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RESUMO D2 TOC - KAROLINE FERMO
VIAS DE ACESSO EM CIRURGIA
- A laparotomia (do grego: láparos = abdômen; tomos = corte) é a abertura cirúrgica da cavidade
abdominal para fins diagnósticos e/ou terapêuticos.
- Toracotomia, cervicotomia, craniotomia...
Princípios de diérese ideal (Halsted):
- seguir linhas de força de pele;
- extensão e localização adequadas;
- todos os planos com a mesma extensão;
- bordos nítidos;
- respeito aos plano e estruturas anatômicas.
Incisões:
- verticais;
- transversas;
- oblíquas;
- combinadas.
Princípios de síntese ideal:
- assepsia;
- limpeza;
- bordos regulares;
- hemostasia;
- plano a plano.
Complicações:
- infecção;
- abscesso;
- deiscência;
- eventração;
- evisceração.
Como prevenir complicações:
- limpeza pele;
- tricotomia (é controverso!!);
- via de acesso adequada;
- obediência à técnica;
- hemostasia (necrose!);
- cuidados com contaminação;
- reconstituição por planos;
- fios e tipos de sutura adequados;
- evitar tensão na sutura e nos nós;
- evitar “espaço morto”;
- drenos/sondas por contra-abertura.
CIRURGIAS VÍDEO ASSISTIDAS
- Definição: visão da cavidade ou estruturas por meios de um instrumental óptico.
- Com o advento das fibras ópticas de iluminação, conjugado com o desenho de instrumentais
cirúrgicos que possibilitam a manipulação dos órgãos internos com menores áreas de dissecção,
surgiram os primeiros procedimentos videolaparoscópicos.
- Videolaparoscopia, videotoracoscopia, videoartroscopia.
Benefícios:
● Diminuição da dor operatória.
● Diminuição da permanência hospitalar.
● Retorno mais rápido às atividades habituais.
● Melhor resultado estético.
● Menor custo.
● Redução dos riscos de infecção.
Riscos:
● Associados à criação e manutenção do pneumoperitônio.
● Relacionados com o posicionamento do paciente.
● Relacionados com o material empregado (esterilização específica).
● Curva de aprendizado do cirurgião.
Equipamentos:
● Sistema óptico → imagem por uma câmera → monitor.
● Fonte de luz fria para evitar queimaduras.
● Insuflador automático de gás.
Instrumentos:
● Agulha de Veress.
● Trocartes.
● Pinças de preensão
● Pinças de dissecção.
● Tesouras.
● Hook.
● Porta agulhas.
● Clipadores.
● Cânulas de aspiração.
● Câmera.
● Materiais de OPME.
Aplicações:
Indicações:
● semelhantes à cirurgia convencional;
● já fazem parte do arsenal de diversas especialidades cirúrgicas.
Contraindicações absolutas:
● impossibilidade de anestesia geral;
● instabilidade hemodinâmica;
● pneumopatas graves;
● traumas.
Contraindicações relativas:
● gestação 1o trimestre (anestesia) e 3o trimestre (espaço);
● obesidade;
● cirurgias abdominais prévias;
● peritonite grave;
● doença cardíaca grave;
● obstrução intestinal/ aneurismas abdominais;
● hipertensão portal.
Aspectos Técnicos:
- A preparação pré-operatória permanece a mesma dos procedimentos tradicionais no que diz
respeito ao preparo do paciente, à compensação clínica e à avaliação pré-anestésica.
- Existem situações em que o cirurgião terá de converter a cirurgia laparoscópica para a via
aberta, de modo que todo paciente precisa estar ciente disso no pré-operatório.
- Sempre sob anestesia geral.
- É prudente a passagem de SNG e SVD → evitar distensão e minimizar a presença desses
órgãos no campo operatório.
- O pneumoperitônio é necessário para proporcionar espaço intra-abdominal e permitir a
visualização da anatomia. É feito com insuflação de CO. Pode ser obtido pela técnica fechada
(punção com agulha de Veress) ou aberta (técnica de Hasson).
- Primeiro passo: realizar um inventário da cavidade.
- Posteriormente introduzir os outros trocartes necessários para afastamento e dissecção, sob
visão direta. O número e a localização dos trocartes variam com a cirurgia.
Complicações:
- De modo geral, o índice global de mortalidade dos procedimentos laparos- cópicos é de 0,5%,
com morbidade de 4%.
CIRURGIA ROBÓTICA:
● É considerada uma extensão da cirurgia videoassistida e já é uma realidade.
● Trata-se de um tipo de cirurgia em que o médico manipula um robô, que faz as incisões e ressecções,
por meio de um console com uma espécie de joystick.
● Esse tipo de cirurgia foi desenvolvida tanto para minimizar o impacto em cirurgia minimamente
invasivas:
- reduzindo as complicações ao permitir melhor dissecção e preservação de estruturas delicadas;
- maior precisão, pois as pinças tem maior amplitude de movimentos, ausência de tremores e visão 3D
com imagem ampliada.
COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS
- As complicações pós-operatórias podem ser resultado da doença primária do paciente, de
fatores não relacionados com a doença de base ou decorrentes do ato operatório.
- Os sinais de anormalidade orgânica podem estar modificados no período de convalescença e o
diagnóstico precoce pode ser difícil nesse período. Avaliações frequentes e exames
complementares devem ser solicitados para auxiliar na investigação diagnóstica.
- Os custos financeiros das complicações cirúrgicas são incalculáveis e sua presença não implica
apenas a despesa hospitalar, mas custos indiretos como restrições na capacidade de trabalho,
ruptura do equilíbrio familiar normal e estresse não esperado para empregadores e a sociedade
em geral (aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença). Além disso, há os custos físico e
psicológico das sequelas e do processo de reabilitação.
- A prevenção das complicações começa no pré-operatório, com a avaliação detalhada do
histórico do paciente e de seus fatores de risco cirúrgico.
- Ações pré-operatórias como o abandono do tabagismo por 6 semanas antes da cirurgia diminui
em 5 a 10% a incidência de complicações pulmonares no pós-operatório. A perda de peso
diminui a pressão intra-abdominal e o risco de complicações da ferida e de problemas
respiratórios no período de recuperação operatória.
- O cirurgião deve orientar o paciente em todas as questões envolvidas no pós-operatório, e é
necessária a cooperação dos familiares no auxílio ao paciente nessa fase de convalescença.
COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS
- As complicações respiratórias são as mais comuns nos procedimentos cirúrgicos e a 2a causa
mais frequente de morte no pós-operatório de pacientes acima de 60 anos.
- Pacientes submetidos a cirurgias torácicas e do abdome superior são particularmente candidatos
a tais eventos. Riscos aumentados também são identificados em submetidos a cirurgias de
urgência, portadores de doenças crônicas preexistentes e idosos, pela baixa reserva orgânica,
aumento do volume residual pulmonar e espaço morto.
Derrame pleural
- Pequenos Derrames Pleurais (DPs) são comuns em cirurgias de andar superior do abdome e na
maioria das vezes são reabsorvidos. Na ausência de insuficiência cardíaca ou lesão operatória o
aparecimento de DP em grande quantidade ou no pós-operatório tardio deve alertar para a
possibilidade de abscessos intracavitários ou até mesmo pancreatite (DP à esquerda).
- O tratamento consiste em tratar a condição de base que levou à formação do derrame e na
toracocentese aliviadora. Uma amostra do material aspirado deve ser enviada para avaliação
bioquímica e bacterioscopia.
Pneumotórax
- As principais causas de pneumotórax no pós-operatório são barotrauma (especialmente nos
pacientes em ventilação mecânica sob pressão) e punção iatrogênica durante acesso venoso
central.
- Outras causas mais raras são lesões traqueobrônquicas (cirurgias torácicas e de esôfago), após
TQT, lesões de diafragma que passam despercebidas e manipulação do hiato diafragmático.
- Quando não há DP associado, o tratamento pode ser feito com drenagem pelo sistema de
válvula de Heimlich com dreno tipo "pig tail". Na impossibilidade de excluir DP ou quando há
chance de contaminação do espaço pleural, realiza-se a drenagem pleural com dreno "em selo
d'água".
COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS
● Fatores locais
- manipulação de alças
- fatores cicatriciais
● Fatores sistêmicos
● - efeitos de agentes anestésicos
● - analgésicos
● - alterações HE
● Íleo adinâmico é a principal complicação
● Fisiologicamente a motricidade gastrintestinalretorna ao usual 48h após procedimento
Deiscência anastomótica
● É uma das complicações mais sérias que o cirurgião irá encontrar.
● O extravasamento de líquidos carregados de bactérias leva à formação de abscessos locais e fístulas,
ruptura da anastomose, deiscência da parede abdominal, sepse e mesmo morte.
● Para evitar uma deiscência anastomótica, alguns itens devem ser observados:
- o órgão a ser tratado deve ter suprimento sanguíneo adequado até a borda da anastomose
- a sutura deve ser livre de tensão e com técnica adequada
- a largura dos lúmens dos órgãos a serem conectados deve ser igual e obtida por meio de uma
variedade de técnicas.
● Certas anastomoses são particularmente difíceis do ponto de vista técnico e, consequentemente, mais
propensas a uma deiscência anastomótica. Uma pancreatojejunostomia, após um procedimento de
Whipple. Similarmente, como o esôfago não tem serosa, as esofagoenterostomias apresentam risco
aumentado e devem ser feitas com muito cuidado.
● O primeiro sinal da deiscência anastomótica é a taquicardia. Os pacientes geralmente desenvolvem
febre, dor abdominal, mal-estar, íleo paralítico, recusa alimentar ou vômitos pós-prandiais e uma
incapacidade geral de se recuperar.
● O tratamento dependerá de cada caso. Nas situações em que a deiscência é pequena, com uma
fístula controlada, pode ser utilizado o tratamento conservador até que cesse a drenagem do líquido. Se
o paciente não estiver séptico, deve-se mantê-lo em jejum e instituir nutrição parenteral.
● Se a deiscência anastomótica ocorreu nos cólons, deve ser realizada uma colostomia e criada uma
fistula mucosa. Nas fístulas biliares, coloca-se um dreno local para dirigi-la.
● Em caso de grande perda de matéria, estão indicadas cirurgia para reconstrução e drenagem.
● Pancreatite pós operatória.
● Disfunção hepática pós operatória.
● Úlcera de estresse → prevenção com IBP
- Nos politraumatizados, as úlceras por estresse recebem o nome de úlceras de Cushing e nos grandes
queimados, esse quadro chama-se úlcera de Curling.
● Abscessos hepáticos.
● Colecistite pós operatória.
Hemoperitônio
- O sangramento é a maior causa de choque nas primeiras 24 horas de uma cirurgia abdominal.
- O hemoperitônio pós-operatório, condição aguda e de rápida evolução, geralmente resulta de
problemas técnicos de hemostasia, mas coagulopatias podem estar envolvidas. Nesses casos, o
sangramento tende a ser generalizado, na ferida operatória, em punções venosas, nas vias
aéreas etc.
- O hemoperitônio, geralmente, torna-se aparente dentro de 24 horas após a cirurgia.
- Manifesta-se por taquicardia, queda de pressão arterial, queda do débito urinário e
vasoconstrição periférica.
- Se o sangramento persiste, podem surgir febre e dor abdominal mais intensa. Mudanças no
hematócrito não são geralmente evidentes nas 4 a 6 horas iniciais do quadro hemorrágico
intra-abdominal, tendo valor diagnóstico limitado.
- Se a hipotensão ou outros sinais de hipovolemia persistirem, deve ser feita a reoperação.
Durante a cirurgia, sangramentos são controlados, coágulos retirados e a cavidade peritoneal,
lavada com solução salina.
Síndrome compartimental abdominal
- Define-se hipertensão intra-abdominal a elevação persistente ou intermitente da Pressão
Intra-Abdominal (PIA) acima de 12mmHg (normal: 5 a 7mmHg). NA síndrome compartimental
abdominal há elevação da PIA acima de 20mmHg, associada a falência orgânica não presente
previamente.
- Apesar de indireto, o método diagnóstico mais empregado é a aferição da pressão intravesical
- A graduação e o tratamento dependerão desse valor. Valores entre 12 e 20mmHg permitem
reavaliação volêmica e otimização hemodinâmica. Valores entre 21e 25mmHg associados a
repercussão sistêmica grave ou pressão acima de 25mmHg são indicações de laparotomia
descompressiva.
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS
Infecção do trato urinário
● É a infecção mais comumente adquirida no pós operatório.
● Os principais fatores da risco incluem:
- manipulação/ instrumentação da via urinária;
- bloqueio do neuroeixo e rentenção urinária;
- idade;
- contaminação preexistente do trato urinário.
● Em qualquer paciente com febre pós-operatória que se submeteu a cirurgia geniturinária ou na qual se
introduziu cateter uretral, deve-se suspeitar de infecção do trato urinário.
● Bacteriúria está presente em cerca de 5% dos submetidos a cateterização vesical de curta duração
( 1000mL de urina, sugere-se passagem de SVD.
- Também podem ocorrer retenções mais prolongadas em cirurgias ginecológicas cuja
manipulação pélvica altera a inervação vesical. Essas pacientes, muitas vezes, necessitarão de
técnicas como cateterismo intermitente e fisioterapia pélvica.
- É importante, porém, excluir causas mecânicas de obstrução do fluxo urinário antes de se
confirmar um diagnóstico de retenção urinária de origem neurogênica.
COMPLICAÇÃO NEUROLÓGICA
Delirium
- É uma condição que ocorre, principalmente, nos pacientes idosos. Trata-se de um estado de
disfunção cognitiva com flutuação do nível de orientação espaço-temporal, perda de memória e
conversação incoerente.
- As principais condições que favorecem o quadro são infecções ativas e distúrbios
hidroeletrolíticos. Outras condições são abandono familiar, cirurgias prolongadas, hipóxia, perdas
sanguíneas excessivas no intraoperatório, deficiências visual e auditiva, demência senil
preexistente, doenças malignas, drogas psicoativas, excesso de medicamentos para as doenças
crônicas associadas, suspensão abrupta de drogas de utilização prolongada, retenção urinária
aguda e falência renal.
- O delirium ocorre, em geral, no 2a dia de pós-operatório. Está associado a internação
prolongada e morbidade, mas é revertido na maioria dos casos. Somente 1% tem piora
progressiva das funções cognitivas. Se houver a necessidade de sedação, aplicam-se doses
baixas de haloperidol, que não tem efeitos cardiovasculares maiores em relação a outros
agentes sedativos.
Rabdomiólise
- A rabdomiólise pode ser fruto de compressão muscular ou reativa a agentes anestésicos e é
mais comum em pacientes obesos mórbidos submetidos a cirurgias de longa duração. A
elevação da creatinoquinase, que se deposita nos glomérulos, pode causar insuficiência renal,
com oligúria, coloração acastanhada e grumos. A proteção renal envolve a diurese forçada com
hiper-hidratação, alcalinização da urina com infusão de bicarbonato e estímulo diurético com
furosemida e manitol. Se a causa da rabdomiólise for a síndrome compartimental nos membros
inferiores, deve-se proceder com fasciotomias descompressivas o mais precocemente possível,
para cessação da isquemia muscular. Ciclistas e maratonistas apresentam maior risco para
essas complicações na musculatura das pernas hipertrofiadas.
Disfunção sexual
- É observada após certos procedimentos cirúrgicos, como prostatectomias.
- Cirurgias pélvicas podem causar lesão nos ramos do plexo sacral, sendo importante apresentar
esse risco ao paciente antes de qualquer procedimento.
- Outros procedimentos, como retossigmoidectomias, podem ocasionar ejaculação retrógrada pela
lesão do plexo hipogástrico.
CIRURGIA AMBULATORIAL
Conceito: Procedimentos em regime ambulatorial, sob qualquer tipo de anestesia, não demandantes de
internação hospitalar e cuja permanência do paciente no serviço não exceda 24 horas.
- podem ser com anestesia local ou geral, mas que vai para casa no mesmo dia ou no máximo
próxima manhã.
Classificação:
-Pequeno porte: com anestesia local, faz procedimento e vai pra casa, não precisa ficar em
observação. Não tem sedação.
- Médio porte: monitorização e obsrrvação do pcte depois do procedimento.
- Grande porte: igual o médio
História:
- Aperfeiçoamento de conceitos e práticas da cirurgia ambulatorial na Europa e nos EUA
- Desenvolvimento das técnicas anestésicas e cirúrgicas.
- Incorporação de recursos para controle da dor, da náusea e do vômito.
- Melhoria da qualidade dos estabelecimentos e do sistema de saúde.
- Redução dos custos de internação.
Modelos:
■ Dispensação após procedimento
■ Permanência por um curso tempo para recuperação
■ Pernoite.
- Com anestesia local e vai pra casa em seguida
- Uso de propofol e logo depois de 30-60min liberação
- Hospital / dia = pernoite, pcte interna só na sala de recuperação
Tipos de Unidades:
- Tipo 1: ambulatório de pequenos procedimentos, só tem a sala do procedimento, não tem salas
de recuperação, se der alguma complicação, referencia o pcte.
- Tipo 2: tem uma sala de observação tipo UBS mas não consegue internar o paciente
- Tipo 03: clínicas tipos de endescopia que possui convenio com hospitais para caso precise,
referenciar
- Tipo 4: cirurgia hospitalar
Regulamentação:
■ Condições da Unidade
■ Critérios de seleção do paciente
■ Condições de alta do paciente
Testes pré-operatórios:
Vantagens:
■ Paciente
■ Sistema de saúde
Vantagens para os pacientes
• Alteração mínima na rotina do paciente e da família.
• Individualização do cuidado.
• Melhor relação médico-paciente.
• Menor risco de infecção hospitalar (2-15% x 0-4,4%).
• Redução da incapacidade física.
• Retorno mais rápido para o trabalho.
• Morbimortalidade menor.
Vantagens para o Sistema de Saúde
• Redução de custos (55-11%).
• Maior disponibilidade de leitos hospitalares.
Desvantagens:
• Não realização dos cuidados pré-operatórios em ambiente hospitalar.
• Logística – transporte.
• Falta de suporte especializado no pós-operatório
– domicílio.
• Suspensão da cirurgia em regime ambulatorial em detrimento de demandas de urgência em hospitais.
• Necessidade de permanência hospitalar além do esperado.
• Variabilidade das taxas de internação no pós- operatório.
Cuidados pré-operatórios:
■ Antibioticoprofilaxia
– Cirurgias confirmadas
– Primeira linha
– Cuidar do nível sérico
– Máximo 24h
■ Orientações aos pacientes: jejum, tricotomia, acompanhante, cigarro
■ Compensação de comorbidades
Cuidados pós-operatórios:
■ Re-introdução da dieta
– Precoce, nível consciência.
■ Dor
– Frenquente
– Tratada com rigor - multimodais
■ Náuseas e vômitos
– Aumento da morbidade
■ Cuidados com curativos e pontos
Riscos para resultado insatisfatório
■ DM
■ Obesidade
■ Má nutrição
■ Insuficiencia renal crônica
■ Uso de esteróides ou drogas imunossupressoras
■ Corpo estranho retido
■ Procura tardia por tratamento (mais de 18 horas)
■ Vidro ou fgelo como fator causal
■ Predisposição a formar queloides
Principais procedimentos:
Anestésico Local:
Diluição
■ Exemplo 1:
– 20ml anestésico a 2% + 20ml SF0.9% = 40ml de solução a 1%
■ Exemplo 1:
– 10ml anestésico a 2% + 30ml SF0.9% = 40ml de solução a 0.5%
■ Exemplo 1:
– 40ml anestésico a 1% + 40ml SF0.9% = 80ml de solução a 0.5%
Dessa forma, com um volume maior, pode-se usar sem correr o risco injetar dose tóxica
Tipos de anestesia local:
- Tópica: gel ou pomada, procedimentos estéticos ou hospitalar para colocação de sonda naso ou
vaso
- Anestesia infiltrativa: forma casca de laranja, uso pra ressecção pequenas, anestesia região
cutanea e subcutanea.
- Bloqueio de campo: bloqueio em toda a volta da região, importante pra sutura.
- Bloqueio de dedo: bloqueia o nervo.
Dos anestesicos locais: protacaina, lidocaina (tem que saber fazer - 5 ou 7 x Peso / pela quantidade que
vem no frasco) >
Reações
■ Reações alérgicas
■ Reações Cardiovasculares
– Arritmias benignas
– Arritmias ventriculares graves
– Parada cardiorrespiratória
■ Reações Neurológicas
– Parestesia perioral
– Zumbidos e escotomas visuais
– Tonturas
– Abalos musculares
– Convulsões localizadas e generalizadas => coma
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
- O propósito de qualquer cirurgia é oferecer qualidade de vida melhor do que a situação atual.
Entretanto, convém lembrar que a cirurgia determina situações não isentas de riscos ou agravos
à saúde do paciente e que todas as medidas preventivas devem ser empregadas.
- Riscos de complicações existem para todos os atos cirúrgicos!!!!
- Indução anestésica → durante a cirurgia → pós-operatório
- Todos os cuidados no pré-operatório devem ser empregados para evitar o surgimento de
condições clínicas inesperadas, aumentando os riscos cirúrgicos no intraoperatório e no período
posterior da intervenção.
- Em conjunto, todas as informações coletadas nos ajudam a determinar o risco operatório para a
cirurgia programada.
ANAMNESE
● Investigação sobre a doença cirúrgica
● Coleta de dados demográficos e culturais
● Identificação de fatores de risco gerais: alergias, comorbidades, medicações contínuas
● Predisposição genética
● Investigação de antecedentes cirúrgicos e anestésicos
● Identificação e compensação de afecções preexistentes
● Hábitos: tabagismo, etilismo, uso de drogas recreativas
● Distúrbios cicatriciais
EXAME FÍSICO
- Cardiocirculatório, edemas periféricos, estado nutricional, cicatrizes, visceromegalias
- Aferição de sinais vitais para estabelecer parâmetros para pós-operatório
PLANEJAMENTO
- Relatório médico para o serviço de internação do hospital com todos os dados essenciais
(caráter da cirurgia, nome do procedimento, materiais necessários
- Prescrição pré-operatória
- Pedidos de reserva de hemocomponentes e/ou de vaga em unidade de terapia intensiva
- Avaliação pré-anestésica (já realizada em nível ambulatorial ou a ser solicitada durante a
internação de acordo com os protocolos de cada instituição)
- Documentação
Exames pré-operatórios → solicitados criteriosamente, de acordo com as condições clínicas e o porte/
risco cirúrgico, mas não a fim de realizar diagnósticos.
AVALIAÇÃO ANESTÉSICA
- A American Society of Anestesiologists (ASA) criou a estratificação dos pacientes conforme o
seu status clínico pré-operatório e o risco anestésico.
- Diversas outras escalas de risco são empregadas na avaliação pré-operatória como a escala de
Goldman e colaboradores (1977) para avaliação do risco cardíaco.
- Investigar os antecedentes na busca de HIPERTERMIA MALIGNA!!
- Agentes precipitadores: agentes inalatórios (halotano, iso e sevoflurano) e relaxantes musculares
despolarizantes (succinilcolina).
- Ocorre: hipermetabolismo, rigidez muscular, lesões musculares teciduais e aumento da resposta
do sistema nervoso simpático. O hipermetabolismo é refletido pela elevada produção de dióxido
de carbono que precede o aumento da temperatura corpórea.
- Suspender os anestésicos inalatórios → aplicar ventilação rápida para eliminar essas drogas →
administrar dantroleno intravenoso, 1mg/kg.
PREPAROS ESPECIAIS
1. Dieta
- O jejum deve ser de, pelo menos, 8 horas para diminuir o risco de broncoaspiração em adultos.
2. Antibióticos, tricotomia e antissepsia
- A prática de banhos de clorexidina ou iodopovidona vem caindo em desuso e a maioria dos
serviços hoje realiza apenas o banho normal antes da cirurgia.
- Quanto à tricotomia, a preferência é realizá-la no centro cirúrgico e na menor área possível de
acordo com a cirurgia.
- O uso de antibióticos dependerá da classificação da cirurgia em limpa, potencialmente
contaminada, contaminada e infectada.
3. Preparo de cólon
4. Feocromocitoma
5. Hipertireoidismo
6. Esplenectomia
- 2 semanas antes ou 2 depois; imunização contra pneumococo, H. influenzae tipo B e
meningococo tipo C)
RISCO CIRÚRGICO:
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS E ANTIBIOTICOPROFILAXIA
CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS
- Prevenção de complicações evitáveis
- Aceleração de recuperação de pacientes no PO (infecção, hiper-hidratação, TEP, analgesia)
- Antibioticoprofilaxia
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS:
ANTIBIOTICOPROFILAXIA
Indicações:- Neurocirurgias
- Cirurgias cardíacas
- Alguns procedimentos endoscópicos
- Onde o risco de infecção é danoso
- Cirurgia em imunossuprimidos, obesos, diabéticos descompensados
- Feridas potencialmente contaminadas e contaminadas
- Cirurgias limpas com uso de prótese
Qual antibiótico usar?
- Flora da região a ser operada
- Efetividade comprovada
- Promover mínima resistência bacteriana
- Efeito mínimo sobre a flora residente
- Bactericida
- Antimicrobiano de apresentação parenteral
- Toxicidade mínima e poucos efeitos colaterais
- Não usar antibiótico empregado para terapêutica de infecções graves
- Baixos custo
- Avaliar custo benefício do antimicrobiano de escolha
- Cefalosporinas para a maioria das cirurgias
PRESCRIÇÃO:
- Representa a descrição/ roteiro das condutas em pacientes hospitalares
- Não é exclusividade de pacientes cirúrgicos (todo médico deve saber!)
- Ordenação das medidas a serem administradas
- Ainda é grande fonte de erro
- Atentar para as particularidades: comorbidades, tipo de cirurgia, intercorrências
- Varia também de acordo com a instituição
1. Segurança do paciente
→ nome, número do registro, data e hora da prescrição, presença de alergias e comorbidades
2. Ordens de cuidados e medicação
→ componentes não farmacológicos → farmacológicos sintomáticos, → farmacológicos específicos →
endovenosos
3. Segurança do profissional
Componentes não farmacológicos
2.1 Dieta:
- avaliar tipo de cirurgia, condições clinicas do paciente e comorbidades;
- oral → jejum; líquida restrita ou completa, pastosa, branda, livre; é possível individualizar
conforme comorbidades (HAS, DM2, IRC);
- enteral → SNE, gastrostomia ou jejunostomia; ajustar volume.
- Solicitar ajuda da equipe de nutrição!!
2.2 Posição e movimentação:
- cabeceira 30-45o;
- deambulação precoce ou movimentação passiva no leito (prevenção TVP);
- fisioterapia motora;
- mudança de decúbito se limitações (prevenção de escaras).
2.3 Suporte ventilatório:
- fisioterapia respiratória; oxigenoterapia; micronebulização.
2.4 Cuidados com drenos, sondas e cateteres:
- observar e registrar o tipo e volume do líquido;
- sondas digestivas abertas ou fechadas;
- verificar presença de infecção ao redor da inserção;
- manter curativos limpos e secos (coberturas especiais SN);
- cateter vesical em sistema fechado.
2.5 Mensuração de sinais vitais:
- PA, FC, FR, Tax (curva térmica);
- glicemia capilar 4-6h;
- diurese e balanço hídrico.
2.7 Específica:
- insulina se diabético;
- prevenção TVP;
- prevenção de úlcera de estresse;
- prescrição de ATB.

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