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Imobilização e Transporte de Acidentados

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Darlan Brasileiro
Igor Lima
Sarah Reis
Taynara Uchôa
 Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem 
Departamento de Enfermagem
Imobilização e Transporte de Acidentados
Objetivos
Conhecer a técnica adequada para cada tipo de transporte de pacientes acidentados;
Identificar os tipos de fratura pra aplicar a correta imobilização,de acordo, com o membro afetado
Acidente
 É um evento indesejável e inesperado que produz
 desconforto, ferimentos, danos, perdas humanas
 e ou materiais. 
Situações de Risco
Risco de explosão
Incêndio 
Choque elétrico
Vazamento de gases tóxicos
Animais
Temperaturas extremas: chuva, calor, frio
Risco de desabamentos e deslizamentos
Inundações
Violência
Imagem de acidento com poste
Fraturas
É a ruptura total ou parcial de estruturas ósseas;
Deve-se suspeitar de fratura, depois de um
acidente quando a vítima não puder realizar o
movimento normal de um segmento do corpo;
Todas as supostas fraturas ou lesões articulares
devem ser imobilizadas.
Causas
Colisões de veículos;
Mergulhos em locais rasos;
Quedas, principalmente em idosos;
Impactos violentos na cabeça
pescoço ou tronco;
Ejeção de veículos ou dispositivos de
transporte (bicicletas e skates, por exemplo).
Tipos de fraturas
Trauma Raquimedular
Trauma raquimedular é a lesão da medula espinhal que provoca alterações, temporárias ou permanentes, na função motora, sensibilidade ou função autonômica;
60% dos casos ocorram em indivíduos na faixa dos 15 aos 30 anos.
Sinais e sintomas
Dor intensa no local e que aumenta a movimentação;
Edema local e hematoma;
Deformidade;
Perda da função;
Crepitação.
Sinais e sintomas
Dor no pescoço e nas costas;
Dor a mobilização cervical ou dorsal;
Deformidade na coluna;
Paralisia;
Choque neurogênico;
Priapismo.
Imobilização
	Manter um membro, ou apenas um segmento de
 um membro, imóvel,em repouso, e
 em posição correta.
Objetivos
Propiciar a estabilidade das regiões afetadas;
Reduzir a dor do paciente;
Impedir lesões vasculares;
Impedir lesões neurológicas;
Permitir o transporte seguro
do paciente.
Peculiaridades
Região afetada;
Idade;
Lesões associadas;
Co morbidades. (Hemorragias, por exemplo)
Princípios básicos
Corte a roupa, a fim de descobrir a lesão e inspecione a região afetada procurando feridas abertas, deformidades, edemas e hematomas;
Remova anéis, braceletes, meias, sapatos e outros adereços que podem comprometer a vascularização da região afetada.
Princípios básicos
Cubra lesões abertas com bandagens estéreis ou panos limpos antes de aplicar a tal;
Procure estancar eventuais hemorragias;
 A imobilização deve ser feita de maneira anatômica, mas se não se conhece qual é posição anatômica de cada membro, o mais correto é acalmar a vítima, solicitando que ela evite movimentar-se.
Tala anatômica
Consiste em imobilizar a fratura com outra parte do corpo;
É feita amarrando ataduras, pedaços de pano ou sacos, entre
uma perna e outra, um dedo com outro ou braço contra o corpo.
Tala mole
	
	
	Consiste numa manta, toalha ou travesseiro que é dobrado e moldado em volta do lugar afetado.
Tale rígida
Consiste em utilizar uma tábua, papelão, revista, jornal ou caderno para imobilizar o lugar afetado.
Para que a tala fique no lugar, podem ser utilizadas ataduras, cintos, cadarços de sapatos, mangas de paletó e camisas.
Aplicar o Colar Cervical, nas vítimas de trauma, com técnica adequada.
O profissional deverá avaliar a região cervical, identificando possíveis contra-indicações para a colocação do colar cervical e retirar suavemente os adereços e vestimenta do pescoço para que estes não interfiram no procedimento. 
 Contra-indicações: 
- Objeto encravado no local de colocação do colar.
- Ferimento com sangramento intenso (fazer curativo compressivo antes da colocação do colar)
Não sendo identificado nenhuma contra-indicação;
1) O profissional (1) deverá fazer a estabilização manual e o alinhamento da coluna cervical para uma posição neutra. 
2) deverá fazer a medição e a colocação do colar cervical adequado. 
 
5) O profissional (2) deverá colocar o colar na vítima. 
5.1) Vítima sentada. 
-Colocar o colar cervical iniciando pela parte do queixo, deslizando o colar sobre o tórax da vítima até que 
seu queixo esteja apoiado firmemente sobre o colar (parte anterior). 
- Passar a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima até se encontrar com a parte anterior. 
- Ajustar o colar e prender o velcro observando uma discreta folga entre o colar e o pescoço da vítima. 
5.2) Vítima deitada 
- Passar a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima. 
- Colocar a parte anterior do colar cervical, encaixando no queixo 
da vítima de forma que esteja apoiado firmemente. 
- Ajustar o colar e prender o velcro observando uma discreta folga entre o colar e o pescoço da vítima. 
Vítima Deitada 
Vítima Sentada 
Observações
É importante lembrar, que neste momento, não se deve forçar a cabeça da vítima para trás, pois essa manobra poderá provocar a secção da medula, acarretando em lesão irreversível.
O uso isolado do colar não imobiliza adequadamente, portanto, o profissional (1) deverá manter a imobilização e o alinhamento da cervical até a colocação do paciente na prancha rígida e a fixação
dos estabilizadores de cabeça. 
Toda vítima encontrada inconsciente e que não haja informações precisas sobre a causa do problema que apresenta deve ser tratada como portadora de lesão raquimedular.
Imobilização de Cabeça
O sistema de imobilização de cabeça é um mecanismo que age na estrutura do crânio e sempre que possível tira partido da função de colar cervical, imobilizando, com vários tipos de flexibilidade, dependendo do tipo de colar utilizado, a cabeça do paciente
Fratura do crânio - Geralmente apresenta-se como uma rachadura, que só pode ser diagnosticada por raios X. Às vezes, é possível suspeitar de fratura craniana porque a vítima sangra ou segrega líquidos pelas orelhas, nariz e ouvidos, e/ou apresenta depressões (afundamentos), manhas roxas sob os olhos ou paralisia de uma pálpebra ou dos olhos. 
Fratura de mandíbula (maxilar inferior) - Essa fratura pode ser percebida devido a sintomas como estes: dificuldade para falar, alteração estética do queixo, dentes desalinhados e saliva com gotas de sangue. Proceda da seguinte forma:
1.Envolva a cabeça da vítima com uma atadura, passando-a sob o queixo, para que a mandíbula fique sustentada até que o médico chegue.
2.Previna a asfixia (devida a sangue, vômitos ou fragmentos de osso nas vias respiratórias), limpando a boca e o nariz da vítima.
Imobilização de Mandíbula
Imobilização de Nariz 
Imobilização da Bacia ou do Fêmur 
Fratura de Bacia
 O maior perigo desse tipo de fratura são os ferimentos na bexiga e outras vísceras da barriga. Proceda da seguinte forma:
Fratura de Coxa( Fêmur)
Use duas tábuas: uma, mais curta, será colocada na face interna do membro, da coxa até o pé; outra, mais comprida, na face externa. Fixe-as com ataduras largas em todo o seu comprimento, como mostra a figura:
Imobilização de Perna 
Imobilização Dorsal 
Fratura de costela 
 A vítima sente dor quando respira fundo, tosse ou espirra. Em acidentes graves, pode haver perfuração do pulmão ou outros órgãos. Proceda da seguinte forma:
1.Enfaixe o peito da vítima de modo firme, mas não apertado a ponto de prejudicar a respiração. Deixe livre a barriga, do diafragma para baixo (o diafragma está mais ou menos a meio palmo acima do umbigo).
2.O enfaixamento pode ser feito com tiras de pano, atando-se as extremidades com nós ou com tiras de esparadrapo, ou apenas com tiras largas de esparadrapo.
3.Se houver esmagamento do peito, coloque um travesseiro sobre o tórax, fixando-o com tiras de esparadrapo. Essa providência facilita
a respiração do acidentado.
Imobilização de Ombro
1.Dobre um pano (ou um lenço grande e quadrado) para fazer uma bandagem triangular, que será usada como tipóia 
2.Passe outra bandagem em torno do braço ferido, fixando-o ao tórax.
Fratura de cotovelo
Nunca dobre o braço de uma vítima com fratura nesse local. Imobilize como estiver, sem apertar muito.
Fratura do braço (úmero) e/ou do antebraço (rádio e cúbito)
1.Coloque dois apoios (pequenas tábuas, revistas etc) sobre cada face externa do membro: um no braço e outro no antebraço. Mantenha o membro junto ao corpo e ate-o com bandagens, envolvendo também o apoio.
2.Sustente o braço com uma tipóia
Resgate 
Primeiros socorros estabelece atendimento do acidentado no local de ocorrência da emergência, acidente ou problema clinico. 
Se o acidentado está se afogando, exposto a descargas elétricas, gases e outras substancia deve-se primeiro realizar o resgate do mesmo, porém priorizando sempre a segurança do socorrista e do acidentado. 
Transporte de acidentados
Um transporte mal-feito pode trazer danos irreversíveis à integridade física do acidentado.
Primeiro deve-se avaliar o Suporte Básico de Vida do acidentado e só então transportá-lo do local da ocorrência. 
Atenção!
O acidentado deve ser movimentado o menos possível
Arrancadas brutas e paradas súbitas no transporte devem ser evitadas
A respiração artificial ou a massagem cardíaca devem continuar durante o transporte, se forem necessárias.
Logo que a vítima estiver em cima da prancha, cada socorrista deve se posicionar em uma das extremidades da prancha
Recomendável nos casos de:
Vítima inconsciente
Estado de choque instalado
Grande queimado
Hemorragia abundante 
Envenenado, mesmo consciente.
Picado por animal peçonhento
Acidentado com fratura de membros inferiores, bacia ou coluna vertebral. 
Acidentados com luxação ou entorse nas articulações dos membros inferiores.
Escolha da Técnica
Paciente Traumático?
Consciente?
Inconsciente?
Paciente Não Traumático?
Consciente?
Inconsciente?
Paciente Não Traumático Consciente
Transporte de apoio
Com um ou dois socorristas, utilizado em paciente conscientes e capazes de deambular, geralmente com vertigem ou ferimentos leves.
Transporte nas costas 
Feito com apenas um socorrista, é usado para remoção de pessoas envenenadas ou com entorses e luxações dos membros inferiores, previamente imobilizados.
Paciente Não Traumático Consciente
Transporte de cadeirinha
As duas pessoas erguem-se lentamente, com a vítima sentada na cadeira improvisada.
Paciente Não Traumático Consciente
Paciente Não Traumático Inconsciente
Transporte ao Colo
Técnica com um socorrista, em pacientes conscientes (envenenamento ou picada de animais peçonhentos) ou inconscientes (fraturas, exceto coluna vertebral).
Transporte ao colo
Técnica com dois ou três socorristas: O acidentado pode ser um fraturado ou luxado de membro superior ou inferior, e o membro afetado deve sempre ficar para o lado do corpo das pessoas que estão socorrendo.
Paciente Não Traumático Inconsciente
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Transporte de bombeiro
Este transporte pode ser aplicado em casos que não envolvam fraturas e lesões graves. É um meio de transporte eficaz e muito útil, se puder ser realizado por uma pessoa ágil e fisicamente capaz.
Paciente Não Traumático Inconsciente
Transporte de arrasto em lençol
Apoiar a cabeça do lado da extremidade do lençol que será puxado, suspende-se um pouco e arrasta-se a pessoa. 
Paciente Não Traumático Inconsciente
Transporte pelas extremidades
Uma das pessoas que estão prestando os primeiros socorros segura com os braços o tronco da vítima, passando-os por baixo das axilas da mesma. A outra, de costas para o primeiro, segura as pernas da vítima com seus braços.
Transporte de cadeira
Nesse caso uma pessoa segura a parte da frente da cadeira, onde os pés se juntam ao assento. O outro segura lateralmente os espaldares da cadeira pelo meio. A cadeira fica inclinada para trás, pois a pessoa da frente coloca a borda do assento mais alto que a de trás. Muito importante que a vítima não caia. 
Transporte de maca
A maca é o melhor meio de transporte.
Se a vitima tiver em decúbito ventral, transportá-la dessa maneira.
 Pode-se utilizar uma tábua larga e rígida ou mesmo uma porta como maca.
 	No caso de fratura da coluna cervical o acidentado só pode ser transportado nos casos de iminência de perigo para ele e socorrista.
Colar Cervical
Para imobilizar parcialmente a coluna cervical da vítima, emprega-se um dispositivo de resistente que envolve o seu pescoço como se fosse um colar. O colar cervical, isoladamente, não imobiliza o pescoço, apenas limita os movimentos de flexão.
Colar Cervical
Rolamento
São manobras que servem para colocar as vítimas sobre a tábua de transporte .
O princípio básico dos rolamentos é a mobilização da vítima como um todo, em monobloco. Deve-se tomar cuidado especial com o alinhamento da coluna da vítima, em todos os seus segmentos.
Rolamento de 90º
O rolamento a 90 graus permite que uma vítima em decúbito dorsal seja rolada para que se posicione a tábua de transporte sob a mesma
Rolamento de 180º
o rolamento a 180 graus permite que a vítima em decúbito ventral seja primeiramente rolada a 90 graus e depois seja colocada sobre a tábua de transporte.
Referencias
 Cardoso, T.A.O. Manual de Primeiros Socorros do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Ministério da Saúde. Rio de Janeiro, 188p. 1998.
 Manual para Monitores em Primeiros Socorros. PETROBRÁS - Petróleo Brasileiro S.A. [s/a].
Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro.Fundação Oswaldo Cruz, 2003.

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