e 168 do CC – 
ação imprescritível). 
e) nulo, mas subsiste o que se dissimulou, ainda que contenha forma diversa da prescrita em lei. 
 
Questão 6 – (FCC – 2017) Mariana, sob ameaça de morte promovida por Letícia, concedeu empréstimo de 
R$ 10.000,00 a Ricardo, que não conhecia nem deveria conhecer a coação feita por Letícia para celebração 
do mútuo. Nesse caso, o negócio 
a) é nulo de pleno direito, e a sua invalidade poderá ser declarada de ofício pelo juiz. 
b) é nulo de pleno direito, mas a sua invalidade não poderá ser declarada de ofício juiz. 
c) é anulável, e a sua invalidade poderá ser declarada de ofício pelo juiz. 
d) é anulável, mas a sua invalidade não poderá ser declarada de ofício pelo juiz. 
e) subsistirá, mas Letícia responderá por todas as perdas e danos que houver causado a Mariana. ( 
Trata-se de coação de terceiro – Arts. 154 e 155 do CC – Como Ricardo agiu de boa-fé, segundo prescreve 
o artigo 155, Letícia responderá sozinha por todas as perdas e danos). 
 
Questão 7 – (FCC – 2017) Fernando, empresário individual, ciente de seu estado de insolvência, vendeu 
parte de seus estoques e, na esperança de retomar o curso regular de seus negócios, decidiu pagar um de 
seus fornecedores, cuja dívida ainda não estava vencida, em função do desconto oferecido e a promessa de 
uma nova entrega com maior prazo para pagamento. A situação descrita caracteriza 
A - simulação, podendo ser anulada por terceiros prejudicados, tanto credores como os demais 
fornecedores, se comprovada a intenção de frustrar direito alheio. 
B- ato doloso, caracterizando, mais especificamente, o denominado dolus malus, que enseja a nulidade do 
ato por presunção de sua lesividade. 
C - erro substancial, não escusável, acarretando a anulabilidade do ato mediante ação judicial intentada por 
eventuais prejudicados. 
D- ato atentatório a direito de credores, somente sendo escusável se comprovada boa-fé objetiva. 
E - fraude contra credores, podendo ser anulado judicialmente em ação intentada por aquele que 
detenha crédito anterior ao quitado e tenha sido prejudicado pelo ato. Artigo 162, CC 
 
Questão 8 – (COPEVE – 2012) Dadas as situações abaixo, 
I. Luiz Fernando adquiriu de Roberto um pacote de viagens de 7 dias para o sol, pelo valor de R$ 20.000,00, 
com direito a passagem aérea e hospedagem em hotel quatro estrelas. 
II. Na venda de sua fazenda, João silenciou intencionalmente a respeito de fato importante. A revelação 
deste fato pela compradora, resultaria na não celebração do negócio jurídico. 
III. Marcos emprestou um livro de Direito Civil a Francesca para que ela pudesse estudar para a seleção de 
Mestrado da UFAL. Francesca pensou que Marcos lhe havia dado o referido livro, como presente de 
formatura. 
IV. Patrícia sofreu um grave acidente automobilístico em sua fazenda, distante 40 km do hospital mais 
próximo. Sem nenhum outro veículo por perto, seu marido recorreu ao vizinho para que socorresse a esposa, 
que havia perdido muito sangue. O vizinho, conhecedor da situação, informou que alugaria seu carro por 
R$ 3.000,00, para aquela noite. 
Indique, respectivamente, qual a consequência jurídica das situações. 
A - Dolo, erro, impossibilidade do objeto e lesão. 
B - Dolo, lesão, erro e estado de perigo. 
C - Impossibilidade do objeto, dolo, erro e lesão. 
D - Inexistência do negócio jurídico, dolo, lesão e estado de perigo. 
E - Impossibilidade do objeto, dolo, erro e estado de perigo. 
 
Questão 9 - Segundo o Código Civil vigente, os direitos da personalidade atrelam-se aos direitos 
fundamentais e são vistos como herança da Revolução Francesa, que pregou ideais de liberdade, igualdade 
e fraternidade. Neste tocante, assinale a alternativa correta sobre esses direitos: 
A -Contam com rol taxativo, sendo, portanto, limitados. 
B- Suscetíveis à desapropriação por força de decisão judicial. 
C- Não são oponíveis erga omnes, mas, tão somente, inter partes. 
D- Cabível a limitação voluntária, uma vez que a indisponibilidade destes não é absoluta. Artigo 11 
do CC ( a cessão do uso do direito da personalidade não pode ser geral e nem permanente). 
 
Questão 10 - De acordo com o Código Civil, assinale a alternativa incorreta: 
A - O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Art. 19, CC 
B- Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Art. 13, CC 
C - É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em 
parte, para depois da morte. Art. 14, CC 
D- Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção 
cirúrgica. Art. 15, CC 
E - Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge 
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o primeiro grau. ( Art. 12, parágrafo 
único – Colateral até o 4º grau) 
 GABARITO COMENTADO DO SIMULADO SOBRE BENS1)Questão (UEPA - Delegado de Polícia - PA - 2013) Sobre o regime jurídico dos bens, assinale a 
alternativa CORRETA. 
(a) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, perdem o caráter de 
imóveis enquanto fisicamente desatrelados da edificação. Errado. A mobilidade é provisória. Art, 81, II do 
CC 
(b) Os bens públicos dominicais são aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração 
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive de suas autarquias. Errado. Esses são os bens públicos 
de uso especial ( destinados a execução de serviço público) Art. 99, II e III do CC 
(c) As benfeitorias úteis têm por fim conservar o bem ou evitar sua deterioração. Errado. Essas são as 
benfeitorias necessárias. As úteis aumentam ou facilitam o uso do bem. Art. 96, &2º e 3º do CC 
(d) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial podem ser alienados desde que 
previamente sejam desafetados e exista autorização legislativa para a alienação. Certo. Art. 100 CC 
(e) Os bens naturalmente divisíveis jamais perdem essa característica, ainda que por livre vontade das 
partes. Podem se tornar indivisíveis por vontade das partes ou por disposição legal. Errado. Art. 88 CC 
2) (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRF 4 - 2014) Considere as seguintes hipóteses: 
 I. Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e colocando-a em veículo 
especial. Art. 81, I CC 
 II. Maria possui direito real sobre o veículo marca X, modelo Y, ano 2012. Art. 83, II, CC 
III. Carmelita possui direito à sucessão aberta. Art. 80, II, CC 
IV. Marta removeu as janelas de sua moradia e colocou-as, durante a realização de outros serviços, em um 
depósito para posterior recolocação no local em que se encontravam. Art. 81, II , CC 
Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis os indicados 
APENAS em: 
A I e III. B I e II. C II, III e IV. D II e IV. E I, III e IV .(Letra E) 
3. Fernanda emprestou a Rebecca uma casa pelo prazo de dois anos. Durante a vigência do comodato 
(empréstimo de bens infungíveis), Rebecca consertou as infiltrações ( benfeitoria necessária), construiu 
uma garagem (benfeitoria útil) , plantou ervas culinárias no quintal ( benfeitoria útil) e colocou papel de 
parede em todos os quartos ( benfeitoria voluptuária). Considere que no contrato não haja qualquer previsão 
a respeito de indenização por benfeitorias. Neste caso, é CORRETO afirmar que: 
A Rebecca será indenizada pelo conserto das infiltrações, pela construção da garagem e pela 
plantação, com direito de retenção quanto a todos os acessórios. Ver artigo 1219, CC. Não terá direito à 
indenização pelo papel de parede ( acessórios) 
B Rebecca será indenizada pelo conserto das infiltrações, pela construção da garagem e pela 
plantação, mas não lhe assiste direito de retenção. ( assiste direito de retenção pois é possuidora de boa-fé) 
C quanto ao conserto das infiltrações, Rebecca tem direito à indenização e retenção. 
D se não há previsão contratual, Rebecca não terá direito a indenização alguma. ( Ver artigo 
1.219, CC) 
E Rebecca será indenizada apenas pelo conserto das infiltrações e pelo papel de parede. 
4. Francisco, menor impúbere de 13 anos ( absolutamente incapaz) , pratica um negócio jurídico, sem a 
representação dos pais. Sabendo que validade do ato jurídico requer agente capaz, objeto lícito e forma 
prescrita ou não defesa em lei, assinale a opção correta sobre o ato praticado por Francisco e quem poderá 
arguir o vício: 
A O ato é nulo. Qualquer interessado ou o MP, ou o Juiz de ofício poderão alegar. Ver 
artigo 166, I , CC e art. 168 do CC) 
B O ato é anulável. Somente o MP poderá alegar. 
C O ato é anulável. Somente o Juiz de ofício poderá alegar. 
D O ato é nulo e somente o MP poderá alegar. 
E O ato é anulável. Qualquer interessado ou o MP poderão alegar. 
5. (136º EXAME DE ORDEM SP CESPE/UNB) - Segundo a doutrina, são pressupostos de validade do 
negócio jurídico: 
A o termo inicial suspende o exercício e a aquisição do direito. 
B manifestação de vontade livre; agente emissor de vontade capaz e legitimado para o 
negócio; objeto lícito, possível e determinado, ou determinável; forma legalmente prescrita ou não 
defesa em lei. ( Art. 104 do CC ) 
C manifestação de vontade de boa-fé; agente legitimado para o negócio; objeto lícito, possível 
e determinado, ou juridicamente determinável. 
D agente emissor de vontade capaz e legitimado para o negócio; objeto lícito, possível e 
determinado, ou determinável; forma. 
E manifestação de vontade; agente emissor de vontade; objeto; forma. 
6. Considerando o disposto no Código Civil sobre os bens, assinale a alternativa correta. 
A Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, perdem o caráter de 
bens imóveis. Art. 81, II CC 
B Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a 
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Art. 97 do CC 
C As energias que tenham valor econômico ( energia elétrica) e os direitos pessoais de caráter patrimonial 
são considerados bens imóveis para efeitos legais. Art. 83, I e III CC 
D Os edifícios destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal são bens públicos de uso 
comum e não estão sujeitos a prescrição aquisitiva. Art. 99, I e II c/c art. 102 do CC 
E De acordo com o Código Civil, os bens dominicais são inalienáveis enquanto conservarem sua 
qualificação. Art. 101, CC c/c art. 100 do CC 
7. Julgue o item a seguir acerca de direitos da personalidade, de registros públicos, de obrigações e de bens. 
O uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito; por isso, a cobrança de valores por sua 
utilização caracteriza violação ao interesse social. 
( ) Certo ( X ) Errado Art. 103, CC 
8. Marque a alternativa CORRETA no que tange aos bens: 
A Os veículos à venda em uma concessionária são considerados bens consumíveis. Art. 86, CC 
B delegacia são considerados bens imóveis em decorrência da lei. Art. 80 CC 
C A delegacia é considerada um bem público de uso comum do povo. Art. 99, I e II CC 
D As portas, janelas de um determinado imóvel, bem como as armas que se encontram em exposição são 
considerados bem móveis. Os primeiros são imóveis e as armas, móveis. 
E O dinheiro é considerado um bem infungível. È bem fungível. 
CASO CONCRETO – SEMANA 5 
Roberto estando em dificuldades financeiras resolve vender um de seus rins a Flávio, que se encontra 
na fila de espera para transplante de órgãos. 
Pergunta-se: 
a) Pode Roberto efetuar referida venda? Justifique e fundamente sua resposta. 
b) Com relação à característica da indisponibilidade, podemos afirmar categoricamente que a 
indisponibilidade dos direitos a personalidade é absoluta? Justifique sua resposta. 
a) Não. Roberto não poderá vender um de seus rins ao Flávio, pois o artigo 9º da Lei n. 9.434, de 4 de 
fevereiro de 1997, estabelece que é permitido dispor de forma gratuita de tecidos , órgãos e partes do próprio 
corpo vivo para fins terapêuticos ou para transplantes, desde que o ato não represente risco para a 
integridade física e mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável. Assim, a venda dos rins é ato 
ilícito, que contraria o ordenamento jurídico, além de serem bens fora de comércio, segundo prescreve 
nossa Constituição, no artigo 199. 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e 
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, 
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. 
b) Formalmente a indisponibilidade é absoluta, pois não podem os seus titulares dispor de seusdireitos da 
personalidade, transmitindo-os a terceiros, renunciando ou abandonando-os. Previsão no artigo 11 do CC. 
Entretanto, o direito da personalidade não é assim tão indisponível. Existe a disponibilidade relativa dos 
direitos de personalidade que reside na possibilidade na cessão de uso de alguns desses direitos, ou de 
licença ou permissão. De acordo com o negócio, a cessão de uso pode, inclusive, ser onerosa. 
 
Questão objetiva – Letra B – Art. 21 do CC. 
CASO CONCRETO – SEMANA 7 
Os irmãos José e Pedro receberam por doação de seus pais um terreno loteado com área de 210 m2. 
Pretendendo cada qual construir uma residência no terreno, firmaram escritura pública de divisão, 
em que ficou localizada a parte de cada um, com 105m2, sendo levada ao Serviço de Registro de 
Imóveis. Ocorre que, pelo art. 4°, II, da Lei 6.766/79, a área mínima exigida é de 125 m2. Com base 
na disciplina jurídica dos bens, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE: 
A) Levando em consideração a classificação dos bens considerados em si mesmos, classifique o bem 
em questão. 
B) Você, na qualidade de funcionário do Serviço de Registro de Imóveis, faria o registro? Justifique 
a sua resposta com base no princípio da autonomia privada e na disciplina dos bens considerados em 
si mesmos. 
a) Trata-se de um terreno e, por isso, é considerado bem imóvel, pois não existe a possibilidade de ser 
transportado sem a destruição ou alteração de sua substância. É bem infungível, pois é um bem 
individualizado e, nesse caso concreto, é um bem indivisível, já que a lei institui uma metragem mínima 
para que o terreno fosse dividido. Há uma imposição legal que tornou o bem indivisível. 
b) O funcionário não poderia fazer o registro da forma pedida pelos irmãos , pois há lei impondo área 
mínima para loteamento, de maneira que se o bem for fracionado, ficará com área inferior à permitida na 
lei. Dessa maneira, correta a atitude do Cartório em negar o registro de divisão. A vontade individual dos 
irmãos ( sua autonomia privada) não pode se sobrepor ao eu dispõe a lei ( interesse público). 
Questão objetiva – o quadro é bem infungível; o liquidificador é bem fungível; o relógio de parede é bem 
infungível e a quantia em dinheiro é bem fungível. Gabarito: letra E. 
 
CASO CONCRETO – SEMANA 8 
Otavio e Thalita emprestaram de Pedro um imóvel para fins residenciais por três anos. Durante o 
tempo que passaram no apartamento, Otavio e Thalita consertaram algumas infiltrações, colocaram 
um forno a lenha daqueles inamovíveis, e aplicaram papel de parede em todos os quartos. Findo o 
prazo do contrato, Otavio e Thalita foram notificados para deixar o bem. 
Nesse caso, e conforme a disciplina jurídica dos bens no Código Civil, responda: 
A) Classifique cada espécie de bem acessório que aparece no comando da questão. Justifique a sua 
resposta. 
B) O que Otávio e Talita podem fazer com os bens acessórios identificados no item anterior? Cabe 
direito de retenção? Justifique a sua resposta. 
 
a) Os bens acessórios que aparecem na situação são: 
- conserto das infiltrações: benfeitorias necessárias, pois se destinam à conservação e preservação do 
imóvel, do bem. 
- forno a lenha: benfeitora útil, pois aumenta a utilidade do bem; facilita a sua utilização. 
- papel de parede: benfeitoria voluptuária, pois serve para deixar os quartos mais belos, agradáveis, para o 
deleite do casal. 
b) Primeiramente, vale frisar que, no caso, há um contrato de comodato ( empréstimo de bem infungível – 
imóvel) e, portanto, o casal era possuidor de boa-fé ( ler artigo 1.219 do CC). 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem 
como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento 
da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
 O casal pode exigir que as benfeitorias necessárias e úteis sejam indenizadas e que possa ser levantada a 
benfeitoria voluptuária, desde que isso não implique destruição da coisa principal. Cabe, sim, direito de 
retenção, mas apenas com relação às infiltrações e ao forno a lenha. As benfeitorias voluptuárias não estão 
sujeitas nem à retenção, nem à indenização, podendo, no máximo, Otávio e Thalita levantarem o papel de 
parede, desde que disso não resulte prejuízo a Pedro. 
Questão objetiva - Letra C 
Caso concreto – Semana 9 
Augusto Ribeiro é casado e tem três filhos desse casamento. Recentemente, Augusto descobriu que é 
pai de Ana, 20 anos, fruto de uma relação passageira, anterior ao seu casamento. Após a descoberta, 
Augusto decidiu reconhecer a paternidade de Ana, mas pretende celebrar acordo para que a moça 
não inclua o sobrenome Ribeiro em seu nome. 
Com base no Código Civil, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE: 
a) Qual a natureza do ato de reconhecimento de paternidade? 
b) Augusto pode impor que Ana não utilize seu sobrenome? 
 
a) Trata-se de um ato jurídico em sentido estrito, pois se trata de um fato que tem repercussão jurídica, 
deriva da vontade humana, é lícito, mas as partes não possuem autonomia para estipular os efeitos do ato. 
As consequências derivam da lei e já estão previstas em lei. 
b) Augusto não pode impor que Ana não utilize seu sobrenome, pois o direito ao nome é direito da 
personalidade, direito personalíssimo e somente Ana pode decidir se utiliza ou não o sobrenome de 
Augusto. Além disso, por ser o reconhecimento de paternidade ato jurídico em sentido estrito, Augusto não 
possui autonomia para estipular os efeitos que pretende com o ato. 
Questão objetiva - Letra B. 
 
CASO CONCRETO – SEMANA 11 
Maria Sofia Silva, analfabeta, recebeu, pelo IDHAB, um imóvel situado na quadra 46, conjunto I, 
lote 24, do Novo Assentamento, Brazilândia, Distrito Federal. Ainda sem planos para o imóvel, Maria 
Sofia aceitou proposta de Cecílio Monteiro, que trabalha com corretagem de imóveis e pretendia 
alugar dela um cômodo que se localizava na parte posterior do lote, à frente do cômodo onde morava 
Maria Sofia, com o objetivo de transferir para aquele cômodo, um bar que tinha nas proximidades. 
Cecílio, então, providenciou os documentos e entregou o contrato já redigido a Maria Sofia, que, por 
não saber ler, apenas assinou o seu nome. 
Poucos meses depois, uma terceira pessoa, Celita Ribeiro foi até o lote de Maria Sofia a fim de 
comprá-lo, pois havia recebido proposta de Cecílio. Maria Sofia afirmou, com espanto, que o imóvel 
era seu e que não estava à venda, e que, além do mais, estava alugado para Cecílio. 
Celita, advogada, conversou novamente com Cecílio e pediu para ver o título de propriedade do 
imóvel, ocasião em que descobriu que, na realidade, Maria Sofia havia assinado um contrato de 
cessão de direitos e uma procuração, transferindo para Cecílio todos os direitos sobre o referido 
imóvel. 
Diante desta situação e, com base no Código Civil, analise JUSTIFICADA E 
FUNDAMENTADAMENTE a possibilidade de anulação do negócio celebrado entre Maria Sofia e 
Cecílio. 
 - No caso, percebe-se que Maria Sofia foi induzida a erro por Cecílio, foi enganada. Trata-se, portanto, do 
vício de consentimento denominado dolo, pois Maria Sofia foi induzida ardilosamente a erro por Cecílio e, 
por isso, a vontade encontra-se viciada. Como se trata de hipótese de dolo principal, pois se soubesse o tipo 
de contrato que estava assinando, certamente não teria realizado o negócio jurídico, o negócio pode ser 
anulado, no prazo decadencial de 04 anos a contar da data de celebração. 
Vale frisar que o analfabetismo não é hipótese de incapacidade, de maneira que o analfabetismo, por si só, 
não anula o ato. 
Questão objetiva – Letra B 
CASO CONCRETO – SEMANA 12 
José Roberto sofreu grave acidente de carro e foi imediatamente levado a hospital. Chegando ao 
hospital, a família de José Roberto foi informada que a cirurgia apenas seria realizadase fosse 
prestada caução no valor de R$ 50.000,00. Neste caso: 
a) É válida a exigência de caução? 
b) O defeito do negócio e sua potencial anulabilidade confere a José Roberto o direito a não pagar as 
despesas hospitalares? 
 
a) A situação descrita no caso concreto caracteriza o vício de consentimento denominado estado de perigo 
previsto no art. 156, CC. Por uma questão de necessidade de salvar a si ou a pessoa de sua família de grave 
dano conhecido pela outra parte, o agente manifesta sua vontade viciada e realiza negócio jurídico que lhe 
é extremamente desvantajoso, assumindo obrigação excessivamente onerosa. Ademais, a exigência de 
caução para a realização de cirurgia é ato ilícito, prática abusiva, prevista no artigo 135 – A do Código 
Penal. 
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 
2012). 
 Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o 
preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-
hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão 
corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
b) Apenas a exigência de caução é inválida, mas as despesas atinentes aos serviços efetivamente prestados 
pelo hospital devem ser pagas por José Roberto, sob pena de enriquecimento sem causa. O negócio jurídico 
poderá ser anulado, mas as despesas hospitalares devem ser pagas. 
Questão objetiva – Letra E. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12653.htm#art1
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