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Aula 00 (TRT 21 região, Português)

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O TRT/21ª REGIÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
AULA 0 
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SAUDAÇÕES E APRESENTAÇÃO PESSOAL 
Seja bem-vindo(a)! Esta é a nossa “sala de aula”. Aqui nos 
prepararemos para mais um importante concurso: de ANALISTA E 
TÉCNICO JUDICIÁRIOS DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 
21ª REGIÃO. 
Permita-me uma breve apresentação. Sou o professor Albert 
Iglésia, formado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade de 
Brasília (UnB) e pós-graduado em Língua Portuguesa pelo Departamento de 
Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a Universidade 
Castelo Branco. Ministro aulas de Língua Portuguesa desde o ano de 2001. 
Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de 
origem. Desde 2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, 
interpretação de texto e redação oficial voltadas para concursos públicos. 
Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da Presidência da 
República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e ministrei 
cursos de atualização gramatical e redação oficial. Integro o quadro de 
instrutores da Esaf e recentemente lecionei o curso de Redação de 
Correspondências Oficiais e Atualização Gramatical para auditores fiscais e 
analistas tributários da Receita Federal. Aqui no Ponto já participei de 
diversos trabalhos. Em 2010, por exemplo, já me envolvi com os seguintes 
preparatórios: CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, 
MPU, Seplag-RJ, Tribunais (FCC), TJSP, Abin, Senado Federal, Ministério do 
Turismo, INSS, Inmetro. Meu endereço eletrônico é 
albert@pontodosconcursos.com.br. Sempre que precisar, faça contato 
comigo. Se eu não lhe responder imediatamente, é provável que esteja 
envolvido com aulas ou até mesmo esclarecendo outras dúvidas dos demais 
alunos. 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA E O CONCURSO DO TRT/21ª REGIÃO 
Quem acompanha os concursos organizados pelo Cespe sabe 
que a banca manteve a tradição ao definir o conteúdo programático: 
1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia 
oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego 
do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 
9 Concordância nominal e verbal. 10 Regência nominal e verbal. 11 
Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais. 
Como de costume, nossa disciplina ficou no grupo 
Conhecimentos Básicos, que se divide ainda entre mais duas áreas do 
conhecimento: Informática e Raciocínio Lógico. Esse grupo contará com 
cinquenta itens, que deverão ser julgados certos ou errados 
(lembrando que uma resposta errada anula uma certa). Considerando 
a importância que o Cespe atribui às provas de português, creio que você 
pode esperar cerca de 25 questões da nossa área. 
Uma boa notícia (para alguns, é claro!): não haverá prova 
discursiva. Mas isso não diminui a importância do estudo dos aspectos 
gramaticais, que muito provavelmente valerá a metade dos pontos do grupo 
Conhecimentos Básicos. Portanto você continua com bons motivos para se 
empenhar em nossas aulas. 
O CURSO QUE PROPONHO 
Este é um curso de teoria e exercícios. Está dividido em nove 
aulas (incluindo esta, a aula demonstrativa), as quais serão 
disponibilizadas a você semanalmente. Eis o que estudaremos em cada uma 
delas: 
 
 
 
 
 
 
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Aula 0 – Ortografia, seleção vocabular e acentuação gráfica; 
Aula 1 – Emprego das classes de palavras; 
Aula 2 – Regência e crase; 
Aula 3 – Sintaxe da oração e do período – parte I; 
Aula 4 – Sintaxe da oração e do período – parte II; 
Aula 5 – Pontuação; 
Aula 6 – Sintaxe de concordância; 
Aula 7 – Texto: tipologia, compreensão e interpretação 
Aula 8 – Redação de correspondências oficiais. 
Embora a instituição organizadora não tenha o hábito de 
discriminar o manual de redação oficial (há vários) que utiliza como 
referência para a elaboração de questões, na última aula adotarei o 
Presidência da República, que na verdade serve de base para os demais. 
Além disso, as questões de concursos públicos que dizem respeito a essa 
área do conhecimento normalmente se circunscrevem ao conteúdo nele 
existente. Não obstante, também daremos especial atenção aos casos que 
porventura o extrapolarem. 
Utilizarei questões de provas elaboradas anteriormente 
pelo Cespe para direcionar os nossos estudos. Reproduzirei os textos e os 
itens (será respeitada a grafia original dos enunciados) que tratam do 
assunto abordado em cada aula. Como a instituição tem o costume de usar 
um mesmo texto para, a partir dele, apresentar várias assertivas, é natural 
que eu repita, às vezes, o mesmo texto (ou fragmento dele) na explicação 
do conteúdo de outras aulas. O procedimento é puramente didático; 
portanto não estranhe se isso acontecer. Dessa forma, pretendo 
aproximá-lo(a) daquilo que o seu examinador vem exigindo sobre 
determinado assunto da Língua Portuguesa em concursos públicos. 
Espero que você aproveite cada explicação e cada exemplo da 
melhor forma possível. Interaja comigo por meio de mensagens eletrônicas. 
 
 
 
 
 
 
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A sua participação é fundamental para o bom rendimento do curso. No mais, 
vamos ao que interessa! 
ORTOGRAFIA 
No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das 
palavras é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário 
ortográfico da língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a 
forma oficial de escrever as palavras. E, apesar da vigência do novo Acordo 
Ortográfico, as regras antigas e as atuais conviverão até 31 de dezembro 
2012. Isso porque o presidente Lula, por meio do Decreto nº 6.583, de 26 
de setembro de 2008, além de ter promulgado o Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa – que foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 
1990 – também estabeleceu um período de transição: “de 1º de janeiro de 
2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirão a norma 
ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida”. 
É verdade ainda que é humanamente impossível saber a grafia 
de todas as palavras da nossa Língua. Só para você ter uma ideia da 
dificuldade que é isso, saiba que a nova edição do VOLP, lançada 
oficialmente pela ABL em 19 de março de 2009, tem 976 páginas, 340 mil 
verbetes e outras coisas mais. Você se atreve a decorar tudo isso?! 
Entretanto, podemos sistematizar a grafia de certas palavras, em 
decorrência, por exemplo, da sua origem, do seu radical. É isso que veremos 
aqui. A experiência nos permite dizer que esse processo é muito útil no 
momento de resolver uma ou outra questão de concurso. Não estou dizendo 
que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas poucas linhas. O que 
você precisa entender é que a prática de leitura de livros, jornais, revistas e 
dicionários deverá ser somada à minha explicação. 
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Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS. Sempre 
que for preciso, trarei para nossa aula as mudanças das novas regras 
ortográficas
• Usa-se, normalmente, a letra X: 
QUANDOEXEMPLO CUIDADO 
1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar 
2 – depois da sílaba EN enxame, enxergar 
encher, encharcar, 
enchova, enchumaçar e 
derivados dessas 
palavras 
3 – depois da sílaba ME, 
quando “fechada” 
mexa (verbo), 
mexerico 
mecha (substantivo) = 
pronúncia “aberta” 
• Usa-se, normalmente, a letra G: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nos sufixos AGEM, 
IGEM e UGEM 
viagem (substantivo), 
vertigem, ferrugem 
pajem, lajem, 
lambujem 
2 – nos sufixos AGIO, 
EGIO, IGIO, OGIO e 
UGIO 
pedágio, colégio, 
prestígio, relógio, 
refúgio 
3 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem G no radical 
(você perceberá que 
esse princípio vale 
também para o 
emprego de outras 
letras) 
margem/margear, 
homenagem/homenagear
monge/monj a, eu dirijo 
(flexão do verbo 
dirigir). Imaginem se 
mantivéssemos a letra 
“g” nas palavras 
derivadas... 
 
 
 
 
 
 
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• Usa-se, normalmente, a letra J: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas palavras de 
origem indígena, 
africana e árabe 
pajé, jibóia, jeca, 
jenipapo, jirau, jiló, 
cafajeste, jerico, 
jequitibá 
2 – nas flexões dos 
verbos que possuem J 
no radical 
viajar (verbo) – que 
eles viajem; bocejar – 
eu bocejei 
3 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem J no radical 
gorja – gorjeta; lisonja 
– lisonjeado 
4 – nas palavras de 
origem latina 
jeito, hoje, majestade, 
injetar, objeto, ultraje 
• Usa-se, normalmente, a letra Ç: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem T no radical 
exceto – exceção, setor 
– seção, cantar – 
canção 
2 – nas palavras de 
origem indígena, árabe 
e africana 
miçanga, paçoca, 
muriçoca, muçulmano, 
açougue, açoite 
3 – nos sufixos AÇU e 
AÇO 
babaçu, Paraguaçu, 
Nova Iguaçu, golaço, 
poetaço, atrevidaço 
4 – depois de ditongo 
compleição, feição, 
beiço 
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• Usa-se, normalmente, a letra S: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nos substantivos 
que designam origem, 
título honorífico e 
feminino 
chinês, japonês, 
baronesa, duquesa, 
sacerdotisa, poetisa 
2 – Nos sufixos ASE, 
ESE, ISI e OSE 
fase, ascese, eletrólise, 
apoteose 
3 – nos sufixos OSO e 
OSA 
formoso, formosa, 
gostoso, gostosa 
4 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem D, RT ou RG 
no seu radical 
ilud er ir – ilusão, defend 
ir – – defesa; divert 
diversão, inverter – 
inversão; imergir – 
imersão, submergir – 
submersão 
5 – no prefixo TRANS e 
nos seus derivados 
transatlântico, 
trasladar (ou 
transladar) 
6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa
7 – nas formas verbais 
derivadas dos verbos 
QUERER e PÔR 
quis, quisera, pusera, 
compusera 
• Usa-se, normalmente, SS: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem as expressões 
suceder – sucessão, 
regredir – regressão, 
comprimir – 
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CED, GRED, PRIM, MIT, 
MET e CUT no radical 
compressão, demitir – 
demissão, intrometer – 
intromissão, discutir – 
discussão 
2 – prefixo terminado 
em vogal + palavra 
começada por S 
pre + sentir = 
pressentir 
(repare que o “s” foi 
duplicado”) 
• Usa-se, normalmente, a letra Z: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas terminações EZ 
e EZA, formando 
substantivos 
abstratos derivados de 
adjetivos 
insensato – insensatez, 
nu – nudez; claro – 
clareza, belo – beleza 
2 – nas terminações 
IZAR, formando 
infinitivos verbais 
sintonia – sintonizar, 
real – realizar, visual – 
visualizar 
a) se a palavra possuir 
S em sua parte final, o 
infinitivo verbal também 
levará S: análise – 
analisar, paralisia – 
paralisar; 
b) Hipnose – 
hipnotizar; Síntese – 
sintetizar; Batismo – 
batizar; Catequese – 
catequizar; Ênfase – 
enfatizar. (Lembre-se 
da sigla de um famoso 
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banco, só que com E no 
final: HSBCE). 
3 – como consoante de 
ligação 
pé + udo = pezudo; 
guri + ada = gurizada 
• Usa-se, normalmente, a letra H: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas palavras ligadas 
por hífen em que o 
segundo elemento 
começa com H 
anti-higiênico, pré-
histórico, super-homem 
desarmonia, lobisomem 
2 – na palavra Bahia 
as palavras derivadas 
não possuem H: baiano 
• Verbos terminados em EAR e IAR: 
1 – são irregulares os 
verbos terminados em 
EAR; eles recebem a 
letra I nas formas 
rizotônicas (eu, tu, ele, 
eles – a sílaba tônica 
integra o radical) 
passear: passeio, 
passei a, as, passei 
passe amos, passeais, 
passeiam 
2 – são regulares os 
verbos terminados em 
IAR 
premiar: premio, 
premi a, as, premi 
premi amos, premiais, 
premiam 
Mediar, Ansiar, 
Remediar, Incendiar, 
Odiar (MARIO): apesar 
de terminarem em IAR, 
são irregulares e 
recebem a letra E nas 
formas rizotônicas (eu, 
 
 
 
 
 
 
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o, tu, ele, eles): odei
odeias, odei a, odiamos, 
odiais, odeiam 
• As letras K, W e Y (conforme o novo Acordo Ortográfico) 
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras 
k, w e y. 
a A j J s S 
b B k K t T 
c C l L u U 
d D m M v V 
e E n N w W 
f F o O x X 
g G p P y Y 
h H q Q z Z 
i I r R 
A essa altura você deve estar se perguntando: “Por que as letras 
k, w e y voltaram ao alfabeto?”, “Quais as consequências práticas?”, 
“Alguma palavra será grafada de forma diferente?”, “Como deverão ser 
usadas?”, “Elas são vogais ou consoantes?”, “Como é a pronúncia do w?”. 
As letras k (cá ou capa) – letra oriunda do alfabeto fenício 
(kaph), adotada pelos gregos (kapa) e depois pelos romanos (capa) –, w 
(dábliu) – letra usada nas línguas inglesa, em que soa como o “u”, e alemã, 
em que é pronunciada como “v” – e y (ípsilon) – letra com som de “i” –, que 
na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa 
língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: 
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km 
(quilômetro), kg (quilograma), W (watt); 
 
 
 
 
 
 
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b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus 
derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, 
William, kaiser, Kafka, kafkiano. 
Bem, e o que acontece agora que elas estão oficialmente 
introduzidas no nosso alfabeto? Haverá mudanças na grafia de alguma 
palavra? Deveremos escrever “kilômetro” em vez de “quilômetro”? 
Na prática, nada muda na grafia das palavras, pois a 
reintrodução das letras K, W e Y em nosso alfabeto NÃO AUMENTA SEU 
USO. Essas três letrinhas continuam sendo usadas em NOMES PRÓPRIOS 
ORIUNDOS DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS, como nos exemplos abaixo: 
Byron; Darwin;Franklin; Taylor; Wagner; Wilson; Kardec; 
Também continuam sendo usadas nas PALAVRAS DERIVADAS 
DE NOMES PRÓPRIOS ESTRANGEIROS. Veja alguns exemplos: 
byroniano (relativo a Lord Byron, poeta inglês, autor da obra 
Don Juan); 
kantismo (doutrina filosófica de Immanuel Kant, filósofo 
alemão); 
kardecismo (doutrina espírita do pensador francês Allan Kardec); 
kardecista (relativo ao kardecismo, seguidor dessa doutrina); 
kuwaitiano (indivíduo natural do Kuwait); 
As letras K, W e Y também são usadas em SIGLAS, SÍMBOLOS 
E PALAVRAS INTERNACIONALMENTE ADOTADAS como: 
TWA (Trans World Airlines); 
KLM (Koninklijke Luchtvaart Maatschappij, em português: 
Companhia Real de Aviação); 
kw (quilowatt); 
watt; 
yd (jarda, do inglês yard); 
 
 
 
 
 
 
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K (Potássio); 
W (Tungstênio); 
Y (Ítrio); 
Kr (Criptônio); 
W - oeste (West); 
SW - sudoeste (southwest); 
NW - noroeste (northwest). 
Você aí já se perguntou se ESSAS LETRAS SERÃO 
CLASSIFICADAS COMO VOGAL OU CONSOANTE?!?! Certo, vejamos como 
elas poderão se comportar. 
As novas letras do alfabeto deverão ser classificadas em vogais 
ou consoantes, DE ACORDO COM A FORMA COMO SÃO PRONUNCIADAS nas 
palavras em que aparecem. 
¾ O K será sempre CONSOANTE, pois sempre é pronunciado 
como o C antes das vogais A, O e U e como o dígrafo QU
antes de E e I. 
¾ Já o Y será VOGAL ou SEMIVOGAL, pois normalmente é 
pronunciado como se fosse um I. 
¾ A letra W pode assumir o papel de VOGAL (ou SEMIVOGAL) 
ou CONSOANTE. Nas palavras de origem inglesa, por ser 
normalmente pronunciado como U, o W será vogal ou 
semivogal: 
Wallace; waffle; show; Wilson; windows; watt (uo te). 
Nas palavras de origem alemã, o W normalmente é pronunciado 
como um V, e, assim, será uma CONSOANTE: 
Walter; Wagner; Volkswagen. 
 
 
 
 
 
 
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Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES 
que, certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por 
uma ou outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, 
volta e meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são. 
• MAL x MAU 
a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem, 
refere-se a um verbo) 
b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa 
adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo) 
c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um 
substantivo, contrário de bom) 
ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a 
mesma classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é 
importante porque a banca examinadora pode sugerir o contrário. O 
Cespe/UnB, por exemplo, pode selecionar duas frases de um texto em que 
esses vocábulos aparecem, destacá-los e formular a seguinte assertiva: 
“Nas linhas X e Y, os vocábulos em destaque possuem a mesma classificação 
gramatical”. Muito cuidado antes de responder. Como vimos anteriormente, 
isso nem sempre será verdade. Quero que note ainda as diferentes 
classificações dos vocábulos que surgirão nos próximos exemplos. 
• POR QUE x POR QUÊ 
a) Por que você não veio? (preposição + pronome interrogativo, usado 
no início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono) 
 
 
 
 
 
 
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b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase 
interrogativa é indireta) 
c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, 
e o “que” é tônico) 
d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome 
relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual) 
• PORQUE x PORQUÊ 
a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial, 
indica circunstância de causa) 
b) Fique quieto porque você está incomodando. (conjunção coordenativa 
explicativa) 
c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é 
substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa) 
Atenção! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta), 
use a expressão separada. 
• SENÃO x SE NÃO 
a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, 
indica alternância de ideias que se excluem mutuamente) 
b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, 
porém,) 
 
 
 
 
 
 
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c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; 
é substantivo) 
d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção 
subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação) 
ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas
quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional. 
• ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE 
a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = 
de + os –, equivale-se a sobre) 
b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos. 
(refere-se a acontecimento passado) 
c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (refere-se a 
acontecimento futuro) 
• AFIM x A FIM DE 
a) Temos idéias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em 
número para com ele concordar) 
b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva, 
denota finalidade, objetivo, intenção) 
• DEMAIS x DE MAIS 
a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo, 
equivale-se a muito, bastante, demasiadamente, em excesso) 
 
 
 
 
 
 
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b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido substantivo, 
equivale-se a outros, vem precedido de artigo) 
c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de 
menos) 
• ONDE x DONDE x AONDE 
a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a 
preposição em, na língua portuguesa não existe a contração nonde, 
indicada por em + onde) 
b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em 
razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de + 
onde) 
c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, 
também por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal 
“vai”: “Aonde” = a + onde) 
• MAS x MAIS 
a) Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa 
adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas) 
b) Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade, 
refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo) 
c) Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a 
substantivo) 
 
 
 
 
 
 
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• HÁ x A 
a) Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento 
passado) 
b) Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro) 
• DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE 
a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas 
pessoas. (indica posição contrária, colisão, confronto) 
A proposta da diretoria foide encontro aos anseios dos funcionários. 
b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição 
favorável, concordância) 
• À-TOA x À TOA (o novo Acordo retirou o hífen) 
a) Ele era uma pessoa à-toa. (locução adjetiva invariável; refere-se a um 
substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante) 
b) Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, 
sem rumo certo, a esmo, sem fazer nada) 
• DIA-A-DIA x DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hífen) 
a) O dia-a-dia do operário brasileiro é desgastante. (substantivo, 
precedido por artigo, equivale-se a cotidiano) 
b) Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. (locução adverbial de 
tempo, equivale-se a diariamente) 
 
 
 
 
 
 
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• TAMPOUCO x TÃO POUCO 
a) Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa. 
(advérbio de negação, equivale-se a também não) 
b) Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de 
intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo) 
c) Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a 
outro advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo) 
A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, várias mudanças foram 
introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico. Resumirei aqui os casos 
importantes. Ressalto que até 31 de dezembro de 2012 as regras antigas e 
novas poderão ser usadas (NA REDAÇÃO, UTILIZE APENAS UMA DELAS). 
EMPREGO DO HÍFEN NA PREFIXAÇÃO 
• Regras Antigas 
1 – Com os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, ULTRA, NEO, 
PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA: antes de VOGAL, H, R e S. 
Exemplos: auto-educação, contra-almirante, semi-selvagem, ultra-rápido, 
supra-sumo. 
EXCEÇÃO: extraordinário. 
2 – Com os prefixos ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE: antes de H, R ou S. 
Exemplos: anti-higiênico, arqui-rabino, ante-sala, sobre-saia. 
EXCEÇÔES: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto. 
3 – Com o prefixo SUPER: antes de H ou R. 
Exemplos: super-homem, super-rápido. 
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4 – Com os prefixos AD, AB, OB, SOB, SUB: antes de R. 
Exemplos: ab-rogar, sob-roda, sub-reino. 
CUIDADO: SUB antes de B: sub-bibliotecário. 
5 – Com os prefixos MAL e PAN: antes de VOGAL e H. 
Exemplos: pan-americano, mal-humorado. 
6 – Com os prefixos PÓS, PRÉ e PRÓ: quando tônicos, serão separados por 
hífen. 
Exemplos: pós-graduação, pré-vestibular, pró-paz. 
• Regras Novas 
Prefixos Usa hífen Não usa hífen 
Agro, ante, anti, arqui, auto, 
contra, extra, infra, intra, 
macro, mega, micro, maxi, 
mini, semi, sobre, supra, 
tele, ultra... 
Quando a palavra 
seguinte começa com h 
ou com vogal igual à 
última do prefixo: auto-
-hipnose, auto-
-observação, anti-herói, 
anti-imperalista, micro-
-ondas, mini-hotel 
a) Em todos os demais 
casos: autorretrato, 
autossustentável, 
autoanálise, 
autocontrole, 
antirracista, antissocial, 
antivírus, minidicionário, 
minissaia, minirreforma, 
ultrassom... (perceba 
que as letras R e S 
são duplicadas). 
b) Quando se usam os 
prefixos des- e in-, 
caem o h e o hífen: 
desumano, inabitável, 
desonra, inábil. 
 
 
 
 
 
 
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c) Também com os 
prefixos co- e re- caem 
o h e o hífen: coordenar, 
coerdeiro, coabitar, 
reabilitar, reeditar, 
reeleição. 
Hiper, inter, super 
Quando a palavra 
seguinte começa com h 
ou com r: super-homem, 
inter-regional 
Em todos os demais 
casos: hiperinflação, 
supersônico 
Sub 
Quando a palavra 
seguinte começa com b, 
h ou r: sub-base, sub-
-reino, sub-humano 
Em todos os demais 
casos: subsecretário, 
subeditor 
Vice 
Sempre: vice-rei, vice-
presidente 
Pan, circum, mal 
Quando a palavra 
seguinte começa com h, 
m, n ou vogais: pan-
americano, circum-
hospitalar 
Em todos os demais 
casos: pansexual, 
circuncisão 
Quero enfatizar as seguintes mudanças: 
1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. 
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, 
mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano. 
2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal 
com que se inicia o segundo elemento. 
 
 
 
 
 
 
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Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, 
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, 
coedição, extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, 
semianalfabeto, semiesférico, semiopaco. 
3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo 
elemento começar pela mesma consoante. 
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, 
super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico. 
4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o 
segundo elemento começar por vogal. 
Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, 
interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, 
superexigente, superinteressante, superotimismo. 
ATENÇÃO! Torno a dizer que, em virtude do período de transição, todos nós 
podemos usar as duas regras ortográficas até 31 de dezembro de 2012. 
Sendo assim, fique atento porque as bancas examinadoras tentarão 
confundi-lo. Possivelmente, elaborarão questões em que se substitui uma 
forma pela outra. Em seguida, perguntarão se “quanto à correção gramatical 
e à coerência textual, a alteração feita traz prejuízo ao texto”. Quando se 
tratar de mera adequação às novas regras, a alteração é facultativa por 
enquanto. 
EMPREGO DO HÍFEN NA COMPOSIÇÃO 
A regra geral para palavras compostas é que se deve empregar 
o hífen APENAS SE OS SEUS ELEMENTOS FORMADORES (palavras que 
 
 
 
 
 
 
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formam o composto) PERDERAM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que 
a palavra composta adquirisse um significado único. Observe os exemplos 
seguintes. 
Abaixo assinado x abaixo-assinado 
Mesa redonda x mesa-redonda 
testa de ferro x testa-de-ferro 
Sem o hífen, as palavras mantêm seu significado individual. 
Abaixo assinado – indivíduo que subscreve, que assina abaixo de 
um texto ou reivindicação. 
Mesa redonda – é uma mesa de formato redondo. 
Nas palavras compostas, nas quais o hífen é usado, repare que 
OS ELEMENTOS FORMADORES PERDEM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL 
para que a palavra composta formada adquira um significado 
completamente novo. 
Abaixo-assinado – é o documento que normalmente contém um 
texto ou reivindicação assinada por várias 
pessoas. 
Mesa-redonda – é uma reunião destinada a debater determinado 
assunto. 
Fique de olho agora nas regras estabelecidas pelo atual Acordo 
Ortográfico. 
1. Usa-se o hífen quando, nos COMPOSTOS SEM ELEMENTO DE LIGAÇÃO 
(de, da, do etc.), o primeiro termo é um substantivo, adjetivo, numeral ou 
verbo. 
abaixo-assinado, amor-perfeito, água-marinha, ano-luz, arco-
íris, beija-flor, decreto-lei,joão-ninguém, médico-cirurgião, 
 
 
 
 
 
 
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mesa-redonda, tenente-coronel, tio-avô, zé-povinho, afro-
brasileiro, azul-escuro, amor-perfeito, boa-fé, guarda-costas, 
guarda-noturno, má-fé, mato-grossense, norte-americano, 
sempre-viva, sobrinha-neta, sócio-econômico, sul-africano, 
verbo-nominal, primeiro-ministro, segundo-sargento, segunda-
feira, conta-gotas, guarda-chuva, vaga-lume, porta-aviões, 
porta-retrato, porta-moedas etc. 
As palavras iniciadas por afro, anglo, euro, franco, indo, luso, 
sino e outros adjetivos pátrios, reduzidos ou não, seguidos por outros 
adjetivos pátrios, serão grafadas com hífen: 
afro-americano, luso-brasileiro, anglo-saxão, euro-asiático, 
euro-afro-americano, greco-romano, latino-americano etc. 
Observação: indo-chinês se refere à Índia e à China, mas indochinês se 
refere à Indochina, assim como centro-africano se refere à porção central 
da África, enquanto centroafricano se refere à República Centroafricana. 
Os compostos em que há uso de apóstrofo no elemento de 
ligação entre as palavras também serão grafados com hífen: 
cobra-d'água, mãe-d'água, olho-d'água, mestre-d'armas. 
O novo Acordo Ortográfico não trata especificamente de 
compostos formados de palavras repetidas ou parecidas; mas, por analogia, 
esses compostos se acomodam na primeira regra e, por isso, são 
hifenizados: 
blá-blá-blá, reco-reco, lenga-lenga, zum-zum-zum, tico-tico, 
xique-xique, zás-trás, zigue-zague, pingue-pongue, tique-taque. 
Emprega-se o hífen quando a primeira palavra for além, aquém, 
recém, bem e sem: 
 
 
 
 
 
 
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além-mar, aquém-mar, recém-casado, recém-eleito, recém-
nascido, bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, bem-
criado, bem-dizer, bem-mandado, bem-nascido, bem-vestido, 
bem-vindo, bem-visto, sem-número, sem-vergonha, sem-terra. 
Em alguns casos, o advérbio bem se junta à segunda palavra, sem uso do 
hífen: benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto, etc. 
2. Tratando-se de nomes geográficos, emprega-se o hífen em qualquer 
dos casos abaixo: 
– iniciados por Grã e Grão: Grã-Bretanha, Grão-Pará; 
– iniciados por forma verbal: Abre-Campo, Passa-Quatro, 
Quebra-Costas, Quebra-Dentes; 
– ligados por artigo: Baía de Todos-os- Entre-os-Rios, 
Trás-os-Montes. 
Os demais nomes geográficos compostos grafam-se sem hífen: 
América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde etc. 
Exceção: Guiné-Bissau 
Os adjetivos gentílicos, que são adjetivos que se referem ao 
local de nascimento, quando derivados de nomes compostos, serão 
hifenizados: 
belo-horizontino (Belo Horizonte) 
cabo-verdiano (Cabo Verde) 
americano-do-sul (América do Sul) 
mato-grossense (Mato Grosso) 
mato-grossense-do-sul (Mato Grosso do Sul) 
juiz-forano (Juiz de Fora) 
cruzeirense-do-sul (Cruzeiro do Sul) 
 
 
 
 
 
 
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3. O hífen também é empregado em nomes compostos de espécies 
botânicas e zoológicas: 
Andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, coco-da-baía, 
couve-flor, dente-de-leão, erva-doce, fava-de-santo-inácio, 
feijão-verde, joão-de-barro, lesma-de-conchinha, vassoura-de-
bruxa etc. 
Atenção! Se o significado da palavra composta for outro, o hífen não será 
usado. 
não-me-toques (espécie de planta) 
Ela é cheia de não me toques. (melindres, frescuras) 
O hífen também é usado para ligar palavras que se combinam 
para formar encadeamentos vocabulares. 
A ponte Rio-Niterói; 
o trecho Paraná-Goiás; 
a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade; 
o acordo Brasil-Inglaterra; 
a liga Itália-França-Alemanha. 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
Para melhor compreendermos a mensagem transmitida por meio 
de um texto, às vezes não é suficiente conhecermos o significado isolado das 
palavras nele utilizadas. Há momentos em que a interpretação só é possível 
se levarmos considerarmos o contexto em que as palavras estão inseridas. 
Tenho percebido que as bancas examinadoras também exploram esse fato 
em provas de concursos públicos. Portanto é importante estudarmos um 
pouco de semântica nesta preparação para o TRT/21ª Região. 
 
 
 
 
 
 
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Semântica é a parte da linguística que estuda a significação das 
palavras, que pode variar de acordo com o contexto. A palavra GATO, por 
exemplo, apresenta diversos significados em um dicionário (considerada 
isoladamente): animal mamífero da família dos felídeos; indivíduo esperto; 
erro, engano; etc. 
Ex.: O cão correu atrás do gato. 
O ladrão foi muito ligeiro, e a polícia não conseguiu pegar o gatuno. 
A fiscalização flagrou um gato na instalação telefônica do prédio. 
Trarei à sua memória alguns conceitos sobre semântica que, 
acredite, serão muito úteis na hora de resolvermos questões de prova, 
principalmente quando elas tratarem de interpretação de texto. 
• Antônimos 
São palavras de sentido contrário. Assim como é difícil encontrar 
um par perfeito de sinônimos, o mesmo ocorre com os antônimos. Em 
alguns casos, é mais adequado falar em graus de antonímia. 
Ex.: velho – novo / bom – mau 
Um objeto velho, em princípio pode ser o oposto de um objeto 
novo. Porém, dizer que um objeto é menos velho, em certos casos, pode ser 
equivalente a dizer que ele é mais novo. O que torna relativa a antonímia 
entre novo e velho. O mesmo ocorre com o par bom/mau. 
O par emigrante – imigrante, aparentemente são antônimos 
perfeitos, já que a primeira palavra se refere àqueles que saem de 
determinado lugar (cidade, estado, país); e a segunda, àqueles que entram. 
Contudo, o emigrante, no momento em que chega a outro lugar, não passa 
a ser também, obrigatoriamente, um imigrante? 
 
 
 
 
 
 
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• Sinônimos 
São palavras de sentidos idênticos ou aproximados, que podem 
ser substituídas uma pela outra em diferentes contextos. Embora se fale em 
palavras sinônimas, também existem frases sinônimas. 
Ex.: Você já vacinou seu cão? / Você já vacinou seu cachorro. 
Joana é a mulher de Marcelo. / Marcelo é o marido de Joana. 
“O uso de palavras sinonímias pode ser de grande utilidade nos 
processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos 
textos.” (Cipro & Neto, 1999:565) 
Ex.: Alguns segundos depois, apareceu um menino. Era um garoto magro, 
de pernas compridas e finas. Um típico moleque. 
• Polissemia 
É a propriedade de uma palavra apresentar vários sentidos. 
Compare este par de enunciados: 
a) Não consigo prender o fio de lã na agulha de tricô. 
b) Enrosquei minha pipa no fio daquele poste. 
Observe que, nas duas ocorrências da palavra “fio”, ela 
apresenta sentidos diferentes: “fibra”, no primeiro enunciado, e “cabo de 
metal” no segundo. Apesar disso, há um sentido comum entre elas: 
sequência, fiada, eixo, alinhamento, encadeamento. 
• Campo semântico, hiponímia e hiperonímia 
Leia o enunciado abaixo: 
Comprou um computador, um monitor, um teclado e uma 
impressora para o escritório, pois, sem esse equipamento, não conseguiria 
dar contado trabalho. 
 
 
 
 
 
 
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Palavras como “computador”, “monitor”, “impressora” e 
“teclado” apresentam certa familiaridade de sentido pelo fato de 
pertencerem ao mesmo campo semântico, ou seja, ao universo da 
informática. Já a palavra “equipamento” possui um sentido mais amplo, que 
engloba todas as outras. Nesse caso, dizemos que “computador”, “monitor”, 
“impressora” e “teclado” são hipônimos de “equipamento”. Por sua vez, 
“equipamento” é um hiperônimo das outras palavras. 
• Homônimos 
São palavras diferentes no sentido, tendo a mesma escrita ou a 
mesma pronúncia. 
Ex.: são (verbo ser – eles são) / são (saudável) / são (santo); como 
(advérbio interrogativo) / como (verbo) Æ homônimos perfeitos; 
caçar (apanhar) / cassar (anular); concerto (harmonia) / conserto 
(remendo) Æ homônimos homófonos 
ele (pronome pessoal) / ele (substantivo, nome da letra L); almoço 
(verbo) / almoço (substantivo); sede (vontade de beber) / sede (residência) 
Æ homônimos homógrafos 
• Parônimos 
São palavras diferentes no sentido que se assemelham tanto na 
escrita quanto na pronúncia, ou em apenas uma delas. 
Ex.: flagrante (evidente) / fragrante (perfumado) 
arrear (por arreios) / arriar (abaixar) 
mandado (ordem judicial) / mandato (procuração) 
inflação (alta dos preços) / infração (violação) 
eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer) 
comprimento (extensão) / cumprimento (saudação) 
 
 
 
 
 
 
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• Denotação 
Em semântica, a denotação de um termo é o objeto ao qual o 
mesmo se refere. A palavra tem valor referencial ou denotativo quando é 
tomada no seu sentido usual ou literal, isto é, naquele que lhe atribuem os 
dicionários; seu sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou 
denota determinado objeto, referindo-se à realidade palpável. 
Ex.: O papel foi rabiscado por todos. (papel: sentido próprio, literal) 
A linguagem denotativa é basicamente informativa, ou seja, não 
produz emoção ao leitor. É informação bruta com o único objetivo de 
informar. É a forma de linguagem que lemos em jornais, bulas de remédios, 
em um manual de instruções etc. 
• Conotação 
Além do sentido referencial, literal, cada palavra remete a 
inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos, 
evocando outras idéias associadas, de ordem abstrata, subjetiva. 
Conotação é, pois, o emprego de uma palavra tomada em um 
sentido incomum, figurado, circunstancial, que depende sempre de contexto. 
A linguagem conotativa não é exclusiva da literatura, ela é empregada em 
letras de música, anúncios publicitários, conversas do dia-a-dia, etc. 
Ex.: “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim 
jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”. (João 6:35) 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
A partir de agora, vamos mudar o foco da aula para falarmos 
sobre acentuação gráfica, que também é mais um tópico do programa. 
Novamente, apresentarei as regras antigas e as novas. Tudo da forma mais 
clara e objetiva possível. Comecemos assim: 
 
 
 
 
 
 
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REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa 
língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da 
vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos 
vocábulos: 
1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS Æ o acento é empregado naqueles 
terminados por A(S), E(S) ou O(S) 
Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só. 
CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles 
serão acentuados: pré-técnico, pró-labore. 
Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir, 
prosseguir. 
Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por 
pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, 
as vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os 
pronomes oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-
lo; pôs + os = pô-los; fez + a = fê-la. 
2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última) Æ usa-se o acento 
quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS: 
Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns 
CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão 
acentuados, salvo se estiverem em hiato. 
Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo 
3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima) Æ são acentuados 
aqueles que terminam em I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, 
DITONGO ORAL. 
 
 
 
 
 
 
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Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável, 
abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, ions, vôlei, jóquei, história, gênio. 
CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por 
EM ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen 
ou pólenes) 
Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão 
acentuados: semi-histórico, super-homem. 
4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima) Æ todos são 
acentuados. 
Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes. 
REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA (note as mudanças 
introduzidas pelas novas regras) 
1 – HIATOS 
a) Acentua-se a primeira vogal dos hiatos ÔO, ÊE. 
Ex.: vôo, enjôos, crêem, dêem, lêem, vêem. (3ª pessoa do plural dos verbos 
crer, dar, ler e ver) 
ATENÇÃO! De acordo com as novas regras, esses acentos deixam de 
existir: voo, enjoo, creem, deem, leem, veem. Mas até 31/12/2012 é 
possível usá-los. 
b) As vogais I(S) e U(S), quando formarem a sílaba tônica e ocuparem a 
segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S. 
Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo. 
Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não 
ocupam a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica. 
 
 
 
 
 
 
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CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou 
vierem seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-
ir, ju-iz, ra-i-nha. 
Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, 
não se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma 
planta). O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-
mo. 
ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após 
ditongos e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura. 
Ressalto que até 31/12/2012 você decidirá se quer ou não usar o acento: 
baiúca, feiúra. 
Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo 
Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, ou seja, 
a palavra é oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças 
ortográficas. 
2 – DITONGOS 
a) ÉU, ÉI, ÓI: quando tônicos e abertos. 
Ex.: chapéu, assembléia, jibóia, céu, papéis. 
CUIDADO! Os ditongos abertos EU, EI e OI, quando não constituírem a 
sílaba tônica (formarem a sílaba subtônica), não serão acentuados: 
ceuzinho, pasteizinhos, anzoizinhos. 
ATENÇÃO!O novo Acordo Ortográfico estabeleceu que esses ditongos não 
serão mais acentuados quando ocuparem a penúltima posição da sílaba, ou 
seja, quando o vocábulo for paroxítono: assembleia, jiboia, ideia, europeia, 
 
 
 
 
 
 
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heroico. Ressalto que até 31/12/2012 é facultativo recorrer ao novo Acordo 
Ortográfico. 
3 – GUE e QUI 
a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE e QUI receberá 
trema ; sendo, pois, semivogal. quando for pronunciada fracamente 
Ex.: eloqüente, agüentar, pingüim, lingüiça. 
b) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE e QUI receberá 
acento agudo quando for pronunciada fortemente; sendo, pois, vogal. 
Ex.: averigúe, obliqúes, apazigúe. 
CUIDADO! Quando a letra U não for pronunciada, não receberá nenhum 
acento: quilo, quente. O que temos aqui é simplesmente um dígrafo 
representado pelas letras “qu”. 
Ainda que seja pronunciada, não receberá nenhum acento 
gráfico se estiver diante de A ou de O: água, quota (ou cota). 
ATENÇÃO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento 
agudo no U tônico dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI de verbos como 
averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar. Repito: até 31/12/2012 
estaremos no período de transição, sendo aceitas as duas formas. 
4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi 
abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo; 
todavia o período de transição – que vai até 31/12/2012 – dá-nos a 
faculdade quanto ao uso) 
O acento diferencial (agudo ou circunflexo) é utilizado para 
distinguir uma palavra de outra que se grafa de igual maneira. A seguir, 
apresento uma pequena relação. 
 
 
 
 
 
 
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Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo) 
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo) 
ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos 
tônicos terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), 
E(S) e O(S) recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas 
examinadoras explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas 
relacionam, por exemplo, um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com 
acento circunflexo mesmo) e perguntam se a concordância está correta. 
Obviamente, se a forma verbal empregada é TÊM, o sujeito deve ser 
representado por um nome plural. Fique atento para esse detalhe. 
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo 
(diferencial) não ter sido abolido desses verbos nem de seus 
derivados. Portanto, continue a usá-lo. 
Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo) 
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do 
presente do indicativo) 
ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o 
motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, 
provém/provêm, todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma 
correspondente à terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em 
virtude de ser uma oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à 
terceira pessoa do plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do 
singular. 
 
 
 
 
 
 
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Côa – côas (forma do verbo COAR) 
Coa – coas (contração entre a preposição com e o artigo a(s)) 
Pára (flexão do verbo PARAR) 
Para (preposição) 
Péla (flexão do verbo PELAR) 
Pela (contração da preposição e artigo) 
Pêra (substantivo = fruta – no plural não leva acento: peras) 
Péra (substantivo = pedra) 
Pera (preposição arcaica) 
Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) 
Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo) 
ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Vocês 
devem usá-lo. 
Póla (substantivo = pancadaria) 
Pôla (substantivo = broto de árvore) 
Polo(a) (contração arcaica de preposição e artigo) 
Pólo (substantivo = cada uma das extremidades do eixo da Terra) 
Pôlo (substantivo = filhote de gavião) 
Pôr (verbo) 
Por (preposição) 
ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR. 
Vocês devem usá-lo. 
Fôrma (substantivo = molde) 
Forma (substantivo = disposição exterior de algo) 
 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as 
palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais 
clara: Qual é a forma da fôrma do bolo? 
Pois bem, prezado(a) aluno(a), que tal praticarmos um pouco 
tudo isso resolvendo algumas questões de provas anteriores? Antes de irmos 
a elas, quero ressaltar que o novo Acordo Ortográfico está em vigor e que a 
Academia Brasileira de Letras já lançou oficialmente o novo VOLP. Portanto 
nada impede de as bancas examinadoras exigirem de você conhecimentos a 
respeito dele. 
Desenvolvimento, ambiente e saúde 
1 No documento Nosso Futuro Comum, preparado, 
em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento das Nações Unidas, ficou estabelecido, 
4 pela primeira vez, novo enfoque global da problemática 
ecológica, isto é, o das inter-relações entre as dimensões 
físicas, econômicas, políticas e socioculturais. Desde então, 
7 vêm se impondo, entre especialistas ou não, a compreensão 
sistêmica do ecossistema hipercomplexo em que vivemos e 
a necessidade de uma mudança nos comportamentos 
10 predatórios e irresponsáveis, individuais e coletivos, a fim de 
permitir um desenvolvimento sustentável, capaz de atender 
às necessidades do presente, sem comprometer a vida futura 
13 sobre a Terra. 
(...) 
Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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1. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2007) A retirada do acento 
circunflexo na forma verbal “vêm” (l. 7) provoca incorreção gramatical 
no texto porque o sujeito a que essa forma verbal se refere tem dois 
núcleos: “compreensão” (l. 7) e “necessidade” (l. 9). 
Comentário – Rigidamente, a forma verbal “vêm” (terceira pessoa do plural 
do presente do indicativo) deve receber acento circunflexo diferencial de 
número. Seu sujeito é composto (“a compreensão sistêmica do ecossistema 
hipercomplexo em que vivemos” e “a necessidade de uma mudança nos 
comportamentos predatórios e irresponsáveis”). Os núcleos desse tipo de 
sujeito estão corretamente indicados no item em análise. Acontece, porém, 
que o verbo pode concordar atrativamente com o núcleo mais próximo 
(“compreensão”: terceira pessoa do singular) quando vier anteposto ao 
sujeito. Assim sendo, a forma verbal vem não prejudicaria a correção 
gramatical do texto, por se tratar de um caso de concordância atrativa. 
Resposta – Item errado. 
1 Num país territorialmente gigante, em que a censura 
restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet 
tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao 
4 aproximar moradores urbanos e rurais, que falam dialetosvariados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha 
100 novos internautas por minuto. É o segundo país com mais 
7 usuários on-line no mundo — cerca de 162 milhões —, atrás 
apenas dos Estados Unidos da América (EUA), onde há quase 
200 milhões. 
Jornal do Brasil, 22/7/2007, p. A25 (com adaptações). 
2. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2007) A palavra “têm” (l. 5) é 
acentuada porque está no plural para concordar com “moradores” (l. 4). 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – Você irá perceber o quanto é frequente questões envolvendo 
a acentuação das formas verbais TÊM e VÊM. Neste item, o verbo em foco é 
escrito com acento circunflexo diferencial de número para concordar com o 
substantivo plural “moradores”, que foi substituído pelo pronome relativo 
“que”, seu representante semântico. Lembre-se de que o mesmo verbo 
deveria ser escrito sem acento diferencial caso o substantivo “moradores” 
estivesse no singular: morador. 
Resposta – Item certo. 
O avanço da publicidade na Internet 
1 Desde 2003, os gastos em publicidade na Internet quase 
triplicaram no Brasil. A expansão se deve à elevação do número de 
3 usuários, das conexões em banda larga e do tempo de conexão. Por 
mês, os brasileiros passam, em média, 22 horas e 43 minutos na rede. 
5 Apesar do crescimento, a Internet só detém 2% do mercado 
publicitário do país. 
Veja, 4/7/2007 (com adaptações). 
3. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2007) Preservam-se a 
coerência textual e a correção gramatical da oração ao se substituir 
“elevação” (l. 2) por aumento. 
Comentário – Coerência textual diz respeito ao significado do texto, que é 
obtido por meio da relação existente entre as palavras, as frases, os 
períodos e os parágrafos do texto. Em relação a esse aspecto, a substituição 
proposta não gera prejuízo, pois os vocábulos “elevação” e aumento são 
sinônimos. O problema surge em relação à correção gramatical, isto é, em 
relação à articulação sintática entre os elementos que compõem o texto. 
Façamos a substituição proposta pela banca examinadora: A expansão se 
deve à aumento do número... O emprego do substantivo aumento deve vir 
 
 
 
 
 
 
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acompanhado do artigo definido o, que deve se combinar com a preposição 
a exigida pela regência do verbo que a antecede, fazendo surgir ao. 
Resposta – Item errado. 
4. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2007) Respeita as regras 
gramaticais e a coerência das informações entre o gráfico I1 e o texto 
verbal a seguinte afirmação: Os 43% dos usuários de banda larga 
detém os maiores gastos publicitários no período de 2003 à 2007. 
Comentário – Observe a grafia da forma verbal “detém”, oxítona terminada 
por EM. O emprego do acento agudo indica que o sujeito desse verbo deve 
ser representado pela terceira pessoa do singular (ele ou ela). Mas será que 
é isso mesmo que acontece? Não!!! Analise atentamente o período e note 
que o sujeito é a expressão “Os 43% dos usuários de banda larga”, que 
corresponde à terceira pessoa do plural (eles). 
Ainda há outro problema gramatical no período. Agora, 
envolvendo o acento indicativo de crase na expressão “no período de 2003 à 
2007”. Para não fugirmos do foco desta aula, não comentarei esse fato aqui. 
Mas sim na aula específica sobre o assunto. 
Resposta – Item errado. 
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao 
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande 
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo 
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de 
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca 
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, 
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem 
 
1 Desconsidere o gráfico I, pois ele não é necessário para a resolução deste item. 
 
 
 
 
 
 
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eliminar. Vários processos foram experimentados, todos 
deixados ao cabo de alguns anos. É curioso que alguns deles 
10 coincidissem com os nossos de um e de outro mundo. Os 
males não eram gerais, mas eram grandes. Havia eleições 
boas e pacíficas, mas a violência, a corrupção e a fraude 
13 inutilizavam em algumas partes as leis e os esforços leais dos 
governos. Votos vendidos, votos inventados, votos destruídos, 
era difícil alcançar que todas as eleições fossem puras e 
16 seguras. Para a violência havia aqui uma classe de homens, 
felizmente extinta, a que chamam pela língua do país, 
kapangas ou kapengas. Eram esbirros particulares, 
19 assalariados para amedrontar os eleitores e, quando fosse 
preciso, quebrar as urnas e as cabeças. Às vezes quebravam 
só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas 
22 cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão 
especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum 
pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram 
25 dados pela vontade soberana do país. A corrupção era menor 
que a fraude; mas a fraude tinha todas as formas. Enfim, 
muitos eleitores, tomados de susto ou de descrença, não 
28 acudiam às urnas. 
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
5. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) De acordo com o 
texto, os vocábulos “corrupção” e “fraude” (l. 12, 25 e 26) estão sendo 
empregados como sinônimos. 
Comentário – Observe que o autor estabelece uma comparação entre os 
dois vocábulos na seguinte passagem: “A corrupção era menor que a 
fraude; mas a fraude tinha todas as formas”. Esse fato já é suficiente para 
 
 
 
 
 
 
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que entendamos que as palavras estão sendo usadas com valores 
semânticos diferentes. Se não fosse assim, a comparação seria incoerente. 
Resposta – Item errado. 
 (...) 
A lei chegou. Assisti às suas estréias, e ainda me 
lembro que na minha seção ouviam-se voar as moscas. Um 
19 dos eleitores veio a mim e por sinais me fez compreender que 
estava entusiasmado com a diferença entre aquele sossego e 
os tumultos do outro método. Eu, também por sinais, achei 
22 que tinha razão, e contei-lhe algumas eleições antigas. Nisto 
o secretário começou a suspirar flebilmente os nomes dos 
eleitores. Presentes, posto que censitários, poucos. Os 
25 chamados iam na ponta dos pés até à urna, onde depositavam 
uma cédula, depois de examinada pelo presidente da mesa; 
em seguida assinavam silenciosamente os nomes na relação 
28 dos eleitores, saíam com as cautelas usadas em quarto de 
moribundo. A convicção é que se tinha achado a panacéia 
universal. 
Machado de Assis. Op. Cit., p. 706. 
6. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) A palavra 
“panacéia” (l. 29) significa estratégia, método. 
Comentário – O substantivo “panacéia” (ou panaceia, conforme o novo 
Acordo Ortográfico) significa “remédio para todos os males”. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
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1 Umaantiga preocupação dos legisladores do 
passado era a de assegurar o direito dos povos de manter 
“os costumes da terra”. Assim fizeram os romanos com os 
4 municípios e as províncias, que se autogovernavam em 
troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão 
de seu poder. Era de tal forma o respeito a essa autonomia 
7 relativa que, em certo momento do regime cruel de 
Tibério, as eleições chegaram a ser suspensas em Roma, 
mas se mantiveram nas províncias. 
10 Muitos defendem o federalismo, quando se 
encontram na oposição, mas dele se esquecem quando 
chegam ao governo. Os municípios, manietados pela falta 
13 de recursos próprios, reclamam pela ajuda dos governos 
dos estados e da União, quando deveriam articular-se em 
busca de seus direitos de tributação direta e de autonomia 
16 política. 
Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 24/11/2006. 
7. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) A palavra 
“manietados” (l. 12) está sendo empregada com o sentido de 
mobilizados. 
Comentário – O adjetivo “manietados” significa: de mãos amarradas, 
tolhido de fazer algo, imobilizado. Possui, pois, significado contrário 
(antônimo) ao do adjetivo mobilizados: pôr-se em ação para uma tarefa, 
movimentar-se. 
Resposta – Item errado. 
1 Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21 
países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência 
 
 
 
 
 
 
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Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, 
4 Bolívia, reiteramos o nosso propósito de continuar a 
fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações 
como fórum de diálogo, cooperação e concertamento 
7 político, aprofundando os vínculos históricos e culturais 
que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, as 
características próprias de cada uma das nossas múltiplas 
10 identidades, que permitem reconhecer-nos como uma 
unidade na diversidade. 
(...) 
Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. 
Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações). 
8. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) De acordo com as regras de 
acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos” 
(l. 2) também poderia ser corretamente escrita da seguinte forma: 
íbero-americanos. 
ro” é paroxítona terminada em “o”; por isso Comentário – A palavra “ibe 
não recebe acento. Ela não possui dupla prosódia, ou seja, não há variação 
da sílaba tônica – como em “acroba bata” ta” (paroxítona) ou “acró 
(proparoxítona) – para justificar sua pronúncia como uma proparoxítona. 
Resposta – Item errado. 
1 O poder político é produto de uma convenção, não 
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente 
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus 
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, 
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de 
 
 
 
 
 
 
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7 sociedade, o homem não é um ente isolado, avesso ao 
contato com outras pessoas. De um lado, a sociedade 
conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da 
10 espécie. De outro lado, a sociedade política visa à 
preservação da propriedade. 
(...) 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, 
ciência & vida. Ano III, nº 27, p. 40-1 (com adaptações). 
9. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A organização do texto permite a 
substituição da expressão “ao contato” (l.7-8) por à convivência, sem 
prejuízo para a coerência entre os argumentos e para a correção 
gramatical. 
Comentário – A palavra “contato” foi empregada figuradamente para 
indicar relação de proximidade, relacionamento contínuo, coexistência, 
mesmo significado que “convivência”. 
Resposta – Item certo. 
10. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 3, a argumentação do 
texto mostra que “a sociedade” e “os homens” podem ser considerados, 
em significação conotativa, como sinônimos textuais; por isso, a troca 
de posição entre esses dois termos preservaria a coerência e a correção 
gramatical do texto. 
Comentário – Não se deixe levar pelo “canto da sereia”. Esse jogo de 
palavras tem a finalidade de distraí-lo. Vá ao texto e troque os dois termos 
de posição: “...e nasce juntamente com os homens, quando a sociedade 
decidem...”. Apesar de os dois termos serem sinônimos textuais e de 
estarem empregados em sentido conotativo (a “sociedade” não nasce 
literalmente e “homens” não representa apenas seres do sexo masculino), a 
 
 
 
 
 
 
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troca causa prejuízo à correção gramatical do texto, pois desfaz-se a 
concordância entre o verbo “decidem” e o sujeito correspondente. 
Resposta – Item errado. 
1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já 
apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas, 
como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem 
4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos. 
(...) 
o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma 
28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois 
quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais 
movimentadas. (...) 
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações). 
11. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por 
acerca de manteria a correção gramatical do período. 
Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas 
não devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade 
aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre. 
Resposta – Item errado. 
12. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o 
sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois 
quarteirões” (l.28-29). 
Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, 
visto que indicaria a existência de dois quarteirões. Não é isso o que se 
 
 
 
 
 
 
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pretende dizer no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da 
localização do imóvel. Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”. 
Resposta – Item errado. 
(...) Tendo como principal propósito a 
13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à 
constituição de uma nação-Estado verdadeiramente 
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no 
16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o 
crescimento era enormemente inibido pela ausência de um 
sistema nacional de comunicações e de que o 
19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial 
para o alargamento da base econômica do país. (...) 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
13. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra “crucial” (l.19) está sendo 
empregada com o sentido de árduo, difícil. 
Comentário – Cuidado com as aparências. Em se tratando de significação 
contextual de palavras e expressões, a melhor coisa que você deve fazer é ir 
ao texto. O adjetivo crucial pode realmente ser utilizado para caracterizar 
algo árduo, difícil, espinhoso: Deixar a casa paterna foi uma decisão crucial. 
Mas, no texto em que surge, ele expressaa importância para que algo 
aconteça, ocorra, ou exista; é o mesmo que capita; essência; fundamental. 
Resposta – Item errado. 
1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente 
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os 
primeiros homens em contato com a natureza. (...) 
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e 
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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14. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da 
textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no 
qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a 
coerência nem para a correção gramatical do texto. 
Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, que é usado 
com verbo estático (“vivem”) que pede a preposição em; na língua 
portuguesa não existe a contração nonde, supostamente indicada por em 
+ onde. 
O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual. 
Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme 
o caso. 
Resposta – Item certo. 
1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro 
do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é 
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói. 
4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às 
vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro, 
concepções de desenvolvimento e interesses distintos e 
7 conflitantes. 
(...) 
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade 
nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações). 
15. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção 
gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de 
“no qual”. 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – Esta foi só para confirmar o que eu disse anteriormente e 
como o Cespe, volta e meia, explora o emprego dessas expressões. Quando 
tratarmos de pronomes, falaremos mais sobre o uso dos relativos. 
Resposta – Item certo. 
16. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) As palavras “líderes”, 
“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com 
base na mesma justificativa gramatical. 
Comentário – Sim, todas são proparoxítonas. 
Resposta – Item certo. 
O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006, 
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 
7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria 
Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL. 
Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o 
10 acordo. (...) 
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008. 
17. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) A palavra “chancelaram” (l.9) 
está sendo empregada com o sentido de sancionaram. 
Comentário – Sim, ela significa dar aprovação ou aceitação a; confirmar, 
ratificar; aprovar; sancionar: O presidente chancelou a proposta do ministro. 
Resposta – Item certo. 
Canção do Ver (fragmento) 
1 Por viver muitos anos 
 
 
 
 
 
 
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dentro do mato 
Moda ave 
4 O menino pegou 
um olhar de pássaro – 
Contraiu visão fontana. 
7 Por forma que ele enxergava 
as coisas 
Por igual 
10 como os pássaros enxergam. 
As coisas todas inominadas. 
Água não era ainda a palavra água. 
13 Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal. 
As palavras eram livres de gramáticas e 
Podiam ficar em qualquer posição. 
16 Por forma que o menino podia inaugurar. 
Podia dar às pedras costumes de flor. 
Podia dar ao canto formato de sol. 
19 E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a 
[palavra abelha e entrar dentro dela. 
Como se fosse infância da língua. 
Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004. 
18. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulário do texto 
acima, assinale a opção incorreta. 
a) “Moda” (v.3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações 
críticas, assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por 
determinado grupo humano em um dado momento histórico. 
b) O sentido do vocábulo “Contraiu” (v.6) restringe as possibilidades 
semânticas de “pegou” (v.4). 
 
 
 
 
 
 
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c) Na expressão “visão fontana” (v.6), o vocábulo sublinhado, adjetivo 
derivado de fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de 
originário, gerador, causal, seminal. 
d) Em “As palavras eram livres de gramáticas” (v.14), o vocábulo 
sublinhado alude a regras gramaticais. 
e) O vocábulo “posição” (v.15) refere-se à sintaxe, entendida como 
disposição harmoniosa de partes ou elementos da frase. 
Comentário – Mais uma vez quero frisar que o contexto não deve ser 
desprezado durante a resolução de questões sobre o significado de palavras. 
No texto, a expressão “Moda ave” significa maneira ou modo distinto e 
peculiar como o menino vivia: de acordo com os hábitos de uma ave. 
O contato com vários alunos me fez perceber que muitos 
ficaram com dúvida em relação ao item “b”. Esclareço que o verbo pegar 
admite a ideia de um agente desencadeador da ação, sendo ele mesmo o 
responsável por ela. O verbo contrair sugere um sujeito paciente, alguém 
que é acometido de algo (independentemente da sua vontade). Este é o 
sentido no texto. 
Resposta – A 
A diferença na linguagem 
1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na 
arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos 
acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam 
4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.” 
Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, é preciso 
prestar ouvidos à voz original, adivinhar as diferenças de 
7 acento que a articulam e que se tornaram imperceptíveis no 
espaço homogêneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do 
 
 
 
 
 
 
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Gramático ou do Lógico deve subordinar-se a um ouvido 
10 atento à melodia que dá vida aos signos: estar surdo à 
modulação da voz significa estar cego às modalidades do 
sentido. Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a 
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da 
desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas 
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à 
16 linguagem. O que é importante notar aqui é que a oposição 
entre falar e escrever não se funda mais na oposição entre 
presença e ausência: não é a ausência do sujeito falante que 
19 desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos 
signos visuais. Se a essência da linguagem escapa à 
Gramática, é porque esta desdobra a linguagem num elemento 
22 essencialmente homogêneo. 
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130. 
19. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relação às ideias do texto 3, 
julgue (C ou E) o item a seguir. 
A palavra “acentos” (l.3) refere-se a sinais gráficos, ao passo que 
“acento” (l.7) designa qualidades como inflexão ou modulação. 
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