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, 1 li HISfORICIS- MO E AROU 1- TECTURA DO FERRO 1840-1900 1842 A ChIna cede Hong-Kcng., InglM.enae.breos~~.as polêncJaa oadir'IIats e ao c:::oréao bntaníco do ópa. lB43 ___ ~ compOe. müsic:a Plf3 a peça do lcabo de Shi~ Sonho de uma Nora de Versa 1845 0labmdetqde (O IdIOffil das ~uJas e dos exame, na Unrvcrsdade de BerlIm 1841 Intltldoçaa, nalnglatena. da lei que Ie$l/lnge o dia de trabalho a 10 horns. 1848 Kart Manr publa p seu Msnrfesro Canumsra A descoberb de )aooas aurtfefil$ na Catdóma OOnduz ê Comdi do Oum. 1861 ' Abll!Jham Lmooln toma.sc PltllSldfonte dos Estados Umdos da =u~UIga a abollÇ3o da r~~:!=~ç.1o da Cl\ll~ha 1864, Julio Vemo escmve A HISTORICISMO 1840-1900 da bátbJra - era agora considerado COmo e Clficamente alcmao Só na segunda rMt..1d( Estios emprestados século XIX é que os hlStOflDdOf6$ do anc (- Com ponto de partida na Antiguidade Clássica e ram o facto de que o Goooo ck'lS Cdledro ng utJra;ando alguns dos seus elementos esln.lIuran- $O e solene. - que se pode ver trans.posto n.1 tes. o NeodclSSIClSmO tJnhD produzido alguns IIx hC<ldacs do futuro.. Os rorpos eslereomémcos. a clareza tec1ônca. as linhas mctls c il economIa dcooro:illva COl'1tlnhnm em SI gt!rmcnos do moder- nidade. O H'itonosmo. quo tnmbóm se podo ver como desfecho maneirista do NcoclassiClsmo. n~ negou estes IndrCtOS. tcndo-os. pelo conlFá· no. tltJijlado na ronstruçao e na cstruturaç:Jo es paool Como num Jogo, ou devido ao receiO do progresso técrllco. escondlllm-se as novas POSSI- bIlidades c:onstn.JtM1S por detlâs de formas estl- IIsncas do passado, que seMam agora apenas de Invólucro Este ITIOYImenlO IC\Ie o seu ,nbo com a utlllZa- Ç30 do G611CO. Na lngla1Ctr.1 """ estilo unha SIdo oontlnuado de foona bastante tndcpendenle. e permanectdo determinante muItO pata IA da Idade MédIO. Desde ..-do séc. XVII. pnnci- palmente nas grandes mansOes de campo, e a partir do ,nfeto do séc. Xl)( de forma generaiz:;oda tinha havtdo sempre mdbos de um re.mtaismo do G6tx:o tgo<l1oc """",11. O mesmo aconIeCeu na Alemanha. cuJO bno naoonal fOI fortaIeado oom a del'l'OCa da Ffança napokóllIca. mas que ainda nao tnha encontrado a sua reara.açao a ... \OeI nilCIOfIal EsIe esvlo, mal ""'" desde o Renas- cimen1o, - o lermo -góIx:o- Dnha s<lo ontrodU2ldo oomo Insuho contra uma ilrquReCtura consdera- V.agem ao Centro dIJ Tena o pn_ matO romance de 0Cça0 oent1fica 1865 l..ewD Carrol escreve AI.at no Pafs das MJmvrlhas. Geotg JohaM McndeI publICa as 1001 loosdaHe""""'_r._ at8tes após 1900). 1869 Abertura do Canal do Soez. 1811 Fundaç:Jo. em ~Ihes. do (mpéno AJem30 no final da guerrn franco-olermt Bismurck lOmaae no pnmeuo Chancelcr do Impêno !a14 1890). 1874 Prime'ra@)'po$IÇaOdogrupo dos rmPll!SStorusta$ em Pans. rcçao na catcdr.J1 de Colónia - era 00t francesa, ou seJa precasamente do pais qUf COt'l9dcmva como -arquHnlmlgo· O abandono claro do daSSlclSmo puro por I arqurtecwffi revlvahsta com eçou no ano 18 40. quando 00 rnlCIOU a construÇ-ao de n~ cdíffCIO para o parlamento de Inglaterra complexo 9'ganlesco com cerca de 1100 sal ) uma frente que se estende por 275 melrO! longo do no TamlScl. Tal como no GÓtico ta de estilo perpendIcular, foi aplicada l decor3çao em grade retlCulada sobre a tact do oorpo com rorma de ca ixa O arqullf Chaóes Barry, seguidor conVIcto do Neocl. CISmO. recusou·se 8 proJectar um edtffoo -gÓl de acordo com as exigênCias do concurso. ISSO. contratou Augustus Welby Pugin. adepID fervoroso do gótico como modeJe dos pormenores da fachada. No entanto comJjaS que atravessam todas as facha acera.n.. ao oontrano do poderoso deseje -.e1Icalidade patente pelo gótrco onglna l inhas hortzontad Os elementos decorativos pequenos e esquemátICOS - condiclona I pelas dímensoes da obra As formas decorai toram apflCadas. de forma sempre Igual ~ ~ do eddiao. até este se encontmr cob na sua uabdade. 1885 GoUltcb Da,mler e Carl Bem fabnc:am os pnmelros 8Uf'on"1{)o.oe.S O P'!fTleIrO submanno com êxito é ~o ao mar em NordenfckJt 1886 Intcrdtç30 e .sutcfdlQ de lI,.If$ 1/ te da BavIera (desde 1864) QUO sal". de demMaa. 1892 Gethart Hauptmann IJIJbla Os Tcce0es um drum3 que descreve uma revoluc;llo popular por morNOS SOCiais.. 1894 O ofioal fran~ de origem Jucha AHrttd Oll!Yfuss ê oondenado e deportado como presumt.,.el biltdor da pátna 1876 Alexandre Bc/I regtSta 8 ~tente do seu aparelho perQJl'lOf do aaual telf>fone 18n l.eo N TOI'itOl publica o r'OmariCe /lnn3 Karcfllnl1 Vitória. minha dn Gr3-Bretanha e da lr1anda. retrnlo tirndo por VOlta de 1890 1895 Wi!helm Coorad Rontgen descobre o f31CH( Slgmund Freud funda a p&C3nálrse Pnmcll'a S8SSa, do onem1 pelos ,rmaos SldadenowsJcv em BerlU'Tl e pefoo Irmaos lumlén'.:!' em Pans. desde 1880 ProssegUtndo. poIfl1ca coIon .... ! dos séc. XVI - X\II!t as grandes POtêr"lO<1s lutam pc{a dIVISa0 6COI1ÓOlIC3 e pohtrca do mundo ClmPQnohsmol 1882 Estrela do Porsifal de Wagl'lCfem~['Uth 1899 Confc~ da ~ em Hatt !lObIe o ~Iuçao padflQl de _ COnnl(OS InternaClo,,"Us. 70 HISTORICISMO E ARQUITECURA DO FERRO (1840-19001 AssIm. as carac::tertsbcas esset"ICYIS do HJ5IOOOS.- mo encontmm-sc aquI reul'lldz um esblo do passado. cuia evoIuç30 há muno se encontriiI encerrada é utdaado para c:\e:semodver progra- mas arqurtect6nlCOS totalmente ncM)S, como o deste parlamento de dimensões lAo gtgantescas. Neste contexto aphcavam'5e as regl3S do esblo com uma cKaCtldâo e um ngor cxtrern3menle "ac.ad rrllc.os", o quo nunca tena ocomdo aos 8rqurlectO$ daquela época. pors fom cxaaamen- te a utlhl~O hberal dos ctinoncs que lhes linha permitido cnar obras SlC)nllic:atNas. Ao contr.1no da arQUllooum do RenaSOl"l'"tC1lto ou do Neoclas- 'SlCrsmo no HlstorrclSlTlO. as obfas antigas ":lo eram ponto de p.lnJdtJ p.Jr.J obras ncNaS, O1auvas o ,ndlVldUDhzadas. Eram pelo rontráno, para uma ,mlwçao esquemduca e sem alma A combina· Çao por vezes alealóna, de elt>mcntos de estrlo de uma ou de vJna'S épcc15 fana com que por vezes o resultado parecesse falso e caollco. o Parlamento dl" Londre; apresenta ressafras. mo- clelaç30 quo nao exIStIa nJ arquncctura g6tJca As funçao do edlf(clo deve encontrou expressa0 na sua planta. no extcnor. e na decoraçIa. QuaISQUCf que fossem os cenáoos tAizados. na mallOllêJ dos casos eram pnncipalmeote as pn> porçOes que deocavam de ser as CDrTedi1S. Os ncM:lS ecflfiClos - corno o Pat1arner*> de Londres - unham domensoes complelamenle ó __ daquelas paro as quaIS O estilo bnha sido ClilCk>. Quordo se transfena. por e>empIo. • dealr.Içao de uma casa burguesa f'COéJ5ICef"ft para l6Tla ta- chadtJ de um edrhcio adrmntStratJvo mm c:eca de durentos rncIIOS de compnmento • quatro piSOS de altura. era nalutal que tal oondU2tSSe. obnga- tonamcnle. à amphaçao. omperlcoçao e repeuçao das formas. Nao eram apenas algumas obras IndlVldualtzadas que allnglam dlmensOes até entao qu<lSe desconhecidas. Também íl quant!o dadc de casa:;. ronstrufdas a partir de meados do séc. XIX allnglu um \IOlume de tal ordem que a \IOntade de CXlnstrulr dos prtnopcs barrocos pas- sou a pal9:ef comparawamcnte InslgmrlCante lormas dos ,')uI05"' o o maIS do que -empres- InovaçOes com um I"CVCSlIm nto fam ilia r t3llas e roubadas e ntlo nos pertencem" escrc- O gosto da (lpoca era determinado por dOIs \leu Gonlned Sempcr um dos poucos JrqUltCClo.<; ao;pcctos essenciaiS OS donos das ob ras Ja n"o Que no penodo do hlo;;tDnCl!.lTlo arou algumas eram apenas tndlViduos por YC.les cXtIemJmenlo obras po5luvas. com base no pnndpro de que a cultos - prfnopcs. J:k;pos ou burgueses abas-- a.rtes Barry • A.W. Pug1n Houso af _ t84o.aa lo<1d~ sede do ~ 1I"'I9les. com 8 Viaona TQ'NICf Clasa 102 m de aiura) e o ' 81g Sen· 11859 97 m de illtural O ll(M) eôftc:Io do p.1I1amento - que lOmCU o lugar do anbgO Pilláclo de ~ destruído por um Incêndio em 1834 - é um testemunho do ~~ gODCO" e do entusiasmo das ngIesies por _ estIk>, que teve o .... lIlb;) em ~do J6c. XVIII O ~ reaanguiar fOI estruturado ~ l.W1'l8 lRquOncia de 00fP0S iISS1mIMncoI. A fachada oecte. ao longo do no~. 6 dominada pell VICtOnll Tc:::IrrHer. e o lado norte pelo '81g Ben· O gOboo ~ ~UIdo a''''' da um revesbmento decoralNO At'lomando o estilo perpendICUlar la forma especlé11 que o gótico tardIO tomou em Inglaterral aphc:aram-se os elementos decofiltlVOS vcrbCDrs as $Vper1loes forom SUbdMdl das por uma relJcula A Impress:Jo é de que for apllCSdo um folheado 30bre o cebhoQ. O vocabuláno formal exchJSNO da arqul'led.ura waa no passado. é agora UTIIIlado oom uma funçllo mero mente profana a "Jerusal~ Terrestre" vetO substnUJr a • Jerusalém Celeste· HISTORICISM O E AROUITECURA DO FERRO 11840-19001 7 1 Charles c.m .. ,.. L'~..::ad.lrta ~l VIIIa noto lSn14 P,us Vef e .., vwseor Segundo estJ rnAIumI. , Opefa .~ ,. como *"boAD do Segundo lm~, ,-I .~.ar da but O ....... PD''''''''' do .. XIX • como paradigma do .8liii0 NoIpoIeIo .. O seu ou9\! a CXW'I5IJtIJ6do ptIIQUmente pelo (X)I1junlO toon.do pelo G,.nd &ceItere o Grund FOyf!rIescadana •• !.nO monu- mentaIS) EJuSIe iQUI esp.;n suflOlnUt p.1I'iJOnanare8~,O a~ndono de uma esIétJCI normMJv.l pcl( uma dc3cnuva toma ~ pae"Ue .... utJhzaçao de: um \'OCabulãno ~ de formas e l'IernenlOs deoorall'WK o QUC se pretende c.descreYer e nao avaltar Os CSbIo$ hlSt&lcos 5ao "'*" oomo slm~ broas recombuladas a g()!;!O ~ram de ser suporte de uma eII~ ~ o velor que 1hes ~ atnbuldo i! oNOlkldo .~ pDf crMnos de moda <"""oS tados - mas. na malOflê) da YC'ZeS. grupos anOnl mos ou agremklÇOes. Aauav.lm em nome de estruturas abtstJact,)s como oomlnrstraçOes pubh· cas ou emprcs.:mclt5, o que ~o OOndUDa exaclJ mente ao gostO pc'o nsoo AIóm dISSO" com O desenvolVImento da sociedade mduslnal e a áMSao do trnbalho. a elite dmgcnte,. mnto polftJca quanto admlnlSlJõJlIVa, Já nOo comcldla com iJ Inlelectual Esld Sl1uaçao provocou urn maior domfnlO do gosto das mnssas. Que 50 deixavam multas vezes gUiar por aquilo que JtI lhes era famlhar c já nnha sido ilVallZDdo. O gosto domInante Pra marcado por umn pro- funda falta de scguronça A marcha tTlunlal das máqUinas trouxera. luntlmcnl9 com o desfol"lVOl Vlmento Impetuoso d;j'j CiênCiaS nfllunJlS no espaço de pouoos d~nlos. alterações mOIOres boio& um mOd+CO a\(>rn.'lO of,lTfK)u quo O!> paS genos IOdm certamen1e 501(('r gr~"JVe!i daf"lOe; CE brells oom a veloCw:1t1dc deM"nfrc.1dJ rl dada mêeha era CntdO de cerca de tnnld tros por hora As ' cnconlf3V.Jmse nlV das entro a cufona do progrc~ (' a ttd~fiql çao fOI1'I<~ntJC1l do passado O Rctchstag de Bcrl.m. de Paul Wallo~ re;quJclOS do RcTlasclmento tardIO. n~o fJOSSl do. no en~1n1o. nada da sua m3gnmcêncaa. IT ornes um tlSpCCIO compacto e pesada. A rup de {tomo c vidro acrec;centad<J postenormente urro façanha CS1t'1ICJ mesmo na d~da de do séc. XIX (m contrapartida era frequente oolocar bomt a vapor em cenános de grande efeito. para seR vtSIaS por vtsrtantes entusiasmados Por ou lado. o mvólucro extenor de uma cstaÇao bombagem pocha apresentar. por exemplo. aspecto de um castelo normando. Nada carac nza melhor o HiSlOoosmo do que o segUInte p cedlmentD as lnovaçOes eram Pembrulhad com um revestimento famlhar Por exemplo ediffao gtgantesco de um parlamento com roupagens de uma ca1cdral gótica loomo ( l.ondres. onde a torre elevada sobre o cruze 1fI:*:a do gótJoo .nglês. nOo foi esquecidal. as bnca5. as centraIS eléctncas ou hld~uhcas er.: rewesIIdas com fachadas de castelos. carnal rru1iapaIs ou !Qf'eJ3S (a chaminé era esconch peia torrel ou as galenas comerCIaIS,. que pen nam agora o ooméroo em espaços cobertos. ~ _de paláaos """"""'"tlSIaS. Face ao no.;o tempo. aparentcmente caónco k:Iade Mêeha começou a ser transfigurada llálla,. que tinha consrderndo este periodo da t tOna. entre a queda do Impl>no Romnno e Rena:somcnlO. como -tcnebros() perdera defir v.Jmente a força condutora do dcscnvolvlmer da cuttura oadcnLJI Que unhJ ndqulndo com Renasomcnto. Nos patscs Que unham tido um papel cultu dornlni1ntc no Idade Média. como a França. Alc~nha ou a Inglalmr .... começaram a ser n liJumdos numerosos ~:hficios hlstóncos e até co telos completos.. As InvestlgaçOes das artes q se desenvolviam de modo Impeluoso faceo interesse pela hlSlóna fomectam os conheomt: tos nccessános, No entilnlO" mUitos dos restJUf tilmbém lomm executados com urna ngtdpI um ngor acadt:'mlCOS. prodUZindO mais cstrag do QUC benefICIOS, uma ~ que o gosto P' em todos os domfOlos da vrd.:l do que qualquer ·COrTt.'cç:k) histórica dos cchrrcios condlWa. J: outra época antcnor Face aos pnmelros com \ICZCS, à eltmlnaçtlo IndOVlda das -lmp~Jrezas , 72 HISTORICISMO E ARQUITECURA DO fERRO 11840-1900) estilo· Meraram-se e ·c:ondJrctm-se· grandes e<J,focaçOoS que \rilam ficado por acabar. por exemplo • """""' de CoI6noa e a de MUf1SIel. 8SSIm romo a de Berna. E onde nao easIIaJTl construÇOes para restalffi1r. eng.am-se novas. "'9undo vnotaÇOes f~ como o paIáoo bilWro Neusc:hwanstetn uma nw:szura de Rorn3na> e murtatanlaSlél EsIB "PC de falsificaQOeS .~ """"'" cxttP.mamente fácil hJQ!r ao presetlte. acwava contra a sensac;.lo de Infenon:iade cullural e coava. IndusMJrT\COUl a .~ de un perauso h<>tOrico d~""""" camalaS """""'*" de ""*' gÓbOO eram constnJtdas nas CIdades que só tinham alcançado lOlp0rt.3rlC1i no séc:. XVUI ou XIX. nos E.UA erlQ!ram-se CiItedraIs neogóoca:s. nos tcmtOnos da Pruss.a ... este do no EJba. onde o poyoamenlO por populaçt\os .Iemas 50 unha SIdo eh .. actuado no fi~ do PDrn.3ruoo laIÓO. oons- trul.Jm--5C grandes edrfic:açOes de esbIo Neo-ro- mamco A burguesia. Que ~m tempos linha !rnpulSlonildo a mudança da soor.dade 8 fora também responsável por nCM:)S Impulsos na arqUll.eCtur.J. tentava agora cfpropnar:se da magm- lu:õncli) dei desmoronada ordem reudal. com umn anSl8 tanto maIS ev'Idente quanto maIS explosIVO e ameaçador se tomava o desconten- tamento crescente do operariado O mais relevém- te tC5tcmunho desta snuaçao é talvez a Ópera de Pans. englda entre 1861-74, a maIS grandIOSa de enlre dS multJplas óperas Que for.:tm construtdas nessas décaddS - p um exemplo ~PClonal m(!nle paradtgmtntco da EcoIe dcs Beaux-Arts (Escola de Belas Artes) de Pans e da InfluênCia que exerceu !lobre a arqulteclUrn fe\llV3lista que acabou por chegar também à Aménca Conespondendo 00 gosto e â necesS1dade de ~ do piJbhoo que f"",vemava a ópe<a de Pans. o arqultCClo Olartcs Gam.er escofheu para o seu pn:IIeClO uma mtSWra de Barroco e Renasomen1O. ded""'ndo maIS de um rerço do eáruoo à VIda soaol Deste modo. desenhou um álnO gogantesCO e uma escadana até a cober1lJla nao se .... ndo Já de um espaço f_ sobre SI. oomo no Barroco. mas de uma írrtefpene.'bif çao de espaços. ou seja de uma verdadetra seqtJênoa espacial Esse s<mples facto apaU ja pera llCJY()S tendêno<ls. apesar da If1SIS&ênaa em -.".,...,.... Máquínas imitam o b'abalho manual Com o correr do tempo dlegou-5e a um desfe- cho 1OC'IIItavet: as máqutnaS deram oogcm a uma reaprolUmaçAo às formas !JaÓCIOfl3I$. fornecendo SllTIuttlneamentc os metal para as pnxhJZJr A prodvçâo de um copo. de formas ""OOIhadas. ncamcnto decomdo e ~ICk>, CXlg\õJ o domfmo de uma grande tOO"llCD artesanal e era, cones- pondcolCmento. bastante cara No entanto, por murto bons que fossem os ortffices e os palldores de VIdro, nenhuma peça em (!)(DC\amontc Igual ti segUInte. Com a InvençGo do vtdro moldado. este luxo tomou-se um obtccto utJlrtáno barmo. Face à concool!noa ooIocada pela produçao mecamc • • mais rtlptda O bamw. muItOS artffices tIVeram de rechar as suas ofICInas. partlr para as ctdades e trabalhar nas fábncas Perdtam-se aSSim os co- nh8Clmantos e as tocrncas que tcnam transmrt.tdo à gcmç:k) seguInte. Em vez do coarem peças unlCaS,. passaram il prodt.alr produtos IT\BSSlfica~ dos. usando mâqUlnas que Imitavam o trabalho manual em dezenas de milhares de cópias. Paul Wallot. (dlffclo tln Il3I!rlrn.. PtaÇIJ da RI!p(JLhca ~~~=lJr:=~::~~P mundiaL IlJuqultecture ~ que '" I()(nar raptdamente a cxpret66Q do ~ n;)00081 e do deseto do rcp'esentaçao A tmnsposiçdO arqurtf'CtÓOtCa dO$5l' obteCINO num' RetChs1ag digno do p(M) olcma(f baSCOU-se numa monumental!- zaç30 (!)ICCSSlVil, sublinhada peta SItua çao exposta e dcScllogad3, e ni) utllIla çao om paralek>. de elementos barrocos o d~ fo!Tf1aS do Ren8SClmento italiano O corpo maangular de lrês pISOS fecha-se sobre 51 prOpno c é !llmélrlCO em relaçao 00 euU> ccnllat O centro é formado pelo ospaço dcsllnado à assemblela sobre o qual se ergUIa uma cupula constru(da em lerlo c vtdro Nesta obra dlspenchosa WiJllot ut.lhlou colunas Insplrodas na AntIgUIdade CUsstca Que abarcavam os dorS pISOS. um rosstJ/ro dD grande pl3stJ- odadc. ao Qual 101 adossado um pôf1ICO. bem romo uma SfQu/trave saliente HISTORICISMO E ARQUITECURA DO FERRO 11840-19001 73 PaJM:io Neuschwanstetll c::onstrukIo entre 1869-1886 parct o JelluIs U da BavIefa. peno de Schwangau Im AIIgau Neuschwansleln documenaa, t».ez como nenhum 0Ult'0 palâao, a ldesiIkzr çao lrctnsf9urada da kMde MedIa que o Roman\JSmO feteYa Engdo nUlTlil pat»- gem exvemamente romanta. no local onde se enoontrava uma rulna de um castelo mcdlt'Vo!ll. fOIlnspddo no mundo das aperênoaS do 1eiMl O monan::a mandou engu: no ~bo de um rochedo. a !.UI "Wanhurg- um lemp!o dedICIdo a Rich3rd 'Nagner Est1 otn é lJ'n bom tesremunho d.l sua I~ Ialdo-rom.1noca Recorrendo KI romI",co. o pa!klo ~ a 1ef\lalNa de reunU' a iI1e. a natureza e a arqurtectut8 numa obra de arte global Esra smJaÇOO ""nfiCXJU-<e em todos OS - O que até entao ""tia SIdo um tlM»ho pe:;ado. eweo.nado na fol')a passou iI ser produDdo na fábnca com feno fur<lodo. Eleme"""'_ passaram a ser fabncad05 em Jéne. constaWldo artIgOS de cat<1logo. que podiam ser escoIhtdca por Imagens. encomendados. e depois oobdos nas paredes. Nada melhor para descre.1!r estJ snuaçao do que a anedota em que o mesare pedreuo pergunla ao dono da obra • A casa e5Iá pronta Qual é o estJlo que f)IUU!f'ldeT O moomento Artes e OficIos procurava agir contJa este estado de COISiJS. lnotando os pro- JecIJstaS e os comumldores a estudarem em museus recé.mlnaugurados. exempkls paOOI gmo1tJCoS das artes manuaIS do passado e do presente No entanto. esta tenlatlVil veiO. em ultlma InstJnoo. pIOrar iJ mse. uma vez que se VIU refOfÇ<ldil a lCIela de Que as formas crollvas mDlS perfelt&lS J,1 tinham todas sido Inventadas. As co- lecçOes dos museus eram UlIhzadas como fontes de onde se pocham retJrar, a beI-prazer; elementos d=_ A 1écnica e as oênaas naturaiS destrularn. uma após a outra certezas apamntemente absolutas e frontCllils consideradas eternas do conheamento Porque nao eliminar também os IImncs entre espaço e tempo na cultura' Aos elementos da hlStOna da arqurtecturB OCIdental Vieram Juntar-50 os de outra~ culturas. com as quaIS as potênoos COloniaIS tinham OOntlctado no decurso das suas 74 HISTORICISMO E ARQUITECURA DO FERRO 11840-19001 conqUlst&. e que g()51d\l(lm da copIar O Patáa da JUStiça de Bruxelas. erigido por JoSPp Fbelaert entro 05 anOS de 1866 83. o maIor ed rIDO públICO d.l .época na Europa e. n I reatlÓ..JCJl um corpo esleroomélnco com sobr('paílÇÓf.."'l. (( semeado de etement05 decorot~ barroc.oo ft manos. gregos. asJnos e re~ntJsta~, demoru tmndo o honor ao Vc3IIO e és SUperfíelCS lISa tfplCO da época fOr vPZe5 utltlZavam-se clemer (OS Inchanos ou chineses Da fantasia dos arqu teclas oasoam mlS1ur.lS e ·n~hsmos- cad vez maIS fantástICOS Mas apesar da Imltaçã oontinuada das formas ltadlclOnals. nao era dad qualquer lmportanCla dOS testemunhos do vários esulos hIStóricos. os quaIS eram slmple. mente destnseridos dos seus contextos onglnal~, Devido ao forte crescimento populacional e fuga dos que 0:10 encontraVam futuro na agncu tura nem no ancsanalO rural, mas Que. em cor uaparoda. encontraVam lJabalho nas fábrica urbanaS. as odadeS multJphcaram o seu numer de hab«anteS no espaço de algumas década As a:iades expandiam-se e aumentava a dens dad!' popuIaaonal Na seguOOa metade do sé<:. XIX o urbanosm ~ • depender essenoalmente da defin çIo do& aIint"arnentOS. das alturas das cért:eas de ~ eopocúlC3ÇOes dos bombeiros - er 8efim h8wI uma que se tomou famosa. segur do a ~ a medtda mlnLma dos pátiOS traseIro tinha de mrresponder ao drculo necessáno par a ...........-;ao 00s agulhe!aS dos bombe,ro ru 5EJl. 28.52 metros quadrados. O resto esIaV l!I'1Ie!1Je à Me c:on<XlfTênaa. P>s sementes d lXJliI saIubndade urbana. como as que tinhar !lOdo lançadas por Peter Joseph Lené na décad de 40 do séc. XIX. com os seus planos de zona -.edes paI'a Berlim, df'fXaf3m de ter qualquer IIT ponanoa Também as grande:; avenidas Implementada em Pans entre 1853· 70 pelo preferto 8.Jr3o d l-lausmann. nnham pouco a ver com esse esp nta Esse scstema de avenidas largas e rectllfnea com um compnmento total de 137 qUIIOmetJo: pretencha OC'denar a massa da cidade,. cada \/E maIS Informe. dar maror velOCIdade 00 ttáfego dar um rosto reprosen1dllVO ê cJCbde Além dlSS( a Idea de que as iJ..oenldas maIS Llrgas dlficutt. nam a consuuçao de bamcadas também ef3, d ITkJKJr Lmportanoa - e uma m('ehda de precal çlIo poImca - apOs a """,Iuça<> de 184B • malha hlStOnca da odadc. c todos os seus ceM ciOS. foi eliminada 5efll qualquN ~ H0Jt.JSfT\3nn gaOOr-$&-l4, maIS tardu. de ter prorr d.noado o dcffiJbo de 20 000 cdillclO5, dos quais 4 300 no centrO hJSlÓflCO de Paos.. A h,pó- reso de coar espaços: verdes pela chmlnaçao das murolNS. há mUito obsoletas e Impedtuvas da ""pansao do codade. só foi uda em consoderaçao por poucos Na generalidade ullltzava·se o espaço oonQUlstado em wIt3 do nucleo htSIÓnco para arruamentos circulares de representaç:lo. sendo Viena o exemplo maIS sagnlficatNO. A ARQUITECTURA DO FERRO Obras frágeiS em ferro c vidro linha começado 8 Idade tv1cxtema No entanto por onde andava a 8tqufteCtura modemaJ O becO sem sakSa pata onde o HI$lOI'lClSffiO a unha condUZJdo nao ""'"""" ver que a salda nnha soda _ há mlW> f« """" de 1750 a produçlo de feno em bruto tomara-se maiS barata No final do séc XlIIi a INQ ..... a ""pc< tá se encontr3Yé1 de tal modo de:sefMJMda que POÓ" ser aplocada na produr;ao de quarrtJdades cada vez maiores de ferro gusa. fundido ou folJOdo J~ em 1775-1179 tinha soda oonsInJIda uma ponte de arcos em ferro funefado sobre o no Sevem. perto de CoalbrookdaJe~ a pnrneua deste opa únoo asnas dlSpOSl3S em ~1eIo .... be- leaam uma tI"aY8SS.a com cerca de trnta meuos. A sua foona semon:;:ular Já nada tinha a \ler com o modo de constnJlr ou o aspedO das pontes de madeua A leveza e a traf15P(Uênaa desta oons- uuçao d. ospecto f~ll _ se díferenoava claramente dos arcos em pedra. o que era atoda sublinhado pelo lacto de se encontr.u armada entre d04S contrafortes em pedra t...evez.a. lr.:msparêncw. uma tmPrcss;:)o de lcnsOo e fr.Jglhdadc sao caracterlS1JcaS estéUcas da cons- lruç30 metáhca No entanto. fOI ncccssáno passar maIS de meiO SÓQ.lIo até Que um publiCO maIS alargado diSSO tNCSSC conscl~nCJa entre os anOS de 1836 e 1840 o dlrec\()r do IJrd1m do Conde de ~nshirc. Joscph Paxlon. mandou eng1r em Chatsworth um,) ostuld com 100 rnetrOS de oolTlpnmonto. 38 mC'llOS de lalgura e 20 metros. de altura com chap.lS de \l\dro normalizadas e colunas de leno lunchdo, iltraVÓS das quaIS era condUZIda 3 égua da chuva Paxton aperfeiçooU este pnncfp!O no PalâQO de Cnstal construido paro a pnmelr3 Expostçao Mundial, que teve lugar no Hydc Park.. em lDndres. Num espaço com uma va~ta Implantaçao. constrtufdo por CInco flilI/85, o edrlloO. com 600 me1J05 de com- pnmentO. 120 metros de la'lJura e quase 34 """ 110S do altura. 1'flCOf1Ir.>IIO .... separado do - apenas pc< uma wpMffoe de lIIdro e ferro No entanto, li \INênOa do espaço nao era o úrnOO aspecto revoluQonáno do Palácio de Cnstat \I<ItOIIH8 também da pn""" oonswçao a -rnootada 00"""",","", com -- pr6-Ia- . bnc:ad<:S. sendo. deste modo. a _ poonsa da c:onstruÇlIo raClOOOlaada EsIa - dIotdczaçIo tinha permrudo englr o Pa~ de CnIIaI no .... ço de _ semanas e. Em grande porIO. re<:r:><refIdo apenas a"'-- 00tDnta homens montaram 18 392 ~ de I/Idro pc< semana. chegando um Ur-.x> a <XIIocar 108 pc< doa. Os .anos oomporlOfÊS CXlISIUIMl5 !entre OUIJOO. 3 300 <Dunas e 2 300 .......,\ onham soda encomendadoS • "*"" ernpn!SOIS ddcrentes. O Paláoo de CnsIaI absoM!u. na ..... um lefÇO da produr;ao de I/Idro aruaI em lngIit- ..kBeph Paxton: Palklo da Cnstat l..cndI-. 1851. desttukk> por um "*-110 em 1936 A consuuçao em Iem> o VIdro encontr3 ~ em l!ISIr8Ita II~ oom as propostas oonstru1MIs r10 &éc.. XIX. mercados. gal&- MS comOfOéUs.. pontes. estaÇOes de oombOlos e edlfloos de exPOSIÇOe5. Oeste modo. o Palado de Cnstal é OOI'\SI- derado um ptoduto do de:sefM)NItnefllD Indusmal c romeroal que leVe O seu lObo oom a Re....oIuçao Industnal na Inglotem Pala a pnmelra Exposaçao MunckaI. em Londres. Paxton 8p111SeOlOU o seu profeCIo de um cddlOO sem ter sido to&M::sdo E.m menos de onco meses. os enqenhel'Ol Fax e .Iendocwn enqwam a ~ n.'We no Hyde Park. cobnndo uma área de 8~ ~ EAl obr:I ~ man::a umCf~' R~ peb Sj8 estruturaçlO clarn e raaonaI. O edtflao paro ~ do PIlIIl'IDn' c;onsadefõldo o phl'T"lCIIO ~pIO de pro-fabncaç:la HISTORICISMO E ARQUITECURA DO FERRO 11840 - 19001 1~ -, Gustave Eiffel lOne BIfe( P;n, lnM.I- ~"'E.-~de1889 0.. .... 0..-.......-._ ~min tengenheM:t G.Wrie des Mochmes __ WqunosI._ ~ t.bcfoj 1889-........,.,.., 0422 m......,...u nt..-o lU m tena E SÓ asstm foi cxcqu!l.<el dc:smontá--Io no de 114 metros c ullura de 47 mclta, fin,.jJ de cxJlOSlÇlo o monm.So de novo. nurno ún compamçao, o mal(>f v~o g6tJco que n,'lt versao hgelramente atteradil em Sydenhl1m, desmoronou - na cotLadral de Arnl<"rna 10fT' W L.DncIm:s. onde fOi dosIruldo. em 1936. por um metros de compnmcnto. 14.6 metros de I.Jrguf Incêndia gónc:o só era possIvul atingir uma lranspmêna. mclhante das paredes envolvendo o edlfo oom um $lStCrnD estrutural de suJX)rte IrradlJn1C na GalenlJ das M.1qujnas. os vmto arcos tnanlCU 00 solo. Apesar da construçao exercer um. pm$!k"to de 421 tonoladas e um Impulso de 11! tonelados. sustontava-sc, Irtemlmente. sobre o bICOS dos pés. UldlZLlndo o stSlCma constt\.ltlVO tradloonal de su porteS vertiaus e VIgas. o Patáoo de Cnstal tJnh. As ~ Mundl.i1tS tornDl'Dm-sc. durnnto .) segundo melJOe do séc XIX. nas woblçOeS publi- cas das ""poCldod do Pl09nlSSO I nlco o oentJfm. cada wez" IS IrnprussJonant Parn (I Expos>çao Mund,,1 de POns. em 1889. o n90- nhetro GustM> Eiffel englU umn torm com umn altUra momil!JlnllllOl nosso tempo. Na Idodo médIo " torro da ancdml do Ulm tIVer.) do ser Intorrom· pda 80 atmglf OS setenta metros de altura (€I altu- ra Pftl1OCI'lda em de 162 metros! A Torre Elrlel. em oonuaportoda. medoa 300 metros tendo per- manea.1o durante quarenta anos. a oonstruçao ainda um aspecto bastante estátiCO Em contra TT\aIS aha eng1da pelo homem part:lda na Galeria das M~qulnas. os suportes c. C31ga InterpenetraVam·se de modo continuo f flurdo. aiando a Impressao de uma tenda gigan teSCa A ela Yeio Juntar~ um cdrflclo equrvalente e m ~ e nao menos assombrosc" a Galena das Máquwlas. oom um compnmento de 422 melros. é um _ roberto pelas asnas metálicas Expre:ssao artistica com ferro e aço A ~ da Galena das M~qulnas. que te desmontada em 1910. demonstrou de mod( Impres5lOO3nte as fanlásticas potenCIalidade téaicas da c::onstruç.ao em aço. constrtUlndo un dos mais sagnrficaWos monumentos da er; IndusInal. Este tipo de oonstruçao estaVa. até" díssQ. <ila:lamente logado às exIgências funClO naes. A va:riaçao da expansao do matenal m sentJjo IongJ1udlnaL """""",da pelas osalaçOO da 1en'lper3tlJra. podJa ser eqUlhbrada apoiando I nave sobre rOtulas. ·Estou firmemento convenod< que a mlllha 10rTe ea a sua bclCLl mUIto propnc É ou _ verdade que os cálculos oorrectos d. establhdade corresponderam sempre aos di haomonoaT e!ICItMlU E,ffel No entanto. no slN Xl)( tudo qUilo que hoje I dCSlgnado por arqunectura do f no, nOo era con srdemdo como sendo orquítectura FábnCéJ~ ormnzéns-. pontes oom grtlndcs vaos. naves pan oxposlÇOcs ou BStaçOes de caminho de ferro. rsU é Inúmeras llO\Iil$ propostas construtNas. tfplca do épcx:a eram vtSlas apenas como ·construÇ'Oe: uti l~nil:". que nada Unham a ver com arqult:ec tum O ferro ou o aço eram considerados mate rrals ·(alsos· com os quars nao era pOSSIV(. qualquer rnodulaçao orustJ~ e que. por este mo trvo. n:lo pocham ficar O VISta A Tottl~ Elhel fat dI'> clarada oomo il 'vcrgonha de PdOS· e destlnJv.) -se D ser demolida após il Expos.ç:lo MundlJI A arqurtectura cstav.l. deste modo. redUZldJ I arqurtecturo de fachadas. Fbr exemplo. a nave de 76 HISTORICISMO E ARQUITECURA D O FERRO (1840-19001 ~ kJndnna da salnt·Pancrns. que até à ~ di Galena das MilqutrlOS "'" o malOf ...ao ooberto do mundo com os seus 75 metros. ,,,,110 • rachada de um pseudo-pal<!ao neogóIJco pc< -.15 da qual se escondiO o Mldland Grand Hotel Este procedImento era tIpoco nas gr;mdes csraçOcS oonstruídas na época Os pontOS de paooda do metO de transpo<le ~no que se mantena. até meados do séC. xx. oomo suporta prinopal do trnfcgo â disIanaa. envn em Quase todo o lado ·mHJSlne. rnr-polals' (meoo rábrlCa. metO paIáoot as """"" goan:IioS3S das 'catedoalS da em ondusInal" ~ Ilnham de se< alias devido ao rumo das ~ cmm csronáodas com fadladas """"""'" em pedro. voltadas para a _ Una ~díreda e sllbna como a do .,.,...ao de J(à-lgs ems.. mesmo ao .- do s..n.Paroas. "","""","se uma""""llÇllo. Os ncNOS lT'IiJII!niIIS lambém eram UIiIiza:tos em obfas __ de~Seo feno fundida. mesmo ~ _ uma ~ qual """'" supenor a da pedra. o feno Iorjado aguenta esforços do ~ e rorçao quo ..... ""'" "'-"""" ..,. do atado rnafII!nal e (X)fTI um peso quatro wzes mero: NI:m óssa. __ a qualquer Iorma Paoa tiSJçar • sua estrnnhcza. as ooIunas de Ieno fuldido eram dec:oonIdas oom csptt/JIs das 0Idens ~ I>s oonstruçOeo ~ com suporIes • vogas em melai ,a _ ne<esSItMIm de paredes .....,. lu"'" DosIe modo. lo 1rtIrtldUZ>da a ........ ..".,.". çao u!cnoca da _ da ~. <XJnSItu. çao maoça lo suboblulda IX>' uma ~ es!JIJIlIOI. que _ • ...:uçao de _ çOes. ornucarncnte do qualquer dmensao. ""*' em elturn oomo em *- a:rn eIemen&os ~ fólbncados o em lempo mcorde. Jam"" w.m. que .n!la dcscrMlMdo sognólCatlVa- menti) 8 máquma oi! Wpo(. e Botton. o seu ~ Ja llnham construido, em 1801, para uma fábnca de tecelagem perto de l\1anchcsaer. o pnmciro e<Jltfao de sete andares oom uma eslrutura em feno fundido, Olando o modelo das ~bncas e dos armazéns do séc. XIX No cntmto. também fez escola O facto de terem envoIvtdo o cdIfJcio com uma parede exterior maCiça !-tenn labrouste procedeu do mesmo m<XIo no 5CU PIOj<'CIO da BIblioteca de Santa ~ Con tudo. o seu 11'k1ior contnbuto nao se rica a dever ao facro de ter utilizado peta pnmeira vez este tipo de construçao num edlflao público, mas ao de ter manndo sem revestimento os suportes no 'abobadada' com uma fTlilll10 de rcrro oevesudJ " gesso. utilizando. an1eopadamcntf' o pnncrpo da consuuçllo em ferro e bct.lo. EsIe llpo de moda- laça0 de labroUSta atingiu o seu auge na sala de leltum da S.bllOlCC3 NaciOnal de Pans. onde as cofunas ccntTCIIS, 3p($1r das SUIlS formas revMI· h .... ~ silo de uma extrema elcg~nc," Sct:30 - um novo motennl A ck!scobCfta dJ oo~o com lemo ou aço 101 1I11port:ml mas a rcvoluç:1o dcsllJ nOva liXnlca do t.-drfrcaç:k> só se tornou perfeita quando 00 mct:ll se Junlou o bcl<'lo - urn m alenal composlO de maténas-pnmas barotlS existontes em todo o mundo. como rocha calcána. argila. marga, gesso e égua.. Permitindo a pr6-fubncaçao de elem entos construtrvos ou 3 sua ptOduç3o relativamente roptda e slln~ no kxaL vcrsc1t11 e extremamente resislerne. e Dprescntandoa mesma expansao Iongrtudonal do reno e do aço quando exposto ao caJot o betao. para CUja forma actual oontn- bulU. essencaalmentc. o desenvolVimento do ornerto _nd. na pnmeora metade do séc. XIX. é um rrotonal extremamente A!SISIerTIB 11 pressao •• mas oom uma redUZIda rcs>SIl!noa 11 tsao;ao. Esta caradeIfstK:a é contrabalançada pelas armaduras CXlfTl vaoOes de aço (antJgamente de renol. gera~ mente de secçao circular. que absorvem as foo;as de traoçao. Françcoós Henneboque ""'" um papel essencial no desenvolvimento da oonstruçao com betao e ferro. tendo basrcamente eliminado os pomos fracas da oonstruçao nl3lozada. na época oom essei matenatS. Estes eram sobretudo os da transo;ao da cobcr1ura paoa as lII!JilS - também chamadas '1II!JilS mestJaS' - e _ vogas para os pilares. Nestes pont05 dobrou as armaduras de ferro e unru-a:; a pilares - em 'VeZ de às colunas de Ferro fundKSo, 8ntcnormcn1o utJh:rodas - que também ~m emcutados em bct.lo com arma· dura de ferro. alando deste modo. uma estrutura conjunta do bct:kl e feITO. ou SC}iJ. urna constru- ção de logaçllo continua. 'mono lltoco' Quanto ITkJl()( a "'armadur.:( do bettlo com metal o a reslStt:rod do bct:lo c do feITO, mOIS esbeltos podem ser OS elementos constnJUvos. O peso da própna estrutura do echffoo. murto rnfenor ao da c:onstruç:)o maoça. pOde aulda ser m ois redu- lJdo. tomafldo...sc possfvcl sobrepor um numero cada vez maior de plSO'i sem ser nccess.1no alargar excessrvamcntc OS elementos de suporte em dTrecçao às fundaçOcs. Ou .seja romou-se exequfvel aumentar cada vez: m aIS a área útJJ de Hcnn labrouslCC O,b!toIOCll N/lcionat Pans. 1858· 1868. VIS1a Intenor labrouSte utlllzou o ferro nas colunas e nas abObadas. subbnhando ti eleganoa das formas penTllllda po' este mat.enal Esaa blbhaeca é o pnmelro edmoo púbhco monumental em que o ferro for ap6c:3do de modo tno consequeme Georgo Gllbcrt Scotl EstnçJJo de Samr-Pancr.J.$. tondrus (rdIIlCIO extcnor Mdand Grond 1101('0. ti partir de 1861 espaço Intenor e de ter realaado a cobertura uma mesma área de terreno. HISTORICISMO E ARQUITECURA DO FERRO 11840-19001 77 D:m;el Hudson Bumham.. Rwbton IEd"i= Fullorl. N<M Iooque. 1902 O an'inha-c:!us NI 8nJedwav 1lOG-IOf- QUina Itnplantado run 1eft!!nO oom um êngulo ~ agudo - com. fonna de um Ient> do engom;u ldaJ o norrel-é~....".,...da"'" ,...ao_deumo .... - A ESCOLA DE CHICAGO 1880-1900 Construir e m olturn A tcntatrva da UUhI;lç30 opurOlzada de uma determinada área aplicava-se tanto é construç3o de habftaÇOcs oomo de ecllfloos cldmIOlstrot .. I/Os. POiS os terrenos dlsponNe'S para construÇllo tlnhmn-sc tomado cada voz matS r.nos c ~fOS. Essa situaçOo em ~b(io sobretudo pólm os cen- tros ccon6micos c admlntstratlVOS dos Estados Unidos da Aménca e destes. cspeciallT1 nte em Chicago. Em 1850 a cidade contava com 30 <XX) habftanlcs, em 1870 com dez vezes matS. em 1880 com melo mllMo e em 1890 com mais de um mllhao de pessoas Nesta época Já Choeago se bnro """,,do há muno na metrópole domina"", do MdwcSl (oentro oeste) amencana. pon1.O de comutaÇ30 de comboioS e fléMOS. centro de trnnsbof'do de cereaIS e ma- della. sede de fabnQls de uansformaçao de ,J. 78 HISTORICISMO E ARQUITECURA DO FERRO (1840-1900) melai e um dos mmOf mákldouros do mundo Em 1871. tlOha-sc vcnflCcJdo. do rorrnd tc'~ que o feno nao em ~o ~stento ao f()(}o COfTl( se Jul~ a cidedo tmha Sido pratJcamentu todi dcstrulda por um incêndio glgdntesco. ~ O' eddrctos com' estrutura de ferro tinham derrctJÓC" como manteiga r-ace ao crescimento acclerddc procuravam-sc possibilidades de cons1rutr c:ad< vez mas em altura. mas Simultaneamente COIl uma maIO!" feSlStênclB ao fogo. O edrfIClo mar a lto em tiJolo. o Monad nock BUlldlng d ( Bumhêlm e Root. eng!do em 1B84-1892 com Q: seus qUinze ptSOS. teve de ser construrdo corr paredes de dOIS metros de espessura no PIS( térreo. em dctnmenlO de SUperffCles de montra: de lojas. economlcamento vahosas. No entanto. ê modelaç3o do edlffoo fOI Inovadora. com sua- super1ícles de t ijolo vermelho estrulorada~ apenas atraVés de sacadas lisas. acompanhanck o edifbO em altura. e janelas ansendas profunda mente nos panos de parede. A tonna segue a func~ao a Olcago.. a metrópole que olhava o futuro mn c euforia. mantinha um esprnto aberto face i li. rnodeIaçao smples. e por tSSO mais ea>nÓmlCi 5 dos ~ ao contráno de Nova Iorque onde ta ...:Ia se c:onstrulam fachadas pesad as e di õ\ deaAç:Ao revr.rahsta. cnando com bno. um esttll 11 própno. &n 1879. Wolham 1L1 Bar,m Jenney nnh. :J li .-" a::m. VIdro os pdares e as vigas (quI J l"NII"CiMirT1 as laJeS de pISO) do seu First lerte BUIding. suponado for OOun .. de feno fundid< O ~ procedeu do mesmo modo no sei ~d ~ do Home Insurance Butlchng. de 1883 :l 85. o pnmeuo edrfioo de dez andares oonstruldt l (X)fTI uma es.trut.ura totalmente em aço e. cem de dez anos maiS tarde. no Sccond leite BuikIIng. Neste. o extenor fU\ICS1Jdo a pedra nal )' apresentava praticamente qunlquer decoraç31 sendo estruturado apenas por fatxas de parecJ. honzontaES e verlJcaLS. Os caplté!S esboçados tlI amo das rnixas de parede mais largas. mooular do a fachada oom um Intervalo de quatro ,anela! Já só vagamente lembravam pilastras. A re5!Stêr oa deste edlficlO ao fogo era gaíclnUda pel pedra oca que revesoa a estrutura metJhca eXE wtada pela pnmetlô vez em dÇQ Besscmer QU se tomou Importantfsslmo para o dcscnvolvlmer to posrenor desta técntca const:rUl1V3· Ao IntrodUZirem uma falJtiJ de parede IIC'rtlCêll saliente entre duas Janelas. OankmJr AdI1.l( Loul$. H Sulhvan. sublinharam no Walnwngt Bullchng de SI. lmll5,. 1890-91. c no Jlnd.l mal o Adtef" e Ui.. SuIINen; c:;u.an". 8uiIcIing BuftaIQ. NcNclIotQue.. 1894·951à esquerda). D.H. Bumhnm e J.W Root lkJilJnctJ Buildmg com ., Ghlmadas "tane&. a ~".!IDb. bma de SiICIdIIs. Chcago. 1890-95 tao centro). LH. Sullrvan: Annazdns Carson Pírie Scon & Co. ChICago 1899"1906 Cé dlrerta) ARRANHA-CEUS ()epoe di ..... ".se." de 0Ic:ag0 1ef SJdo desIruda em lsn pJr um n:*ldo. leoJ aI!;p'1s an:J5 .. que o medo passasse e tos:se vuoada a ~ de lIrI C81IO de negóao:s mcdemo. com edifbos de escntOnos. ..,.,..... e hcI6Ii. cem a a,.da e o b'ner-., lrWI!JlSl\IOS do mUl"lldpo Os pnrntlfOl pra,eclOS pertenC:er.lm QUiISe todos a engen~lros e eram semelhantes. devtdo faao de as vanas d~berus 1écnlcas lerem _ as ......... aniI;Oes de _ A ""'" O.cago A dup4a do atqulteClDS de Cheago . .Ader e Sullrvan, romplemcntil'Va-Se de lorma Ideal pnnopalmente de.rido ao taao de Adler ser o espec.allSla têemc:o e financ:oro e Sulhvan. em rorTlJ'iJpaf'bda. o vtSIOOáno. que VIM a comntllllr deosfvamente piJliI a renovaÇ30 da 3IQUrteaura Internacional da ultima ~ do sóc XIX. Os cménoS forma.Is tJvetam um papel essenoal Sulllvan deu um ncNO aspec:lo aos eddíoos mm economaa deroratlva e grardes áreas Ct1'IIdr3çadas. Em esanos teOocos. estnJ[UfOU O edlfbo segundo o modelo da coluna dâssIca. em base. fUSU!I ac:aptel. A base destmava-se ao coméroo no fuste enconllilV3m·se os pISOS de escnlOnos e habltaçOes o no capltel. piJftlCUlarmenle ~içadQ. ficava rn:iIaIado O peso lécrll(X) do todo o edfl'roa. A estnJturaçao au:;leta e lSef1Ca de demermS decotatrvos das fachadas é cJescnta do seglJlnle modo pelo leOnc:o EmUo Ceo::hr "O ananha<éus nao é uma Slnloma de linhas e rNSSK de super1Ices e aberturas. de força e re5lStênoa Representa mUll0 maus uma operaçao antrnéllca. uma multlpUcaçao· A arqurtcOura da Escola de Chcago é o aaW) do "Mundo Novo" c::ra::eu di modo tonog6nea. por t:bxs 8 em aIl.Ira. serdo os eófIoos de 8 • 9 """" ~ .. <DTO -""",,-,- __ oons!ruIdos ....... -'"'" """"*- .... ~ ..... ~ ao logo A .,...am ,.....-w OI ...... ~ do elevador. do tcletone e do c:oneJO pnea.mitJCo f'D&I ptWTII!Q W!Z a arâ\.ç.Io em &rur3 pafKJêl lIírnrtad3 e OI pooI JUPerI(W'es. ~ ,.". t.aDs. 1OmaYam-se agora as lT10rIda mM cobIc;;Ic* • CIQ& oonhoado GoaranIy BuoIdong em BuIIoIo, 1894- 1895,.~__ ~ 00< "Tem de ser orgullOlSo • mponen1e em cada poIogada. e<guet .... em puro )lÜO. de <Xlrl5UlJ>r. da base 8Ié 80 topo, uma ~ songuIar sem qualqu", loMo -""-, .-ou SuIvan _ varneml! 11 estruturaç30 de um ananhit-dus. Repelia YC.l.8S m contJ a sua dMsa ·form follows funcoon- lo Iorma soguo a lunçAol de tal modo quo C5Ia te lOfnou no lema de toda a arqUltc.'C1.ur.) moderna A c:struturaçIo dos seus arranha-céus em baso. ~ e captlel deloonula a utlhzaÇt)o dos vjnos Pl!IQ5: o fé5..do.ch.Jo e o pn- melro pISO ta base) 5ef\tem o mmêroo IfldNidual com grandes Vltnnas; a quadf1cula rnguiar (fuste) formada pek:G PISOS pnnopaG é OOJpada por escnt6nos. por b",xo d. cobertura rasa (caPlleO destacada pela sua sahênCla uma SUperffclC QUase cega.. com olhos de bot. tem If"IStalados os equipamentos técmcos do edllk:Jn É certo que e!USIe alguma dccoraçao de es1Jlo Me Nova que. no enronto, nao tem praticamente qualquer expressa0 na rmpressao geral prodUZtda pelas fachadas extenores do edrfioo. o mesmo acontece com o grande Annazém ear.on PIno ScOI! & Co. plOjCCtldo por SulrNan em ChICago Apenas a esquina arredondada do edifico é sobhnhada por faocas de parede """>- C3IS. Os PISOS pnncrpats destrnados ao comêl'lX) apresentam largas -ranelas a ChJCagO- 9, """"I>- ruando • declor.lçao aphcada na zona da base. este cddbo ~ faz lembro' OS dos anos 20 ou 50 do séc XX Com esta upoIog .. do con5trUçao, cu,a modclaçOo resultava das condlçOes cons- trulivas e das C'XlgênclaS funcionais. hlcago pos.sufa no dealbar do séc. xx. o nrqurtccturn mars modema do mundo. concentroda como em nenhum outro kx::al no PLoop", o q lJarlentlo COf1lt'fCé)1 da CJd1de. Asstm. esta tipo do armnh " céus passou a ser designado como pertencendo 1I1::scola de ChICagO" Contudo. Inloalm nte. nao fez escola pefo contráno, foi ·lrak1J" por um dos seus prlnclpa ls representantes - DanIel H Bumham - quo tornou dara a sua modem Idade ofenstva ao regressar a um NcocIasslosmo de & 1 assrrrlllaçao. como o demonstro a mocle-- laça0 revwalrsla da fachada do seu edlflc io Flatírol'l. em NCNa Iorque HISTORICISMO E A RQU ITECURA DO FE R RO 118 4 0-19001 79
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