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Matéria - Psicologia

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Rio de Janeiro, 20 de Agosto de 2012.
Psicologia Jurídica
Psicologia Ciência Humanas- Entendimento do ser humano na dimensão da subjetividade.
Subjetividade é a maneira de sentir, pensar, agir, sonhar, etc. O que constitui o nosso modo de ser.
Psicologia no Brasil é uma profissão reconhecida por lei ( Lei 4.119, 1962).
Os psicólogos em seu trabalho procuram conhecer e dar visibilidade a dimensão subjetiva ou psicóloga da realidade (sentimento, emoções, ações, pensamentos, desejos, significados, etc).
A psicologia possui recursos teóricos e técnicos para compreender e dar visibilidade ao mundo subjetivo de indivíduos e grupos.
A finalidade do trabalho da psicologia é interferir, a partir dos conhecimentos da psicologia, em aspectos da dimensão subjetiva da realidade para potencializar os sujeitos na direção de uma maior autonomia e autoria de suas histórias de vida.
Os psicólogos trabalham para promover a saúde, trabalham para que as pessoas desenvolvam uma compreensão maior de si mesmos e das suas relações.
Psicologia e Psiquiatria são áreas do saber distintos.
Psicologia tem seu objetivo de estudo marcado pela busca do entendimento do funcionamento mental, enquanto a psiquiatria busca compreender a doença mental.
Psicanalise (Freud) aproximou as duas áreas estudando o funcionamento normal e patológico.
A psicofarmacologia moderna afastou, novamente, as duas áreas dando ênfase aos aspectos biológicos da patologia mental.
A psicologia foca a atenção no sujeito e no contexto e não apenas nos aspectos biológicos.
Rio de Janeiro, 03 de Setembro de 2012.
Psicologia Jurídica
A Psicologia nas Varas de Família
Os processos de separação e divórcio que envolve a participação da psicologia são, na sua maioria, litigiosos.
São processos em que as partes conseguiram acordar em relação as questões que o processo envolve (Partilha de Bens, Guarda de Filhos, Pensão Alimentícia, Direito e Visitação).
O psicólogo pode atuar como mediador ou como avaliador:
Como Mediador o psicólogo vai tentar construir com as partes um acordo.
Como Avaliador avaliar o funcionamento psíquico e relacionar das partes avaliarem os conflitos e informar ao juiz.
Seja como mediador ou como avaliador, o psicólogo vai buscar os motivos que levaram o casal aos litígios e os conflitos subjacentes que impedem um acordo em relação aos aspectos que envolvem o processo de separação, divórcio.
Rio de Janeiro, 10 de Setembro de 2012.
Psicologia Jurídica
Textos:
- Revista dos Tribunais: Razões e Contra Razões para a Aplicação da Guarda Companheira.
- IBDFAM – O Palco da Discórdia: Impasses na Condição da Guarda e da Visitação.
- Síndrome da Alienação Parental: da Teoria Norte Americana a Nova Lei Brasileira.
Psicologia nas Varas de Família
Assessoramento direto ao magistrado: (Perícia, Parecer, Relatório, Estudo Psicossocial)
Mediação o medidor serve para chegar a um acordo, ele não propõe nada.
Principal Competência do Psicólogo no Judiciário: resgatar a subjetividade presente nas questões discutidas no processo.
Lei da Guarda Compartilhada (Lei 11.698/08)
LEI Nº 11.698, DE 13 DE JUNHO DE 2008.
	Mensagem de veto
	Altera os arts. 1.583 e 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, para instituir e disciplinar a guarda compartilhada.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o  Os arts. 1.583 e 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1.583.  A guarda será unilateral ou compartilhada.
§ 1o  Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
§ 2o  A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores:
I – afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar;
II – saúde e segurança;
III – educação.
§ 3o  A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos.
§ 4o  (VETADO).” (NR)
“Art. 1.584.  A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:
I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar;
II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe.
§ 1o  Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado da guarda compartilhada, a sua importância, a similitude de deveres e direitos atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de suas cláusulas.
§ 2o  Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, será aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada.
§ 3o  Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar.
§ 4o  A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda, unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu detentor, inclusive quanto ao número de horas de convivência com o filho.
§ 5o  Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.” (NR)
Art. 2o  Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de sua publicação.
Este texto não substitui o publicado no DOU de 16.6.2008
Lei da Alienação Parental (Lei 12.318/10)
LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010.
	Mensagem de veto
	Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre a alienação parental. 
Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 
Parágrafo único.  São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:  
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 
Art. 3o  A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parentalou decorrentes de tutela ou guarda. 
Art. 4o  Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. 
Parágrafo único.  Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 
Art. 5o  Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. 
§ 1o  O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. 
§ 2o  A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental.  
§ 3o  O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. 
Art. 6o  Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: 
I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 
III - estipular multa ao alienador; 
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
VII - declarar a suspensão da autoridade parental. 
Parágrafo único.  Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. 
Art. 7o  A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada. 
Art. 8o  A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. 
          Art. 9o  (VETADO) 
Art. 10.  (VETADO) 
Art. 11.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 27.8.2010 e retificado no DOU de 31.8.2010
Guarda Monoparental: é a padronização de visitas fixas – fatores que contribuem para a fragilização da relação de afetividade entre o filho e o genitor que não detém a guarda. (A responsabilidade maior é de quem detém a guarda).
Guarda Compartilhada: possibilidade de ampliação da convivência e da responsabilidade de ambos os pais com seus filhos. Fornecendo a convivência entre pais e filhos e a igualdade no exercício dos papéis parentais. (O pai e a mãe são responsáveis pelos filhos).
Síndrome da Alienação Parental (SAP): termo cunhado pela psiquiatra americano Richard Garduer para definir a situação de “Programação” realizada por um dos genitores para que o filho rejeite o outro responsável, acarretando um “Distúrbio” no filho.
No Brasil a SAP não foi objeto de estudos da psiquiatria ou de psicologia, constituindo-se um tema difundido entre os profissionais dos juízos de família.
Rio de Janeiro, 22 de Outubro de 2012.
Textos:
- Sistema de Garantia de Direitos e Política Públicas.
- Algumas Considerações sobre a Adoção.
Infância e Juventude
- Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90).
- Sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente. Resolução 113 comanda.
- SGD é a articulação e integração de instâncias públicas governamentais e da sociedade civil.
Constitui-se a partir de três eixos:
- Promoção oferta de serviços e politicas públicas.
- Defesa sistemas de justiça e mecanismos de proteção (CI, VIJ, MP).
- Controle controle das ações de promoção e defesa (Conselhos de Direitos, Conselhos Profissionais (CFP/CFSS), ONGs).
- Participação do psicólogo nas situações envolvendo a promoção e a garantia dos direitos da criança e do adolescente na articulação com o Poder Judiciário. Processos de adoção e destituição do poder familiar; Medidas sócio-educativos para adolescentes autores de atos infracional.
- Equipes da rede de promoção, defesa e controle do SGD/SUS/SUAS.
Obs: SUAS – Sistema Único de Assistência Social.
Adoção:
- O ECA enfoca a adoção como um direito da criança ( o direito a convivência familiar).
- Procura-se uma família para uma criança e não uma criança para uma família.
- Há três modalidades de colocação da criança/adolescente em família substituta: Guarda Tutela e Adoção.
- Procedimento de habilitação para a adoção.
- Para se compreender melhor a adoção:
 Família Biológica 	Família Adotiva
	 Judiciário
	PDPF	P.A
	
Rio de Janeiro, 05 de Novembro de 2012.
Infância e Juventude – Adolescente em Conflito com a Lei
O ECA define ato infracional como aquela conduta prevista em lei como contravenção ou crime
A responsabilidade pela conduta começa aos 12 anos.
Adolescente “é pessoa em condição de desenvolvimento”.
A adolescente é uma fase de transgressão as regras do mundo adulto.
Processos Socio-Educativos comportamento transgressivos, que se expressam em atos ilícitos, não venham a se tornar traços constitutivos.
Visão Histórica
Código de Menores (1927) predisposição ao crime considerado característica de “defeitos morais”.
Reformatório escasso contato com o exterior e regras extremamente rígidos podiam corrigir ou controlar tais “defeitos”.
Código de Menores (1979) doutrina da situação irregular. Necessidade de internação para somar essa situação-inadaptação social.
Novas explicações para a etiologia da delinqüência incluíam a necessidade de “tratamento” clinico. Internação por causa de patologia e dificuldades.
A aceitação as regas e imposições da instituição seria um indicador de reabilitação social.
ECA (1990) doutrina da proteção integral. Aplicada a todos as crianças e adolescentes.
A passagem do jovem pela justiça deve ser educativa.
“ Ser sujeito de direito implica, necessariamente, estar compromissado com seus deveres”.
Conscientizar o adolescente de sua responsabilidade social compromete-lo com seu processo sócio-educativo.
Sai o foco da patologia, entra o foco das necessidades para o pleno desenvolvimento (Direitos Fundamentais – ECA).
Rio de Janeiro, 12 de Novembro de 2012.
Textos:
- Diagnóstica Psicológica do Criminoso: Tecnologia do Preconceito.
- Um Dispositivo Conector – Relato da experiência do Pai – PJ/TJMG, Uma Politica de Atenção Integral ao LoucoInfrator, em Belo Horizonte.
A Psicologia Jurídica no Sistema Penal
- A partir do Código Penal de 1940 importância dos procedimentos destinados á diagnosticar, analisar e estudar a personalidade e a história de vida dos condenados com o objetivo de preservar adequadas técnicas de tratamento penal, assim como prever futuros comportamentos delinqüentes.
- Aplicar a pena tendo em conta a personalidade, mais do que o delito cometido.
- Novo Código Penal e Nova (EP-1985) continua a nutrir a expectativa de um parecer técnica para prever comportamentos, servindo de base para a execução penal.
- LEP necessidade de avaliar a personalidade do preso nas situações de mundaças do regime penitenciária (fechado para semi-aberto, livramento condicional).
- Comissões Técnicas de Classificação (CTC) exame ou avaliação do preso por equipe interdisciplinar (Psicólogo, Psiquiatra, Assistente Social), programa individualizado que acompanhará a execução das penas devendo propor a autoridade competente as progressões e regressões dos regimes.
- A vida do condenado no sistema prisional subordina-se a esse exame.
O Louco Infrator
- Protesto que propõe mudanças, programam de atenção integral ao paciente Judiciário-Pai – PJ/TJMG.
- Busca construir uma mediação entre o tratamento e o processo jurídico.
- O crime cometido na psicose pode ser entendido como uma passagem ao ato que tenta solucionar um sofrimento psíquico insuportável. Resposta a angústia que desconecta o sujeito do mundo.
- Como tratar esse sofrimento e reinserir o sujeito no social?
- O isolamento reduz essa possibilidade.
- Espaço de convivência orientada é a fundamental atribuir conseqüências as suas respostas. O sujeito quer ser responsabilizado e cumprir a sua pena para retornar ao convívio social, mas teve pelo seu comportamento (“sou perigoso”, “ preciso ser vigiado”).
- Tratar o sofrimento mental e buscar a reinserção do sujeito na sociedade ate cessarem as suas relações com a justiça.
- Mora com a família ou em residências terapêuticas, faz o tratamento na rede de saúde e comparece regularmente a justiça (apresenta-se para o juiz). A “Cessa a sua periculosidade” através da avaliação dos profissionais que realizam os exames.

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