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Raciocínio lógico

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CURSO EM PDF – RACIOCÍNIO LÓGICO – 
CESPE
Prof. Ana Luísa
AULA DEMONSTRATIVA
 Olá concurseiros, sou a professora Ana Luísa Duboc! Sou formada 
em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(UFRJ), tenho mestrado em Inteligência Artificial e atualmente estou 
terminando o meu doutorado na mesma área, ambos pela COPPE/UFRJ. 
Para quem não sabe, e falando de uma forma leiga, Inteligência Artificial 
é uma área de pesquisa da ciência da computação que estuda como 
fazer os computadores realizarem coisas que, atualmente, os humanos 
fazem melhor, e como tal, exige muito estudo da Lógica!
Já fui monitora várias vezes da disciplina de Lógica ao longo do 
meu mestrado, e também já dei aulas particulares de raciocínio lógico 
para concursos. 
Atualmente sou professora substituta da Universidade Federal do 
Rio de Janeiro (UFRJ) e professora contratada da Unigranrio, todas na 
área de computação. Também sou professora de Raciocínio Lógico no 
curso preparatório SOFEP, e professora particular de matemática para 
todas as séries.
Raciocínio Lógico sempre foi uma paixão pra mim, e acreditem, 
estou tendo um prazer enorme em preparar estas aulas para vocês!
Mas afinal, por que os concursos cobram raciocínio lógico? Essa é 
fácil de responder! Estudar raciocínio lógico ajuda a desenvolver a 
capacidade de resolver problemas, ensina a como pensar de uma forma 
lógica e rápida, e isso é importante para qualquer trabalho que se venha 
a fazer! No início pode até parecer um pouco complicado, mas depois 
que pega o jeito fica muito divertido!
Estas aulas são voltadas para concursos organizados pela CESPE. 
Todas as questões comentadas e propostas neste curso foram, portanto, 
retiradas de provas anteriores da CESPE. Eu coletei mais de 200 
questões, e pude perceber que a maioria delas é a respeito de lógica de 
argumentação e princípios de contagem e probabilidade. Veremos estes 
dois tópicos exaustivamente, focando, principalmente, em resolver 
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CURSO EM PDF – RACIOCÍNIO LÓGICO – 
CESPE
Prof. Ana Luísa
muitas questões! 
Além disso, veremos também a parte de associação lógica, que 
incluem aquelas questões do tipo: quem é casado com quem, quem tem 
o carro tal, quem tem tal profissão,... E veremos aquelas questões de 
identificar quem fala a verdade e quem mente, quem é o culpado e 
quem é o inocente. Esses dois assuntos não são tão cobrados quanto os 
anteriores, mas está no edital, e podem cair!
Por fim consideraremos a parte de operação de conjuntos e 
problemas aritméticos, geométricos e matriciais.
Nesta primeira aula nos focaremos na parte básica do raciocínio 
lógico, que envolve as definições de proposição e sentença, 
apresentação dos conectivos e suas respectivas tabelas-verdade, 
negação de proposições compostas (que é muito cobrado!), 
representação simbólica das proposições, ou seja, transformar em 
símbolos uma determinada frase, e equivalência de proposições. Todos 
esses assuntos são muito importantes, e precisam ser muito bem 
entendidos, porque a partir disto o resto fica fácil!
Ao longo do curso irei mostrar a vocês os vários tipos de questões 
que podem ser cobradas, e como resolver cada uma delas, de forma que 
vocês não terão surpresas na hora da prova!
Segue abaixo o cronograma das nossas aulas, para que vocês 
possam se preparar.
Aula DEMO Compreensão de Estruturas Lógicas
Aula 1 Lógica de 1ª Ordem, Lógica de Argumentação 
(Diagramas Lógicos)
Aula 2 Continuação Lógica de Argumentação, Associação 
Lógica, Verdade/Mentira, Inocente/Culpado
Aula 3 Princípio da Contagem e Probabilidade
Aula 4 Operação com Conjuntos
Aula 5 Problemas Aritméticos, Geométricos e Matriciais
Aula 6 Questões propostas da CESPE
Então vamos começar?
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CURSO EM PDF – RACIOCÍNIO LÓGICO – 
CESPE
Prof. Ana Luísa
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Esta primeira aula será mais teórica, pois é preciso introduzir alguns 
conceitos básicos tais como o que são sentenças, proposições e 
conectivos, o que significa uma proposição ter um valor lógico e como se 
constrói as famosas tabelas-verdade, e o mais importante, sem ter que 
decorá-las! Mesclaremos teoria com algumas questões comentadas da 
CESPE, e após estas definições, que são a base do raciocínio lógico, 
seremos capazes de resolver a maior parte das questões cobradas pela 
CESPE.
I) Sentença
 Forma de se expressar, declarada por meio de palavras ou símbolos, 
e que estabelece um pensamento completo. Dentre os vários tipos de 
sentença, os mais comuns estão exemplificados abaixo:
• Exclamativa: “Feliz Aniversário!”
• Interrogativa: “Quantos anos você tem?”
• Imperativa: “Faça o dever de casa”
• Declarativa: “A casa é amarela”
 Estamos interessados apenas nas sentenças declarativas, também 
chamadas de sentenças fechadas, às quais se pode atribuir um valor 
verdadeiro ou falso. Perceba que não é possível atribuir um valor 
verdadeiro ou falso às demais formas de sentenças como as 
interrogativas, exclamativas e imperativas.
II) Proposição
 É o conceito mais elementar no estudo da lógica. É definida como 
sendo uma sentença cujo conteúdo pode ser considerado verdadeiro ou 
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falso. Ou seja, proposições nada mais são do que sentenças 
declarativas (ou fechadas)!
 Alguns exemplos de proposições:
• A Terra é redonda. (verdadeira)
• 2 + 2 = 7 (falsa)
• O Brasil é um país da Europa. (falsa)
• O número 6 é par. (verdadeira)
 Há dois princípios importantes que devem ser considerados quando 
pensamos em proposições:
1) Princípio da não-contradição: “nenhuma proposição pode 
ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo”.
2) Princípio do terceiro-excluído: “uma proposição ou será 
verdadeira ou será falsa: não há outra possibilidade”.
 A partir destes princípios podemos definir o conceito de valor 
lógico, expressão muita usada nas questões de concurso público, que 
nada mais é do que a classificação da proposição em verdadeira(V) ou 
falsa(F).
 A questão abaixo exemplifica um tipo de questão acerca de 
definição de proposição que é muito cobrada em provas de concurso 
público, inclusive pela CESPE.
(BB – 2007) Há duas proposições no seguinte conjunto de 
sentenças:
1. O BB foi criado em 1980
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2. Faça seu trabalho corretamente.
3. Manuela tem mais de 40 anos de idade.
 Observe a primeira sentença: “O BB foi criado em 1980”. Vocês 
poderiam se perguntar: “Eu não faço a menor idéia se o Banco do Brasil 
foi criado em 1980! Como que eu vou saber se isso é verdadeiro ou 
falso? Como que vou saber se se isso é uma proposição?!” 
 Aí que está o ponto! Vocês não precisam saber se é verdadeiro ou falso 
para afirmar que é uma proposição ou não, basta saber que a sentença 
pode ter um valor lógico (de acordo com os princípios declarados 
acima), e isso a gente sabe, pois o Banco do Brasil foi criado em algum 
ano, com certeza! Se foi em 1980, então a sentença é verdadeira, caso 
contrário, ela é falsa. Mas de qualquer jeito ela pode ser classificada, e, 
portanto, é uma proposição!
 Este é o mesmo caso da terceira sentença: “Manuela tem mais de 40 
anos de idade”. Apesar de vocês não saberem quem é Manuela, essa 
sentença pode ser verdadeira ou falsa, e, portanto, também é uma 
proposição.
 O único caso que foge à regra é a segunda sentença: “Faça seu 
trabalho corretamente” que é uma sentença imperativa,e, portanto, não 
é considerada uma proposição.
 Logo, apenas a primeira e a terceira sentença são consideradas 
proposições, confirmando o enunciado a questão, que afirma que há 
duas proposições no conjunto de sentenças.
 Gabarito: Certa.
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Atenção! Existe um tipo de sentença que muitas vezes os 
concurseiros confundem com proposições lógicas e acabam errando as 
questões. São as sentenças abertas!
Sentenças abertas são aquelas que vêm com uma variável, um 
elemento desconhecido, e que, portanto, não podemos garantir que 
sejam verdadeiras ou falsas.
• X é um famoso jogador de futebol.
 Como não sabemos quem é X, não podemos dizer se a sentença 
acima é verdadeira ou falsa. Dependendo do valor que X assumir, a 
sentença pode ter valor lógico V ou F.
• Pelé é um famoso jogador de futebol. (V)
• Pedro Bial é um famoso jogador de futebol. (F)
 Sabemos que Pelé é realmente um famoso jogador de futebol, o que 
torna a sentença verdadeira, mas claramente Pedro Bial não é, tornando 
a sentença falsa.
 Pode parecer desnecessário saber disso, mas ignorar tal definição 
pode acarretar em perder uma questão. Observe a questão abaixo:
(SEGER-ES – 2007)Na lista de afirmações abaixo, há exatamente 
3 proposições. 
I. Mariana mora em Piúma.
II.Em Vila Velha, visite o Convento da Penha.
III. A expressão algébrica x + y é positiva.
IV. Se Joana é economista, então ela não entende de 
políticas públicas.
V. A SEGER oferece 220 vagas em concurso público.
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Nesta lista de sentenças já sabemos, logo de cara, que a I e a V 
são proposições, pois seguem o mesmo raciocínio da questão anterior. 
Sabemos também que a sentença II não é uma proposição, e sim uma 
sentença imperativa, à qual não podemos atribuir um valor lógico. 
Quanto à sentença IV, acreditem, por agora, que ela é uma proposição, 
ou seja, que ela pode ser classificada como verdadeira ou falsa. Isto 
ficará mais claro mais adiante, quando estudarmos as proposições 
compostas e os conectivos lógicos.
Até o momento temos 3 proposições, e só falta analisarmos a 
sentença III: “A expressão algébrica x + y é positiva”, e essa análise 
será definitiva para decidir se a questão está certa ou errada. Alguém 
desprevenido poderia pensar: “bom, dependendo do valor que x e y 
assumirem, essa sentença pode ser verdadeira ou falsa, logo ela é uma 
proposição”. Errado!! Nós sabemos que a sentença III é uma sentença 
aberta, já que temos as variáveis x e y que não possuem um valor 
específico, e que impedem a classificação da sentença como verdadeira 
ou falsa, não sendo considerada como uma proposição. Portanto, temos 
apenas 3 proposições, e a questão está certa. 
 Observe que a sentença III só seria uma proposição se a questão 
definisse o valor de x e y, o que nos leva a outro tipo de questão, 
conforme mostrada abaixo.
(MPE/TO – 2006) A proposição “para cada x, (x + 2) > 7” é 
interpretada como V para x pertencente ao conjunto {6, 7, 8, 9}.
 A sentença “para cada x, (x+2) > 7”, por si só, não pode ser 
classificada como verdadeira ou falsa, pois não sabemos quais os 
valores de x estão sendo considerados. A partir do momento em que a 
questão define o conjunto ao qual x pertence, aí sim podemos 
considerar a sentença como uma proposição e avaliar o seu valor lógico.
 
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 Neste caso, x pertence ao conjunto {6, 7, 8, 9}, e substituindo na 
sentença temos:
• (6+2) > 7.
• (7+2) > 7.
• (8+2) > 7.
• (9+2) > 7.
 Todas as sentenças acima são verdadeiras, portanto a proposição 
“Para cada x, (x+2) > 7” torna-se verdadeira para este conjunto.
 Gabarito: Certa
Uma proposição pode ser dividida em duas categorias:
Proposição Simples (ou atômica): não contém nenhuma proposição 
como parte integrante de si mesma. Geralmente são simbolizadas por 
letras do alfabeto (p, q, r, ...).
p: Marte é um planeta.
q: 7 é um número par.
Observe que para as proposições p e q acima, o valor lógico de p é 
V e o de q é F.
Proposição Composta: formada pela combinação de uma ou mais 
proposições, ligadas por conectivos.
• Carlos é inteligente e Mário é torcedor do Flamengo.
• Maria vai ao teatro ou Paulo vai ao cinema.
• Se chover amanhã, então não irei à praia.
• Comprarei uma casa se e somente se eu ganhar na loteria.
As palavras marcadas em negrito são o que chamamos de 
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conectivos, pois elas conectam duas proposições simples, cada uma 
podendo assumir um valor lógico diferente. Mas como podemos saber se 
a proposição composta é verdadeira ou falsa a partir do valor lógico 
atribuído a cada uma de suas proposições simples constituintes?! 
Através das Tabelas-Verdade!!! Vamos entender o que cada conectivo 
significa e como criamos cada tabela-verdade?
III) Conectivos e suas Tabelas-Verdade
Cada conectivo é representado por um símbolo diferente e possui 
uma tabela-verdade correspondente, que nada mais é do que uma 
tabela que mostra que valores a proposição composta por assumir 
dependendo da combinação dos valores lógicos que as proposições 
simples possuem. Muitos professores recomendariam que vocês 
decorassem as tabelas-verdade, mas de fato, se vocês entenderem o 
conceito por trás de cada conectivo, não será preciso decorar.
Conjunção ( )˄
Denominamos conjunção à proposição composta formada por duas 
proposições quaisquer ligadas pelo conectivo “e” ou equivalente, 
representado pelo símbolo ˄. Suponha as proposições p e q:
 p: Paulo é dentista.
 q: Laura gosta de chocolate.
A conjunção destas duas proposições é dada por “Paulo é dentista 
e Laura gosta de chocolate”, e é representada por p q˄ .
Além do “e”, as seguintes expressões podem ser usadas para 
denotar a conjunção:
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“Tanto Paulo é dentista como Laura gosta de chocolate”.
“Paulo é dentista mas Laura gosta de chocolate”. (apesar do 
“mas” sugerir sentido contrário, logicamente falando, o “mas” é 
equivalente ao “e”).
O que precisaria para que a proposição composta “Paulo é dentista 
e Laura gosta de chocolate” fosse verdadeira? Digamos que Paulo seja 
realmente dentista, mas suponha que Laura odeie chocolate. Eu posso 
dizer que é verdade que “Paulo é dentista e Laura gosta de chocolate” ? 
Não! porque, se pensarmos intuitivamente, essa proposição só seria 
verdade se Laura gostasse de chocolate, porque aí teríamos ambas as 
proposições verdadeiras.
Para que uma conjunção seja verdadeira, ambas as proposições 
que a compõe, ou seja, que estão interligadas pelo conectivo “e”, devem 
ser verdadeiras.
A tabela-verdade da conjunção é dada por:
p q p ˄ q
V V V
V F F
F V F
F F F
Perceba na tabela acima que a conjunção p q só é verdadeira˄ 
quando p e q são verdadeiras. Em todas as outras linhas, quando pelo 
menos uma das proposições p ou q é falsa, a conjunção se torna falsa.
Outra forma de assimilar esse conectivo e os próximos é pensar 
em proposições que possam ser interpretadas como uma promessa. 
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Suponha que um pai promete à sua filha que acabou de completar 
15 anos: “Eu te darei uma viagem e tedarei uma festa”. O que a filha 
vai entender? que ela vai ganhar a viagem e a festa! Sortuda né?! Caso 
o pai não dê nenhum presente ou dê apenas um deles, a promessa será 
falsa. A promessa só será verdadeira se ambas as partes forem 
verdadeiras.
Disjunção ( )˅
Denominamos disjunção à proposição composta formada por duas 
proposições quaisquer ligadas pelo conectivo “ou”, representado pelo 
símbolo ˅. Supondo as mesmas proposições p e q do item anterior, a 
disjunção destas duas proposições é dada por “Paulo é dentista ou 
Laura gosta de chocolate”, e é representada por p q˅ .
Ao contrário da conjunção, para que a disjunção seja verdadeira 
basta que uma das proposições que a compõe seja verdadeira. 
Voltando ao exemplo da promessa. Se o pai promete: “Eu te darei 
a viagem ou te darei a festa”, a filha sabe que a promessa é por apenas 
um dos presentes: viagem ou festa! Ganhando um dos dois, a promessa 
já foi cumprida! Se o pai for abastado e resolver dar os dois presentes? 
A promessa foi mais do que cumprida! O único caso em que a promessa 
não é cumprida é se o pai não der nem a viagem e nem a festa.
A tabela-verdade da disjunção é dada por:
p q p ˅ q
V V V
V F V
F V V
F F F
 
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Perceba na tabela acima que a disjunção p ˅ q só é falsa quando p 
e q são falsas. Em todas as outras linhas, quando pelo menos uma das 
proposições p ou q é verdadeira, a disjunção se torna verdadeira.
Disjunção exclusiva (∨)
Agora compare as duas proposições a seguir:
“Te darei a viagem ou te darei a festa”
“Ou te darei a viagem ou te darei a festa”
Qual a diferença entre as duas?
Na primeira sentença, se a primeira parte for verdade, isto não 
impede que a segunda também o seja, conforme vimos no item anterior. 
Já na segunda sentença, se a filha ganhar a viagem ela não ganhará a 
festa, e vice-versa, porque é um ou outro, nunca os dois ao mesmo 
tempo.
Na disjunção exclusiva, também conhecida como ou-exclusivo, as 
proposições são ligadas pelo conectivo ou...ou, tal que as proposições 
são mutualmente excludentes, ou seja, não podem ser verdadeiras e 
nem falsas ao mesmo tempo, pois em ambos os casos a promessa é 
falsa.
A disjunção exclusiva é representada pelo símbolo ∨ e sua tabela-
verdade é mostrada a seguir:
P q p ∨ q
V V F
V F V
F V V
F F F
 
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Perceba na tabela anterior que a disjunção exclusiva p ∨ q é falsa 
quando p e q são ambos verdadeiros ou ambos falsos. Em todas as 
outras linhas, quando pelo menos uma das proposições p ou q é 
verdadeira, a disjunção exclusiva se torna verdadeira.
Condicional ou Implicação ( )→
Denominamos condicional a proposição composta formada por 
duas proposições quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “Se ... 
então” ou por uma de suas formas equivalentes. Dadas as proposições:
 p: Paulo é médico.
 q: Laura gosta de chocolate.
A condicional “Se Paulo é médico então Laura gosta de chocolate” 
pode ser representada por p→q. A proposição p é chamada de 
condição ou antecedente, e a proposição q é chamada de conclusão 
ou consequente.
A condicional é o conectivo que mais confunde os estudantes, por 
não ser nada intuitivo. Observe a proposição dada: “Se Paulo é médico 
então Laura gosta de chocolate”. Primeiro vocês podem se perguntar: O 
que o fato de Paulo ser médico tem a ver com Laura gostar ou não de 
chocolate? 
Pois então guardem a primeira lição: a sentença representada pela 
condicional pode, aparentemente, não fazer sentido nenhum e ainda 
assim ser avaliada como verdadeira, pois o que importa é o valor lógico 
de cada proposição isolada. 
Ok! Aceitando então que a sentença pode não fazer sentido, como 
avaliar então se ela é verdadeira?
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Vamos voltar para o exemplo da promessa. Suponha que o pai 
coloque uma condição para a filha ganhar o presente: “Se você passar 
de ano então eu te darei a festa”. Analisando os possíveis casos:
1º) A filha passou de ano e o pai deu a festa: Neste caso a 
promessa do pai foi cumprida.
2º) A filha não passou de ano e o pai não deu a festa: Como o pai 
só tinha prometido a festa se a filha tivesse passado de ano, então ele 
não descumpriu a promessa.
3º) A filha não passou de ano e o pai deu a festa: O pai pode ter 
ficado com pena da filha, e apesar dela não ter passado de ano, ainda 
assim o pai deu a festa. Ele descumpriu a promessa? Não! Porque a 
promessa era para o caso da filha passar de ano. A promessa não diz 
nada a respeito do que aconteceria se ela não passasse. Esse é o 
maior erro dos estudantes, assumirem que a proposição composta é 
falsa só porque a primeira parte é falsa! Cuidado com isso!
4º) A filha passou de ano e o pai não deu a festa: Agora sim é 
claro que o pai descumpriu a promessa! A filha fez a parte dela, passou 
de ano, e o pai não cumpriu com a sua palavra, ou seja, não deu a 
festa! Este é o único caso em que a condicional é falsa, quando a 
primeira parte é verdadeira, mas a segunda é falsa.
A tabela-verdade da condicional é dada por:
p q p → q
V V V
V F F
F V V
F F V
 
Agora observe a seguinte condicional:
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“Se eu nasci na Bahia então sou brasileiro”
Qual a única forma desta proposição estar errada? Se a primeira 
parte for verdadeira e a segunda for falsa. Ora, se é verdade que nasci 
na Bahia, então necessariamente é verdade que sou brasileiro! Afinal 
de contas a Bahia fica no Brasil!
O fato de eu ter nascido na Bahia é condição suficiente (basta 
isso!) para que se torne um resultado necessário que eu seja 
brasileiro. Uma condição suficiente gera um resultado necessário.
Se alguém disser que: “Pedro ser rico é condição suficiente para 
Maria ser médica”, então nós podemos reescrever essa sentença usando 
a condicional:
“Se Pedro for rico, então Maria é médica”
O oposto também vale. “Maria ser médica é condição necessária 
para que Pedro seja rico” pode ser traduzido para:
“Se Pedro for rico, então Maria é médica”
A tradução das palavras suficiente e necessário para a forma 
condicional já foi bastante exigida em concursos. Veja a questão abaixo
(BB – 2008) A proposição “Se as reservas internacionais em 
moeda forte aumentam, então o país fica protegido de ataques 
especulativos” pode também ser corretamente expressa por “O 
país ficar protegido de ataques especulativos é condição 
necessária para que as reservas internacionais aumentem”. 
Pelo que acabamos de aprender, a proposição “as reservas 
internacionais em moeda forte aumentarem” é condição suficiente 
para “o país ficar protegido de ataques especulativos”. Assim como, “o 
país ficar protegido de ataques especulativos” é condição necessária 
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para “as reservas internacionais em moeda forte aumentarem”, 
conforme enunciado pela questão.
Gabarito: Certa
Outras expressões podem ser usadas para representar a 
condicional, além das duas acima, e são equivalentes a “Se p então q”, 
onde p e q são proposições. Algumas delas estão enumeradas a seguir.
Se p, q. 
q, Se p. 
Quando p, q.
p implica q.
p somente se q.
Todo p é q.
Exemplos:
Se chove, o chão fica molhado.
O chão fica molhado, se chove.
Quando chove, o chão fica molhado.
Chover implicao chão ficar molhado.
Chove somente se o chão fica molhado.
Toda vez que chove o chão fica molhado.
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Bicondicional ou dupla implicação (↔)
Denominamos bicondicional a proposição composta formada por 
duas proposições quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “Se e 
somente se”. 
A bicondicional “Paulo é médico se e somente se Laura gosta de 
chocolate” pode ser representada por p↔q.
A bicondicional é a mesma coisa que fazer a conjunção de duas 
proposições condicionais. A proposição acima também poderá ser escrita 
como “Se Paulo é médico então Laura gosta de chocolate e Laura gosta 
de chocolate se Paulo é médico”, e pode ser representada por 
(p→q)˄(q→p).
Na proposição bicondicional, as duas partes componentes estão, 
por assim dizer, amarradas: se uma for verdadeira, a outra também terá 
que ser verdadeira; se uma for falsa, a outra também terá que ser falsa.
A tabela-verdade da bicondicional é dada por:
p q p ↔ q
V V V
V F F
F V F
F F V
 
Algumas expressões equivalentes a “p se e somente se q”:
p se e só se q.
p é condição suficiente para q e q é condição suficiente para 
p.
q é condição necessária para p e p é condição necessária 
para q.
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Todo p é q e todo q é p.
Todo p é q e reciprocamente.
Negação (¬)
A negação, a princípio, é o conectivo mais simples. Ele também 
pode ser representado pelo símbolo ~, mas nas questões da CESPE ele 
normalmente é representado por ¬.
Dada uma proposição qualquer p, denominamos negação de p à 
proposição composta que se obtém a partir da proposição p acrescida 
do conectivo lógico “não” ou de outro equivalente. Suponha, por exemplo, 
que a proposição p seja dada por:
 p: Paulo é médico.
As seguintes proposições compostas serão consideradas negação de p:
Paulo não é médico.
Não é verdade que Paulo é médico.
É falso que Paulo é médico.
Simbolicamente falando, todas as proposições acima serão representadas 
da mesma forma, ou seja, por ¬p.
Negar uma proposição nada mais é do que inverter o seu valor 
lógico, ou seja, se a proposição simples for verdadeira, a proposição 
correspondente à negação dela será falsa, e vice-versa. Sua tabela 
verdade é dada por:
p ¬p
V F
F V
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 Cuidado com o seguinte tipo de questão:
(SEBRAE – 2008) A negação da proposição “2 + 5 = 9” é a 
proposição “2 + 5 = 7”.
Apesar de “2 + 5 = 7” ser verdadeiro e “2 + 5 = 9” ser falso, a 
proposição “2 + 5 = 7” não é a negação de “2 + 5 = 9” ! Pense na 
proposição acima sem ser escrita na forma matemática: “2 mais 5 é 
igual a 9”. Para a negarmos precisamos usar algum conectivo de 
negação, tal como o “não”, resultando na proposição “2 mais 5 não é 
igual a 9”, que na forma matemática poderia sem simbolizada por “2 + 
5 ≠9”
Gabarito: Errada
Muitas questões da CESPE se referem a negar uma proposição composta, 
que é quando o conectivo de negação começa a complicar.
O caso mais simples é a negação de uma negação, ou seja, quando a 
proposição composta a ser negada é uma negação. Por exemplo, se temos a 
proposição composta ¬p dada por “João não é médico”, então a negação desta 
proposição, representada por ¬(¬p), será a proposição p original “João é médico”, 
ou seja, negar uma negativa significa tirar a palavra “não”.
Como negar uma conjunção, uma disjunção, uma disjunção 
exclusiva, uma condicional e uma bicondicional? Começaremos pela 
negação da conjunção e da disjunção. As formas de representação da 
negação destes dois conectivos fazem parte das chamadas Leis de De 
Morgan. Vamos ver cada caso separadamente.
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Negação de uma conjunção
Representamos a negação de uma conjunção p q, onde p e q são˄ 
proposições quaisquer, por ¬( p q). Para fazer a negação devemos seguir os˄ 
seguintes passos:
1º) Negar a primeira proposição: ¬p
2º) Negar a segunda proposição: ¬q
3º) trocar o e por ou ( por )˄ ˅
Portanto ¬( p q) também pode ser representada por ¬˄ p ¬q (uma das˅ 
leis de De Morgan).
(Técnico Judiciário – 2010) A negação da proposição “O 
presidente é o membro mais antigo do tribunal e o corregedor é 
o vice-presidente” é “O presidente é o membro mais novo do 
tribunal e o corregedor não é o vice-presidente”. 
Primeiramente vamos identificar as proposições simples que 
constituem essa proposição composta e representá-las por letras.
p: O presidente é o membro mais antigo do tribunal.
q: O corregedor é o vice-presidente.
A proposição composta, antes de ser negada, pode então ser 
representada por p ˄ q.
Seguindo os passos descritos anteriormente para negar esta 
proposição, teremos:
1º) Negar a primeira proposição: O presidente não é o membro mais 
antigo do tribunal.
2º) Negar a segunda proposição: O corregedor não é o vice-presidente.
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3º) trocar o e por ou ( por ): ˄ ˅ O presidente não é o membro mais 
antigo do tribunal ou o corregedor não é o vice-presidente.
Claramente a resposta dada pelo enunciado está errada. Primeiro porque a 
negação de “mais antigo” não é “mais novo”, e segundo por o conectivo e não foi 
trocado.
Negação de uma disjunção
Representamos a negação de uma disjunção p q, onde p e q são˅ 
proposições quaisquer, por ¬( p q). Para fazer a negação devemos seguir os˅ 
seguintes passos:
1º) Negar a primeira proposição: ¬p
2º) Negar a segunda proposição: ¬q
3º) trocar o ou por e ( por )˅ ˄
Portanto ¬( p q) também pode ser representada por ¬˅ p ¬q (outra lei˄ 
de De Morgan).
(PRODEST – 2006) A proposição “O estado do Espírito Santo não 
é produtor de petróleo ou Guarapari não tem lindas praias” 
corresponde à negação da proposição “O estado do Espírito 
Santo é produtor de petróleo e Guarapari tem lindas praias.”
Representando por p e q as proposições simples:
p: O estado do Espírito Santo é produtor de petróleo.
q: Guarapari tem lindas praias.
Seguindo os passos descritos anteriormente para negar a 
proposição composta:
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1º) Negar a primeira proposição: O estado do Espírito Santo não é 
produtor de petróleo.
2º) Negar a segunda proposição: Guarapari não tem lindas praias.
3º) trocar o ou por e ( por ): ˅ ˄ O estado do Espírito Santo não é 
produtor de petróleo e Guarapari não tem lindas praias. (que é 
exatamente a resposta dada pelo enunciado) Gabarito: Certa 
Negação de uma disjunção exclusiva e de uma bicondicional
Estes dois casos geralmente não são cobrados, mas mesmo assim 
vamos colocar aqui para que fique claro. Eles são bem simples. A 
negação de uma disjunção exclusiva é a bicondicional e vice-versa, ou 
seja:
¬(p ˅ q) é o mesmo que p q↔
¬(p q) é o mesmo que p ↔ ˅ q
Portanto, se tivermos a proposição “Ou te darei a viagem ou te 
darei a festa”, a negação desta proposição será “te darei a viagem se e 
somente se te der a festa”, e vice-versa.
Se olharmos as tabelas-verdade de ambos os conectivos, a 
disjunção exclusiva e a bicondicional, veremos que elas são exatamente 
opostas, ou seja, quando a disjunção exclusiva é verdadeira, a 
bicondicional é falsa, e quando a disjunção exclusiva é falsa, a 
bicondicional é verdadeira.www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 
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Negação de uma condicional
Representamos a negação de uma condicional p q, onde p e q são→ 
proposições quaisquer, por ¬( p q). Para fazer a negação devemos seguir os→ 
seguintes passos:
1º) Manter a primeira proposição: p
2º) Trocar o Se..então (ou equivalente) por e
3º) Negar a segunda proposição: ¬q
Portanto ¬( p q) também pode ser representada por → p ¬q.˄
(Agente Administrativo – 2008) Considere as seguintes 
proposições.
A: Está frio.
B: Eu levo agasalho.
Nesse caso, a negação da proposição composta “Se está 
frio, então eu levo agasalho” — A→B — pode ser corretamente 
dada pela proposição “Está frio e eu não levo agasalho” — 
A˄(¬B).
Seguindo os passos:
1º) Manter a primeira: Está frio.
2º) Trocar o Se..então por e
3º) Negar a segunda: Eu não levo agasalho.
Proposição resultante: Está frio e eu não levo agasalho. (conforme 
descrito no enunciado).
Gabarito: Certa
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IV) Proposições compostas por mais de um conectivo e suas 
representações simbólicas
Além das proposições compostas que vimos nos itens anteriores, 
podemos formar proposições compostas que possuem mais de um 
conectivo. Por exemplo:
1. Se Paulo é médico ou Maria é professora, então Carlos é 
engenheiro.
2. Luiza gosta de sorvete e chocolate, ou ela não gosta de sorvete 
e bala.
Percebe-se que as duas proposições acima misturam diferentes 
conectivos, mas como representa-las simbolicamente? E como saber se 
são verdadeiras ou falsas dado que até agora só aprendemos a definir 
os valores lógicos de proposições compostas por um único conectivo?
A primeira pergunta será respondida agora, e a segunda ficará 
para a próxima seção.
Muitas questões de concurso correspondem a representar 
simbolicamente esses tipos de proposições compostas, que combinam 
vários conectivos. O primeiro passo para isso é identificar as proposições 
simples que compõe a proposição composta. As proposições simples 
serão representadas por uma letra do alfabeto qualquer.
Considera a primeira proposição mostrada acima:
Se Paulo é médico ou Maria é professora, então Carlos é 
engenheiro.
As proposições simples encontradas, ou seja, aquelas que não 
possuem nenhum conectivo e que podem ter atribuídas um valor lógico, 
são:
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 p: Paulo é médico
 q: Maria é professora
 r: Carlos é engenheiro
Substituindo-se na proposição original, temos:
Se p ou q então r.
Agora é preciso substituir os conectivos por seus respectivos 
símbolos pré-definidos. Para substituirmos o Se..então por → 
precisamos identificar quem é o antecedente e o consequente. Nesta 
proposição temos:
Antecedente: p ou q
Consequente: r
Portanto a proposição pode ser escrita como: (p ou q) r→
Neste momento colocamos os parêntesis para identificar 
corretamente quem é o antecedente da condicional.
Para terminar substituímos o ou pelo seu símbolo correspondente: 
(p ˅ q) r→
Finalizando a representação simbólica.
(Analista SEBRAE – 2008) A proposição “Tanto João não é norte-
americano como Lucas não é brasileiro, se Alberto é francês” 
poderia ser representada por uma expressão do tipo 
P→[(¬Q)˄(¬R)].
Percebemos que as proposições “João não é norte-americano” e 
“Lucas não é brasileiro” são proposições com o conectivo “não”, e de 
acordo com a expressão dada pelo enunciado, as proposições negadas 
estão representadas por ¬Q e ¬R. Logo podemos assumir que:
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¬Q: João não é norte-americano
¬R: Lucas não é brasileiro
Logo sobrou a letra P para representar “Alberto é francês”. 
Substituindo na proposição original temos:
Tanto ¬Q como ¬R, se P.
Sabemos que uma das expressões equivalentes a “Se A então B”, 
onde A e B são proposições quaisquer, é “B, se A”, que tem a mesma 
estrutura da proposição acima, e que pode portanto ser representada 
por A B.→
Substituindo: P (→ Tanto ¬Q como ¬R).
Por fim, sabemos que a expressão Tanto..como é equivalente ao 
e. Logo temos: P→[(¬Q)˄(¬R)]
Perceba que coloquei parêntesis para identificar quais as 
proposições ligadas pelo e colchetes para identificar o consequente da˄ 
condicional.
 Gabarito: Certa
(Auxiliar Técnico de Perícia – SEAD – 2007) Considere a 
proposição composta (A˄B)˅¬(A˄C), em que A, B e C têm os 
seguintes significados:
 A: Carla lê livros de ficção.
 B: Carla lê revistas de moda.
 C: Carla lê jornais.
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Assinale a opção correspondente à tradução adequada e 
correta para a proposição composta apresentada acima, 
referente a uma personagem fictícia denominada Carla, 
considerando-se ainda as proposições A, B e C acima definidas.
A. Carla lê livros de ficção e revistas de moda, mas não lê 
livros de ficção ou lê jornais.
B. Carla lê somente livros de ficção e revistas de moda, e 
não lê jornais.
C. Carla lê livros de ficção e revistas de moda, ou ela não lê 
livros de ficção e jornais.
D. Carla lê livros de ficção e revistas ao mesmo tempo, e 
não lê livros de ficção nem jornais.
Vamos por partes. Considere primeiramente a proposição (A˄B). 
Substituindo-se A e B por suas respectivas traduções e o conectivo ˄ 
por e, temos:
Carla lê livros de ficção e Carla lê revistas de moda.
que pode ser reescrita como: Carla lê livros de ficção e revistas de 
moda.
Agora vamos traduzir a proposição (A˄C), substituindo-se A e C 
por suas respectivas traduções:
Carla lê livros de ficção e jornais.
Na proposição inicial, o (A˄C) está negado, ou seja, temos 
¬(A˄C), portanto precisamos negar a proposição acima, obtendo:
Carla não lê livros de ficção ou não lê jornais.
Ou, apenas colocando o não na frente da conjunção:
Carla não lê livros de ficção e jornais.
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Por fim, juntamos as proposições traduzidas pelo conectivo ou, 
obtendo a opção C das possíveis respostas:
Carla lê livros de ficção e revistas de moda, ou ela não lê livros de 
ficção e jornais.
V) Valor lógico de proposições compostas
Para determinarmos o valor lógico de uma proposição composta 
que possui um ou mais conectivos, basta montarmos a tabela-verdade 
para esta proposição, considerando todos os possíveis valores lógicos 
que cada uma das suas proposições simples pode assumir, e usando 
como auxílio as tabelas verdades já vistas para cada conectivo.
(Técnico Judiciário – 2009) Para todos os possíveis valores 
lógicos atribuídos às proposições simples A e B, a proposição 
composta [A˄(¬B)]˅B tem exatamente 3 valores lógicos V e um 
F. 
A tabela-verdade é criada considerando-se uma coluna para cada 
proposição simples (neste caso A e B), e para cada proposição composta 
que é parte de outra proposição composta.
Aqui vai uma dica muito importante! A tabela-verdade terá 2n 
linhas (sem considerar a linha correspondente às proposições), onde n é 
o número de proposições simples. Esse valor corresponde exatamente 
ao número de combinações possíveis de V e F que podemos ter para n 
proposições. 
Para esta questão temos duas proposições simples A e B, e a 
tabela, com 22 = 4 linhas (a serem preenchidas), e parcialmentepreenchida com as possíveis combinações de V e F para as proposições 
simples A e B, é mostrada abaixo:
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A B ¬B A˄(¬B) [A˄(¬B)]˅
B
V V
V F
F V
F F
Para preencher a coluna do ¬B é só usar a tabela-verdade auxiliar 
da negação, ou seja, inverter o valor lógico de B para cada possível 
valor:
A B ¬B A˄(¬B) [A˄(¬B)]˅
B
V V F
V F V
F V F
F F V
Para preencher a coluna do A˄(¬B) usaremos a tabela-verdade da 
conjunção, considerando os possíveis valores de A e de ¬B, que estão, 
respectivamente, na primeira e terceira coluna.
A B ¬B A˄(¬B) [A˄(¬B)]˅
B
V V F F
V F V V
F V F F
F F V F
Por fim, para preencher a coluna do [A˄(¬B)]˅B, usaremos a 
tabela-verdade da disjunção, considerando os possíveis valores das 
proposições A˄(¬B) (que acabamos de preencher) e B, que estão, 
respectivamente, na quarta e segunda coluna: 
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A B ¬B A˄(¬B) [A˄(¬B)]˅
B
V V F F V
V F V V V
F V F F V
F F V F F
O enunciado da questão nos diz que a proposição composta 
[A˄(¬B)]˅B tem exatamente três valores lógicos V e um F. Podemos ver 
pela tabela-verdade construída que isso está certo.
Aqui cabem duas definições importantes e que são muito usadas 
em questões:
• Uma proposição composta é chamada de Tautologia, se 
para todas as possíveis combinações de valores lógicos para 
suas proposições componentes, o valor lógico obtido para a 
proposição composta é sempre V. (Olhando para a tabela-
verdade, que tem na última coluna a proposição composta 
que se quer avaliar, esta coluna só possui V em todas as 
linhas)
• Uma proposição composta é chamada de Contradição, se 
para todas as possíveis combinações de valores lógicos para 
suas proposições componentes, o valor lógico obtido para a 
proposição composta é sempre F. 
(Analista SEBRAE – 2008) A proposição [(P→Q)˄(Q→R)]→(P→R) 
é uma tautologia.
Esta proposição possui 3 proposições simples (P, Q e R), e 
portanto a tabela-verdade terá 23 = 8 linhas.
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P Q R P Q→ Q R→ P R→ (P→Q)˄(Q→R) [(P→Q)˄(Q→R)]→(P→R)
V V V V V V V V
V V F V F F F V
V F V F V V F V
V F F F V F F V
F V V V V V V V
F V F V F V F V
F F V V V V V V
F F F V V V V V
Pela tabela acima podemos ver que a última coluna está toda 
preenchida com V, ou seja, para qualquer combinação das proposições 
componentes, a proposição composta sempre tem valor lógico V, e 
portanto é uma tautologia.
Gabarito: Certa
Aqui vai uma DICA na hora de preencher as possíveis 
combinações das três variáveis (considerando uma tabela de 8 linhas, 
mas a regra vale para qualquer número de linhas). Se temos 8 linhas, 
na primeira coluna colocamos metade das linhas com V’s (ou seja, 4) e 
metade com F’s. (4 é metade de 8. Se fossem 16 linhas, a metade seria 
8, e assim por diante). 
P Q R
V
V
V
V
F
F
F
F
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Na segunda coluna dividimos novamente à metade, ou seja, 
colocamos 2 V’s seguidos de 2 F’s ( e fazemos isso intercaladamente).
P Q R
V V
V V
V F
V F
F V
F V
F F
F F
Por fim dividimos novamente à metade, ou seja, intercalamos um 
V com um F.
P Q R
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Pronto! Não precisa mais decorar as combinações! Aprendeu?
VI) Equivalência de proposições
Outro tipo de questão que vemos muitos em concurso público é de 
verificar se duas proposições dadas são equivalentes ou não.
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Duas proposições são equivalentes se os valores lógicos obtidos 
para as proposições compostas são os mesmos, para cada possível 
combinação de valores das suas proposições simples, ou seja, se as 
suas tabelas-verdade forem iguais (considerando-se as colunas das 
proposições simples e a última coluna correspondente à proposição 
composta sendo avaliada).
Ao longo desta aula vimos algumas equivalências de proposições:
¬(¬p) é equivalente a p
¬(p q) ˄ é equivalente a ¬p ¬q (lei de De Morgan)˅
¬(p q) ˅ é equivalente a ¬p ¬q (lei de De Morgan)˄
¬(p ˅ q) é equivalente a p q↔
¬(p q) → é equivalente a p ¬q˄
(p q) ↔ é equivalente a (p q) (q p)→ →˄
Fique à vontade para comprovar a equivalência de cada uma 
destas proposições através da construção de suas tabelas-verdade.
Outras equivalências muito conhecidas são:
p (q r) ˄ ˅ é equivalente a (p q) (p r)˄ ˅ ˄
p (q r) ˅ ˄ é equivalente a (p q) (p r)˅ ˄ ˅
p q → é equivalente a ¬p q˅
(MPE/RR – 2008) Se A e B são proposições, então ¬(A↔B) tem as 
mesmas valorações que [(¬A)→(¬B)]˄[(¬B)→(¬A)]. 
O que a questão está afirmando é que as duas proposições 
apresentadas são equivalentes. Vamos verificar? Ao invés de construir 
uma tabela-verdade para cada uma, irei construir uma tabela-verdade 
única, e olhar se as colunas correspondentes às proposições dadas são 
iguais ou não.
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A tabela-verdade é dada por:
A B ¬A ¬B A ↔ B ¬(A ↔ B) (¬A) →(¬B) (¬B) →(¬A) [(¬A)→(¬B)]˄[(¬B)→(¬A)]
V V F F V F V V V
V F F V F V V F F
F V V F F V F V F
F F V V V F V V V
 
 
Observe, pela tabela, que as colunas que representas as duas 
proposições do enunciado (colunas em vermelho), não são iguais. Na 
primeira linha, por exemplo, a proposição ¬(A ↔ B) valor lógico F, 
enquanto que a proposição [(¬A)→(¬B)]˄[(¬B)→(¬A)] tem valor lógico 
V. Portanto as proposições não são equivalentes.
Gabarito: Errada
(MCT/FINEP - 2009) Considere todas as possíveis valorações V 
ou F atribuídas às proposições simples P, Q e R. Nesse caso, a 
proposição composta ¬[(P→R)˄(Q→R)] tem exatamente os 
mesmos valores lógicos da proposição
A. R˅[¬(P˅Q)].
B. [(¬P)˅R]˄[(¬Q)˅R].
C. [¬(P˅R)]˄[¬(Q˅R)].
D. [P˄(¬R)]˅[Q˄(¬R)].
E. (P˅Q)→R.
A questão quer achar qual das opções de proposições é 
equivalente à proposição ¬[(P→R)˄(Q→R)]. Neste caso, se formos 
construir uma tabela-verdade para cada opção para depois verificar qual 
delas é igual à tabela-verdade da proposição do enunciado, perderemos 
muito tempo. A melhor maneira de resolver esse tipo de questão é 
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buscando equivalências da proposição enunciada usando as 
equivalências mais conhecidas.
A proposição ¬[(P→R)˄(Q→R)] é uma negação de uma conjunção. 
Sabemos que ¬(A B) é equivalente a ˄ ¬A ¬B, sendo A e B proposições˅ 
quaisquer. Para essa questão podemos assumir A e B como sendo:
A: (P→R)
B: (Q→R)
Portanto, ¬[(P→R)˄(Q→R)] é equivalente a [¬(P→R)] ˅ 
[¬(Q→R)]. Esta proposição ainda não corresponde a nenhuma das 
opções de resposta, então continuemos buscando equivalências.
Considerando agora a proposição achada [¬(P→R)] [¬(Q˅ →R)], 
olhemos para a primeira parte: [¬(P→R)]. Esta proposição nada mais é 
do que a negação da condicional, e sabemos que é equivalente a P ¬R.˄ 
O mesmo vale para a segunda parte [¬(Q→R)], que é equivalente a 
Q ¬R. A proposição [¬(P˄ →R)] [¬(Q˅ →R)] é, portanto, equivalente a 
[P ¬R] [Q ¬R)].˄ ˅ ˄
Olhando as opções de resposta, vemos que esta proposição 
corresponde justamente à letra D.
Resumo
Nesta seção encontra-se um resumo dos principais pontos vistos 
nesta aula, e queserão úteis quando vocês estiverem fazendo os 
exercícios. 
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Estrutura lógica É V quando É F quando
p q˄ p e q são, ambos, V um dos dois for F
p q˅ um dos dois for F p e q são, ambos, F
p ˅ q p e q tiverem valores 
lógicos diferentes
p e q tiverem valores lógicos 
iguais
p q→ nos demais casos p é V e q é F
p q↔ p e q tiverem valores 
lógicos iguais
p e q tiverem valores lógicos 
diferentes
¬p p é F p é V
¬(p q)˄ é ¬p ¬q (lei de De Morgan)˅
¬(p q)˅ é ¬p ¬q (lei de De Morgan)˄
¬(p ˅ q) é p q↔
¬(p q)→ é p ¬q˄
¬(p q)↔ é p ˅ q
¬(¬p) é p
p (q r)˄ ˅ É equivalente a (p q) (p r)˄ ˅ ˄
p (q r)˅ ˄ É equivalente a (p q) (p r)˅ ˄ ˅
p q→ É equivalente a ¬p q˅
 
Por hoje é só pessoal! Façam os exercícios propostos na seção de
Questões propostas abaixo e treinem bastante, mesmo com 
questões de outras bancas, para ficarem bem afiados com o que está 
por vir. 
Na próxima aula veremos as proposições universais e particulares, 
que são aquelas que usam as palavras Todo, Algum, Nenhum,... 
Veremos também a maior parte de lógica de argumentação, que 
trata de avaliar uma conclusão dadas as premissas. Esta é a matéria 
que mais é cobrada pela CESPE, e existem várias formas de se resolver 
esse tipo de questão, dependendo do formato do enunciado. Iremos ver 
4 tipos de resolução.
Até a próxima aula e bons estudos!
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QUESTÕES COMENTADAS
As questões abaixo são as mesmas que se encontram nas 
questões propostas, então, antes de olhar o gabarito comentado, vá 
para a seção de questões propostas e tente resolvê-las. 
1) (MPE-TO – Analista – 2006) Uma proposição é uma afirmativa 
que pode ser interpretada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas 
não de ambas as formas. (…)
Na lista abaixo, há exatamente três proposições.
• Faça suas tarefas.
• Ele é um procurador de justiça muito competente.
• Celina não terminou seu trabalho.
• Esta proposição é falsa.
• O número 1.024 é uma potência de 2.
Comentários:
A primeira sentença “Faça suas tarefas” é uma sentença 
imperativa. Reconhecemos isso através do verbo “Faça”, que dá um 
sentido de ordem. Vimos que sentenças imperativas não podem ser 
classificadas como verdadeiras ou falsas, e, portanto, tal sentença não é 
uma proposição.
Todas as outras quatro sentenças são proposições, pois podem ter 
um valor lógico atribuído. Vejamos cada uma:
“Ele é um procurador de justiça muito competente”: Seja lá quem 
ele for, se ele for realmente competente, esta proposição é verdadeira, 
caso contrário será falsa.
“Celina não terminou seu trabalho”: Se Celina realmente terminou 
o trabalho que lhe foi atribuído, então a proposição é verdadeira, caso 
contrário é falsa.
“Esta proposição é falsa”: Seja lá qual for a proposição a que a 
sentença se refere, se ela for realmente falsa, então a sentença é 
verdadeira, caso contrário será falsa. Essa sentença pode confundir um 
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pouco, mas o importante é que vocês podem avalia-la como verdadeira 
ou falsa.
“O número 1024 é uma potência de 2”: Essa sentença a gente não 
tem nem dúvida de que é uma proposição! Sabemos que, inclusive, 
podemos classifica-la como verdadeira, visto que realmente 1024 é 
potência de 2!.
Portanto temos, no total, 4 proposições, ao contrário do que o 
enunciado diz.
Gabarito: Errada
(Analista SEBRAE – 2008) Com relação à lógica formal, julgue os 
itens subsequentes.
2) Toda proposição lógica pode assumir no mínimo dois valores 
lógicos. 
Comentários:
Toda proposição pode assumir EXATAMENTE dois valores lógicos 
(verdadeira e falsa). A expressão “no mínimo” dá a entender que pode 
ter mais valores, o que está errado.
Gabarito: Errada
3) A proposição “Ninguém ensina a ninguém” é um exemplo de 
sentença aberta. 
Comentários:
Para ser uma sentença aberta tem que ter uma variável de valor 
desconhecido, o que não acontece nesta proposição. Além disso, essa 
sentença pode ser classificada como verdadeira ou falsa, logo não é uma 
sentença aberta.
Gabarito: Errada
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4) A proposição “João viajou para Paris e Roberto viajou para 
Roma” é um exemplo de proposição formada por duas 
proposições simples relacionadas por um conectivo de 
conjunção. 
Comentários:
Esta questão está certa. As duas proposições simples às quais o 
enunciado se refere são:
“João viajou para Paris”
“Roberto viajou para Roma”
Estas duas proposições estão, justamente, conectadas pelo “e”, 
que é o conectivo de conjunção.
Gabarito: Certa
5) (MCT – 2008) Considere que A seja a seguinte proposição: O 
concurso será regido por este edital e executado pelo 
CESPE/UnB. Nesse caso, a proposição ¬A é assim expressa: O 
concurso não será regido por este edital ou não será executado 
pelo CESPE/UnB.
Comentários:
Neste caso a proposição A é uma conjunção. Para negar uma 
conjunção seguimos os seguintes passos:
1º) Negamos a primeira proposição: “O concurso não será regido 
por este edital”
2º) Negamos a segunda proposição: “não será executado pelo 
CESPE/UNB”
3º) Trocamos o “e” por “ou”, resultando na proposição final:
“O concurso não será regido por este edital ou não será executado 
pelo CESPE/UnB” (que é, exatamente, o que o enunciado dá como 
resposta).
Gabarito: Certa
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6) (Técnico Judiciário – 2009) A proposição “A constituição 
brasileira é moderna ou precisa ser refeita” será V quando a 
proposição “A constituição brasileira não é moderna nem precisa 
ser refeita” for F, e vice-versa.
Comentários:
Ao ler o enunciado da questão, a gente suspeita de que uma 
sentença seja a negação da outra, porque quando uma é verdadeira a 
outra é falsa, e na segunda proposição (“A constituição brasileira não é 
moderna nem precisa ser refeita”), as proposições simples estão 
negadas. Então vamos confirmar.
Considere a primeira proposição: “A constituição brasileira é 
moderna ou precisa ser refeita”. Vamos negá-la seguindo os passos da 
negação de uma proposição disjuntiva:
1º) Nega a primeira parte: “A constituição brasileira não é 
moderna”
2º) Nega a segunda parte: “não precisa ser refeita”
3º) troca o “ou” pelo “e”:
“A constituição brasileira não é moderna e não precisa ser refeita”
Apesar de não estar escrito exatamente deste modo, podemos ver 
que a segunda proposição do enunciado (“A constituição brasileira não é 
moderna nem precisa ser refeita”) tem o mesmo sentido que a que a 
gente encontrou, pois “e não” é equivalente a “nem”. Portanto a 
questão está correta.
Gabarito: Certa
7) (Polícia Militar/CE – 2008) Se A é a proposição “O soldado 
Vítor fará a ronda noturna e o soldado Vicente verificará os 
cadeados das celas”, então a proposição ¬A estará corretamente 
escrita como: “O soldado Vítor não fará a ronda noturna nem o 
soldado Vicente verificará os cadeados das celas”.
Comentários:
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Vejamos a primeira proposição: “O soldado Vítor fará a ronda 
noturna e o soldado Vicente verificará os cadeados das celas”. Ela é 
formada por duas proposições simples e o conectivo “e”, então 
claramente temos uma proposiçãoconjuntiva. Vamos negá-la:
1º) Nega a primeira parte: “O soldado Vítor não fará a ronda 
noturna”
2º) Nega a segunda parte: “o soldado Vicente não verificará os 
cadeados das celas”
3º) Troca o “e” pelo “ou”: “O soldado Vítor não fará a ronda 
noturna ou o soldado Vicente não verificará os cadeados das celas”.
Agora vamos comparar o que achamos com a proposição que o 
enunciado dá:
“O soldado Vítor não fará a ronda noturna nem o soldado Vicente 
verificará os cadeados das celas”
A proposição dada pelo enunciado, ao invés de usar o “ou”, usa o 
“nem”, que como vimos é equivalente a “e não”, que não é o que 
deveria ter sido usado, logo, a questão está errada.
Gabarito: Errada
8) (Administrador/Acre - 2008) A proposição “Se a vítima não 
estava ferida ou a arma foi encontrada, então o criminoso errou 
o alvo” fica corretamente simbolizada na forma (¬A) ˅ B → C.
Comentários:
Vamos dar uma olhada nesta proposição: “Se a vítima não estava 
ferida ou a arma foi encontrada, então o criminoso errou o alvo”
Nesta proposição encontramos os conectivos “Se..então”, “não” e 
“ou”. Isolando as proposições simples e representando-as pelas letras A, 
B e C, temos:
A: “A vítima estava ferida”
B: “a arma foi encontrada”
C: “o criminoso errou o alvo”
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Perceba que na proposição composta, a primeira proposição 
simples, representada pela letra A, está negada (“A vítima não estava 
ferida”), portanto temos ¬A.
Substituindo cada proposição simples por sua respectiva letra, 
temos:
Se ¬A ou B então C.
Falta só substituir os conectivos. Substituindo primeiro o “ou” 
temos:
Se ¬A B então C.˅
Substituindo a condicional temos: ¬A B C→˅
No enunciado tem um parêntesis no ¬A, que não influencia na 
resposta. Aqui vai uma observação: Se não tiver parêntesis, a 
precedência das operações é sempre da esquerda para a direita.
Gabarito: Certa
9) (MPE/RR – 2008) Considere como V as seguintes proposições.
A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, ¬(A→B) é a proposição C: “Se Jorge não briga 
com sua namorada Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.
Comentários:
Nesta questão temos que traduzir ¬(A→B) para ver se realmente 
resulta na proposição C dada. Antes de traduzir, vamos aplicar a 
negação da condicional:
¬(A→B) é a mesma coisa que A ¬B.˄
Substituindo as letras A e B, e já negando B, temos:
Jorge briga com sua namorada Sílvia ˄ Sílvia não vai ao teatro
Por fim, trocando o “e” temos:˄
Jorge briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro
que é diferente da proposição C dada no enunciado.
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Gabarito: Errada
10) (MPE/TO – 2006) Ao empregar os símbolos P, Q e R para as 
proposições primitivas “Paulo lê revistas científicas”, “Paulo lê 
jornais” e “Paulo lê gibis” respectivamente, é correto simbolizar 
a proposição composta “Paulo lê gibis ou não lê jornais e não lê 
revistas científicas” por ¬((R ˅ Q) ˄ ¬P).
Comentários:
P: “Paulo lê revistas científicas”
Q: “Paulo lê jornais”
R: “Paulo lê gibis”
Queremos simbolizar “Paulo lê gibis ou não lê jornais e não lê 
revistas científicas”. Substituindo-se as proposições simples por suas 
respectivas letras temos:
“R ou não Q e não P”
Substituindo os conectivos por seus respectivos símbolos temos:
R ¬Q ¬P˅ ˄
Para confirmar que esta fórmula que achamos não é igual a do 
enunciado, que está negada, vamos substituir a do enunciado pela sua 
equivalente:
Primeiro fazendo a negação da conjunção:
¬((R ˅ Q) ˄ ¬P) é igual a ¬(R ˅ Q) ˅ P
Agora negando apenas ¬(R ˅ Q) :
¬R ˄ ¬Q ˅ P
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Agora compara com o que achamos: R ¬Q ¬P ˅ ˄ (não é a 
mesma coisa!).
Obs: Lembrem-se de que se a fórmula estiver negada, sempre a 
transformem na equivalente não negada antes de comparar com a 
resposta que vocês acharam!
 Gabarito: Errada
11) (TCU – 2004) Suponha que P represente a proposição Hoje 
choveu, Q represente a proposição José foi à praia e R 
represente a proposição Maria foi ao comércio. Com base nessas 
informações, julgue o item seguinte.
• A sentença Hoje não choveu então Maria não foi ao 
comércio e José não foi à praia pode ser corretamente 
representada por ¬ P → (¬ R ˄ ¬Q). 
Comentários:
Queremos simbolizar “Hoje não choveu então Maria não foi ao 
comércio e José não foi à praia”.
“Hoje não choveu” é representado por ¬P.
“Maria não foi ao comércio” é representado por ¬R.
“José não foi à praia” é representado por ¬Q.
Substituindo temos: “¬P então ¬R e ¬Q”.
Substituindo o “e” temos: ¬P então ¬R ˄ ¬Q
Falta substituir a condicional. Nesse caso, o ¬P é o antecedente 
(perceba que o “Se” tá implícito) e o ¬R ˄ ¬Q é o consequente, que 
precisa ser colocado entre parêntesis porque está mais à direita. Se não 
tiver o parêntesis e seguirmos a regra da precedência, lendo da 
esquerda para a direita, o consequente da condicional será o ¬R. 
Temos:
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¬P → (¬R ˄ ¬Q) (exatamente o que o enunciado dá como 
resposta).
Gabarito: Certa
(CENSIPAM – Analista Gerencial – 2006) Considere que P, Q, R e 
S representem as sentenças listadas abaixo.
P: O homem precisa de limites.
Q: A justiça deve ser severa.
R: A repressão ao crime é importante.
S: A liberdade é fundamental.
Com base nessas informações, julgue os próximos itens.
12) A sentença “A liberdade é fundamental, mas o homem 
precisa de limites.” pode ser corretamente representada por P ˅ 
¬S. 
Comentários:
Substituindo primeiro as proposições simples por suas respectivas 
letras, temos: S, mas P. 
Já sabemos que o “mas” é equivalente ao “e”, portanto a 
proposição final é: S P.˄
Gabarito: Errada
13) A sentença “A repressão ao crime é importante, se a justiça 
deve ser severa.” pode ser corretamente representada por R→Q.
Comentários:
Substituindo primeiro as proposições simples por suas respectivas 
letras, temos: R, se Q.
Vimos que esse “se” é outra forma de representar condicional. 
Neste caso, Q é o antecedente e R é o consequente. Então a 
representação simbólica certa é: Q→R. 
Gabarito: Errada
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(BB – 2007) Julgue os itens a seguir:
14) A proposição simbólica (P˄Q)˅R possui, no máximo, 4 
avaliações V. 
Comentários:
Precisamos montar a tabela-verdade para saber. Como temos 3 
letras, a tabela terá 23 = 8 linhas:
P Q R P ˄ Q (P ˄ Q) R˅
V V V V V
V V F V V
V F V F V
V F F F F
F V V F V
F V F F F
F F V F V
F F F F F
 
Olhando a tabela vemos que temos 5 avaliações V, portanto a 
resposta está errada.
Gabarito: Errada
15) A proposição simbolizada por (A→B)→(B→A) possui uma 
única valoração F. 
Comentários:
Fazendo a tabela-verdade, temos:
A B A→
B
B A→ (A→B ) ( B A)→ →
V V V V V
V F F V V
F V V F F
F F V V V
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Olhando a tabela vemos apenas uma valoração F, conforme 
enunciado.
Gabarito: Certa
16) Uma expressão da forma ¬(A˄¬B) é uma proposição que 
tem exatamente as mesmas valorações V ou F da proposição 
A→B. 
Comentários:
Esta é uma questão de equivalência de proposições. Vamos 
montar uma tabela-verdade para as duas proposiçõesacima e comparar 
se elas têm as mesmas valorações:
A B ¬B A˄¬B ¬(A˄¬B) A→B
V V F F V V
V F V V F F
F V F F V V
F F V F V V
 
As duas últimas colunas possuem as mesmas valorações;
Gabarito: Certa
(SERPRO – 2010) Julgue os itens a seguir:
17) Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F 
das proposições simples que formam a proposição “Se Pedro for 
aprovado no concurso, então ele comprará uma bicicleta”, é 
correto afirmar que há apenas uma possibilidade de essa 
proposição ser verdadeira. 
Comentários:
O primeiro passo é simbolizar a proposição composta dada. Vamos 
supor a seguinte representação:
P: “Pedro é aprovado no concurso”
Q: “ele comprará uma bicicleta”
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Substituindo: Se P então Q
Trocando a condicional pelo conectivo correspondente: P Q.→
Bom, a tabela-verdade da condicional nós conhecemos, e sabemos 
que ela tem três valorações V e uma F. Portanto tem mais de uma 
possibilidade da proposição ser verdadeira.
Gabarito: Errada
18) Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F 
das proposições simples que formam a proposição “O SERPRO 
processará as folhas de pagamento se e somente se seus 
servidores estiverem treinados para isso”, é correto afirmar que 
há apenas uma possibilidade de essa proposição ser julgada 
como V. 
Comentários:
O primeiro passo é simbolizar a proposição composta dada. Vamos 
supor a seguinte representação:
P: “O SERPRO processará as folhas de pagamento”
Q: “seus servidores estiverem treinados para isso”
Substituindo: P se e somente se Q
Trocando a bicondicional pelo conectivo correspondente: P Q.↔
Bom, a tabela-verdade da bicondicional nós conhecemos, e 
sabemos que ela tem duas valorações V e duas F. Portanto tem mais de 
uma possibilidade da proposição ser verdadeira.
Gabarito: Errada
19) As proposições A˄B→A˅B e A˅B→A˄B são, ambas, 
tautologias. 
Comentários:
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Vamos montar uma tabela-verdade para as duas proposições, e se 
as valorações das duas forem todas V, então elas são tautologias.
A B A˄B A˅B A˄B A→ ˅B A˅B A→ ˄
B
V V V V V V
V F F V V F
F V F V V F
F F F F V V
A primeira proposição realmente é uma tautologia, mas a segunda 
não é.
Gabarito: Errada
20) (Técnico Judiciário – 2009) Considere que uma proposição Q 
seja composta apenas das proposições A e B cujos valores 
lógicos V ocorram somente nos casos apresentados na tabela 
abaixo.
A B Q
V F V
F F V
Nessa situação, uma forma simbólica correta para Q é 
[A˄(¬B)]˅[(¬A)˄(¬B)].
Comentários:
A forma mais fácil de fazer essa questão é testando cada 
combinação de valores lógicos dada na tabela acima e verificar se 
realmente Q recebe V.
1ª combinação: A – V e B – F
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Substituindo na fórmula Q, temos: [V ˄(¬F)]˅[(¬V)˄(¬F)]
¬F é a mesma coisa que V, pois o contrário de Falso é Verdadeiro.
¬V é a mesma coisa que F, pois o contrário de Verdadeiro é Falso.
Portanto ficamos com: [V ˄(V)]˅[(F)˄(V)]
Sabemos, pela tabela da conjunção, que:
(V)˄(V) = V
(F)˄(V) = F
Portanto ficamos com: V F (que pela tabela da disjunção é V).˅ 
Logo a primeira combinação resultou em V.
2ª combinação: A – F e B – F
Substituindo na fórmula Q, temos: [F ˄(¬F)]˅[(¬F)˄(¬F)]
Já vimos que ¬F é a mesma coisa que V.
Portanto ficamos com: [F ˄(V)]˅[(V)˄(V)]
Sabemos, pela tabela da conjunção, que:
(V)˄(V) = V
(F)˄(V) = F
Portanto ficamos com: F V (que pela tabela da disjunção é V).˅ 
Logo a segunda combinação resultou em V.
Como ambas as combinações resultaram em V, a resposta está 
certa.
Gabarito: Certa
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21) (MPE/RR – 2008) A proposição I: A↔B é equivalente à 
proposição II: (A→B)˅(B→A), isto é, independentemente das 
valorações V ou F de A e B, as proposições I e II têm sempre as 
mesmas valorações. 
Comentários:
Montando a tabela-verdade:
A B A→B B A→ (A→B)˅(B→A
)
A↔B
V V V V V V
V F F V V F
F V V F V F
F F V V V V
 
As duas últimas colunas são diferentes, portanto as proposições 
não são equivalentes.
Gabarito: Errada
(TCE/AC – 2006) Proposições das formas A → B, ¬A ˅ B e ¬B → 
¬A são sempre equivalentes. A partir dessa informação e das 
definições incluídas no texto, julgue os itens a seguir.
22) As proposições “Se Hélio é conselheiro do TCE/AC, então 
Hélio é formado em Contabilidade” e “Hélio não é conselheiro do 
TCE/AC ou Hélio é formado em Contabilidade” são equivalentes. 
Comentários:
Suponha que temos:
A: “Hélio é conselheiro do TCE/AC”
B: “Hélio é formado em Contabilidade”
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A primeira proposição é corretamente representada por A B, pois→ 
se trata de uma condicional. 
 A segunda proposição é corretamente representada por ¬A B,˅ 
pois a primeira parte é a negação da proposição simples A, e além disso, 
temos o conectivo “ou”.
Segundo o enunciado, A B e ¬A B são equivalentes.→ ˅
Gabarito: Certa
(Analista de Banco de Dados – Amazonas – 2008) Duas 
proposições são denominadas equivalentes quando têm 
exatamente as mesmas valorações V e F. Por exemplo, são 
equivalentes as proposições (¬A) ˅ B e A →B.
Supondo que A simboliza a proposição “Alice perseguiu o Coelho 
Branco” e B simboliza a proposição “O Coelho Branco olhou o 
relógio”, julgue os itens a seguir.
23) A proposição “Se o Coelho Branco não olhou o relógio, então 
Alice não perseguiu o Coelho Branco” pode ser simbolizada por 
(¬B) → (¬A). 
Comentários: 
“O Coelho Branco não olhou o relógio” é corretamente 
representado por ¬B.
“Alice não perseguiu o Coelho Branco” é corretamente 
representado por ¬A.
Substituindo na proposição composta dada temos: Se ¬B então 
¬A 
Substituindo a condicional pelo conectivo correspondente temos: 
¬B ¬A →
Gabarito: Certa
24) A proposição “Se o Coelho Branco olhou o relógio, então 
Alice não perseguiu o Coelho Branco” é equivalente à proposição 
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“O Coelho Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu o 
Coelho Branco”. 
Comentários:
A primeira proposição é corretamente representada por B ¬A.→
A segunda proposição é corretamente representada por ¬B ¬A˅ .
Lembra quando falamos de equivalências? Eu disse que uma 
equivalência muito conhecida era a seguinte:
P Q é equivalente a ¬P Q.→ ˅
Se, nessa questão, dissermos que P = B, e Q = ¬A, teremos:
B ¬A é equivalente a ¬B ¬A.→ ˅
que é exatamente o que diz o enunciado.
Gabarito: Certa
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QUESTÕES PROPOSTAS
 As questões abaixo foram formuladas pela CESPE e devem ser 
julgadas como Certa(C) ou Errada (E).
1. (MPE-TO – Analista – 2006) Uma proposição é uma afirmativa 
que pode ser interpretada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas 
não de ambas as formas. (...)
Na lista abaixo, há exatamente três proposições.
• Faça suas tarefas.
• Ele é um procurador de justiça muito competente.
• Celina não terminou seu trabalho.
• Esta proposição é falsa.
• O número 1.024 é uma potência de 2.
(Analista SEBRAE – 2008) Com relação à lógica formal, julgue os 
itens subsequentes.
2. Toda proposição lógica pode assumirno mínimo dois valores 
lógicos. 
3. A proposição “Ninguém ensina a ninguém” é um exemplo de 
sentença aberta. 
4. A proposição “João viajou para Paris e Roberto viajou para 
Roma” é um exemplo de proposição formada por duas 
proposições simples relacionadas por um conectivo de 
conjunção. 
5. (MCT – 2008) Considere que A seja a seguinte proposição: O 
concurso será regido por este edital e executado pelo 
CESPE/UnB. Nesse caso, a proposição ¬A é assim expressa: O 
concurso não será regido por este edital ou não será executado 
pelo CESPE/UnB.
6. (Técnico Judiciário – 2009) A proposição “A constituição 
brasileira é moderna ou precisa ser refeita” será V quando a 
proposição “A constituição brasileira não é moderna nem precisa 
ser refeita” for F, e vice-versa.
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7. (Polícia Militar/CE – 2008) Se A é a proposição “O soldado 
Vítor fará a ronda noturna e o soldado Vicente verificará os 
cadeados das celas”, então a proposição ¬A estará corretamente 
escrita como: “O soldado Vítor não fará a ronda noturna nem o 
soldado Vicente verificará os cadeados das celas”.
8. (Administrador/Acre - 2008) A proposição “Se a vítima não 
estava ferida ou a arma foi encontrada, então o criminoso errou 
o alvo” fica corretamente simbolizada na forma (¬A) ˅ B → C.
9. (MPE/RR – 2008) Considere como V as seguintes proposições.
A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, ¬(A→B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com 
sua namorada Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.
10. (MPE/TO – 2006) Ao empregar os símbolos P, Q e R para as 
proposições primitivas “Paulo lê revistas científicas”, “Paulo lê 
jornais” e “Paulo lê gibis” respectivamente, é correto simbolizar 
a proposição composta “Paulo lê gibis ou não lê jornais e não lê 
revistas científicas” por ¬((R ˅ Q) ˄ ¬P).
(TCU – 2004) Suponha que P represente a proposição Hoje 
choveu, Q represente a proposição José foi à praia e R 
represente a proposição Maria foi ao comércio. Com base nessas 
informações e no texto, julgue o item seguinte.
11. A sentença Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio 
e José não foi à praia pode ser corretamente representada por ¬ 
P → (¬ R ˄ ¬Q). 
(CENSIPAM – Analista Gerencial – 2006) Considere que P, Q, R e 
S representem as sentenças listadas abaixo.
P: O homem precisa de limites.
Q: A justiça deve ser severa.
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R: A repressão ao crime é importante.
S: A liberdade é fundamental.
Com base nessas informações, julgue os próximos itens.
12. A sentença “A liberdade é fundamental, mas o homem 
precisa de limites.” pode ser corretamente representada por P ˅ 
¬S. 
13. A sentença “A repressão ao crime é importante, se a justiça 
deve ser severa.” pode ser corretamente representada por R→Q. 
(BB – 2007) Julgue os itens a seguir:
14. A proposição simbólica (P˄Q)˅R possui, no máximo, 4 
avaliações V. 
15. A proposição simbolizada por (A→B)→(B→A) possui uma 
única valoração F. 
16. Uma expressão da forma ¬(A˄¬B) é uma proposição que 
tem exatamente as mesmas valorações V ou F da proposição 
A→B. 
(SERPRO – 2010) Julgue os itens a seguir:
17. Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F 
das proposições simples que formam a proposição “Se Pedro for 
aprovado no concurso, então ele comprará uma bicicleta”, é 
correto afirmar que há apenas uma possibilidade de essa 
proposição ser verdadeira. 
18. Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F 
das proposições simples que formam a proposição “O SERPRO 
processará as folhas de pagamento se e somente se seus 
servidores estiverem treinados para isso”, é correto afirmar que 
há apenas uma possibilidade de essa proposição ser julgada 
como V. 
19. As proposições A˄B→A˅B e A˅B→A˄B são, ambas, 
tautologias. 
20. (Técnico Judiciário – 2009) Considere que uma proposição Q 
seja composta apenas das proposições A e B cujos valores 
lógicos V ocorram somente nos casos apresentados na tabela 
abaixo.
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CURSO EM PDF – RACIOCÍNIO LÓGICO – 
CESPE
Prof. Ana Luísa
A B Q
V F V
F F V
Nessa situação, uma forma simbólica correta para Q é 
[A˄(¬B)]˅[(¬A)˄(¬B)].
21. (MPE/RR – 2008) A proposição I: A↔B é equivalente à 
proposição II: (A→B)˅(B→A), isto é, independentemente das 
valorações V ou F de A e B, as proposições I e II têm sempre as 
mesmas valorações. 
(TCE/AC – 2006) Proposições das formas A → B, ¬A ˅ B e ¬B → 
¬A são sempre equivalentes. A partir dessa informação e das 
definições incluídas no texto, julgue o item a seguir.
22. As proposições “Se Hélio é conselheiro do TCE/AC, então 
Hélio é formado em Contabilidade” e “Hélio não é conselheiro do 
TCE/AC ou Hélio é formado em Contabilidade” são equivalentes. 
(Analista de Banco de Dados – Amazonas – 2008) Duas 
proposições são denominadas equivalentes quando têm 
exatamente as mesmas valorações V e F. Por exemplo, são 
equivalentes as proposições (¬A) ˅ B e A →B.
Supondo que A simboliza a proposição “Alice perseguiu o Coelho 
Branco” e B simboliza a proposição “O Coelho Branco olhou o 
relógio”, julgue os itens a seguir.
23. A proposição “Se o Coelho Branco não olhou o relógio, então 
Alice não perseguiu o Coelho Branco” pode ser simbolizada por 
(¬B) → (¬A). 
24. A proposição “Se o Coelho Branco olhou o relógio, então 
Alice não perseguiu o Coelho Branco” é equivalente à proposição 
“O Coelho Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu o 
Coelho Branco”. 
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CESPE
Prof. Ana Luísa
GABARITO
01 - E 02 – E 03 - E 04 - C 05 - C
06 - C 07 - E 08 - C 09 - E 10 - E
11 - C 12 - E 13 - E 14 - E 15 - C
16 - C 17 - E 18 - E 19 - E 20 - C
21 - E 22 - C 23 - C 24 - C
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