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1 NERVOS ÓCULOMOTORES: TERCEIRO, QUARTO E SEXTO NERVOS CRANIANOS Os nervos: óculomotor, troclear e abducente são responsáveis pela regulação dos movimentos dos olhos e são examinados juntos. A porção cervical da divisão do simpático tóracolombar funciona com o óculomotor na inervação do globo ocular e da pupila. O espessamento do periósteo forma um tendão circular ou anel de Zinn; pelo centro do anel passa o II, III e VI nervos, artéria central da retina e, os 4 músculos retos, originam-se do seu anel. ANATOMOFISIOLOGIA Os núcleos motores do III nervo Os núcleos de origem do III nervo vão do nível dos colículos superiores no mesencéfalo até o pólo superior do IV nervo. Situam-se anterior à substância cinzenta periaquedutal na linha média, em uma depressão em forma de V, formadas pelas fibras divergentes do fascículo longitudinal medial (FLM), na frente do aqueduto de Sylvius. O complexo do III nervo consiste de colunas de células somáticas laterais pareadas; núcleos viscerais posteriores e da linha média; e de um grupo de células somáticas posteriores e de linha média, chamado núcleo central caudal. Cada núcleo do III nervo é formado por subnúcleos, compostos de células grandes, cujos axônios saem dos núcleos laterais pareados, os maiores, e estão situados anterior e lateralmente aos outros, suas partes mediais se fundem numa massa não emparelhada. Existem dois grupos de núcleos: a divisão superior supre o músculo elevador da pálpebra e reto superior; a divisão inferior supre a pupila; e também o reto medial, reto inferior e oblíquo inferior todos homolateral (Fig.1). EMC Fig. 1 2 Na divisão superior, o músculo reto superior é inervado pelo subnúcleo medial contralateral, um sinal importante de lesão do III nervo. Uma estrutura na linha média, o subnúcleo medial posterior, supre o músculo elevador da pálpebra de ambos os lados. A substância cinzenta periaquedutal pode estar envolvida com os elevadores das pálpebras. Na divisão inferior, os neurônios que suprem o músculo reto medial estão distribuídos em três áreas do núcleo óculomotor A, B e C. Os neurônios da área C recebem impulsos prétectais e, seus axônios, inervam principalmente as camadas orbitais do músculo reto medial que mantêm a contração sustentada durante a convergência. Os neurônios dessas três áreas recebem impulsos do núcleo abducente contralateral através do FLM. Os núcleos viscerais do III nervo Os núcleos viscerais do III nervo consistem de dois grupos nucleares distintos, contínuos e superiores. Os subnúcleos de EW são uma única estrutura que fornece inervação parassimpática para ambos os lados. Distribuem-se ao longo dos subnúcleos do III nervo, tendo uma porção superior pareada e uma medial e inferior não pareada. A porção pareada subdivide-se em duas: superior e inferior, além de uma parte ímpar ínferomedial. Superiormente, as colunas do núcleo de EW misturam-se na linha média, posteriormente, estabelecendo continuidade com as células viscerais do núcleo mediano anterior (NMA). As células do NMA localizam-se na raphe, entre as porções superiores das colunas celulares somáticas laterais. Tanto o núcleo de EW quanto o NMA dão origem a fibras parassimpáticas que vão para o gânglio ciliar. As fibras préganglionares dos subnúcleos de EW fazem sinapse no gânglio ciliar. Fibras pósganglionares derivadas das células dos subnúcleos superiores pareados, suprem o esfincter da pupila; aquelas derivadas do NMA suprem o músculo ciliar e funcionam na acomodação. Fibras dos subnúcleos medial e ínferomedial formam a divisão superior do III nervo, veja a fig.1. O gânglio ciliar tem maior número de células para a inervação do músculo ciliar do que o constritor da pupila, na proporção de 30:1; a via parassimpática relaciona-se mais com a focalização do olho do que com o reflexo à luz. As fibras dos nervos ciliares longos passam pelo gânglio ciliar sem fazer sinapse, carregando a sensibilidade da córnea e da íris; além da inervação simpática do músculo dilatador da pupila e vasos do bulbo ocular. O trajeto do III nervo As fibras dos subnúcleos ipsilateral, medial contralateral, medial e posterior, além dos de EW juntam-se para formar os filamentos do III nervo, contendo 15.000 axônios, que cursam através do mesencéfalo, atravessando a porção medial do núcleo rubro, a substância negra e o pedúnculo cerebral, saindo na fossa interpeduncular, na superfície anterior do mesencéfalo (Fig.2). O III nervo emerge logo acima da ponte, entre a artéria cerebelar superior e cerebral posterior. Dirige-se para frente paralelo com a artéria comunicante posterior, topografia de aneurisma dessa artéria sobre o nervo. No seu trajeto em direção ao seio cavernoso, situa-se sobre a tenda do tentório, medial ao lobo temporal: topografia de compressão da hérnia de uncus. Através do trajeto subaracnóideo do III nervo, as fibras parassimpáticas situam-se na superfície superior e medial desse nervo, no epineuro: dependendo da topografia a lesão do III nervo pode ter ou não midríase. O III nervo penetra na dura lateral e anterior ao processo clinóide posterior e entra no seio cavernoso, onde se situa no aspecto superior, próximo da parede lateral. Entra na órbita através da fissura orbital superior, e após passar pelo anel de Zinn, separa-se nas divisões superior e inferior. A primeira supre o elevador da pálpebra superior e o 3 músculo reto superior. O último supre o músculo reto medial inferior e o oblíquo inferior. Também envia um ramo curto para o gânglio ciliar, do qual fibras pósganglionares vão pelos nervos ciliares curtos suprir o músculo ciliar e o esfíncter da pupila. A contração do músculo ciliar causa relaxamento da zônula ciliar, permitindo que o cristalino fique mais convexo para acomodação da visão de perto. Essa mudança na forma do cristalino é seguida pela convergência do olho e constrição da pupila (Fig.3). Fig. 2 DeJong, 05 DeJong, 05 Fig. 3 4 Os subnúcleos e os músculos extraoculares Embora todos os músculos extrínsecos participem ativamente de cada movimento do globo ocular, cada músculo tem uma ação específica conforme a direção do movimento. Quando o reto superior (RS) direito está na posição primária, olhando frontalmente a linha do horizonte, o eixo visual forma com a linha de força que corresponde ao plano de ação do músculo um ângulo de 230, o RS atua primeiro como elevador e segundo como adutor do globo ocular, e o reto inferior (RI) como abaixador e adutor do globo ocular. Quando o RS direito está em adução de 670, e a linha de força forma com o eixo visual um ângulo de 900, o RS atua como rotador interno e adutor do globo ocular, e o RI como rotador externo e adutor do globo ocular – na paralisia do reto superior o olho é discretamente girado para baixo. O movimento para cima é limitado, especialmente quando o globo ocular é abduzido. Existe diplopia cruzada no olhar para cima e lateralmente, e a imagem secundária é oblíqua; o olho está para acima e inclinado da imagem real. A cabeça pode ser desviada para baixo e rodada para o lado afetado; o queixo é elevado. Quando o reto inferior é lesado o globo ocular é desviado para cima e discretamente para a lateral, e não pode ser movido para baixo quando o olho está em abdução. A diplopia ocorre no olhar para baixo e lateralmente; é cruzada, e a imagem falsa é oblíqua, abaixo da imagem real, mas inclinada em direção a ela. A cabeça pode ser inclinada para frente em direção ao lado afetado; o queixo é deprimido. O reto medial (RM) é um adutor do globo ocular. Na paralisia o globo ocular é rodado lateralmente e não pode serdesviado medialmente. A diplopia ocorre no olhar medial, é horizontal e cruzada, correspondendo ao campo de visão do olho não afetado. Quando o oblíquo inferior (OI) do olho direito está na posição primária, o eixo visual forma um ângulo de 510 com a linha de força correspondente ao plano de ação do músculo; o músculo passa por baixo do olho e a ação primária é a exciclodução, elevação e abdução. Quando a linha de força forma com o eixo visual um ângulo de 900, o OI é excicloadutor e abdutor. Quando o globo ocular está em adução de 510 e a linha de força coincide com o seu eixo visual, o OI é elevador puro – na paralisia do oblíquo inferior o globo ocular é desviado para baixo e discretamente para dentro, e não pode ser movido para cima quando em adução. Diplopia homônima ocorre na tentativa de olhar para cima e nasalmente, e a imagem secundária é oblíqua, acima, e inclinada da imagem real. A cabeça é inclinada para baixo e em direção ao ombro do lado afetado; o queixo é elevado. O elevador da pálpebra superior supre a musculatura estriada do globo ocular, que a eleva. Uma paralisia completa do III nervo resulta na ptose palpebral, paralisia do RM e do olhar para cima, paresia do olhar para baixo e dilatação da pupila. O globo ocular é desviado lateralmente e para baixo; pode ser movido ainda de longe lateralmente devido à função do reto lateral, e para baixo e lateralmente devido à função do OS, mas em nenhuma outra direção. A pupila dilatada completamente não reage à luz e não acomoda. É perdido o poder de variação da curva do cristalino para visão próxima e distante. O óculomotor pode também enviar fibras para o orbicular dos olhos, e como resultado alguma fraqueza desse músculo pode estar presente nas lesões do III nervo. O óculomotor pode ter paresia mais do que paralisia. Se a lesão que causa disfunção do nervo está dentro do mesencéfalo ou da órbita após o nervo ter se dividido, somente certas porções podem estar envolvidas. Se a lesão estiver ao logo do nervo entre sua emergência do 5 mesencéfalo até a divisão dentro da órbita, existe chance para haver paralisia de todas as funções. Lesão nuclear do III nervo Esse tipo de lesão é incomum, podendo ocorrer em doenças vasculares, infiltrativas e inflamatórias. O envolvimento do subnúcleo ínferomedial pode causar ptose bilateral com paralisia do III nervo unilateral, ou ptose bilateral isolada. Pacientes com lesão no mesencéfalo pode ter uma paralisia do III nervo poupando a pálpebra se o núcleo ínferomedial não for lesado. No subnúcleo do elevador da pálpebra causa blefaroptose bilateral. Lesão nuclear no subnúcleo do reto superior causa abdução e limitação no olhar para cima contralateral. No subnúcleo do reto medial causa oftalmoplegia internuclear homolateral, caracterizada por defeito na convergência e adução. Nos subnúcleos do reto inferior e oblíquo inferior causa as alterações nos músculos descritos acima, mas homolaterais. Vários autores encontraram diversas lesões específicas em subnúcleos do III nervo no tegmento do mesencéfalo, como: obliquo inferior, reto superior, reto medial, reto inferior, isolado ou associado (Fig.4). Lesão radicular do III nervo As radículas saem dos subnúcleos e trafegam pelo mesencéfalo e atravessam o núcleo rubro e o pedúnculo cerebral, ocorrendo às seguintes síndromes: Síndrome de Weber (1863) apresenta paralisia do III nervo homolateral e hemiplegia contralateral, sendo o facial central. Ocorre por lesão na base do pedúnculo cerebral, veja a figura 4. Síndrome de Benedikt (1889) ou síndrome do tegmento mesencefálico é causada por uma lesão do mesencéfalo envolvendo o III nervo, ao passar através do núcleo rubro. É caracterizada por uma paralisia óculomotora ipsilateral com ataxia contralateral, tremor e hipercinesia da extremidade superior. Se o pedúnculo cerebral for também envolvido, existe uma hemiparesia contralateral e se estender ao leminisco medial produz perda da sensação proprioceptiva e sensação tátil diminuída no lado oposto do corpo. Ocorre por glioma, veja a figura 4. Fig. 4 Castro, 90 6 Síndrome de Claude (1912) existe uma paresia óculomotora ipsilateral com ataxia e tremor contralateral. Ocorre por lesão das radículas do III nervo, núcleo rubro e do pedúnculo cerebelar superior por oclusão de uma das arteríolas paramedianas, veja a figura 4. Síndrome de Nothnagel (1875) existe uma paralisia unilateral óculomotora combinada com ataxia cerebelar ipsilateral, devido ao envolvimento do III nervo e o braço conjuntivo, veja a figura 4. Lesão troncular do III nervo no espaço subaracnoideo O processo envolvendo o curso subaracnoideo do nervo produz paralisia do III nervo unilateral com poucos achados associados. Midríase como única manifestação de lesão do III nervo ocorre em caso de aneurisma da artéria comunicante posterior sem romper. Paralisia completa do III nervo ocorre em aneurisma da artéria basilar não roto e na rutura de aneurisma da artéria comunicante posterior (Fig. 5 e 6). Essas paralisias são agudas, dolorosas e envolvem a pupila. Paralisia do III nervo sem midríase ocorre em neuropatia diabética. O parassimpático trafega abaixo do epineuro pela parte pósteromedial do III nervo e sua nutrição é feita por difusão liquórica. Paralisia isquêmica do III nervo ocorre por microvasculopatia relacionada à diabete e hipertensão, mas podem ser características de vasculite como arterite das células gigantes. Pacientes com paralisia isquêmica são mais velhos do que aqueles com aneurisma. Paralisia microvascular do III nervo de inicio agudo, doloroso, poupa a pupila, recupera-se a partir de 2 meses sem regeneração aberrante. Síndrome de Kernohan e Woltman (1929) ou da incisura tentorial ocorre por lesão na entrada ou perto da duramáter ocorre pela hérnia de uncus na margem livre do tentório do cerebelo decorrente de uma massa do lobo temporal ipsilateral. O quadro clínico se inicia com miose por irritação, segue com midríase por compressão e paralisia do III nervo. Quando o pedúnculo é comprimido contra a margem livre do tentório contralateral com compressão do trato córticoespinhal, a qual cursa com hemiplegia homolateral à midríase. Síndrome do espaço interpeduncular consiste de paralisia do III nervo bilateral junto com uma tetraparesia espástica; existe envolvimento das fibras que emergem tanto dos nervos óculomotores como dos pedúnculos cerebrais. Fig. 5 EMC 7 Lesão no seio cavernoso (Foix, 1922) As causas são várias como: trauma, vascular, tumores e inflamação. Uma das síndromes mais comuns é a de Tolosa Hunt (1954 e 1961) que apresenta lesão nos nervos III, IV e VI isolado ou associado, além de dor orbitária unilateral, localizada no território do nervo trigêmio (Fig.7). Doenças do seio cavernoso afetam outras estruturas além do III nervo, mas a mononeuropatia pode ocorrer. No seio cavernoso a paralisia do III nervo pode ser acompanhada pelo envolvimento do IV nervo. Lesão na órbita Lesão no seio cavernoso anterior ou órbita pode seletivamente envolver uma das duas divisões do III nervo. A paralisia na divisão superior do III nervo causa ptose e prejuízo no olhar para cima. Uma paralisia na divisão inferior causa fraqueza no reto medial, inferior e disfunção pupilar. Lesão envolvendo o III nervo no ápice da órbita, afeta o II nervo e causa proptose. As causas mais comuns são trauma, vascular, tumores e inflamação, e algumas síndromes são desenvolvidas. Síndrome de Rochon Duvignaud ou síndrome da fissura orbitária superior (1896) apresenta oftalmoplegia extraocular e intraocular, além de transtornos sensitivos no território do oftálmico. Síndrome de Rollet ou síndrome ou síndrome da fissuraorbitária e canal óptico (1865), nessa síndrome aparece oftalmoplegia extraocular e intraocular, transtorno sensitivo e diminuição da acuidade visual. Fig. 6 DeJong, 05 DeJong, 05 Fig. 7 8 O gânglio ciliar Origina-se do gânglio trigeminal. Está situado no tecido celular subcutâneo, a 8 mm do ápice da fibras fazem sinapses no gânglio ciliar e formam os nervos ciliares curtos que inervam os músculos esfincter da pupila e o ciliar. A raiz simpática é constituída de fibras simpáticas pósganglionares que se originam no gânglio cervical superior. As fibras atravessam o gân fazerem sinapses e fazem parte dos nervos ciliares curtos que inervam o músculo dilatador da pupila. Os nervos ciliares longos, também levam fibras simpáticas pósganglionares para a vasomotricidade. A raiz sensitiva é constituída por fibras sensit nervos ciliares curtos, atravessando o gânglio se fazer sinapse e, terminam no nervo nasociliar, ramo do oftálmico. Os ramos eferentes ciliares curtos se dividem em três grupos: o superior, que contorna a face superior do II ne que se coloca na face lateral do II nervo; e o inferior, que caminha embaixo do II nervo. Mantêm relações com os vasos ciliares e nervos ciliares longos e formam o plexo ciliar de Valletin. S fibras pósganglionares mielinizadas penetram na esclera em nível da lâmina crivosa se do gânglio trigeminal. Está situado no tecido celular subcutâneo, a 8 mm do ápice da napses no gânglio ciliar e formam os nervos ciliares curtos que inervam os músculos esfincter da pupila e o ciliar. A raiz simpática é constituída de fibras simpáticas pósganglionares que se originam no gânglio cervical superior. As fibras atravessam o gân fazerem sinapses e fazem parte dos nervos ciliares curtos que inervam o músculo dilatador da pupila. Os nervos ciliares longos, também levam fibras simpáticas pósganglionares para a vasomotricidade. A raiz sensitiva é constituída por fibras sensitivas que deixam o olho pelos nervos ciliares curtos, atravessando o gânglio se fazer sinapse e, terminam no nervo nasociliar, ramo do oftálmico. Os ramos eferentes ciliares curtos se dividem em três grupos: o superior, que contorna a face superior do II nervo e se coloca na face medial dele; o médio, que é inconstante, que se coloca na face lateral do II nervo; e o inferior, que caminha embaixo do II nervo. Mantêm relações com os vasos ciliares e nervos ciliares longos e formam o plexo ciliar de Valletin. S fibras pósganglionares mielinizadas penetram na esclera em nível da lâmina crivosa Fig. se do gânglio trigeminal. Está situado no tecido celular subcutâneo, a 8 mm do ápice da órbita e a 15 a 20 mm do pólo posterior do olho, adiante do anel tendíneo comum. Coloca- se na face superior e lateral do II nervo, na união do terço posterior e dos dois terços anteriores. É um gânglio parassimpático que apresenta raízes motora, simpática e sensitiva. A raiz motora é constituída por fibras parassimpáticas préganglionares que chegam ao gânglio pelo ramo inferior do III nervo. Essas napses no gânglio ciliar e formam os nervos ciliares curtos que inervam os músculos esfincter da pupila e o ciliar. A raiz simpática é constituída de fibras simpáticas pósganglionares que se originam no gânglio cervical superior. As fibras atravessam o gânglio sem fazerem sinapses e fazem parte dos nervos ciliares curtos que inervam o músculo dilatador da pupila. Os nervos ciliares longos, também levam fibras simpáticas pósganglionares para a ivas que deixam o olho pelos nervos ciliares curtos, atravessando o gânglio se fazer sinapse e, terminam no nervo nasociliar, ramo do oftálmico. Os ramos eferentes ciliares curtos se dividem em três grupos: o superior, que rvo e se coloca na face medial dele; o médio, que é inconstante, que se coloca na face lateral do II nervo; e o inferior, que caminha embaixo do II nervo. Mantêm relações com os vasos ciliares e nervos ciliares longos e formam o plexo ciliar de Valletin. Suas fibras pósganglionares mielinizadas penetram na esclera em nível da lâmina crivosa (Fig.8). Fig. 8 9 Nervo troclear O nervo troclear é o mais delgado dos nervos cranianos, contendo 2.100 axônios. No corte transversal do mesencéfalo no nível do colículo inferior, seu núcleo está situado anterior ao aqueduto de Sylvius, imediatamente acima da ponte, e inferior aos núcleos laterais do III nervo, porém separado por curta distância. Os núcleos contêm neurônios motores somáticos. As fibras do nervo troclear curvam posterior e inferiormente em volta do aqueduto e decussam no véu medular anterior. É o único nervo craniano cujas fibras emergem da face posterior do tronco cerebral. O nervo então circula em volta da ponte, braço conjuntivo e pedúnculo cerebral e dirigindo-se para frente, passa entre a artéria cerebelar superior e cerebral posterior depois trafega ao longo do tentório, tendo uma longa trajetória. Penetra na dura atrás e lateral ao processo clinóide posterior e, no seio cavernoso, está lateral e inferior ao III nervo, acima dos ramos do trigêmio, e entra na órbita através da fissura orbitária superior, passando por cima do III nervo para terminar no músculo oblíquo superior (OS) no lado oposto de sua origem (Fig.9). Quando o globo ocular está em posição primária, o eixo visual forma com a linha de força que corresponde ao plano do tendão do músculo um ângulo de 540, em virtude da flexão do tendão na polia; o músculo tem ação primária de incicloadução e, secundária, de abaixamento e abdução. Quando o globo ocular está em abdução de 360, a linha de força do tendão do OS, forma com o eixo visual um ângulo de 900, o OS atua como incicloadutor e abdutor (em vista da sua inserção pósequatorial). Quando o globo ocular está em adução de 540, a linha de força do tendão do OS coincide com o eixo visual, ele atua como abaixador puro - na paralisia do OS pode existir pouco desvio do globo ocular, mas existe limitação do movimento para baixo quando o olho é aduzido e não existe intorção do olho no olhar para baixo na abdução. Diplopia homônima com o objeto ilusório oblíquo aparece no olhar para baixo e nasalmente; a imagem ilusória está abaixo e lateral, e inclinada em direção a imagem real. A cabeça pode ser desviada para frente e em direção ao lado não afetado, com o queixo inclinado em direção ao ombro do lado envolvido (teste de Bielschowsky), ou quando se olha na direção do olho bom. Numa lesão nuclear do troclear o músculo OS contralateral é paralisado, mas na lesão do nervo após sua decussação, o músculo ipsilateral está envolvido. Fig. 9 DeJong, 05 10 Lesão nuclear e radicular do IV nervo As etiologias mais comuns são enfarte hemorrágico, inflamação e trauma, incluindo o neurocirúrgico. Além da paralisia do oblíquo superior aparece a síndrome de Claude-Bernanrd Horner (1858 e 1869). Nervo Abducente O núcleo do VI nervo, contendo 7.000 axônios, situa-se na parte inferior da ponte, na substância cinzenta do tegumento pontino posterior no assoalho do quarto ventrículo. O núcleo do VI nervo é constituído de duas populações de neurônios: 1. Neurônios motores típicos que formam a raiz que inervará o reto lateral; 2. Neurônios internucleares constituem 25 a 50% do núcleo do VI nervo, os axônios cruzam a linha média e ascendem no FLM para inervar o reto medial oposto. O núcleo do VI está situado posterior ao núcleo do nervo facial, mas rodeado pelas suas fibras. Essa relação é porque o núcleo do VI nervo, primitivamente, origina-se caudal em relação ao facial; somente depois é que se desloca em direção rostral, conduzindo à sua frente às fibras radiculares do facial. Acredita-se que o VI nervo deve possuir fibras aferentessomáticas gerais, proprioceptivas, que regulam inicialmente o VI nervo e, posteriormente, o nervo oftálmico, terminando no gânglio trigeminal. Os axônios do VI nervo vão a ponte, medialmente aquelas do facial. Emergem do tronco cerebral como um simples nervo na junção entre a ponte e o bulbo e quando emerge cruza a artéria auditiva interna (ramo superior da artéria basilar). O VI nervo tem o trajeto mais longo de todos os nervos craniano. Passa anteriormente, deitado entre a ponte e o clivus, fura a dura na sela posterior, e atravessa o canal de Dorello entre o processo clinóide posterior e o apex do rochedo petroso, em íntima relação com o gânglio de Gasser. No seio cavernoso está abaixo e medial ao III nervo e lateral à artéria carótida, de onde recebe fibras pósganglionares simpáticas, pericarotídeas e oftálmicas. Entra na órbita através da fissura orbitária superior pelo anel de Zinn para inervar o reto lateral para desviar o olho lateralmente (Fig.10). Quando ocorre lesão no VI nervo, o olho é puxado medialmente e não abduz. A diplopia ocorre no olhar do lado ipsilateral, os dois objetos estão do mesmo plano horizontal, e a imagem falsa é a mais distante; o rosto é rodado em direção ao lado do músculo envolvido. Por causa do seu DeJong, 05 Fig. 10 11 curso intracraniano longo, o VI nervo é o mais envolvido nos processos mórbidos, e um aumento na pressão intracraniana ou exudato de processo inflamatório ou hemorragia pode ser a causa da pressão entre a ponte e o clivus. Em tais circunstâncias o envolvimento do VI nervo pode ser bilateral. Lesão do núcleo do VI nervo O núcleo do VI nervo contém tanto neurônios motores do reto lateral como do interneurônios que se projetam pela FLM para cima, assim a lesão envolvendo o núcleo causa uma paralisia do olhar, além de uma paralisia do VI nervo. Síndrome de Millard Gluber ou hemiplegia alterna média existe uma paralisia ipsilateral do reto lateral, provavelmente por causa do envolvimento nuclear, com uma paralisia facial, provavelmente devido ao envolvimento das fibras e hemiplegia piramidal contralateral que resulta do envolvimento das fibras córticoespinhais. Lesão do VI nervo Paralisia do VI nervo ocorre por aumento da pressão intracraniana quando o nervo é estirado sobre o rochedo petroso à medida que o tronco cerebral é empurrado para baixo; após trauma craniano, com doença estrutural na fossa média ou posterior, com tumores nasofaringeos, e outras razões. Paralisia do VI nervo é a mais comum dos óculomotores, mas não se apresenta como sinal localizatório. Síndrome de Möbius é uma neurocristopatia que se apresenta com paralisia facial bilateral e paralisia bilateral do reto lateral, caracterizada pela paralisia dos músculos oculares, especialmente o abducente, junto com paralisia dos músculos faciais devido à aplasia dos centros nucleares no tronco cerebral, embora a presença de uma lesão supranuclear seja levantada. Síndrome de Stilling (1887), Türk (1889) e Duane (1905) é uma retração congênita nem sempre percebida pelos parentes no nascimento. Foi explicado com base tanto na aplasia do nervo abducente com inervação anômala do reto lateral pelo III nervo ou fibrose do músculo reto lateral e elevador. Existem 3 tipos: Tipo I ocorre em até 80% dos casos; caracteriza-se por ausência de abdução ou muito deficiente, adução normal ou ligeiramente deficiente, paralelismo ocular em frente ou esotropia de até 25 dioptrias. Nos casos unilaterais, há retração do olho na órbita na tentativa de adução, que é responsável pela diminuição da fenda palpebral e aumento da pressão intraocular e ocular. Havendo desvio em frente o paciente assume uma posição eletiva para eliminá-lo, permitindo visão binocular normal, que é de rotação da cabeça na direção do reto lateral paralisado. Tipo II é caracterizado por ausência de adução ou muito deficiente, abdução normal ou pouco afetada, paralelismo em frente ou exotropia, retração do olho na órbita, diminuição na fenda palpebral e aumento da pressão intraocular e ocular, na tentativa de adução. A posição eletiva é de rotação da cabeça para o lado oposto ao reto medial deficiente. O tipo III é caracterizado por ausência ou deficiência mais ou menos simétrica de adução e abdução, em um olho ou nos dois olhos. Em todos os casos dessa síndrome pode haver aumento da fenda palpebral, na tentativa de abdução, mas sempre discreto. Na tentativa de 12 adução qualquer um desses pacientes pode ter um súbito desvio do olho para cima ou para baixo. Síndrome de Gradenigo contém paralisia do VI nervo, dor facial e perda de sensibilidade no território de V1 devido à lesão na ponta do rochedo causada por neoplasia, trauma e inflamação. Síndrome de Raymond consiste de uma paralisia ipsilateral do VI nervo e hemiparesia contralateral. Inervação sensitiva do III, IV e VI nervos As fibras proprioceptivas desses nervos estão em conexão distal com os fusos musculares de Kühne, que são receptores encarregados de reconhecer as mudanças de tensão sofridas pelos músculos tanto nas contrações ativas como nas passivas. Provavelmente, as fibras proprioceptivas têm sua origem no núcleo mesencefálico do trigêmio e, também por células sensitivas vindas do nervo oftálmico, que faz anastomose com os músculos oculares. O fenômeno do deslocamento ocorre quando um paciente apresenta lesão de um dos óculomotores, e lhe é pedido que alcance um objeto no seu campo de ação do músculo paralisado, o paciente desloca o dedo além do limite de ação do músculo. O resultado dessa experiência, que tem de ser realizada sem que o paciente veja o objeto, tem sido estimada como fruto de uma falsa propriocepção por parte do músculo paralisado. Os fusos musculares estão incluídos nos músculos voluntários inervados pelo III, IV e VI nervos, além das fibras sensitivas que terminam nesses fusos são também conduzidas por esses nervos. Acredita-se que os corpos celulares que dão origem as fibras sensitivas estejam dentro do SNC ou no gânglio trigeminal. Colículos superiores Cada colículo consiste de camadas alternadas de substância cinzenta e branca. Da superfície para dentro essas camadas são: 1. Estrato zonal – principalmente fibroso; 2. Estrato cinzento – camada cinzenta superficial; 3. Estrato óptico – camada branca superficial; 4. Estrato leminiscal, que separa a camada cinzenta intermediária da profunda. As camadas superficiais dos colículos superiores que recebem a maioria das informações da retina e do córtex visual relacionam-se à detecção do movimento do objeto no campo visual. As camadas profundas do colículos superiores que recebem múltiplas informações de múltiplas origens (sistema somestésico e auditivo, neurônios relacionados às atividades motoras e varias regiões da formação reticular), têm características anatômicas e fisiológicas da formação reticular do tronco encefálico. Fibras aferentes dos colículos superiores As fibras retinotectais saem da retina de cada olho pelas células ganglionares tipo Y e tipo W, mas as cruzadas são mais numerosas. Elas se projetam para todas as partes dos colículos superiores, sendo que a representação do olho contralateral é dominante, contrastando com a representação igual dos dois olhos no corpo geniculado lateral e córtex estriado. As fibras corticotectais originam-se no córtex frontal, temporal, parietal e occipital, senda as últimas as mais volumosas. Elas terminam na camada cinzenta e na intermediaria dos colículos superiores junto com as fibras retinotectais. As fibras que partem da área 8 de Brodmann do lobo frontal terminam por uma abordagem transtegmentar na camada cinzenta e intermediária do estrato óptico e zonal dos colículos superiores. As camadas cinzentas superficiais respondem 13 aos estímulos visuais e as camadascinzentas intermediárias descarregam antes dos movimentos oculares sacádicos. As fibras espinotectais se projetam para as camadas profundas dos colículos superiores levando informações das células da lamina IV da medula espinhal, núcleo cuneiforme e do núcleo espinhal do trigêmio. Fibras eferentes dos colículos superiores As fibras tectotalâmicas saem das camadas superficiais e projetam-se para o pulvinar, núcleo geniculado lateral e região prétectal. As fibras do pulvinar são projetadas para as áreas 18 e 19 de Brodmann com informações visuais. As fibras tectopontinas e tectobulbares não cruzadas projetam-se para os núcleos pontinos dorsolaterais ipsilaterais (também recebem informações do córtex visual e auditivo e projetam para o verme cerebelar), a parte lateral do núcleo retículotegmentar e para o núcleo reticular pars oralis da ponte. As fibras tectobulbares e tectoespinhais cruzam na decussação tegmentar dorsal dos níveis mesencefálicos e descem próximo a rafe mediana. No bulbo essas fibras se incorporam ao FLM e na medula terminam nas laminas VII e VIII de Rexed. Controle supranuclear do olhar Os mecanismos supranucleares que controlam o olhar são para garantir que a fóvea mantenha a fixação no alvo de interesse independente do movimento dele, dos olhos ou da cabeça. Movimentos de perseguição dos olhos são mais lentos para rastrear e atingir o alvo, mantendo a fóvea no ponto de fixação do alvo em movimento. Sacadas são movimentos rápidos de pouca amplitude para voltar o olhar atingir o alvo. O núcleo do VI nervo é uma via final comum no controle do olhar horizontal. O centro do olhar vertical situa-se no mesencéfalo. Existem seis sistemas de controle de movimentos dos olhos: sacádico, perseguição lenta, vergência, fixação, ópticocinetico, e reflexo vestíbulo-ocular. Quatro áreas corticais estão interconectadas na geração das sacadas. O campo frontal dos olhos (CFO), situado anterior ao giro motor no córtex prémotor no segundo giro frontal; a área suplementar do campo dos olhos, situada na área motora suplementar; o córtex Fig. 11 DeJong, 05 14 préfrontal pósteromedial, situado anterior ao CFO no segundo giro frontal; e o campo visual posterior (CVP) situado no lobo parietal (Fig.11). O CFO controla as sacadas conjugadas horizontal para o lado oposto. Suas fibras descem através da coroa radiada, cápsula interna e pedúnculo cerebral; descem com as fibras piramidais aberrantes e decussam na formação reticular paramediana pontina (FRPP). Outras fibras descem para os colículos superiores e são liberadas para a FRPP. As fibras do CFO para os colículos superiores e CVP estão envolvidas com os reflexos sacádicos. A FRPP é uma área prémotora que consiste de células ínferolateral ao fascículo longitudinal medial (FLM) que vai anteriormente do núcleo do VI nervo até próximo do núcleo troclear. Sinais da FRPP ativam neurônios motores e interneurônios do núcleo adjacente ao VI nervo ou o centro do olhar horizontal. Neurônios motores do VI nervo ativam o reto lateral ipsilateral, enquanto simultaneamente os interneurônios enviam impulsos para cima ao FLM, que decussa anterior à FRPP e caminha para ativar o subnúcleo do reto medial contralateral no mesencéfalo. Quando o CFO esquerdo inicia o comando para olhar à direita, transmite para FRPP direita, e simultaneamente influencia o VI nervo direito para contrair o reto lateral e o III nervo esquerdo o reto medial, no mesmo grau de acordo com a lei de Hering (Fig.12). Esquema do controle cortical do olhar: A. Lobo occipital. B. Centro oculógiro occipital. C. Fibras occipitomesencefálicas. D. Fibras associativas fronto-occipitais. E. Centro oculógiro frontal. F. Fibras córticonucleares. G. Colículo superior. H. Área cinzenta periaquedutal. I. Aqueduto de Sílvio. L. Núcleo de Edinger Westphal M. Centro coordenador supranuclear convergência. N. Núcleo rubro. O. Substância negra. P. Pé do pedúnculo. Q. Nervo óculomotor comum. R. Fibra do III para o reto interno. S. Músculo reto interno. T. Gânglio ciliar. U. Fibras para acomodação. V. Fibras à iridoconstricção. Fig. 12 15 Lesão no 5), causa abolição dos movimentos de convergência espontâneos ou sob comando sobre um objeto qualquer, juntamente com as reações associadas, mesmo em caso de lesões unilaterais das vias frontomesencefálicas. Lesão no 6), poupa a convergência voluntária, com as reações associadas, ao passo que suprimem os automatismos que levam o olhar sobre um objeto que estimule as partes periféricas da retina (convergência de fixação) ou que se aproxime progressivamente (convergência de condução). Lesão no 7), ocorre lesão mesencefálicas unilaterais e no 8), lesões mesencefálicas bilaterais, com comprometimento do centro coordenador de convergência. A FRPP contém dois tipos de neurônios. Os fásicos emitem pulsos de alta frequência de descargas e determinam a velocidade da sacada ipsilateral. Os neurônios tônicos situam-se nos núcleos interpósito da raphe e controlam os neurônios fásicos, fazendo uma pausa antes e durante as sacadas. Os sinais de perseguição para a FRPP provêm dos núcleos vestibulares e do núcleo preposto que faz parte do complexo perihipoglosso. As células desse complexo controlam os impulsos que mantêm os olhos numa posição excêntrica após uma sacada. Para manter um alvo excêntrico estacionário, os neurônios do VI nervo recebem impulsos das células fásicas para fazer uma sacada. Todos os movimentos são sincronizados devido à coordenação com o outro olho pelo FLM. A área cortical préfrontal pósterolateral está envolvida no mecanismo responsável pela inibição involuntária das sacadas. Antisacadas são sacadas voluntárias fora de um alvo. Pacientes com doença do lobo frontal, paralisia supranuclear progressiva, doença de Parkinson, doença de Alzheimer e esquizofrenia quando é pedido para olhar no sentido oposto ao estímulo visual podem ser incapazes de inibir uma sacada em direção ao alvo (prosacada) e são incapazes de fazer uma antisacada ou só a faz após uma prosacada. Colaterais do CFO vão para a cabeça do núcleo caudado e putâmen, que enviam fibras para a substância negra ipsilateral. Neurônios da pars reticulada projetam para os colículos superiores e, de lá, para a FRPP. Distúrbio nesse sistema pode explicar algumas anormalidades do controle motor ocular que ocorrem em distúrbios nos gânglios da base, particularmente na doença de Parkinson. O sistema de perseguição visual tônico origina-se ipsilateralmente na região da junção temporoparieto-occcipital (JTPO), e funciona para manter a fóvea num alvo em movimento. O córtex visual envia informação sobre o alvo para o córtex paraestriado na JTPO. Daqui, as fibras descem pelo estrato sagital interno adjacente ao átrio do ventrículo lateral e desce para o núcleo pontino pósterolateral ipsilateral e para o cerebelo contralateral. Sinais do cerebelo ativam o núcleo vestibular medial e o núcleo propósito do hipoglosso, o qual volta a se projetar na FRPP que coordena os movimentos de perseguição conjugados do olhar horizontal. O JTPO envia fibras córticocorticais para o lobo frontal ipsilateral. A perseguição tônica à direita é controlada pela região occipital direita. A rápida retrofixação da sacada para esquerda é mediada pelo CFO direito, de modo que, o seguimento de uma série de movimentos dos objetos como no nistagmo ópticocinetico, é no mesmo hemisfério cerebral. 16 O sistema de vergência controla o grau de convergência e de divergência dos olhos, mantendo a fixação da mácula e não importa a distância até o alvo. O sistema vestibular tem um grande input no sistema óculomotor na sequência para manter a própria orientação em relação à posição dacabeça e do corpo. O reflexo vestíbulo-ocular produz movimentos conjugados na direção oposta para compensar os movimentos da cabeça para manter a fóvea fixa durante o movimento da cabeça. O centro do olhar vertical está no núcleo intersticial superior do FLM (isFLM) no mesencéfalo próximo do núcleo rubro. A porção lateral do isFLM é responsável pelo controle do olhar para cima e, a porção medial, do centro do olhar para baixo. O isFLM envia impulsos para o núcleo do III e IV nervos. Conexões pela via da comissura posterior coordenam a atividade sobre os dois lados. O núcleo intersticial de Cajal (NIC) situa-se anterior ao núcleo isFLM. Seus neurônios conectam-se com o isFLM e estão envolvidos com a perseguição e manutenção do olhar vertical. As vias do olhar para cima e para baixo ocupam posições diferentes, e anormalidades podem afetar um sem afetar o outro. As vias do olhar vertical ocupam posições distintas, a do olhar para cima é posterior e, a do olhar para baixo, anterior (Fig.13). Fig. 13 17 Bhidayasiri e col., relatam que as sacadas verticais são geradas em neurônios em fásicos do isFLM, com inervação unilateral de músculos depressores, mas a inervação bilateral é de músculos elevadores. O NIC atua similar aos neurônios intensificadores na FRPP, mantendo os olhos em nova posição após uma sacada vertical. O NIC projeta para os motoneurônios via comissura posterior. Lesões no NIC ou na comissura posterior bilateral causa defeito no olhar vertical. Reflexo do olhar vertical ocorre com o fechamento forçado dos olhos, fenômeno de Bell, e em algumas condições, o reflexo do olhar vertical pode ser preservado quando o olhar vertical é de outro modo paralisado. O tônus do músculo reto superior e elevador da pálpebra é normalmente pareado. No olhar para baixo extremo, ambos os músculos são inibidos, mas no olhar para cima a inervação paralela normal torna-se revertida. Fascículo longitudinal Medial Os núcleos do III nervo estão situados um abaixo do outro mais ou menos em uma coluna no tronco cerebral. Unidos pela ação conjugada e coordenada do fascículo longitudinal medial (FLM), um extensivo e proeminente trato que desce na linha média pelo tegmento posterior do tronco cerebral até a medula torácica superior. Sua função primária é para coordenar o olhar lateral, conectando o núcleo do VI nervo de um lado com os do III e IV do lado oposto, para permitir o movimento sincrônico de ambos os olhos (Fig.14). Sinais da formação reticular paramediana pontina (FRPP) ativa interneurônios no núcleo parabducente, que envia axônios para a FLM. Esse fascículo logo cruza na ponte e ascende para os subnúcleos do III nervo contralateral. Lesões do FLM quebram a comunicação entre os dois núcleos, causando uma oftalmoplegia internuclear. O FLM conecta com os núcleos vestibulares e porção da cóclea do VIII, V, VII, XI, XII nervos, e núcleos motores dos nervos cervicais superior. Os núcleos da comissura posterior ou de Darkschevich, núcleo isFLM e intersticial de Cajal, bem como os centros superiores, por meio do FLM coordena os movimentos da cabeça e do corpo Fig. 14 DeJong, 05 18 que são correlacionados com os movimentos dos olhos. O FLM medeia reflexos dos movimentos da cabeça ao estímulo visual, auditivo, sensorial, vestibular com desvio conjugado normal dos olhos e da cabeça. Tem importante função nos reflexos óculoauditivo, vestíbulo-ocular e reflexos de endireitamento. Inervação simpática O caminho simpático para o olho começa no hipotálamo posterior nos núcleos de Karplus e Kreidil. Fibras do primeiro neurônio descem através do tronco cerebral chegando à medula cervical superior. O neurônio de segunda ordem situa-se na coluna cinzenta intermédiolateral de C8-T2 da medula (centro cilioespinhal de Budge). Os axônios saem através de raízes e atravessa os ramos comunicantes cinzento, e depois circula sobre o ápice do pulmão e a artéria subclávia para entrar na cadeia simpática cervical, onde ascende para fazer sinapse no neurônio de terceira ordem no gânglio cervical superior no nível da bifurcação da carótida. As fibras pósganglionares dos neurônios de terceira ordem situam-se na parede da artéria carótida comum, o plexo simpático pericarotídeo. As fibras simpáticas que acompanham estruturas faciais acompanham a carótida externa. As fibras simpáticas destinadas ao olho viajam pela carótida interna. O plexo simpático pericarotídeo continua na artéria carótida interna em seu trajeto pelo seio cavernoso. As fibras simpáticas migram até o VI nervo por curta distância e se unem ao ramo nasociliar que é ramo do oftálmico do V nervo e entram na órbita pela fissura orbital superior. A divisão simpática supre a raiz simpática do gânglio ciliar, através dos nervos ciliares longos; fibras podem passar sem sinapse através do gânglio ciliar por dentro dos ramos curtos dos nervos ciliares. Os nervos simpáticos cervical inervam o músculo dilatador da pupila e também supre o músculo do tarso, músculo liso da pálpebra superior e inferior; o músculo orbital de Müller situa-se na pálpebra superior que é mais organizada do que na inferior (Fig.15). Fig. 15 DeJong, 05 19 O controle do diâmetro pupilar é medido quase inteiramente, através da redução ou aumento da atividade parassimpática, e que as fibras do simpático e do músculo dilatador, tem pouco papel na atividade fásica normal produzindo mudanças no tamanho da pupila. O simpático contribui ativamente para dilatação e manutenção do tamanho da pupila adaptada ao escuro. Paralisia da porção cervical da divisão simpática causa a síndrome de J. F. Horner, oftalmologista Suíço, a qual foi descrita primeiro em animais por Claude Bernard. Caracteriza pela: miose, com maior anisocoria logo após a luz do que 10 segundos depois (no escuro a pupila afetada é maior do que no claro), resultando de paralisia do dilatador da pupila, pseudoptose de 1 a 3 mm devido a paralisia do músculo do tarso superior, e elevação de 1 a 2 mm da pálpebra inferior por causa do da paralisia do músculo do tarso inferior, causando enoftalmia devido a paralisia do músculo de Müller. Anidrose só por lesão na carótida externa (a porção medial da testa não é afetada por ser inervada pelo simpático da carótida interna). No homem a enoftalmia pode ser aparente mais do que real. Na síndrome de Horner completa existe dilatação dos vasos da face, cabeça, pescoço, conjuntiva e braço, e anidrose ipsilateral. Pode haver hipotonia ocular na síndrome de Horner aguda, e na congênita ou de longa duração, heterocromia da íris e atrofia do lado da face (Fig.16). Letra A – centro de Karplus e Kreide; B – mesencéfalo; C – centro simpático pontino; D – ponte com a raiz do trigêmio; E – ramo oftálmico do trigêmio; F – nervo ciliar longo; G – cerebelo; H – centro bulbar; I – bulbo; J – artéria carótida com o plexo pericarotídeo; L – gânglio simpático cervical superior; M – fibras simpáticas pósganglionares para o músculo iridodilatador; N – segmento da medula com raízes posteriores C2, D1 e D2 e os gânglios correspondentes; O – fibras simpáticas préganglionares; P – cadeia simpática, láterocervical; Q – raiz anterior; R – ramo comunicante branco; S – ramo comunicante cinzento; T – gânglio simpático cervical médio; U – gânglio cervical inferior; V – alça Vienssens; Z – primeiro gânglio simpático torácico. Lesão no 13, ocorre midríase espástica, reagente, isolada: por irritação direta das fibras dos ramos comunicantes brancos da primeira raiz torácica. Lesão no 14, ocorre por traumatismo ou tumores do ápice pulmonar ou por causas orbitárias que agem sobre os nervos ciliares longos. Lesão no 15, ocorre hiperhidroseda Fig. 16 20 face, do colo, do membro superior e da parte alta do tórax do mesmo lado, por irritação de todas as fibras da cadeia como reflexo de tumores ou inflamações da tireóide ou do adenopatias cervicais, doença de Pott, traumas, etc. Lesão no paralítica isolada da substância cinzenta intermédia do primeiro segmento torácico por siringomielia, traumas, tumores; dos ramos comunicantes brancos afecções apicais pulmonares; das fibras pósganglionares da órbita; das vias simpáticas centrais intraparenquimatosas delimitadas entre o núcleo hipotalâmico de Karplus e Kreidl e o centro espinhal de Budge. Embora possa haver redução da sensibilidade à atropina, ela dilataria a pupila na síndrome de Horner, devido a sua ação no esfíncter da pupila paralisado. A cocaína recapta noraepinefrina nas terminações simpáticas e aumenta seus efeitos, mas não atua como midriático e não reflexo cílioespinhal. A noraepinefrina é menos acumulada e liberada em qualquer síndrome de Horner. Pode haver hipersensibilidade a epinefrina, especialmente se a lesão é pósganglionar. Colírio de hidroxiamfetamina causa liberação de norepinefrin intactas, mas se os neurônios de terceira ordem estiverem lesados, a pupila não dilatará. Cinquenta porcento da etiologia da síndrome de Horner depende de outros sinais e da história; na outra metade a topografia é incerta, mas nível da lesão. Interrupção entre: 1. O hipotálamo posterior e as vias simpáticas descendentes para a medula (pupila puntiforme reativa na ponte por hemorragia e síndrome de Walenberg no bulbo por isquemia); 2. Tanto na medula como das fibras préganglionares antes ou após saírem da medula (siringomielia); 3. Injúria no gânglio simpático cervical ou nas fibras pósganglionares pode ocorrer por dissecção da artéria carótida e a síndrome Porfour du Petit com mi e hiperhidrose, pode surgir antes da síndrome de Horner. face, do colo, do membro superior e da parte alta do tórax do mesmo lado, por irritação de todas as fibras da cadeia como reflexo de tumores ou inflamações da tireóide ou do adenopatias cervicais, doença de Pott, traumas, etc. Lesão no 17, 18, 19 e 20 paralítica isolada da substância cinzenta intermédia do primeiro segmento torácico por siringomielia, traumas, tumores; dos ramos comunicantes brancos da primeira raiz torácica por afecções apicais pulmonares; das fibras pósganglionares da órbita; das vias simpáticas centrais intraparenquimatosas delimitadas entre o núcleo hipotalâmico de Karplus e Kreidl e o centro redução da sensibilidade à atropina, ela dilataria a pupila na síndrome de Horner, devido a sua ação no esfíncter da pupila paralisado. A cocaína recapta noraepinefrina nas terminações simpáticas e aumenta seus efeitos, mas não atua como midriático e não reflexo cílioespinhal. A noraepinefrina é menos acumulada e liberada em qualquer síndrome de Horner. Pode haver hipersensibilidade a epinefrina, especialmente se a lesão é pósganglionar. Colírio de hidroxiamfetamina causa liberação de norepinefrina nas terminações simpáticas intactas, mas se os neurônios de terceira ordem estiverem lesados, a pupila não dilatará. Cinquenta porcento da etiologia da síndrome de Horner depende de outros sinais e da história; na outra metade a topografia é incerta, mas testes farmacológicos podem ajudar a determinar o nível da lesão. Interrupção entre: 1. O hipotálamo posterior e as vias simpáticas descendentes para a medula (pupila puntiforme reativa na ponte por hemorragia e síndrome de Walenberg no ); 2. Tanto na medula como das fibras préganglionares antes ou após saírem da medula (siringomielia); 3. Injúria no gânglio simpático cervical ou nas fibras pósganglionares pode ocorrer por dissecção da artéria carótida e a síndrome Porfour du Petit com mi e hiperhidrose, pode surgir antes da síndrome de Horner. Controle dos movimentos autonômicos, parassimpático e simpático do III nervo Resumo: Fibras nervosas préganglionares parassimpáticas provenientes do núcleo de Edinger Westphal inervam o gânglio ciliar, o qual supre o músculo ciliar (ajudando na acomodação para a visão de perto) e o músculo constrictor da pupila (contraindo a pupila Fibras nervosas préganglionares simpáticas da coluna celular intermédio lateral T1 e T2 inervam o gânglio cervical superior, que supre o músculo dilatador da pupila. O reflexo da luz pupilar é um reflexo principal no exame neurológico. O ramo aferente é Fig. 17 face, do colo, do membro superior e da parte alta do tórax do mesmo lado, por irritação de todas as fibras da cadeia como reflexo de tumores ou inflamações da tireóide ou do pescoço, 17, 18, 19 e 20, ocorre com miose paralítica isolada da substância cinzenta intermédia do primeiro segmento torácico por da primeira raiz torácica por afecções apicais pulmonares; das fibras pósganglionares da órbita; das vias simpáticas centrais intraparenquimatosas delimitadas entre o núcleo hipotalâmico de Karplus e Kreidl e o centro redução da sensibilidade à atropina, ela dilataria a pupila na síndrome de Horner, devido a sua ação no esfíncter da pupila paralisado. A cocaína recapta noraepinefrina nas terminações simpáticas e aumenta seus efeitos, mas não atua como midriático e não existe o reflexo cílioespinhal. A noraepinefrina é menos acumulada e liberada em qualquer síndrome de Horner. Pode haver hipersensibilidade a epinefrina, especialmente se a lesão é pósganglionar. a nas terminações simpáticas intactas, mas se os neurônios de terceira ordem estiverem lesados, a pupila não dilatará. Cinquenta porcento da etiologia da síndrome de Horner depende de outros sinais e da história; testes farmacológicos podem ajudar a determinar o nível da lesão. Interrupção entre: 1. O hipotálamo posterior e as vias simpáticas descendentes para a medula (pupila puntiforme reativa na ponte por hemorragia e síndrome de Walenberg no ); 2. Tanto na medula como das fibras préganglionares antes ou após saírem da medula (siringomielia); 3. Injúria no gânglio simpático cervical ou nas fibras pósganglionares pode ocorrer por dissecção da artéria carótida e a síndrome Porfour du Petit com midríase, rubor Controle dos movimentos autonômicos, parassimpático e simpático do III nervo (Fig.17). Resumo: Fibras nervosas préganglionares parassimpáticas provenientes do núcleo de Edinger Westphal inervam o gânglio ciliar, o qual supre o músculo ciliar (ajudando na acomodação para a visão de perto) e o músculo constrictor da pupila (contraindo a pupila). Fibras nervosas préganglionares simpáticas da coluna celular intermédio lateral T1 e T2 inervam o gânglio cervical superior, que supre o músculo dilatador da pupila. O reflexo da luz pupilar é um reflexo principal no exame neurológico. O ramo ente é ativado pela luz 21 irradiada em qualquer um dos olhos via II nervo, processada por meio do préteto para o núcleo de Edinger Westphal sobre ambos os lados (via comissura posterior); o ramo eferente consiste do efluxo automático para os músculos constrictores da pupila de ambos os lados. EXAME CLÍNICO DOS NERVOS OCULARES E DO SIMPÁTICO CERVICAL É necessário considerar as pupilas, o globo ocular, os movimentos extraoculares e a posição do globo ocular dentro da órbita no exame das funções do III, IV, e VI nervos, e das fibras do simpático cervical para estruturas intraoculares. Exoftalmia e enoftalmia O globo pode ser anormalmente posicionado dentro da órbita, produzindo exoftalmia ou enoftalmia. Exoftalmia pode ser bilateral, como é geralmente no hipertireoidismo, mas exoftalmia unilateral é mais significante no diagnóstico de doenças neurológicas. Pode ser devido à hipertonia do músculo liso da órbita secundário a superestimulação simpática, mas a maioria é uma manifestação compressiva. Na avaliação da exoftalmia deve-seperceber fenômeno como sinal de Graefe ou retração pálpebra; sinal de Möbius ou insuficiência da convergência; sinal de Delrymple ou aumento da amplitude da fissura palpebral; e sinal de Stellwag ou piscar infrequente. Exoftalmo maligno pode ocorrer espontaneamente ou seguido à tireoidectomia; pode estar associado com paralisia dos músculos oculares. Exoftalmia bilateral ocasionalmente ocorre em pacientes com hipertensão intracraniana. Exoftalmia unilateral pode estar presente no hipertireoidismo, mas é geralmente indicativo de alguma doença localizada intraorbital ou intracraniana. Pode ser visto em tumor cerebral, especialmente meningeoma da fenda orbitária e no sulco olfatório. Pode ocorrer em associação com um tumor ou mucocele dentro da órbita, celulite orbitária ou deformidades do crânio. Exoftalmia pulsátil pode ser causada por um aneurisma intracraniano, angioma ou fistula arteriovenosa; uma pulsação pode ser sentida, ou ouvir um ruído sobre o olho protuso. Proptose é um acentuado deslocamento do olho para frente, é um grau exagerado de exoftalmia. Quando ocorre trombose no seio cavernoso existe equimose associada ou edema da conjuntiva, junto com edema do globo ocular e paralisia do III, IV e VI nervos. PUPILAS A função da pupila é controlar a quantidade de luz que entra no olho, garantindo uma boa visão para as condições de iluminação. O tamanho das pupilas depende primeiro da inervação do simpático e parassimpático e do nível de iluminação no ambiente. O mais importante determinante é o nível de iluminação e o ponto no qual os olhos são focados, mas na luz de intensidade média as pupilas medem 3 a 4 mm de diâmetro. O uso de uma pequena régua com buracos variando de 1 a 9 mm de diâmetro ajuda na estimativa de seu tamanho. As pupilas são pequenas e reagem pobremente no nascimento e infância precoce. São normalmente maiores nos indivíduos jovens, e nos adolescentes medem cerca de 4 mm de diâmetro e são redondas. Na idade média medem 3 ½ mm de diâmetro e regular, e no idoso são de 3 mm ou menos de diâmetro e podem ser discretamente irregulares. Pupilas menores do que 2 mm de diâmetro são mióticas. Ocorrem na senilidade, hiperopia, alcoolismo e abuso de drogas (morfina ou derivados do ópio). Causas neurológicas de miose são neurosífilis, diabete, terapia com levodopa e síndrome de Horner. Hematoma pontino pode causar pupilas em cabeça de alfinete, que ainda reage. Miose irritativa ou espástica é devido ao espasmo do esfincter pupilar, em associação com corpos estranhos intraocular, corneal ou trauma ocular. Desordens causando miose incluem iridociclite, isquemia crônica do segmento 22 anterior e a pupila de Adie. Sinéquias são aderências que podem desenvolver irite causam miose e irregularidade pupilar: na córnea, sinéquia anterior, e no cristalino, sinéquia posterior. Paralisia oculosimpática é devido à paralisia do músculo dilatador da pupila. Miose também está presente no sono, coma profundo, aumento da pressão intracraniana. Miose está presente unilateralmente com irritação do III nervo ou paralisia da porção cervical do simpático, e em associação com a córnea. A pupila faz discreta constrição na expiração. Dilatação das pupilas (mais do que 5 mm de diâmetro) é chamada de midríase. As pupilas podem se dilatar na ansiedade, medo, dor, hipertireoidismo, lesões do mesencéfalo, intoxicação por droga, parada cardíaca e anóxia cerebral, após o uso de atropina e beladona. Também dilatam com atividade muscular, em resposta aos sons altos e em inspiração profunda. Midríase unilateral acompanha paralisia do III nervo, irritação dos nervos simpáticos cervical, e condições em que existe uma redução na acuidade visual ou uma redução na quantidade de luz que alcança a retina. No movimento lateral do olhar existe discreta dilatação da pupila do olho abduzido e constrição no olho aduzido, fenômeno pupilar de Tournay. Pessoa com íris clara tem pupilas maiores do que aquela com íris escura. Existe normalmente uma flutuação alternativa no tamanho da pupila, designada pupila não parada; quando a contração e dilatação rítmica das pupilas estão presentes em um grau excessivo, isso é chamado hipus. Hipus está associado com o ritmo respiratório, mas provavelmente em muitos casos é uma evidência de desequilíbrio das divisões simpática e parassimpática. Isso pode acontecer durante a recuperação de paralisia do III nervo e durante sonolência. A forma da pupila é normalmente redonda e é regular no esboço. Qualquer irregularidade, anormalidade na forma, entalhe ou serração pode ser significante. Anormalidades grosseiras na forma são o resultado de doenças oculares como irite ou cirurgia do olho. Pode haver sinéquia, um coloboma congênito (uma fenda na íris), ou defeitos devido a trauma ou iridectomia prévia. Pupila oval, discreta irregularidade no esboço, serração dos bordos ou com discreto entalhe, pode ser significante no diagnóstico de doença neurológica. A igualdade das pupilas também é um critério importante. A diferença de 0,25 mm no tamanho das pupilas é percebido, e uma diferença de 2 mm é considerada significante, anisocoria. Desigualdade de menos de 1 mm entre as duas pupilas, ocorre em 15 a 20% dos indivíduos normais de causa congênita, e a anisocoria fisiológica permanece na luz e no escuro. Uma diferença no tamanho das pupilas também pode ser causada por defeito de refração e iluminação inadequada. A base fisiológica de uma desigualdade pode ser demonstrada por reação reflexa paralela das duas pupilas para todos os estímulos e drogas, como atropina. Uma paralisia simpática de um lado causa uma pupila pequena naquele lado, e a estimulação simpática causará midríase. Uma paralisia do III nervo produz dilatação e a estimulação, contração. Pupilas desiguais podem ser causadas por irite. Anisocoria alterna tem sido observada com várias doenças do SN. A pupila de um olho com ambliopia é grande, e a acuidade visual deve ser avaliada pelo seu tamanho e igualdade. Fibras pupilodilatadoras estão na proximidade do plexo timpânico no ouvido interno, e pode haver constrição ipsilateral da pupila nas doenças do ouvido interno. Pupilas desiguais ou dilatação unilateral e fixação de uma pupila é vista após AVC ou na associação com trauma severo de crânio. A presença de uma pupila fixa e dilatada em um paciente em coma pode pressupor a localização da lesão no hemisfério cerebral ipsilateral. Se a dilatação for acentuada e a pupila estiver fixa, pode ser por compressão do óculomotor, por 23 herniação do giro hipocampal através da incisura do tentório cerebelar, comprimindo o óculomotor quando cruza o corpo do osso esfenóide. Por outro lado, o envolvimento das fibras descendentes pupilodilatadoras da área frontal quando passam pela cápsula interna pode causar miose no lado oposto alem da midríase ipsilateral. Em uma hemianopsia secundária a lesão do trato óptico causa dilatação da pupila ipsilateral. A posição da pupila está situada no centro da íris. Pupilas excêntricas ou ectopia das pupilas pode ser o resultado de trauma ou irite e não é um sinal patognomônico de doença neurológica; o fenômeno deve ser avaliado porque pode dar alguma pista para processo subjacente. Alguns indivíduos têm pupilas excêntricas bilateralmente. REFLEXOS PUPILARES Devem-se avaliar os reflexos antes de usar um colírio midriático para examinar o fundo de olho. A principal resposta é à luz, acomodação e convergência, e à dor, mas outros também são importantes. Reflexo fotomotor A contração da pupila normal ocorre quando a luz é focada na mácula homolateral e dilata quando a luz é retirada – reflexo fotomotor direto. As vias aferentes vão da mácula através das células ganglionares tipo W, que são sensíveis as variações de iluminação, formam os nervos ópticos, caminham até ocorpo geniculado lateral e fazem sinapse na região prétectal homolateral e, bilateral pela comissura posterior, ambas nos núcleos acessórios do III nervo. As fibras eferentes parassimpáticas saem do subnúcleo de Edinger-Westphal entram no III nervo e viajam pelo corpo cavernoso e entram na órbita pela divisão inferior, fazem sinapse com gânglio ciliar e chegam ao músculo constrictor da íris pelos nervos ciliares curtos; logo, respostas pupilares são homo e contralateral – reflexo fotomotor direto e consensual (Fig.18). Reflexo fotomotor. A. Córtex occipital. B & B1. Fibras genículocalcarinas (radiações ópticas): sua lesão provoca distúrbio do CV sem alterar os reflexos pupilares. C. Corno posterior do ventrículo lateral. D. Colículo superior. E. Neurônios intercalares cruzados. F & F1. Neurônios intercalares diretos. G. Corpo geniculado lateral. H. Núcleo de Edinger Westphal saem fibras para iridoconstricção e acomodação I. Núcleo Fig. 18 24 rubro. L. Substância negra. M. Pé do pedúnculo cerebral. N. Radiação óptica. O. Tronco do óculomotor comum P. Gânglio ciliar. Q. Nervo óptico. R. Pupila óptica. S. Fibras ganglionares retinogeniculadas T. Fibras pósganglionares para acomodação. U. Fibras pósganglionares para iridoconstricção. Lesão no 1), causa neurite retrobulbar unilateral direita, sendo atingidas as fibras do feixe papilomacular que é lesado precocemente devido a sua fragilidade, posteriormente situado ao ingresso da artéria central da retina do nervo óptico. Lesão no 2), pólo anterior do nervo óptico causa papilite aguda, aguda unilateral secundária a lesão do feixe macular. Brusco abaixamento (algumas horas), com escotoma gigante centrocecal, mais ou menos regular, que se protrai desde a zona macular até o ponto cego. A esclerose múltipla é responsável por essa condição em 50% dos pacientes entre 20 e 45 anos, principalmente do sexo feminino. Lesão no 3), ocorre neurite retrobulbar bilateral. Lesão no 4), em caso do processo patológico se estender até o pólo anterior do nervo óptico, fala-se em papilite bilateral acompanhada de lesões do feixe papilomacular. Abaixamento gradual quase igual nos dois olhos. Lesão no 9), ocorre midríase paralítica isolada por lesões raras no gânglio ou nos nervos ciliares ou também no núcleo de Edinger Westphal. Lesão no 10), quadro precedente mais paralisia da acomodação, oftalmoplegia interna isolada por lesão de todas as fibras parassimpáticas. Lesão no 11), causa oftalmoplegia interna e externa com ptose palpebral, estrabismo divergente e abolição de todos os movimentos oculares. Lesão no 12), causa oftalmoplegia completa e síndrome de Weber. Lesão no 16), causa lesão mesencefálica prétectal com interrupção dos neurônios intercalares de ambos os lados. Lesão no 21), causa lesão bilateral em correspondência, com a parte alta da região prétectal e da calota do mesencéfalo, de todos os neurônios intercalares destinados ao núcleo de Edinger Westphal e das vias simpáticas iridodilatadoras. Lesão do III nervo, os reflexos fotomotor direto e consensual estão abolidos no lado envolvido, mas o reflexo consensual e direto permanece no olho oposto. Um olho cego não responde diretamente à luz, nem ao reflexo consensual, mas o olho cego responde ao reflexo consensual se o seu III nervo estiver intacto e se o nervo óptico do outro olho não estiver lesado. Na paralisia da via simpática a resposta à luz é diminuída. Cada olho deve ser testado individualmente pelos reflexos fotomotor direto e consensual. Deve ser usada uma distância certa da fonte de luz, porque se o brilho da luz for focado diretamente no olho, pode desencadear resposta à convergência e acomodação junto com o reflexo luminoso. O reflexo fotomotor é testado se o examinador estiver ao lado do leito e acima do paciente, pedindo-lhe para olhar um ponto à distância. O examinador coloca sua mão na frente dos olhos do paciente tirando-lhe a visão do ponto à distância, ainda em uma distância em que ele seja capaz de vê o tamanho de cada pupila. As mãos são retiradas alternativamente e a luz foca a retina; quando a mão é retirada de cada olho, a resposta da pupila homolateral (reflexo direto) e do contralateral (reflexo consensual) é avaliada. A reação à luz é um fenômeno relativo. Se um olho é submetido à luz de certa intensidade após ter sido adaptado para menos intensidade de luz, a pupila se contrai. Essa mesma intensidade de luz causa dilatação da pupila em um olho previamente adaptado à luz de grande intensidade. Uma resposta reflexa ao escuro foi descrita, mas é difícil afirmar se isso é um reflexo de verdade ou uma dilatação tônica devido ao relaxamento do esfíncter ou a retirada do estimulo luminoso. 25 Em pacientes comatosos é difícil vê a preservação da pupila, especialmente em morte cerebral. Foca-se sobre a pupila com luz forte e depois rapidamente a reilumina: uma pequena reação residual pode ser vista. Acomodação e convergência é a faculdade que possui o olho de fazer variar seu poder refringente, de forma a receber precisamente as imagens de objetos situados a diferentes distancias. O reflexo é obtido pedindo ao paciente para olhar para um objeto próximo após ter olhado para um distante. Durante o esforço de acomodação, as fibras circulares do músculo ciliar se contraem de modo a reduzir o diâmetro do circulo, levando em sua frente os processos ciliares, onde se inserem as fibras do ligamento suspensor do cristalino. Assim, a cápsula modela, em seu interior a substância própria da lente que é muito plástica. Ao mesmo tempo, que isso acontece ao cristalino, os eixos visuais dos dois olhos dirigem-se a um ponto próximo, pela contração dos músculos retos mediais. A convergência é produzida pela ação de ambos os músculos retos mediais. Quando fixamos um objeto distante, os eixos são paralelos e, portanto, a acomodação encontra-se em repouso. Quando fixamos um ponto próximo, somos obrigados, não só a acomodar, como também convergir os olhos para essa distância. A constrição das pupilas na acomodação e convergência não é um reflexo, mas parte de uma sincinesia ou movimento associado. A resposta depende da condução dos impulsos aferentes através do nervo óptico e eferentes através do III nervo; mas impulsos aferentes podem ser conduzidos através das fibras proprioceptivas dos músculos extraoculares. O impulso visual alcança o córtex occipital passando através do nervo, trato óptico, corpo geniculado lateral e radiações ópticas. Daí conduzido diretamente para os colículos superiores através da via córticotectal interna ou pode passar pela via de associação de fibras para ao córtex frontal e pelas vias descendentes para o colículo superior e centro nuclear do III nervo. A contração da pupila acompanha a acomodação mesmo quando a convergência é evitada pelo prisma, e acompanha a convergência mesmo quando a acomodação é evitada pela atropina. A constrição da pupila na acomodação é ocasionalmente perda do mecanismo ciliar na paralisia depois da difteria e encefalite. Em ambas as condições pode também existir uma paralisia da convergência e alguma fraqueza do músculo reto medial. A pupila pode contrair na acomodação em condições onde existe perda da convergência devido à paralisia dos retos mediais como na pupila de Argyl Robertson. Existem dois caminhos separados para contração da pupila, e que os caminhos eferentes à resposta da acomodação difere do que for a resposta à luz. Tem-se dito que a via eferente que se relaciona com a constrição pupilar, na sincinesia da acomodação e convergência trafega através do óculomotor para o gânglio ciliar episcleral e depois para o corpo ciliar através do gânglio ciliar. Reflexo à dor é quando a pupila pode responder diretamente a um estímulo doloroso tanto próximo como a distância. O reflexo cílioespinhalconsiste de uma dilatação da pupila sobre um estímulo doloroso na pele sobre o pescoço no mesmo lado, ativando a via do simpático cervical vinda do centro cílioespinhal de Budge e, sua presença, garante a integridade do tronco cerebral. No estado de coma uma resposta similar segue a pressão dolorosa abaixo da órbita. Os impulsos aferentes são transmitidos através dos nervos cervicais e trigêmio, e impulsos eferentes através da porção simpática cervical. A dilatação é tão pequena que pode ser difícil de ver no individuo 26 normal e é obtida na penumbra, desde que a iluminação do reflexo pode ser visto. O reflexo está abolido nas lesões das fibras simpáticas cervical. O reflexo óculopupilar consiste tanto de constrição da pupila como dilatação seguida por constrição na resposta ao estímulo doloroso dos olhos ou de seus anexos. As pupilas fazem constrição na tentativa de fechar os lábios (reação de Plitz e Westphal). Isso ocorre na presença de corpo estranho corneal ou intraocular e na injúria ao olho ou face do mesmo lado. Os impulsos aferentes são levados através do nervo trigêmio, e os impulsos eferentes através do III nervo. A reação pupilar paradoxal de Byrne consiste da dilatação da pupila na resposta a dor na porção inferior do corpo, geralmente na extremidade inferior oposta ou no nervo ciático oposto. Reflexo Orbicular ocorre de olhos fechados no sono e no desvio do globo ocular para cima são seguidos pela contração das pupilas. A resposta está associada ao movimento. Uma variação do reflexo orbicular é a reação pupilar de Westphal que consiste de constrição da pupila na tentativa de fechar os olhos enquanto o examinador os mantém abertos. Reflexo Cócleopupilar ocorre tanto com dilatação quanto com constrição seguida pela dilatação das pupilas na resposta ao estímulo auditivo alto. Reflexo Vestíbulopupilar consiste tanto de uma dilatação da pupila na resposta a estimulação do sistema labiríntico ou uma constrição durante a estimulação seguida por dilatação. Reflexo Psíquico ocorre por dilatação das pupilas em resposta ao medo, ansiedade, concentração mental e orgasmo sexual, devido à estimulação simpática. Efeitos de Drogas nas Pupilas. A variação no tamanho da pupila em respostas farmacológicas pode ser devido às drogas. Essas consistem em dilatação tanto da estimulação simpática como por paralisia parassimpática e constrição tanto por estimulação do parassimpático como paralisia do simpático. Atropina, homatropina, escopolamina atuam como midriáticos uma ação paralisante nas estruturas inervadas pelos nervos colinérgicos pósganglionares; epinefrina, efedrina, anfetamina, e cocaína dilatam a pupila pela estimulação das estruturas inervadas pelos adrenérgicos pósganglionares. Pilocarpina, metacolina e muscarina contraem a pupila pela estimulação das estruturas inervadas pelos nervos colinérgicos pósganglionares; fisostigmina e neostigmina pela inibição da ação da colinesterase. Derivados do ergot são constritores bloqueando a ação dos nervos adrenérgicos pósganglionares. Histamina pode contrair a pupila por estimulação direta das fibras esfincterianas. A nicotina tem um efeito irregular, dependendo das terminações simpáticas ou parassimpáticas são mais estimuladas. No envenenamento por nicotina ocorre constrição seguida por dilatação. Cocaína não dilatará uma pupila miótica se a miose for secundária a paralisia simpática, mas atropina sim. Cocaína causará além de dilatação de uma pupila midriática se a midríase for devido à paresia do esfíncter, mas não se for secundária a estimulação simpática. Uma pupila miotônica é anormalmente sensível a metacolina. 27 DESORDENS DAS PUPILAS Lesão do III nervo – as duas condições mais comuns que causam aumento da pupila unilateral é a lesão do III nervo e pupila tônica de Adie. Na paralisia do III nervo a pupila não reage à luz e não aproxima. Desde que as fibras parassimpáticas ocupam a parte pósteromedial do III nervo, torna- se vulnerável ao aneurisma da comunicante posterior em 90% dos casos. Enquanto na paralisia do III nervo na diabete a pupila é poupada em 75% dos casos, porque o nervo é ricamente vascularizado. Quando o simpático ocular está envolvido ao longo do III nervo a pupila encontra- se na posição mediana, porque a denervação do simpático evita a pupila se dilatar totalmente, mas sem reagir. Isso ocorre nas lesões do seio cavernoso quando existe compressão do III nervo e do simpático pericarotídeo. Síndrome de Adie caracteriza-se por existir um prejuízo na reação pupilar à luz e uma melhor resposta na acomodação e convergência. A reação à luz não está abolida: existe lenta constrição sobre prolongada exposição à luz, especialmente se o paciente estiver em um quarto escuro, com uma dilatação gradual após o estímulo ter sido retirado. A resposta a acomodação também é lenta e pode ser incompleta. A anormalidade é unilateral em cerca de 80% dos casos e a pupila tônica é dilatada na luz media. A íris não é atrófica. A resposta a droga miótica ou midriática na concentração usual é normal. A pupila de Adie contrai rapidamente após poucas gotas de metacolina a 2,5% ou pilocarpina a 1,0% instiladas no saco conjuntival, enquanto que a pupila normal falha em responder dessa maneira, sugerindo a presença de hipersensibilidade à degeneração secundária à lesão no gânglio ciliar ou fibra pósganglionar com regeneração da fibra nervosa aberrante. A localização da lesão que causa a síndrome de Adie é desconhecida. Vários lugares foram sugeridos. Tem-se relatado uma sensibilidade parassimpática devido à lesão no gânglio ciliar ou fibras pósganglionares, como tem lesões do centro simpático central ou na íris. Anidrose progressiva pode também ocorrer em pessoas com a síndrome de Adie; isso é evidente para sugerir que pode ser parte de um distúrbio autonômico mais amplo. A pupila tônica também pode ser encontrada nos casos de disfunção autonômica, como na síndrome de Riley e Day ou em pacientes com hipotensão ortostática. A síndrome de Adie é uma desordem benigna e ocorre mais em mulheres jovens. Foi referido como pupila tônica com abolição do reflexo tendíneo contralateral, facilmente confundido com sífilis no SNC. Após uma oftalmoplegia óculomotora a pupila pode contrair na convergência, mas não ao reflexo fotomotor; isso pode simular a pupila de Argyl Robertson. Sob tais circunstâncias, pode ser observado que a pupila também contrai com outros movimentos do globo ocular e com movimentos da pálpebra. Fenômeno hemianóptico de Wernicke se caracteriza pela luz focada na metade da retina, causando uma resposta pupilar enquanto que a luz focada na outra metade não está presente na hemianopsia na qual a interrupção das vias é anterior a saída das fibras para a região prétectal. Neurite retrobulbar pode haver dilatação pupilar parcial, que pode reagir à luz, mas não mantém a reação; o reflexo consensual pode ser mais imediato do que o reflexo fotomotor. Essas alterações podem ser trazidas à tona com rápida estimulação alternante dos olhos com uma luz, teste de balanço da luz. 28 Defeito pupilar aferente ou pupila de Marcus Gunn A importância do reflexo pupilar à luz como indicador da função do nervo óptico é reconhecido desde Hipócrates e Galeno. Em 1902, Landau, Marcus Gunn descreveram o escape pupilar patológico como uma dilatação secundária por 10 a 20 segundos, geralmente causada por lesão completa do II nervo ou doença retiniana severa. O sistema de graduação do defeito pupilar aferente (DPA) não é padrão. Usando a técnica da luz em balanço, passando a luz várias vezes de um olho para outro, com espera de 5 segundos em cada um, observa-se que ao passar a luz do olho normal para o afetado, a pupila em vez de se contrair, se dilata,
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