Buscar

MÉTODOS AVANÇADOS EM ECONOMETRIA

Prévia do material em texto

Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
Capítulo 5
Inferência no Modelo de 
Regressão Simples: Estimação de 
Intervalos, Teste de Hipóteses e 
Previsão 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
Hipóteses do Modelo de Regressão Linear Simples
1 2t t ty x e= β + β +RS1.
RS2.
RS3.
RS4.
RS5.
RS6.
( ) 0tE e = ⇔ 1 2( )t tE y x= β + β
2var( ) var( )t te y= σ =
cov( , ) cov( , ) 0i j i je e y y= =
 não é variável aleatória e assume pelo menos dois 
valores distintos 
tx
2~ (0, )te N σ ⇔ 21 2~ [( ), ]t ty N xβ + β σ (opcional)
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
Do Capítulo 4
2 2
1 1 2
2
2 2 2
~ ,
( )
~ ,
( )
t
t
t
x
b N
T x x
b N
x x
 σβ  
− 
 σβ  
− 
∑
∑
∑
2
2 ˆˆ
2
te
T
σ =
−
∑
Este Capítulo introduz ferramentas adicionais da inferência 
estatística: estimação de intervalos, previsão, intervalos 
de previsão e testes de hipóteses. 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.1 Estimação de Intervalos
5.1.1 A Teoria
Obtemos, de b2 , uma variável aleatória normal padronizada, 
subtraindo sua média e dividindo o resultado pelo seu 
desvio padrão:
2 2
2
~ (0,1)
var( )
bZ N
b
− β
= (5.1.1) 
A variável aleatória padronizada Z é normalmente 
distribuída com média 0 e variância 1.
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.5.1a A Distribuição Qui-Quadrada
• Variáveis aleatórias com distribuição qui-quadrada surgem 
quando elevamos ao quadrado variáveis aleatória normais, 
N(0,1).
Se Z1, Z2 , ..., Zm denotam m variáveis aleatórias 
independentes N(0,1), então 
2 2 2 2
1 2 ( )~m mV Z Z Z= + + + χK (5.1.2) 
• A notação é lida como: a variável aleatória V tem 
uma distribuição qui-quadrada com m graus de liberdade. 
2
( )~ mV χ
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
2
( )
2
( )
[ ]
var[ ] var 2
m
m
E V E m
V m
 = χ = 
 = χ = 
(5.1.3) 
• V não deve ser negativa, v ≥ 0
• A distribuição tem uma longa calda, ou é assimétrica à 
direita. 
• À medida que os graus de liberdade m aumentam, a 
distribuição se torna mais simétrica e com o forma de 
um “sino”. 
• À medida que m aumenta, a distribuição qui-quadrada 
converge para (e essencialmente se torna) uma 
distribuição normal.
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.5.1b A distribuição de probabilidade de 2σˆ
• O termo de erro aleatório et tem uma distribuição 
normal, 2~ (0, )te N σ
• Padronize a variável aleatória dividindo-a pelo seu desvio 
padrão, de tal forma que / ~ (0,1)te Nσ
2 2
(1)( / ) ~te σ χ• 
• Se todos os erros aleatórios são independentes, então 
2 2 2 2
21 2
( )~t T T
t
e e e e       
= + + + χ       σ σ σ σ       ∑ L (5.1.4) 
• V não tem uma distribuição porque os resíduos de 
mínimos quadrados não são variáveis aleatórias 
independentes. 
2
( )Tχ
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
• Todos resíduos T , , dependem dos 
estimadores de mínimos quadrados b1 e b2. Isso pode ser 
mostrado pelo fato de apenas T−2 dos resíduos de mínimos 
quadrados serem independentes no modelo de regressão 
linear simples. 
1 2tˆ t te y b b x= − −
2
2
( 2)2
ˆ( 2) ~ T
TV
−
− σ
= χ
σ
• Nós não estabelecemos que a variável aleatória qui-
quadrada V é estatisticamente independente dos 
estimadores de mínimos quadrados, mas agora afirmamos 
que é. 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.1.1c A Distribuição t
• Uma variável aleatória “t” (minúscula) é formada pela 
divisão de uma variável aleatória normal padronizada, 
Z~N(0,1), pela raiz quadrada de uma variável aleatória 
independente qui-quadrada, , que é dividida por seus 
graus de liberdade, m.
2
( )~ mV χ
Se Z~N(0,1) e , e se Z e V são 
independentes, então
2
( )~ mV χ
( )~ m
Zt t
V
m
=
(5.1.7) 
• O formato da distribuição t é completamente 
determinada pelos graus de liberdade, m, e a distribuição é 
representada por t(m).
• A distribuição t tem um “pico menos agudo” e é mais 
dispersa do que a N(0,1). 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
• A distribuição t é simétrica, com média E[t(m)]=0 e 
variância var[t(m)]=m/(m−2). 
• À medida que os graus de liberdade m→∞, a t(m) 
distribuição se aproxima de uma normal padronizada, 
N(0,1).
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.1.1d Um Resultado Chave
2 2
2
2
2 2
2 2
2 2
2 2 2 2
22
( )
ˆ ˆ( 2)
2
( )
2
ep( )ˆvar( )
t
t
b
x xZ bt
V TT
x x
T
b b
bb
− β
σ
−
− β
= = =
− σ σ
−
σ −
−
− β − β
= =
∑
∑
(5.1.8) 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.1.2 Obtenção de Estimativas de Intervalo
Se as hipótese RS1-RS6 do modelo de regressão linear 
simples são mantidas, então
( 2)~ , 1,2ep( )
k k
T
k
bt t k
b −
− β
= = (5.1.9) 
Para k=2
2 2
( 2)
2
~ 
ep( ) T
bt t
b −
− β
= (5.1.10) 
onde 
2
2 2 22
ˆˆ ˆvar( ) e ep( ) var( )
( )t
b b b
x x
σ
= =
−∑
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
Podemos encontrar valores críticos tc de uma distribuição 
t(m) , de tal modo que
( ) ( )
2c c
P t t P t t α≥ = ≤ − =
onde α é um valor de probabilidade, em geral considerado 
para ser α=0,01 ou α=0,05. 
• Conseqüentemente, nós podemos afirmar 
( ) 1c cP t t t− ≤ ≤ = − α (5.1.11) 
2 2
2
[ ] 1
ep( )c c
bP t t
b
− β
− ≤ ≤ = − α
2 2 2 2 2[ ep( ) ep( )] 1c cP b t b b t b− ≤ β ≤ + = − α (5.1.7) 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.1.3 O Contexto da Amostragem Repetida
Tabela 5.1 Estimativas de Mínimos Quadrados extraídas de 10 
amostras aleatórias 
 n b1 ep(b1) b2 ep(b2)
 1 51,1314 27,4260 0,1442 0,0378 2193,4597
 2 61,2045 24,9177 0,1286 0,0344 1810,5972
 3 40,7882 17,6670 0,1417 0,0244 910,1835
 4 80,1396 23,8146 0,0886 0,0329 1653,8324
 5 31,0110 22,8126 0,1669 0,0315 1517,5837
 6 54,3099 26,9317 0,1086 0,0372 2115,1085
 7 69,6749 19,2903 0,1003 0,0266 1085,1312
 8 71,1541 26,1807 0,1009 0,0361 1998,7880
 9 18,8290 22,4234 0,1758 0,0309 1466,2541
 10 36,1433 23,5531 0,1626 0,0325 1617,7087
2σˆ
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
• As estimativas dos intervalos de confiança de 95% para 
os parâmetros β1 e β2 são dados na Tabela 5.2. 
Tabela 5.2 Estimativas dos Intervalos extraídas de 10 
amostras aleatórias. 
 n 
 1 -4,3897 106,6524 0,0676 0,2207
 2 10,7612 111,6479 0,0590 0,1982
 3 5,0233 76,5531 0,0923 0,1910 
 4 31,9294 128,3498 0,0221 0,1551
 5 -15,1706 77,1926 0,1032 0,2306
 6 -0,2105 108,8303 0,0334 0,1838
 7 30,6237 108,7261 0,0464 0,1542
 8 18,1541 124,1542 0,0278 0,1741
 9 -26,5649 64,2229 0,1131 0,2384
 10-11,5374 83,8240 0,0968 0,2284
1 1ep( ) cb t b− 1 1ep( ) cb t b+ 2 2ep( ) cb t b− 2 2ep( ) cb t b+
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.1.4 Uma Ilustração
• Para os dados das despesas com alimentação 
2 2 2 2 2[ 2,024ep( ) 2,024ep( )] 0,95P b b b b− ≤ β ≤ + = (5.1.14) 
• O valor crítico tc = 2,024, o qual é apropriado para α = 
0,05 e 38 graus de liberdade. 
• Ele pode ser calculado com um pacote estatístico.
• Para construir uma estimativa de intervalo para β2 , nós 
utilizamos a estimativa de mínimos quadrados b2 = 0,1283 , 
que tem um erro padrão
2 2ˆep( ) var( ) 0,0009326 0,0305b b= = =
Um intervalo de confiança estimado de 95% para β2:
2 2ep( ) 0,1283 2,024(0,0305)=[0,0666,0,1900]cb t b± = ±
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2 Teste de Hipótese 
Componentes dos Testes de Hipóteses 
1. Uma hipótese nula, H0
2. Uma hipótese alternativa, H1 
3. Um teste estatístico
4. Uma região de rejeição
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.1 A Hipótese Nula
A hipótese “nula”, que é denotada por H0 (H-zero), 
especifica um valor para um parâmetro. A hipótese nula 
pode ser escrita como , onde c é uma constante 
e é um importante valor no contexto de um modelo 
específico de regressão.
0 2:H cβ =
5.2.2 A Hipótese Alternativa
Para a hipótese nula H0: β2 = c , três possibilidades de 
hipóteses alternativas são:
H1: β2 ≠ c. 
H1: β2 > c
H1: β2 < c.
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.3 O Teste Estatístico
2 2
( 2)
2
~
ep( ) T
bt t
b −
− β
= (5.2.1) 
Se a hipótese nula H0: β2 = c é verdadeira, então 
2
( 2)
2
~
ep( ) T
b ct t
b −
−
= (5.2.2) 
Se a hipótese nula não for verdadeira, então a estatística 
t na equação 5.2.2 não tem uma distribuição t com T−2 
graus de liberdade.
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.4 A Região de Rejeição
• O nível de significância do teste α é usualmente 
escolhido como 0,01,0,05 ou 0,10. 
• A região de rejeição é determinada ao encontrar os 
valores críticos tc tais como
( ) ( ) / 2c cP t t P t t≥ = ≤ − = α
Regra de rejeição para um teste bicaudal: Se 
o valor da estatística do teste cair na região de 
rejeição, em qualquer uma das caudas da 
distribuição t, então nós rejeitamos a hipótese 
nula e não rejeitamos a alternativa.
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
• Os valores amostrais da estatística do teste na região 
central de não-rejeição são compatíveis com a hipótese 
nula e não constituem evidência contra sua veracidade. 
• Encontrar um valor amostral da estatística do teste na 
região de não-rejeição não faz da hipótese nula 
verdadeira num sentido absoluto! 
Se o valor da estatística do teste cair 
entre os valores críticos −tc e tc, na região 
de não-rejeição, então nós não rejeitamos 
a hipótese nula.
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.5 O Exemplo da Despesa com Alimentação
Teste a hipótese nula que contra a alternativa que
2 0,10β =
2 0,10β ≠
, no modelo da despesa com alimentação.
Formato para o Teste de Hipóteses
1. Determine as hipóteses nula e alternativa.
2. Especifique a estatística do teste e sua distribuição 
se a hipótese nula for verdadeira.
3. Selecione α e determine a região de rejeição.
4. Calcule o valor amostral da estatística do teste.
5. Faça sua conclusão.
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
Aplicação no exemplo da Despesa com Alimentação,
1. A hipótese nula é H0: β2 =0,10. A hipótese alternativa é 
H1: β2 ≠ 0,10.
2. A estatística do teste , se a hipótese 
nula é verdadeira.
2
( 2)
2
0,10 ~
ep( ) T
bt t
b −
−
=
3. Selecionando α=0,05. O valor crítico tc é 2,024 para a 
distribuição t com (T−2) = 38 graus de liberdade.
4. Utilizando os dados da Tabela 3.1, a estimativa de 
mínimos quadrados de β2 é b2 = 0,1283, com erro 
padrão ep(b2)=0,0305. O valor da estatística do teste 
é 0,1283 0,10 0,93
0,0305
t −= =
5. Conclusão: como t=0,93 < tc=2,024, nós não rejeitamos 
a hipótese nula.
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.6 Erros do Tipo I e Tipo II 
 Nós tomamos a decisão correta se:
• A hipótese nula é falsa e nós decidimos rejeitá-la.
• A hipótese nula é verdadeira e nós decidimos não 
rejeitá-la.
 Nossa decisão é incorreta se:
• A hipótese nula é verdadeira e nós decidimos rejeitá-la 
(um erro do Tipo I)
• A hipótese nula é falsa e nós decidimos não rejeitá-la 
(um erro do Tipo II)
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
Fatos sobre a probabilidade de cometer um erro do 
Tipo II:
 
• A probabilidade de cometer um erro do Tipo II varia 
inversamente ao nível de significância do teste, α.
• Quanto mais perto estiver o valor verdadeiro do 
parâmetro do valor definido para ele na hipótese, maior a 
probabilidade de cometer um erro do Tipo II.
• Quanto maior o tamanho da amostra T, menor a 
probabilidade de ocorrência de erro do Tipo II, dado o 
nível de significância α, que é a probabilidade de cometer 
erro do Tipo I.
• O teste baseado na distribuição t que nós 
descrevemos é um teste muito bom.
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.7 O Valor-p do Teste de Hipótese
O valor-p do teste é calculado encontrando qual é a 
probabilidade da distribuição t tomar um valor igual ou 
maior do que o valor absoluto do valor amostral da 
estatística do teste. 
Regra de rejeição para um teste bicaudal: quando o 
valor-p do teste de hipótese é menor do que o valor 
escolhido de α, então o procedimento do teste leva a 
rejeição da hipótese nula.
• Se o valor-p for maior do que α, nós não rejeitamos a 
hipótese nula.
• No exemplo da despesa com alimentação, o valor-p para 
o teste de H0: β2 = 0,10 contra H1: β2 ≠ 0,10 é
• p=0,3601, no qual é a área nas caldas da distribuição 
t(38), onde |t|≥0,9263
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.8 Testes de Significância
• No modelo da despesa com alimentação uma importante 
hipótese nula é H0: β2 = 0.
• A hipótese alternativa geral é H1: β2 ≠ 0. 
• Rejeitar a hipótese nula implica que existe uma relação “ 
estatisticamente significante” entre y e x. 
5.2.8a Um Teste de Significância no Modelo de 
Despesa com Alimentação
1. A hipótese nula é H0: β2 = 0. A hipótese alternativa é 
H1: β2 ≠ 0. 
2. A estatística do teste é , se a hipótese 
nula for verdadeira.
2
( 2)
2
~
ep( ) T
bt t
b −
=
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
3. Seja α=0,05. O valor crítico tc é 2,024 para uma 
distribuição t com (T−2) = 38 graus de liberdade.
4. A estimativa de mínimos quadrados de β2 é b2 = 0,1283, 
com erro padrão ep(b2)=0,0305. O valor da estatística do 
teste é . 
5. Conclusão: Já que t=4,20 > tc=2,024, nós rejeitamos a 
hipótese nula e não rejeitamos a alternativa. Assim, existe 
uma relação entre a renda semanal e a despesa semanal 
com alimentação. 
O valor-p para o teste de hipótese é p=0,000155, que é a 
área nas caudas da distribuição t(38), onde |t|≥4,20. Já que 
p ≤ α, nós rejeitamos a hipótese nula de que β2 = 0 e não 
rejeitamos a alternativa de que β2 ≠ 0. Assim, existe uma 
relação “estatisticamente significante” entre y e x. 
0,1283 0,0305 4,20t = =
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
Observação: “Estatisticamente significante”, contudo, não 
implica necessariamente em “economicamente 
significante”. 
• Por exemplo, suponha que uma cadeia de supermercados 
planeja uma certa estratégia se . 2 0β ≠
• Adicionalmente, suponha que uma grande amostra de 
dados sejacoletada, do qual se obtenha a estimativa b2 = 
0,0001, com ep(b2) = 0,00001, produzindo a estatística t 
= 10,0. 
• Nós rejeitaríamos a hipótese nula de que e não 
rejeitaríamos a alternativa de que . Onde b2 = 
0,0001 é estatisticamente diferente de zero. 
2 0β =
2 0β ≠
• Contudo, 0,0001 pode não ser economicamente 
diferente de zero e a cadeia de supermercados pode 
decidir pelo cancelamento da estratégia planejada. 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.8b Analisando a Saída do Computador
 Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob.
 C 40.76756 22.13865 1.841465 0.0734
 INCOME 0.128289 0.030539 4.200777 0.0002
Dependent Variable: DESP.ALIM
Method: Least Squares
Sample: 1 40
Included Observations: 40
Figura 5.7 Saída da Regressão do EViews 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.9 Uma Relação entre os Testes de Hipóteses e a 
Estimação de Intervalos
•Existe uma relação algébrica entre testes de hipóteses 
bicaudais e estimativas de intervalos de confiança que em 
alguns casos é útil.
•Suponha que nós estamos testando a hipótese nula 
contra a alternativa . 
0 : kH cβ =
1 : kH cβ ≠
•Se nós falharmos em rejeitar a hipótese nula ao nível de 
significância α, então o valor c cairá dentro de um intervalo 
de (1−α)×100% de confiança de βk. 
•Inversamente, se nós rejeitarmos a hipótese nula, então c 
cairá fora do intervalo de (1−α)×100% de confiança de βk. •Essa relação algébrica é verdadeira porque nós falhamos 
em rejeitar a hipótese nula quando , ou quandoc ct t t− ≤ ≤
ep( )
k
c c
k
b ct t
b
−
− ≤ ≤
ep( ) ep( )k c k k c kb t b c b t b− ≤ ≤ +
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.10 Testes Unicaudais
• Testes unicaudais são utilizados para testar H0: βk = c contra 
a hipótese alternativa H1: βk > c, ou H1: βk < c.
• Para testar H0: βk = c contra a alternativa H1: βk > c, nós 
selecionamos a região de rejeição para valores da estatística 
do teste t que suportem a hipótese alternativa. • Nós definimos a região de rejeição para valores de t maiores 
do que um valor crítico tc, extraído de uma distribuição t com 
T−2 graus de liberdade, tal como ( )cP t t≥ = α
onde α é o nível de significância do teste. 
•A regra de decisão para um teste unicaudal é, “Rejeita-se 
H0: βk = c e não se rejeita a alternativa H1: βk > c se t ≥ tc.” Se 
t < tc, então nós não rejeitamos a hipótese nula.
•O cálculo do valor-p está analogamente confinado a uma 
calda da distribuição 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
No exemplo da despesa com alimentação, teste H0: β2 = 0 
contra a alternativa H1: β2 > 0. 
1. A hipótese nula é H0: β2 = 0. A hipótese alternativa é 
H1: β2 > 0. 
2. A estatística do teste é , se a hipótese 
nula for verdadeira.
2
( 2)
2
~
ep( ) T
bt t
b −
=
3. Para o nível de significância α=0,05, o valor crítico tc é 
1,686 para uma distribuição t com T−2=38 graus de 
liberdade.
4. A estimativa de mínimos quadrados de β2 é b2 = 0,1283, 
com erro padrão ep(b2)=0,0305. Exatamente como no 
teste bicaudal, o valor da estatística do teste t é
0,1283 4,20
0,0305
t = =
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5. Conclusão: Como t=4,20 > tc=1,686, nós rejeitamos a 
hipótese nula e aceitamos a alternativa. Assim, existe 
uma relação positiva entre renda semanal e despesa 
semanal com alimentação. 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.2.11 Um Comentário na Construção das 
Hipóteses Nula e Alternativa
• A hipótese nula é geralmente escrita de tal modo que 
se nossa teoria estiver correta, então nós a 
rejeitaremos.
• Nós estabelecemos a hipótese nula para o caso de não 
existir relação entre as variáveis, H0: β2 = 0. Na 
hipótese alternativa, nós colocamos a conjuntura que nós 
gostaríamos de estabelecer, H1: β2 > 0. 
• É importante estabelecer as hipóteses nula e 
alternativa antes de conduzirmos a análise da regressão. 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.3 O Previsor de Mínimos Quadrados
Nós queremos prever o valor da variável dependente y0, 
dado um valor da variável explanatória x0, o qual é dado por
0 1 2 0 0y x e= β + β + (5.3.1) 
onde e0 é um erro aleatório. Esse erro aleatório tem média 
E(e0)=0 e variância var(e0)= . Nós também assumimos que 
cov(e0, et)=0. 
2σ
O previsor de mínimos quadrados de y0 é
0 1 2 0yˆ b b x= + (5.3.2) 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
o erro de previsão é
0 0 1 2 0 1 2 0 0
1 1 2 2 0 0
ˆ ( )
( ) ( )
f y y b b x x e
b b x e
= − = + − β + β +
= − β + − β −
(5.3.3) 
O valor esperado de f é:
0 0 1 1 2 2 0 0ˆ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
0 0 0 0
E f E y y E b E b x E e= − = − β + − β −
= + − =
(5.3.4) 
Pode ser demonstrado que
2
2 0
0 0 2
1 ( )ˆvar( ) var( ) 1
( )t
x xf y y
T x x
 
−
= − = σ + + 
−  ∑ (5.3.5) 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
A variância do erro de previsão é estimada pela 
substituição de pelo seu estimador ,2σ 2σˆ
2
2 0
2
1 ( )ˆ ˆvar( ) 1
( )t
x xf
T x x
 
−
= σ + + 
−  ∑ (5.3.6) 
A raiz quadrada da variância estimada é o erro padrão da 
previsão,
( ) ( )ˆvarep f f= (5.3.7) 
Conseqüentemente, nós podemos construir uma variável 
aleatória normal padronizada como
~ (0,1)
var( )
f N
f (5.3.8) 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
Então, 
( 2)~ep( )ˆvar( ) T
f f t
ff −
= (5.3.9) 
Se tc é um valor crítico da distribuição , tal que P(t ≥ 
tc) = α/2, então
( 2)Tt −
( ) 1c cP t t t− ≤ ≤ = − α (5.3.10) 
Então,
0 0ˆ[ ] 1
ep( )c c
y yP t t
f
−
− ≤ ≤ = − α
Simplificando essa expressão, obtemos
0 0 0ˆ ˆ[ ep( ) ep( )] 1c cP y t f y y t f− ≤ ≤ + = − α (5.3.11) 
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
Um intervalo de (1-α)×100% de confiança, ou intervalo de 
previsão, para y0 é
0ˆ ep( )cy t f± (5.3.12) 
•Equação 5.3.5 implica que, quanto mais afastado for x0 da 
média amostral , maior será a variância do erro de 
previsão
x
•Como a variância de previsão aumenta quanto maior é a 
distância de x0 da média amostral , os limites de 
confiança aumentam à medida que cresce.
x
0| |x x−
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
5.3.1 Previsão no Modelo da Despesa com Alimentação
A despesa semanal prevista com alimentação para um 
domicílio com renda semanal de x0 = $750 é
0 1 2 0ˆ 40,7676 0,1283(750) 136,98y b b x= + = + =
A variância estimada do erro de previsão é 
2 2
2 0
2
( )1 1 (750 698)ˆ ˆvar( ) 1 1429,2456 1 1467,4986
( ) 40 1532463t
x xf
T x x
   − −
= σ + + = + + =   
−    ∑
O erro padrão de previsão é então
ˆep( ) var( ) 1467,4986 38,3079f f= = =
Econometria – Hill, Grifith e Judge – Editora Saraiva
O intervalo de 95% de confiança para y0 é
0ˆ ep( ) 136,98 2,024(38,3079)
[59,44 a 214,52]
cy t f± = ±
• Nosso intervalo de previsão sugere que um domicílio 
com renda semanal de $750 gastará alguma coisa entre 
$59,44 e $214,52 com alimentação. 
• Um intervalo muito amplo significa que nosso ponto de 
previsão, $136,98, não é confiável. 
• Nós podemos melhorá-lo, mensurando o efeito de que 
outros fatores, além da renda, pode ter. 
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42

Continue navegando