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RESENHA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

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BREVE RESENHA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
 
 
Este texto apresenta, de forma tópica e resumida, as principais características das Constituições brasileiras (até 1969) e simples indicação de outros diplomas que serviram como uma espécie de “Constituição Provisória” no Brasil.
 
 
1824 – Constituição do Império
-         Forma unitária de Estado, mas o Brasil era dividido em províncias, administradas por um presidente nomeado pelo Imperador;
-         Sistema monárquico de governo
-         Catolicismo: religião oficial. Proibido o templo de outras.
-         Divisão de poderes (quatro: legislativo, moderador, executivo e judicial). Moderador e executivo: imperador.
-         Sufrágio censitário – somente votavam aqueles que demonstrassem posses
-         Judiciário: órgão supremo: Supremo Tribunal de Justiça.
-         Ampla declaração de direitos: reflexo das Revol. Americana (1776) e Francesa (1789).
 
 
“CONSTITUIÇÃO PROVISÓRIA”
 
Decreto n. 1, de 15.11.1889 – Espécie de Const. Provisória, chamada de Lei de Organização do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, da lavra de Rui Barbosa.
 
 
1891 – Primeira Constituição da República
-         Estado Federal
-         República: sistema de governo
-         Tripartição dos poderes
-         Presidente eleito pelo voto popular e direto, com maioria absoluta (se não fosse obtida, um dos dois mais votados era eleito pelo Congresso, por maioria simples).
-         Judiciário: Cúpula: STF (15 Ministros, um deles nomeado Procurador-Geral da República – situação que perdurou até a reforma constitucional de 1926)
-         Ampliou-se a declaração dos direitos. Introdução do HC
-         Estado laico – completa separação entre Estado e Igreja
-         Sofreu reforma em 1926, no Gov. Artur Bernardes, para fortalecer ainda mais o Executivo. Teve a sua vigência suspensa por decreto de 1930
 
 
“CONSTITUIÇÃO PROVISÓRIA”
Decreto 19.398, de 11.11.30 – Lei de Organização do Governo Provisório – Getúlio Vargas, levado ao poder pela Revolução de 30.
 
1934 – Vargas – eleito pela Assemb. Constituinte
-         Ruptura com a concepção do Estado Liberal
-         Compromisso com a questão social
-         Criada a Justiça Eleitoral, o voto secreto, o voto da mulher
-         Institucionalizados alguns direitos sociais do trabalhador
-         Mandado de segurança e ação popular
-         Institucionalizados o Ministério Público e os Tribunais de Contas
-         STF passou a se chamar Suprema Corte
-         Atenuada a separação entre Estado e Igreja
 
 
1937 – Vargas - Estado Novo
-         Inspirada na Const. Polonesa de 1935, foi chamada “A Polaca”
-         Domínio da vontade despótica do Presidente
-         Brasil: Estado apenas formalmente federal (unidades sem autonomia)
-         Legislativo: Parlamento Nacional: Câmara + Conselho Federal (substituiu o Senado). Eleições indiretas para o Legislativo
-         Eleição indireta para Presidente (excepcionalmente direta)
-         Possibilidade de revisão, pelo Parlamento, de decisões da Suprema Corte em matéria de inconstitucionalidade de leis
-         Presidente: autoridade suprema, poderia até mesmo suspender a aplicação da Const. em caso de guerra
-         Redução substancial dos direitos e garantias individuais
-         Retirados da Const. o Mandado de segurança e a ação popular
-         Prefeitos: nomeados pelos Governadores dos Estados.
 
 
1946 – Retorno à democracia – Eurico Gaspar Dutra
-         Reeditou os pontos essenciais da CF de 34, na linha da democracia social
-         Restaurou a autonomia das unidades federadas
-         Congresso: Câmara + Senado
-         Tratamento diferenciado ao MP, fora do âmbito de qualquer poder
-         Criado o Tribunal Federal de Recursos
-         Ampliação do rol de direitos e garantias
-         Eleição direta para presidente
-         Desenvolveu os postulados do constitucionalismo social
-         Reintroduzidos o Mandado de segurança e a ação popular na CF
-         Na sua vigência foi introduzido o parlamentarismo no Brasil, após a renúncia de Jânio Quadros
-         Com a revolução de 1964, a Const. passou a não ter plena aplicação, sendo alterada pelos quatro primeiros Atos Institucionais, sendo que o quatro determinou a elaboração de uma nova Constituição
 
1967 – Regime Militar I
 
-         Outorgada de texto elaborado pelos Militares, maquiada pela convocação do Congresso, pressionado e sem garantias, para discuti-lo em prazo exíguo
-         Excessiva centralização dos poderes da União e do Executivo, descaracterizando, na prática o federalismo
-         Enorme preocupação com a segurança nacional, cujo conceito permitia manipulações de diversas ordens
-         Privou o povo do DF de representação política no Congresso (o que era garantido pelas anteriores, com exceção da de 37)
-         Alterou o processo legislativo, permitindo aprovação de projetos por decurso de prazo
-         Eleição indireta do Presidente
-         Sob a sua égide foi editado pelo Pres. Costa e Silva o AI 5 (13.12.68), com a suspensão de diversos direitos individuais, de garantias dos membros do Judiciário etc. Durante o recesso do Legislativo (que, em todos os níveis, poderia ser determinado pelo Presidente), seus poderes eram exercidos pelo Executivo. Os atos praticados com base no AI5 não poderiam ser revistos pelo PJ
-         Em matéria de restrição de direitos individuais, só perdeu para a de 37
-         Os decretos-lei eram a grande arma do Executivo e instrumento de seus desmandos
 
1969 – Regime Militar II
 
-         Gerada pela crise com a doença do Pres. Costa e Silva (o vice era um civil, Pedro Aleixo, e os militares não desejavam que o governo retornasse às mãos de um civil)
-         Foi apresentada como emenda constitucional da CF/67 – EC 1, de 17.10.69
-         Imposta por um triunvirato militar que se apossou do poder (Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica)
-         Manteve, em linhas gerais, o modelo da CF 67 (inclusive, durante vários anos, os AI, que o Presidente, agora, poderia revogar)
-         Manteve o excessivo poder do Presidente, com mandato de 5 anos
-         Deu ao Conselho de Segurança Nacional competência para estabelecer as bases da política nacional
-         Criou a figura da lei complement

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