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TRAUMA E ATLS

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AULA 1 – CIRURGIA DO TRAUMA, PHTLS E ATLS 
DANIELA FRANCO 
1. PRINCÍPIOS DO ATENDIMENTO 
INICIAL AO POLITRAUMATIZADO 
• Garantir a segurança dos socorristas e da 
vítima 
• Avaliar a situação para determinar a 
necessidade de recursos adicionais 
• Reconhecer a cinemática envolvida nas lesões 
• Reconhecer as lesões com risco à vida já no 
exame primário 
• Manter a coluna cervical estabilizada enquanto 
se faz o atendimento adequado das vias 
respiratórias 
• Providenciar suporte ventilatório e oferecer 
oxigênio para manter a saturação (SatO2 ) 
acima de 95% 
• Controlar toda a hemorragia externa 
significativa 
• Tomar as medidas iniciais para o tratamento 
do choque, incluindo a restauração e a 
manutenção da temperatura normal do 
organismo e a imobilização adequada nas 
lesões musculoesqueléticas 
• Quando se tratar de pacientes traumatizados 
graves, iniciar o transporte para o hospital 
apropriado mais próximo dentro de 10 
minutos após a chegada ao local 
• A caminho do hospital, iniciar a reposição de 
volume com soluções aquecidas, se necessário. 
 
O tratamento de um doente vítima de trauma 
grave requer avaliação rápida das lesões e 
instituição de medidas terapêuticas de suporte de 
vida. Visto que o tempo é essencial, é desejável 
uma abordagem sistematizada, que possa ser 
facilmente revista e aplicada. Esse processo é 
denominado "avaliação inicial" e inclui: 
• Preparação 
• Triagem 
• Avaliação primária (ABCDE) 
• Reanimação 
• Medidas auxiliares à avaliação primária e à 
reanimaçao 
• Considerar a necessidade de transferência do 
doente 
• Avaliação secundária (da cabeça aos pés) e 
história 
• Medidas auxiliares à avaliação secundária • 
Reavaliação e monitoração contínuas após a . - 
rean1maçao 
• Tratamento definitivo 
 
CONCEITO: ATLS (é um protocolo em que seus 
princípios orientam a avaliação e a reanimação do 
doente traumatizado, baseando no método 
mnemônico ABCDE onde define as avaliações e 
intervenções específicas e organizadas que devem 
ser seguidas em todos os doentes traumatizados 
grave. 
A – via aérea e estabilização da coluna cervical 
B – ventilação 
C – circulação e hemorragia 
D – disfunção neurológica 
E – exposição e controle do ambiente com 
prevenção da hipotermia. 
 
- Se o paciente se encontrar instável após a 
realização do ABCDE, realizá-lo novamente. Os 
princípios do ATLS orientam a avaliação e a 
reanimação do doente traumatizado. É necessário 
o julgamento adequado para determinar quais 
procedimentos são necessários, pois nem todos os 
doentes necessitam de todos esses 
procedimentos. Baseia-se em seguir a sequência 
de atendimento inicial ao politraumatizado 
(ABCDE) com objetivo de: 
• Trata primeiro a maior ameaça a vida 
• A falta de diagnostico definitivo nunca deve 
impedir a aplicação do tratamento indicado 
• A historia detalhada não é essencial para iniciar a 
avaliação do traumatizado 
Assim, o método mnemônico ABCDE define as 
avaliações e intervenções específicas e organizadas 
que devem ser seguidas em todos os doentes 
traumatizados grave. 
 
1º- Preparação: 
a. Pré – Hospitalar: os principais focos da 
abordagem são manutenção de via aérea pérvia, 
controle de hemorragia externa e choque, 
imobilização do paciente e transporte imediato ao 
hospital mais apropriado (o qual deve ser 
notificado antes do transporte; dados como hora 
do trauma, mecanismos do trauma |que irão 
fornecer dados da intensidade da lesão e sugerir 
até mesmo traumas específicos| e história do 
paciente). 
1. Avaliar o cenário. 
2. Realizar uma avaliação inicial. 
3. Fazer intervenções críticas e decisão da remoção 
na triagem. 
4. Transportar o paciente. 
 
b. Hospitalar: planejamento antecipado à chegada 
do paciente com preparo de materiais e da equipe. 
 
2º- Triagem: classificar o paciente de acordo com 
o tratamento e recursos necessários, visando 
transferência para hospital capaz de atendê-lo. O 
tratamento prestado deve ser baseado nas 
prioridades ABC (Via aérea e proteção da coluna 
cervical, Ventilação, Circulação com controle da 
hemorragia) 
 
a. Múltiplas vítimas: quando o número de 
pacientes e a gravidade das lesões não excedem a 
capacidade de atendimento do hospital. Nesse 
caso, pacientes com maior risco de vida e/ou 
traumas multissistêmicos serão atendidos 
primeiro. 
 
b. Vítimas em massa: quando o número de 
pacientes e a gravidade das lesões excedem a 
capacidade de atendimento do hospital, pacientes 
com maior possibilidade de sobrevida deverão ser 
atendidos primeiro. Separar por cor, START 
 
A. ASPECTOS LEGAIS 
- Omissão de socorro 
O registro meticuloso com documentação 
cronológica de todos os eventos é muito 
importante. Frequentemente, vários médicos 
cuidam do doente. Um registro preciso é essencial 
para permitir avaliar suas necessidades e seu 
estado clínico. Durante a fase de reanimação, um 
registro acurado pode ser facilitado se um membro 
da equipe de enfermagem assumir a 
responsabilidade única e integral de coletar e 
registrar todas as informações pertinentes. 
Problemas médico-legais ocorrem 
frequentemente e um registro preciso dos fatos 
ajuda em todos os aspectos. Registros cronológicos 
através de fluxogramas facilitam tanto o médico 
atendente como o médico consultor na rápida 
identificação de alterações nas condições do 
doente. O consentimento deve ser conseguido, se 
possível, antes de se instaurar o tratamento. 
 
Nos casos com risco à vida, frequentemente não é 
possível obter esse consentimento prévio. Nesses 
casos, o tratamento deve ser iniciado primeiro e o 
consentimento obtido depois. Caso se suspeite que 
uma lesão tenha sido decorrente de atividade 
criminosa, a equipe de atendimento deve 
preservar as evidências. Todos os itens, como 
roupas e projéteis, devem ser guardados para a 
polícia. As determinações laboratoriais dos níveis 
sanguíneos de álcool e de outras drogas podem ser 
particularmente pertinentes e possuem 
implicações legais substanciais. 
 
É crime deixar de atender pessoas em situações de 
vulnerabilidade (art. 135 cód. Penal). Porém caso 
haja risco para o socorrista ele pode negar 
atendimento. 
 
A função de quem está fazendo o socorro é: 
1. Contatar o serviço de atendimento emergencial. 
2. Fazer o que deve ser feito no momento certo, 
afim de: a. Salvar uma vida b. Prevenir danos 
maiores 
3. Manter o acidentado vivo até a chegada deste 
atendimento. 
4. Manter a calma e a serenidade frente a situação 
inspirando confiança. 
5. Aplicar calmamente os procedimentos de 
primeiros socorros ao acidentado. 
6. Impedir que testemunhas removam ou 
manuseiem o acidentado, afastando-as do local do 
acidente, evitando assim causar o chamado 
"segundo trauma", isto é, não ocasionar outras 
lesões ou agravar as já existentes. 
7. Ser o elo das informações para o serviço de 
atendimento emergencial. 
8. Agir somente até o ponto de seu conhecimento 
e técnica de atendimento. Saber avaliar seus 
limites físicos e de conhecimento. Não tentar 
transportar um acidentado ou medicá-lo. 
B. SEGURANÇA 
É importante observar rapidamente se existem 
perigos para o acidentado e para quem estiver 
prestando o socorro nas proximidades da 
ocorrência. Por exemplo: fios elétricos soltos e 
desencapados; tráfego de veículos; andaimes; 
vazamento de gás; máquinas funcionando. Devem-
se identificar pessoas que possam ajudar. Deve-se 
desligar a corrente elétrica; evitar chamas, faíscas 
e fagulhas; afastar pessoas desprotegidas da 
presença de gás; retirar vítima de afogamento da 
água, desde que o faça com segurança para quem 
está socorrendo; evacuar área em risco iminente 
de explosão ou desmoronamento. 
JAMAIS SE EXPONHA A RISCOS. Utilizar luvas 
descartáveis e evitar o contato direto com sangue, 
secreções, excreções ou outros líquidos. Existem 
várias doenças que são transmitidas através deste 
contato 
C. CENÁRIO 
Ao chegar ao local de um acidente, ou ondese 
encontra um acidentado, deve-se assumir o 
controle da situação e proceder a uma rápida e 
segura avaliação da ocorrência. Deve-se tentar 
obter o máximo de informações possíveis sobre o 
ocorrido. Dependendo das circunstâncias de cada 
acidente, é importante também: 
a) Evitar o pânico e procurar a colaboração de 
outras pessoas, dando ordens breves, claras, 
objetivas e concisas; 
b) Manter afastados os curiosos, para evitar 
confusão e para ter espaço em que se possa 
trabalhar da melhor maneira possível. Antes de 
qualquer procedimento, avaliar a cena do acidente 
e observar se ela pode oferecer riscos, para o 
acidentado e para você. 
EM HIPÓTESE NENHUMA PONHA SUA PRÓPRIA 
VIDA EM RISCO. 
Ambiente Pré Hospitalar: Equipe atende a vitima 
no local do acidente. É preciso comunicar sua 
transferenia para o hospital 
 
 
D. TOMADA DE DECISÕES 
A triagem envolve a classificação dos doentes de 
acordo com o tipo de tratamento necessário e os 
recursos disponíveis. O tratamento prestado deve 
ser baseado nas prioridades ABC. 
A triagem também se aplica à classificação dos 
doentes no local e à escolha do hospital para o qual 
o doente deverá ser transportado. 
Em incidentes com múltiplas vítimas, embora 
exista mais que uma vítima, o número de doentes 
e a gravidade das lesões não excedem a capacidade 
de atendimento do hospital. Nessa situação, os 
doentes com risco de vida iminente e os doentes 
com traumatismos multissistêmicos serão 
atendidos primeiro. Em eventos com vítimas em 
massa, o número de doentes e a gravidade das 
lesões excedem a capacidade de atendimento da 
instituição e da equipe. Nessa situação, os doentes 
com maiores possibilidades de sobrevida cujo 
atendimento implique menor gasto de tempo, de 
equipamentos, de recursos e de pessoa, serão 
atendidos primeiro. 
E. AVALIAÇÃO E TRATAMENTO 
I. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
Uma rápida avaliação do A, B, C e D no doente 
traumatizado pode ser obtida quando você se 
apresenta, perguntando ao doente seu nome e o 
que aconteceu. Uma resposta apropriada sugere 
que não há comprometimento grave da via aérea 
(habilidade para falar claramente), a ventilação 
não está comprometida gravemente (habilidade 
para gerar movimento aéreo que permita falar) e 
não há maior diminuição do nível de consciência 
(alerta suficientemente para descrever o que 
aconteceu). A falha na resposta a essas questões 
sugere anormalidades no A, B ou C, que implicam 
avaliação e tratamento urgentes. 
Consiste na avaliação rápida e no tratamento do 
doente (reanimação), segundo prioridades, 
baseadas no mecanismo de trauma, nos sinais 
vitais e nas lesões. Durante o exame primário, a 
avaliação e a reanimação são simultâneas, isto é, à 
medida que vão sendo identificadas (avaliação), as 
lesões com risco de vida são corrigidas 
(reanimação). Avaliação e reanimação são feitas 
segundo as prioridades expressas nos ABCDEs. As 
prioridades são as mesmas para todos os doentes. 
OBS: As populações de doentes que necessitam de 
considerações especiais são as crianças, grávidas, 
idosos, atletas e obesos. 
Sinais de gravidade mais comuns no paciente 
traumatizado: 
• Via aérea inadequada ou com risco de 
obstrução 
• Frequência respiratória muito alta ou muito 
baixa SatO2 < 95% com O2 suplementar 
adequado 
• Dispneia Pneumotórax aberto ou tórax instável 
• Hemorragia externa significativa 
• Choque 
• Escala de coma de Glasgow < 13 
• Crises convulsivas 
• Déficit motor ou sensitivo 
• Anisocoria 
• Ferimentos penetrantes em cabeça, pescoço, 
tórax, abdome ou região proximal dos 
membros. 
VIAS AÉREAS COM PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL 
(AtRWAY) A manutenção da permeabilidade das 
vias aéreas é a maior prioridade ao avaliar o doente 
traumatizado e tratá-lo. Devem ser procurados 
sinais de obstrução de vias aéreas, que incluem a 
presença de corpos estranhos (prótese dentária, 
dentes, sangue, vômitos) ou fraturas de face, 
laringe ou traquéia. O doente que fala sem 
dificuldade e sem disfonia não tem problema de 
vias aéreas; se apresenta estridor, rouquidão ou 
qualquer ruído respiratório anormal, ou respira 
com dificuldade, pode ter as vias aéreas 
obstruídas. O doente inconsciente, em decúbito 
dorsal, pode ter obstrução de vias aéreas por 
queda da língua. Igualmente pode ter obstrução 
por vômitos, que podem ser seguidos de aspiração. 
As principais causas de obstrução das vias aéreas 
no traumatizado são: queda da língua, no doente 
inconsciente, trauma direto das vias aéreas, corpo 
estranho e edema de glote, provocado por 
queimadura ou tentativa de intubação sem 
sucesso. Além da monitoração clínica pode-se 
avaliar muito bem a oxigenação do doente com a 
colocação do oxímetro de pulso (95%). 
As manobras para garantir a permeabilidade das 
vias aéreas vão desde a simples aspiração de 
sangue ou secreções até à obtenção de via aérea 
definitiva, que pode ser feita por intubação 
orotraqueal ou nasotraqueal ou por 
cricotireoidostomia por punção ou cirúrgica. Em 
nosso país, a obtenção de via aérea definitiva só 
pode ser feita por médico. Define-se via aérea 
definitiva como a colocação na traquéia de cânula 
com balonete (cufj). O balonete inflado permite 
uma melhor ventilação e oxigenação, e evita a 
aspiração. 
O doente com comprometimento grave do nível de 
consciência (coma, ou seja, pontuação de 8 ou 
menos na escala de coma de Glasgow) necessita de 
via aérea definitiva, mesmo que esteja, 
aparentemente, respirando muito bem. Nesse 
doente, a via aérea está sempre em risco de 
obstrução, devendo providenciar-se, logo que 
possível, uma via aérea definitiva. Em muitos 
doentes, a aspiração das vias aéreas, associada a 
manobras manuais simples de elevação do mento 
(chin lift) ou tração da mandíbula (jaw thrust), 
permite a permeabilização das vias aéreas, 
elevando a base da língua (Figuras 16.3 e 16.4). 
Doentes inconscientes podem beneficiar-se do uso 
da cânula orofaríngea Guedel, que não pode ser 
usada no doente consciente, por induzir ao vômito, 
devendo, nessa situação, ser substituída pela 
cânula nasofaríngea. 
 
A cânula nasofaríngea é contra-indicada nos 
doentes com sinais clínicos de fratura de base de 
crânio (equimose bipalpebral, equimose na 
mastóide, liquorragia e hemotimpano na 
otoscopia). A decisão de realizar a abordagem 
definitiva da via aérea leva em conta os seguintes 
aspectos clínicos: ocorrência de apnéia, 
impossibilidade de permeabilizar a via aérea com 
outro método, risco de aspiração, 
comprometimento da via aérea por lesão direta, 
edema ou hematoma, presença de coma por 
trauma. 
Quando intubar: apneia, proteção de vias aéreas 
inferiores com aspiração de sangue ou conteúdo 
gástrico, comprometimento iminente das vias, TE 
necessário para hiperventilação ou incapacidade 
de manter ventilação adequada com ventilação 
por máscara. 
 
 RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO 
Uma boa ventilação exige um funcionamento 
adequado dos pulmões, da parede torácica e do 
diafragma. O pescoço e o tórax do doente devem 
ser expostos para avaliar adequadamente a 
distensão de veias jugulares, a posição da traqueia 
e a movimentação da parede torácica. A ausculta 
deve ser realizada para se confirmar o fluxo de ar 
nos pulmões. A inspeção visual e a palpação 
poderão detectar lesões da parede do tórax 
capazes de comprometer a ventilação. A percussão 
do tórax também pode identificar anormalidades, 
mas no ambiente barulhento da reanimação, isso 
pode ser difícil ou levar a resultados não confiáveis. 
As lesões que podem prejudicar gravemente a 
ventilação num curto prazo são: o pneumotórax 
hipertensivo, o tórax instável (retalho costal 
móvel) com contusão pulmonar, o hemotórax 
maciço e o pneumotórax aberto. O hemotórax ou 
o pneumotórax simples, as fraturas de arcos 
costais e a contusão pulmonar grau menor. 
CIRCULAÇÃO 
Os principaisfatores circulatórios a considerar são 
volume sanguíneo, débito cardíaco e hemorragia. 
Identificação e a parada da hemorragia são passos 
cruciais na avaliação e tratamento desses doentes. 
Uma vez descartado o pneumotórax hipertensivo 
como causa de choque, a hipotensão em doentes 
traumatizados deve ser considerada hipovolêmica 
até prova em contrário. E essencial a avaliação 
rápida e precisa do estado hemodinâmico do 
doente traumatizado. Os elementos clínicos que 
oferecem informações importantes dentro de 
poucos segundos são o nível de consciência, a cor 
da pele (acinzentada da face e a pele 
esbranquiçada das extremidades) e o pulso (Pulso 
rápido e filiforme é habitualmente um sinal de 
hipovolemia) 
Principais áreas hemorrágicas: tórax, abdome, 
retroperitônio, bacia e ossos longos. 
Sinais de choque: Agitação, confusão Taquicardia 
Taquipneia Diaforese Extremidades mosqueadas, 
frias Pulsos distais fracos Pressão de pulso 
diminuída Débito urinário diminuído Hipotensão 
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA 
No final da avaliação primária, realiza-se uma 
avaliação neurológica rápida. Esta avaliação 
neurológica estabelece o nível de consciência do 
doente, o tamanho e reatividade das pupilas, sinais 
de lateralização e o nível de lesão da medula 
espinhal. A GCS é um método rápido e simples para 
determinar o nível de consciência e que permite 
prever a evolução do doente. 
EXPOSIÇÃO, COM CONTROLE DO AMBIENTE 
Toda a roupa do doente deve ser tirada para que 
ele possa ser completamente examinado. Deve 
haver o controle da temperatura ambiente, para 
evitar que o doente sofra hipotermia. A reposição 
volêmica é também causa de hipotermia. 
Antes de prosseguir com o exame secundário, deve 
ser feita reavaliação dos ABCDEs para verificar a 
situação atual do doente. 
II. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
A avaliação secundária só deve ser iniciada depois 
de completar a avaliação primária (ABCDE) e 
quando as medidas indicadas para a reanimação 
tiverem sido adotadas e o doente demonstrar 
tendência para normalização de suas funções 
vitais. A avaliação secundária é um exame do 
doente traumatizado da cabeça aos pés, isto é, 
uma história clínica e um exame físico completos, 
incluindo a reavaliação de todos os sinais vitais. 
Cada região do corpo deve ser examinada por 
completo. A possibilidade de passar despercebida 
uma lesão ou de não se dar o real valor a uma lesão 
é grande, principalmente em doentes que não 
respondem a estímulos ou que se encontram 
instáveis. 
Na avaliação secundária deve ser feito um exame 
neurológico completo, incluindo a determinação 
do escore na GCS. Durante essa avaliação, devem 
ser feitas as radiografias indicadas. Procedimentos 
especiais, como exames radiológicos específicos e 
estudos laboratoriais, são também providenciados 
durante essa fase. Uma avaliação completa do 
doente exige a realização de exames físicos 
repetidos. 
HISTÓRIA incluir a história do mecanismo do 
trauma. Usar o AMPLA: 
Alergia 
Medicamentos de uso habitual 
Passado médico 
Líquidos e alimentos ingeridos recentemente 
Ambiente e eventos relacionados ao trauma 
 
MECANISMO DO TRAUMA 
Trauma Fechado é resultado de colisões 
automobilísticas, quedas e outras lesões 
relacionadas a transporte, recreação ou trabalho. 
A ejeção da vítima aumenta sobremaneira as 
possibilidades de lesões graves. 
Trauma Penetrante Os fatores determinantes do 
tipo e da extensão da lesão e do subsequente 
tratamento dependerão da região do corpo que foi 
lesada, dos órgãos próximos ao trajeto do objeto 
penetrante e da velocidade do projétil. 
Lesões Térmicas resultante de um incêndio em 
automóvel, explosões, queda de fragmentos 
incandescentes, tentativa de fuga do fogo. As 
lesões por inalação ou a intoxicação por monóxido 
de carbono frequentemente complicam as lesões 
das queimaduras. 
 
Durante a avaliação secundária, o exame físico 
segue a sequência da cabeça, estruturas 
maxilofaciais, pescoço e coluna cervical, tórax, 
abdome, períneo/reto/vagina, sistema 
musculoesquelético e sistema neurológico. 
 
2. IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL 
A proteção da coluna cervical inclui o uso de colar 
cervical rígido e a manutenção da técnica de 
rolamento em bloco para movimentar o paciente 
como um todo. A proteção da coluna durante o 
transporte do paciente pode ser aumentada pelo 
uso de prancha longa, porém os pacientes devem 
ser removidos destes aparelhos em pouco tempo 
após a chegada no serviço de emergência para 
prevenir o desenvolvimento de feridas por 
pressão, que podem ocorrer dentro de curto 
período de tempo. 
A. RETIRADA CORRETA DO CAPACETE 
1. O primeiro socorrista ajoelha-se atrás da cabeça 
do doente. Numa posição o mais estável possível, 
segura, com as palmas das mãos o capacete e 
mantém-no nessa posição, fixando as pontas dos 
dedos no rebordo do capacete. 
2. O segundo socorrista, ajoelha-se ao lado do 
acidentado, no nível do tórax e desaperta ou corta 
se necessário, a fita de queixo do capacete. Abre a 
viseira do capacete se ela estiver fechada. 
3. Depois de se certificar do tipo de capacete e de 
todas as manobras que vai ter que efetuar para 
retirar, o segundo socorrista segura o crânio do 
acidentado, colocando uma mão no occipital e a 
outra sobre a boca do acidentado por forma a fazer 
pressão com o dedo indicador e o polegar sobre os 
ossos que formam as maçãs do rosto. 
4. Depois de ter garantida uma posição estável, o 
primeiro que pode começar a retirar o capacete. O 
tipo de manobra a fazer depende do tipo de 
capacete (integral, sem proteção facial, de 
abertura frontal). O capacete é retirado fazendo 
pequenos movimentos frente/traseira. Puxar com 
delicadeza! 
5. Quando o bordo inferior do capacete (integral) 
atingir o nível do nariz, diminua a amplitude dos 
movimentos frente/traseira. Continue a retirar o 
capacete tendo, no entanto atenção para não 
levantar involuntariamente a cabeça do 
acidentado. Prossiga a manobra até retirar 
completamente o capacete. Lembre-se, no 
entanto que pode haver cabelos emaranhados no 
capacete. Se tratar de alguém com cabelos 
compridos, o socorrista que segura à cabeça, pode 
juntá-los ao crânio no momento em que coloca a 
mão no occipital. 
6. Quando o capacete tiver sido retirado, o 
segundo socorrista deverá manter a cabeça na 
posição inicial até iniciar o alinhamento cervical, 
nos casos em que for indicado. 
7. O primeiro socorrista coloca, então, as mãos 
abertas de cada um dos lados da face do paciente, 
por forma a que os seus dedos polegares fiquem 
sobre os ossos que formam as maçãs do rosto e os 
restantes dedos sobre o occipital, garantindo assim 
o alinhamento neutro e estável da coluna do 
paciente. 
8. O segundo socorrista só abandona a posição 
quando é informado pelo colega que a cabeça do 
paciente está segura. Então, seleciona o colar 
cervical “MIAMI J” da medida apropriada e executa 
a sua aplicação. 
 
B. COLAR CERVICAL 
I. TAMANHOS 
A medida do tamanho do colar cervical: a distância 
entre o ombro e o queixo do paciente. Quando o 
paciente estiver em posição neutra cervical, use 
seus dedos para visualizar a distância entre o 
ombro e o queixo. Você pode utilizar seus dedos 
para escolher o tamanho do colar cervical mais 
adequado para o paciente. 
 
O colar cervical apresenta vários tamanhos, cujos 
velcros tem cores específicas, conforme Tabela 
(isso facilita, prontamente, a equipe a localizar o 
colar cervical). 
 
▪ Neonatal–rosa; 
▪ Pediátrico–lilás; 
▪ Pequeno8cm–azul; 
▪ Médio10cm–laranja; 
▪ Grande12cm–verde; 
▪ Colar regulável 
pediátrico–amarelo; 
▪ Colar regulável adulto 
–azul. 
 
Uma vez colocado o colar cervical, mantenha o 
paciente na prancha rígida (ou em uma superfície 
rígida), e coloque o coxim lateral de cabeça. O colar 
cervical é um excelente dispositivo auxiliar na 
imobilização,porém não limita completamente os 
movimentos laterais e de flexão-extensão, 
devendo, portanto ser utilizado em conjunto com 
o imobilizador de cabeça e o dispositivo de fixação 
dotronco. 
 
Imobilização: 
Coxim Lateral de Cabeça: Se levar em consideração 
o dispositivo de imobilização, este deve imobilizar 
de tal forma que não permita movimentos para 
cima, baixo, direita e esquerda. Neste dispositivo a 
cabeça deverá estar fixada, impedindo desta forma 
a mobilização da coluna vertebral 
Avaliação radiológica se: idade > 65 anos, 
parestesias em extremidades, mecanismo perigoso 
de trauma, sobrecarga axial sobre a cabeça, colisão 
e incapacidade de rodar o pescoço para direita e 
esquerda 
II. TÉCNICAS 
Em vítima sentada: 
1. Socorrista se posiciona atrás da vítima. 
2. Inicia a estabilização da coluna cervical apoiando 
os polegares na região occipital da vítima. 
3. A mandíbula é fixada com o restante das mãos. 
4. Alinhe manualmente a cervical fazendo tração 
longitudinal leve. Esse movimento deve conduzir a 
cabeça da vítima até o alinhamento total 
anteroposterior e lateral. 
5. O segundo socorrista posiciona o colar cervical 
por baixo da mandíbula da vítima. 
6. Apoia a extremidade inferior do colar no 
esterno/manúbrio esternal. 
7. O primeiro socorrista retira os dedos indicador e 
médio e vai deslizando as mãos para a região 
posterior enquanto o colar vai sendo posicionado. 
8. Envolver totalmente o pescoço e pressionar 
levemente as porções laterais do colar garantindo 
o ajuste adequado. 
9. Posicionar a tira de velcro para fixar o colar. 
 
Em vítima deitada: 
1. O primeiro socorrista posiciona-se atrás da 
cabeça da vítima, apoiando os polegares na 
mandíbula e os outros dedos ao longo do crânio a 
partir do occipital. 
2. O segundo socorrista posiciona primeiro a parte 
posterior do colar por trás do pescoço. 
3. Trás a parte anterior do colar para a frente do 
pescoço e posiciona-o na linha média. 
4. Posiciona o colocar, comprime levemente nas 
laterais e fecha o velcro. 
 
OBS: Critérios para retirada do colar cervical 1) 
Consciente e orientado 2) Ausência de déficits 
motores e sensitivos 3) Ausência de dor a palpação 
da coluna 4) Ausência de dor na mobilização ativa 
5) RX normal/ TC/ RM 
 
C. HEAD BLOCKS 
Anteparos laterais que 
permitem uma imobilização 
completa do pescoço. 
Confeccionado em espuma 
revestida de um material 
impermeável e lavável. Sem 
movimentação lateral. 
3. IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA TOTAL 
Se levar em consideração o dispositivo de 
imobilização, este deve imobilizar de tal forma que 
não permita movimentos para cima, baixo, direita 
e esquerda. Neste dispositivo a cabeça, tórax e 
membros inferiores deverão estar fixados, 
impedindo desta forma a mobilização da coluna 
vertebral. O dispositivo mais utilizado em nosso 
meio é a prancha longa. 
A. PRANCHA RÍGIDA 
Dispositivo mais comum para imobilização da 
coluna total; usada principalmente para transporte 
do que imobilização com a técnica rolamento em 
bloco, a cavalera e pranchamento em pé. Mais de 
2h de permanência na mesma, aumenta o risco por 
escaras de decúbito. 
É o equipamento indicado para a remoção de 
vítimas encontradas em decúbito (deitadas). 
Eventualmente, pode ser utilizada como suporte 
secundário quando outros materiais são 
empregados. 
A maioria das pranchas encontradas no mercado 
suporta até 150 Kg. A vítima deve ser fixada na 
prancha por, pelo menos, três cintos (tirantes), que 
devem estar posicionados nos ombros, no quadril 
e acima dos joelhos. Após o ajuste do tronco e das 
pernas, fixa-se a cabeça. Só neste momento pode-
se liberar a imobilização manual. As técnicas para 
colocação de pacientes na prancha longa devem 
respeitar a estabilização da coluna vertebral, 
movimentando a vítima em bloco. As mais 
utilizadas são as manobras de rolamento em bloco, 
a cavaleira e pranchamento em pé. 
B. OUTROS DISPOSITIVOS 
O KED (Kendrick Extrication Device) é um 
dispositivo utilizado na imobilização da coluna 
cervical, vertebral e lombar em uma posição 
anatômica, permitindo que a vítima seja 
imobilizada, extricada e transportada na posição 
sentada Maca cesto (resgate em locais de difícil 
acesso) 
C. TÉCNICAS 
Sempre manter a cabeça em linha neutra através 
da imobilização manual e todas as manobras 
comandadas pelo socorrista LIDER, normalmente o 
que está imobilizando a cabeça. Vários métodos de 
se colocar o paciente sobre a prancha longa são 
descritos, o mais utilizado é o de rolar lenha. 
ROLAR LENHA: 
1. Enquanto a imobilização em linha neutra é 
mantida pelo socorrista na cabeça do paciente, um 
colar cervical é aplicado e a prancha longa é posta 
ao lado do paciente e o mesmo é preparado para 
rolar lenha. 
2. Um segundo socorrista ajoelha-se ao lado do 
tórax do paciente e um terceiro socorrista 
ajoelhase ao lado do segundo ao nível dos joelhos 
do paciente. Os braços são posicionados colados 
ao corpo do paciente e com as palmas voltadas 
para o paciente enquanto as pernas são trazidas 
juntas para o alinhamento neutro pelo terceiro 
socorrista. Ficam nesta etapa os joelhos dos 
socorristas apoiando a lateral do paciente e então 
estes dois socorristas irão segurar a lateral oposta 
do paciente, um segurando com uma mão o ombro 
e com a outra a mão a pélvis do paciente e a outra 
a coxa lateral superior e a perna lateral inferior ao 
joelho contralateral àquele fixado por suas pernas. 
O paciente fica desta forma comprimido pelos 
segundo e terceiro socorristas. 
3. Ao comando do socorrista que está na cabeça, 
todos de forma sincronizada promoverão a rotação 
em bloco do paciente, permitindo que com a 
inclinação conseguida se posicione a prancha longa 
sob o paciente. 
4. Então o paciente é rolado de volta sobre a 
prancha longa, também de forma sincronizada e 
em bloco, preservando o alinhamento em posição 
neutra da coluna vertebral. Todos os 
reposicionamentos necessários deverão ser 
sincronizados e ao comando do socorrista líder. 
OBS: Rolamento de 180 graus: É utilizada em 
vítimas que se encontram em decúbito ventral. O 
socorrista posiciona ajoelhado atrás da cabeça da 
vítima e estabiliza a cabeça e pescoço. A prancha é 
posicionada no lado para qual a vítima será rolada. 
Os outros dois socorristas se posicionam 
ajoelhados sobre a prancha, no nível dos ombros e 
dos quadris. Os membros devem ser alinhados. 
Após comando verbal, é feito meio rolamento na 
direção da prancha, ficando a vítima de lado. Os 
dois socorristas saem da prancha ficando sobre o 
solo. Ao novo comando, completam o rolamento, 
deitando a vítima sobre a prancha. Coloca-se 
então, o colar cervical e completa-se a 
imobilização. 
ELEVAÇÃO A CAVALEIRO Indicada em locais 
estreitos. Um socorrista posiciona-se a cavaleiro 
nível do tórax do paciente, estabilizando 
manualmente sua cabeça e seu pescoço. O colar 
cervical é aplicado por outro socorrista. Posiciona-
se a prancha próximo aos pés da vítima, no sentido 
de orientação de seu corpo. Outro socorrista 
posiciona-se o cavaleiro sobre a vítima no nível do 
seu quadril e outro no nível dos pés. Promove 
então, alinhamento dos membros, no eixo do 
corpo e, ao comando, a pessoa é elevada em bloco, 
cerca de 20 cm. O socorrista próximo aos pés 
desliza a prancha por baixo do corpo da vítima. 
Mediante novo comando, o paciente é colocado 
sobre a prancha e devidamente fixado. 
IMOBILIZAÇÃO COM A VÍTIMA SENTADA com o 
uso de “KED” (colete de imobilização dorsal). Antes 
de iniciar o procedimento cria- se um acesso para 
se chegar atrás da vítima, onde irá promover a 
estabilização manual da cabeça e do pescoço. 
Outro socorrista se encarrega da colocação do 
colar cervical. O KED é colocado entre o banco e as 
costas da vítima. São, então, presos os tirantes 
médio, inferior, das coxas e, por último, o do tórax. 
Em seguida,fixa-se a cabeça, liberando-se a 
imobilização manual. Um socorrista aborda a 
vítima pelas pernas e pelo quadril e outro pelas 
alças do colete. Promovem, então, rotação, 
deixando a vítima de costas para a porta e com os 
pés sobre o banco do passageiro. A prancha longa 
será colocada com sua extremidade inferior sob as 
nádegas da vítima e a extremidade superior 
apoiada por outro socorrista. A vítima é, então, 
deitada sobre a prancha e deslizada para 
adaptação a esta. Os tirantes da coxa são liberados 
para que as pernas possam ser estendidas. Em 
seguida, fixa a vítima à prancha. 
4. IMOBILIZAÇÃO DA PELVE 
OBS: A técnica de rolamento deve ser evitada a todo o 
custo na mobilização destas vítimas. 
A. INDICAÇÕES 
Suspeita da fratura, dor ou deformidade parente 
nos membros. Tem indicação principalmente para 
analgesia, instabilidade hemodinâmica com dor, 
crepitação ou sinais de instabilidade ao exame 
físico da bacia (palpação das cristas iliacas e sínfise 
púbica) 
• Palpar cristas ilíacas e sínfise púbica 
• Os membros devem ser inspecionados para 
verificar a presença de contusões e deformidades. 
• A palpação dos ossos, pesquisando dor ou 
movimentos anormais, ajuda na identificação de 
fraturas ocultas. 
• Fraturas pélvicas podem ser suspeitadas pela 
identificação de equimoses sobre as asas do ilíaco, 
púbis, grandes lábios ou escroto. 
• A dor à palpação do anel pélvico é um achado 
importante no doente consciente. No doente 
inconsciente, a mobilidade da pelve em resposta à 
pressão delicada anteroposterior das cristas ilíacas 
anteriores e da sínfise púbica com as palmas das 
mãos pode sugerir ruptura do anel pélvico. 
B. DISPOSITIVOS 
Talas, bandagens, ataduras, lençóis, calça 
pneumática inflável. 
C. IMOBILIZAÇÃO ANALGÉSICA X HEMOSTÁTICA 
Imobilização analgésica: suspeitas de fratura ou 
deformidade aparente (crepitações e instabilidade 
da pelve). Exemplos: talas próprias moldáveis e 
fixas, talas adaptadas, bandagens e ataduras. 
Talas rígidas bilateralmente posicionadas acima da 
crista ilíaca até o joelho ou tornozelo 
(preferencialmente) e uma tala moldável entre as 
pernas fixadas por ataduras e frita crepe ou faixa. 
Imobilização hemostática: para controle da 
hemorragia em casos de sinais de instabilidade 
hemodinâmica. Fechamento do anel pélvico para 
conter o sangramento venoso que é mais intenso 
na parte posterior devido a articulação sacro ilíaca. 
Exemplos: lençol, calça pneumática inflável, 
cirurgia ortopédica com fixadores externos e 
internos. 
Amarração com lençol em dupla: inserir o lençol 
entre a curvatura dos joelhos; cada um segurando 
uma ponta do lençol, fazer zigzag com o mesmo até 
posicioná-lo posteriormente no quadril; inverter as 
pontas e tracioná-lo, apertando bem; fazer uma 
rotação em volta do paciente e rodar mais uma vez 
as pontas do lençol; amarrar com fita. Se paciente 
deitado ou os socorristas sem possibilidade de 
realizar a rotação em volta do paciente, um 
socorrista é responsável por pegar a outra ponta 
do lençol e rodar 
Fratura do fêmur e da pelve (bacia): Imobilizar 
totalmente ao membros inferiores, incluindo-se a 
articulação do quadril; utilizar cobertores, talas 
rígidas grandes e bandagens triangulares ou tiras 
de pano para fixação; nos casos de fraturas de 
pelve e fêmur com grande hemorragia, deve-se 
prevenir o estado de choque e priorizar o 
transporte. 
 
 
5. IMOBILIZAÇÃO DOS MEMBROS 
A. MEMBROS SUPERIORES / INFERIORES 
I. INDICAÇÕES: 
1. Estanque eventuais hemorragias. 
2. Não são necessários equipamentos especiais 
para imobilizar a vítima. Para imobilizar um 
membro ou parte de um membro, improvise uma 
tala com um pedaço de tábua, um calhamaço de 
jornal, uma revista grossa, um travesseiro, um 
galho reto de árvore ou uma parte sã do próprio 
corpo da vítima (por exemplo, numa fratura de 
uma perna, a outra pode ser amarrada à quebrada 
para fixá-la; um braço quebrado pode ser 
imobilizado contra o próprio peito). 
3. Algumas fraturas podem ser imobilizadas na 
posição em que se encontram, desde que esta não 
seja forçada. 
4. Qualquer que seja o local a entalar, lembrese de 
que imobilizar significa tirar os movimentos das 
juntas acima e abaixo da fratura. Por exemplo: não 
adianta entalar fortemente uma fratura de 
antebraço se os movimentos do pulso e cotovelo 
ficarem livres. 
5. Se possível, acolchoe a tala com panos, camadas 
de algodão ou gaze, evitando pontos de pressão e 
desconforto. 
6. Se a fratura que você está entalando é exposta e 
você já cuidou do ferimento, lembrese de proteger 
bem o corte com almofadas de gaze, para que o 
roçar da tala não prejudique ainda mais. 
 
Atenção: Aperte apenas o suficiente as bandagens 
que seguram a tala, deixando uma extremidade do 
membro atingido para fora. Se você perceber que 
esta extremidade. 
* Lesões do braço: imobilizar ombro e cotovelo; 
 
 
 
* lesões no antebraço: imobilizar cotovelo e 
punho. 
* Lesões de fêmur: imobilizar bacia e joelho; 
OBS: Nunca esquecer que fratura do fémur pode 
implicar a perda de 1 a 2 litros de sangue sendo 
importante a vigilância dos sinais vitais 
* Lesões da perna: imobilizar joelho e tornozelo. 
Resultam habitualmente de traumatismos diretos 
(acidentes de viação) podendo estar fraturados os 
dois ou só um dos ossos (tíbia ou perónio). São as 
fraturas que com maior frequência encontramos 
expostas, dado que a tíbia (canela) se encontra 
imediatamente por debaixo da pele 
NUNCA nos devemos esquecer de pesquisar outras 
fraturas associadas: fémur, colo de fémur e bacia. 
A imobilização deve ser feita na posição em que o 
membro é encontrado se não for possível fazer a 
sua extensão. 
* Usar torniquete apenas quando o sangramento 
oferece risco de morte ou em lesões de 
extremidade, devido ao risco de isquemia/necrose 
e, consequentemente, amputação. 
Obs: Situações em que é necessário fazer redução 
do membro lesado: 
- Compressão de artéria ou nervo. Deixar a vítima 
em posição confortável; evitar colocar o membro 
na posição anatômica ou reduzir a fratura, exceto 
em casos de má perfusão do mesmo 
(comprometimento vascular) ou ausência de pulso 
distal a lesão. Sendo assim, sempre verificar o 
pulso e a sensibilidade distal a lesão. 
- Em lesões de osso, sempre imobilizar uma 
articulação acima e uma abaixo da lesão. 
 
• Lesões do braço: imobilizar ombro e cotovelo; 
• Lesões no antebraço: imobilizar cotovelo e 
punho. 
• Lesões de fêmur: imobilizar bacia e joelho; 
• Lesões da perna: imobilizar joelho e tornozelo. 
 
MMII: para analgesia e hemostasia em suspeita de 
fratura, quando se tem desvio do membro ou 
deformidade aparente, edema, hematoma e 
crepitações. É necessário deixar a vítima em 
posição confortável; evitar colocar o membro na 
posição anatômica ou reduzir a fratura, exceto em 
casos de má perfusão do mesmo 
(comprometimento vascular) ou ausência de pulso 
distal a lesão. Sendo assim, sempre verificar o 
pulso e a sensibilidade distal a lesão. Sempre 
imobilizar uma articulação acima e uma abaixo da 
lesão. 
MMSS: para analgesia e hemostasia em suspeita 
de fratura, quando se tem desvio do membro ou 
deformidade aparente, edema, hematoma e 
crepitações. É necessário deixar a vítima em 
posição confortável; evitar colocar o membro na 
posição anatômica ou reduzir a fratura, exceto em 
casos de má perfusão do mesmo 
(comprometimento vascular) ou ausência de pulso 
distal a lesão. Sendo assim, sempre verificar o 
pulso e a sensibilidade distal a lesão. Sempre 
imobilizar uma articulação acima e uma abaixo da 
lesão. 
II. DISPOSITIVOS 
- Talas rígidas: 
• Dispositivos não flexíveis adaptadas a 
extremidade fraturada para manter sua 
estabilidade e imobilização. 
• Madeira, papelão, arame ou alumínio recoberto 
de material plástico. 
• Mãos, pés, punhos, tornozelos, antebraços e 
pernas.• Evitar em lesões proximais ao joelho e cotovelo. 
 
- Talas moldáveis/aramadas: 
• Confeccionados em alumínio recoberto por 
material plástico. 
• Necessitam ser preparadas pelo socorrista para o 
uso. 
• Tem uso muito semelhante as talas rígidas. 
 
- Talas infláveis: 
• Fáceis de transportar e de armazenar. 
• Controle de hemorragias (boa hemostasia). 
• Indicadas em antebraço e perna. 
• Desvantagem: podem vazar ou serem insufladas 
em excesso e causar isquemia na região 
imobilizada. 
 
- Talas de tração: 
• Fraturas diafisárias isoladas de fêmur em 
pacientes estáveis. 
• Aliviar dor e diminuir possíveis hemorragias. 
• Desvantagem: tempo e complexidade 
• São contra indicadas em fraturas de fêmur 
associadas a lesões no joelho, luxações coxo-
femural e fraturas de pelve. 
 
Auto-imobilização: 
• Fixar a extremidade lesada a outra sadia. 
• Exemplo: membro superior fraturado preso ao 
tórax; extremidade inferior fraturada fixada a 
outra não lesada 
• Bem aceita em situações de improvisação. 
• Muito utilizada em fraturas nos dedos da mão. 
 
- Imobilização: enfaixamento, tipoias e bandagens. 
 
 
6. AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA NO TRAUMA 
A realização de radiografia no trauma faz parte da 
avaliação secundária, embora os RX de cervical, 
tórax e bacia são realizados como adjuvantes a 
avaliação primária, desde que não atrase a 
reanimação do doente. Nunca faz exame se o 
paciente estiver instável ou na sala de emergência 
• Ver se é o RX do paciente e o número do 
prontuário. 
• Ver se é Direito ou Esquerdo 
• Técnica: Penetração 
• Incidência (perfil PA) 
• Arcos, clavículas, órgãos, insuflação, líquido, 
derrame, atelectasia, pneumotórax 
A. RAIO X DE COLUNA CERVICAL 
Incidência AP; lateral/ perfil (deve abranger da 
base do crânio até a 1a vértebra torácica 
- visualização das 7 vértebras e a transição para 
T1); transoral (avaliação da articulação 
atlantoaxial). 
 
Pesquisa de fraturas. 
A) Alinhamento – linha anterior dos corpos 
vertebrais, linha posterior dos corpos vertebrais, 
linha anterior e posterior do canal medular). 
B) Ossos: adequação e alinhamento das vértebras 
(analisar linha anterior e posterior) e alinhamento 
dos processos espinhosos (C7); 
C) Cartilagens (não da pra ver) 
D) Discos vertebrais 
E) Externos – traqueia, esôfago e partes moles 
F) COISAS DE FORA – colar, tubo, artefatos, 
piercing. 
Obs: Deve ser feita na avaliação secundaria. 
B. RAIO X DE TÓRAX 
Incidência PA; perfil (nem faz), em casos de 
impossibilidade é aceitável AP (para não correr o 
risco) em decúbito dorsal. Avaliação de fratura de 
arcos costais, pneumotórax, hemotórax, contusão 
pulmonar, desvio das vias aéreas e anormalidades 
do mediastino. 
 
A) Vias aéreas - Traqueia (ver se esta alinhada) B) 
Respiração – Pulmão (olhar tramas 
vasculobrônquicas, se está do hilo até a periferia). 
C) Circulação – Coração (Ver tamanho, 
alargamento, ruptura aórtica) 
D) Diafragma - avaliar cúpulas diafragmáticas e 
seios costofrênico e cardiofrênico. 
E) Esqueleto (ver clavículas, arcos costais). 
F) Partes moles (Ver pele, tecido subcutâneo). G) 
Coisas Externas (dreno de tórax, eletrodo de ECG, 
marca-passo, cânula). 
 
C. RAIO X DE BACIA 
Incidência AP. (avaliação de fraturas da bacia e 
lesões associadas de uretra e bexiga). 
• Ver simetria e fratura 
• Sínfise púbica – se tiver mais que 2 cm de 
alargamento já é sinal de fratura) 
• Fraturas de bacia e lesões de uretra/ 
bexiga. 
 
CASOS 
1. Uma equipe pré-hospitalar composta por um 
motorista de ambulância, uma enfermeira e você é 
solicitada ao local de uma colisão frontal entre dois 
veículos, na Rodovia Transbrasiliana (BR-153). Em 
um caminhão pouco destruído, há um motorista de 
40 anos que apresenta fratura exposta na perna 
direita. O mesmo cheira a álcool, está agressivo e 
verbalmente insultante, recusando o 
atendimento. O carro de passeio envolvido 
encontra-se bastante danificado. Um homem 
idoso no banco do passageiro não está 
respirando. O motorista está bem machucado, mas 
consciente e ansioso com o estado dos demais. No 
banco de trás, há uma criança de 4 anos presa à 
cadeirinha, inconsciente. Diante desse cenário, 
responda: 
 
a. Como você lidaria com essa ocorrência de 
múltiplas vítimas? 
Peron: Avaliar os pacientes e classifica-los quanto 
ao risco – método START: 
• Verde: pacientes que andam. 
• Amarelo: pulso radial presente, enchimento 
capilar < 2 segundos e FR > 8 e < 30. 
• Vermelho: enchimento capilar > 2 segundos, FR 
< 8 ou > 30. 
• Preto: não respira. 
- Se ela não respira mesmo com a abertura da 
via aérea→ vítima preta; 
- Se respira após manobra→vermelha; 
- Se está dispneica → vermelha; 
 
• Zona verde→deixar o pessoal longe dos mais 
graves; 
• zona quente: onde aconteceu o acidente e tem 
risco de outra coisa acontecer; 
• zona fria: médico pode atender, bombeiro 
determina a zona; 
• zona morta: desastre com produto químico; 
 
b. Em se tratando de segurança, quais são as 
medidas cabíveis? 
Peron: O socorrista deve tratar os doentes com 
justiça e coerência, e não tem obrigação de se 
colocar em risco indevido, tem o direito de se 
proteger e também de proteger a possibilidade de 
cuidar dos outros. 
- Uso de EPI, sinalização do local (é 20% da 
velocidade do local, por ex: pista de 110 km/h 
sinalizar a partir de 220 m) 
- Afastar curiosos, chamar por ajuda (SAMU 192, 
bombeiro 193), sinalizar a via, retirar fios 
elétricos... 
 
c. Qual dessas vítimas tem maior prioridade? 
Criança possui prioridade. Se o idoso tivesse na 
mesma situação, escolheria a criança por conta da 
idade (mais chances de sobreviver). 
Obs: se o socorrista descobrir que a criança possui 
um CA, e que só tem 2 meses de vida, ai então tem 
que salvar o idoso. 
 - Primeiro a criança, depois o idoso, depois a 
fratura exposta, e por ultimo o motorista de 40 
anos. 
 
d. O que você diria ao pai sobre as condições dos 
demais? 
O socorrista tem obrigação de dizer a verdade, 
tanto para estabelecer uma relação de confiança 
entre profissional-paciente como também para 
ajudar a tomar decisões em relação aos 
incapacitados (consentimento), porém o 
profissional deve levar em conta que este 
paciente também pode estar ferido e 
traumatizado com uma capacidade diminuída em 
tomar decisões. Além disso, a revelação completa 
e verídica do resto dos acidentados, pode 
traumatizá-lo ainda mais. Por isso cabe ao 
profissional avaliar a situação e através do 
princípio da beneficência e não maleficência, 
permitir que as informações completas sejam 
contadas depois quando o paciente estiver em um 
ambiente mais estável. 
Obs: Poupar o pai, porém não omitir - Dizer: Não 
tenho informações; Ele está sendo atendido por 
outra equipe; Não sei. 
 
e. Como você lidaria com o motorista do 
caminhão? Você permitiria que ele recusasse 
atendimento? 
Como o motorista se recusou ao atendimento 
deve-se fazer contenção física e oxigenação 
(tentando tranquilizá-lo). Hipótese de agitação: 
ingestão de álcool, choque (hipovolemia), 
estresse do trauma, distúrbios da oxigenação e 
traumatismo craniano. 
Obs: não pode dar diagnostico de alcoolizado para 
o paciente que aparentemente está embriagado 
(usa-se termos hálito etílico ou odor etílico) 
- Se o paciente não corre risco de vida e está 
orientado, entregar-lhe um termo que diz que o 
mesmo recusou tratamento. 
- Se o paciente for agressivo com a equipe médica, 
pode fazer contenção. Caso negue atendimento e 
necessite do mesmo, ligar para a polícia pois a 
mesma deve fazer a contenção. 
- Pode sedar, porém pode prejudicar o exame 
físico caso tenha TCE. 
 
2. Em uma manhã chuvosa sua equipe é acionada 
para atender um motociclista que se feriu ao cair, 
após escorregar no asfalto molhado e bater contra 
a sarjeta. Ao chegar nolocal, você encontra várias 
testemunhas cercando a vítima, que se encontra 
deitada em decúbito dorsal, com capacete, na 
região lateral de uma movimentada avenida. O 
paciente refere ser incapaz de ficar em pé ou se 
mover sem que sinta intensa dor na pelve e na 
perna esquerda, regiões estas que sofreram um 
grande impacto. Não houve perda de consciência. 
a. Quais são os princípios adotados para o correto 
atendimento desse paciente? 
Segurança, avaliar cenário, afastar curiosos, 
realizar o A, B, C, D, E, pedir ajuda para tirar o 
capacete, colar cervical semi rígido. 
A – Oxímetro de pulso → oferecer máscara de 02 
(10-12L/min); 
B – Ausculta, oxímetro de pulso; 
C- pulso, enchimento capilar, cor da pele, 
reposição volêmica (500-1000ml de cristaloide); 
D – neurológico (Glasgow e pupila), 
E – exposição e controle da hipotermia 
b. Quais métodos adjuntos podem ser utilizados 
para nos auxiliar neste atendimento? 
MOV: Monitorização com oxímetro e 
cardioscópco, máscara de oxigênio de alto fluxo, 
acesso venoso, ausculta pulmonar, radiografia da 
coluna cervical (C7 a T1), tórax e bacia e lavado 
peritoneal (não é obrigatório), FAST (US de beira 
de leito, faz durante a C). Obs: jamais teremos 
grande choque em osso, e sim, em 
compartimentos, como por exemplo pelve, 
abdome e tórax. 
3. Durante o atendimento inicial desse paciente 
notou-se que o mesmo apresentava pressão 
arterial de 96x60 mmHg, frequência cardíaca de 
115 bpm, frequência respiratória de 25 ipm e pele 
pálida e diaforética. 
a. Qual a hipótese diagnóstica? 
Choque hipovolêmico classe III (de possível causa 
hemorrágica). 
b. O que a cinemática desse evento lhe diz 
referente às potenciais lesões desse doente? 
Hemorragia interna da pelve → fratura de 
membros → imobiliza. Focos de sangramento 
interno → tórax, abdome, pelve, ossos longos 
(fêmur) 
c. O que fazer, ainda no atendimento pré-
hospitalar, para tratamento específico desse 
quadro? 
Realizar 2 acessos venosos com reposição 
volêmica de ringer lactato aquecido a 39° + 
controle da lesão (imobilização = diminuição do 
contingente pélvico) com lençol. 
- 1000 mL de solução, 500 mL em cada acesso 
(mais rápido). 
- Em crianças: 20 mL por kg. 
- Quando a reposição não adiantou → realizar 
transfusão sanguínea (coloca mais soro até chegar 
o sangue). 
- Quando a resposta é parcial → realizar reposição 
de mais 1000 mL. 
- Quando a resposta é transitória (melhora mas 
depois piora) → realizar reposição de mais 1000 
mL. 
* O máximo que se dá é 2000 mL, se necessitar 
mais é só transfusão. 
Obs: na prova deve responder passo a passo, 
como por exemplo, não deve falar apenas repor 
vol. com solução cristalóide, o certo é: pegar uma 
veia com cateter 14 na fossa anti cubital com a 
reposição volêmica com solução cristalóide 
(ringer lactato), temperatura de 39°. Inicialmente 
dar 2L, ai depois reavalia e se necessário coloca 
mais 2L, e assim segue ate 10 L 
4. Você está de plantão na emergência de um 
grande hospital quando lhe é trazido pela equipe 
pré-hospitalar um paciente com história de queda 
do telhado (aproximadamente 4 metros de altura), 
tendo aterrissado com o lado esquerdo do corpo. 
Houve perda de consciência momentânea. 
Quando perguntado sobre sintomas, dispneico 
responde que apresenta dor em arcos costais à 
esquerda e abdominal generalizada. Avaliação 
primária do trauma: 
A. Presença de colar cervical e head blocks; via 
aérea pérvia. 
B. Murmúrio vesicular presente à direita e abolido 
à esquerda; macicez à percussão de hemitórax 
esquerdo; FR: 28 ipm; saturação de oxigênio: 92% 
sob oxigenioterapia. 
C. PA: 88x50 mmHg; FC: 120 bpm; ausência de 
fonte externa de sangramento; presença de um 
acesso calibroso em cada fossa antecubital com 
infusão de ringer lactato aquecido. 
D. Escala de coma de Glasgow: 15; pupilas 
isocóricas e fotorreagentes. 
E. Sem anormalidades; paciente coberto por 
manta. 
Diante do caso, responda: 
a. Qual a hipótese diagnóstica? 
Choque hipovolêmico classe III; possível 
hemotórax (liquido no pulmão) a E fonte 
sangramento interno abdominal. 
b. Como estabelecer o diagnóstico? 
Diagnostico clinico, mas pode fazer RX, USS POC 
(FAST) e lavagem gástrica. 
 
c. Qual o tratamento de escolha? 
• Oxigênio– devido à saturação baixa e FR 
alta 
• Drenagem – devido ao hemotórax (dreno 
de tórax) 
• Reposição volêmica – Devido ao choque 
(hemorragia interna) 
• Laparotomia exploradora se FAST + (liq na 
barriga)→se hipotenso 
OBS: No trauma RX de tórax - AP, cervical – 
AP, perfil e transoral, pelve – AP, abodme – 
USG FAST (focos), TC de cranio Obs da aula: 
atende o ABCD em sequencia porque vai por 
prioridade ( resolve primeiro o que mata mais 
rápido) . 
Não passa para a próxima letra se você não 
resolver a primeira 
ANEXO: CHOQUE

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