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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR/BA.
FREDERICO, brasileiro, casado, profissão, identidade nº., CPF nº., residente e domiciliado na, Fortaleza/CE, vem, por seu advogado (endereço, art. 39, I do CPC), com fundamento no art. 274 do CPC, ajuizar
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Em face de GEOVANA, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade nº., CPF nº., residente e domiciliada na, Salvador/BA, expondo e requerendo o que segue.
DOS FATOS
O autor foi comunicado por telefone, pelos próprios criminosos, que sua filha Júlia havia sido sequestrada. No mesmo ato exigiram a quantia de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) para que a libertassem.
Em 13 (treze) de janeiro de 2014 (dois mil e quatorze), os criminosos enviaram um pedaço da orelha de Júlia para a residência do autor, juntamente com um bilhete, reforçando a exigência do pagamento, a fim de que ocorresse a libertação.
Na iminência de ter a filha assassinada, o autor buscou arrecadar o valor exigido e, como alcançou apenas R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais), decidiu vender o seu único imóvel situado em Fortaleza pelo valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), o que ocorreu em 16 (dezesseis) de janeiro de 2014 (dois mil e quatorze).
A compradora do imóvel foi Geovana, prima do autor, que conhecia a situação e motivo da venda.
O imóvel em questão possui um valor de mercado na altura dos R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais). É uma casa de 04 (quatro) quartos, com piscina, sauna, duas salas, cozinha, dependência de empregada, em condomínio fechado.
Após a celebração do contrato e antes do pagamento da quantia exigida, em 20 (vinte) de janeiro de 2014 (dois mil e quatorze), Júlia foi encontrada com vida. Dado este acontecimento, o autor entrou em contato com Geovana para desfazer o negócio jurídico, mas não obteve sucesso.
DOS FUNDAMENTOS
Conforme se apura, há no contrato celebrado um vício que enseja na anulação do negócio jurídico. Mediante o perigo iminente que Júlia estava submetida, na necessidade de salvá-la, o autor vendeu o imóvel por um valor muito abaixo do real, apenas para fins de resgate. Tal situação configura o Estado de Perigo que está previsto no art. 156 do CC/02:
“Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.”
	Geovana, prima do autor, era conhecedora do motivo pelo qual o este vendera o imóvel, e mesmo assim estabeleceu com ele o contrato.
	O ordenamento jurídico pátrio resguarda os direitos de quem atuou em Estado de Perigo e assim dispõe o art. 171 do CC/02:
“Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.”
	Conforme se vê, não há dúvidas de que o negócio jurídico foi realizado apenas em razão do Estado de Perigo o qual Júlia, filha do autor, se encontrara. Também não há dúvidas de que Geovana era conhecedora dessa situação, até pela proximidade familiar, devendo este negócio ser anulado.
DOS PEDIDOS
	Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
	1 – A citação da ré para apresentar defesa no prazo legal, sob pena de confissão e revelia se não a fizer.
	2 – Que seja julgado procedente o pedido para anulação do negócio jurídico celebrado entre as partes.
	3 – Que seja julgado procedente o pedido para condenar a ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.
DAS PROVAS
	Requer provar o alegado por todo o meio de provas em direito admitidas, especialmente a prova documental.
DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se a causa o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Salvador/BA, XX de XXXXXXX de XXXX.
Advogado
OAB/XX

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