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A a.
Ad ignorantiam (argumento)
“Esse argumento falacioso consiste em concluir por verdadeiro aquilo que ninguém provou ser falso. [...] Ora, o mero fato de não haver prova da falsidade de determinada assertiva não a torna necessariamente verdadeira. O mesmo ocorre com o inverso: o fato de não haver prova da veracidade de uma assertiva não a torna necessariamente falsa.” (F. T. 2014. Páginas 119; 120)
Referência: TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática / Fabio Trubilhano, Antonio Henriques. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Exemplo: Extraterrestres existem, pois ninguém ainda provou o contrário.
Analogia (em argumentação)
"O argumento analógico consiste em trazer à baila decisões de casos jurídicos concretos e semelhantes que foram registrados em acórdãos, súmulas etc., e que auxiliem a formulação da tese argumentativa do advogado para defender seu cliente." (J. V. 2010. Página 249)
Referência: VIANA, Joseval. Manual de Redação Forense e Prática Jurídica. MÉTODO, São Paulo, 2010.
Exemplo: Mário e Joaquim utilizam smartphones. Joaquim gosta de tecnologia. Logo, Mário também gosta de tecnologia.
Argumentação
	"Argumentação é um procedimento que se utiliza para tornar uma tese aceitável. Argumentos e provas motivam o convencimento, levam à persuasão.
	O autor de textos argumentativos elabora um elenco de hipóteses de trabalho, afirmações sobre um assunto. Suponhamos:
O sistema prisional brasileiro é inadequado aos criminosos que há na sociedade atual, porque as leis penais são antigas.
O sistema prisional brasileiro precisa de reformas, porque se apoia exclusivamente em retirar o criminoso da sociedade e não em reeducá-lo.
O tratamento desrespeitoso com relação aos direitos humanos, a tortura, que ocorre nos presídios brasileiros, principalmente devido à ação de agentes penitenciários, está a exigir uma reforma do sistema prisional no Brasil.
A sociedade brasileira precisa ocupar-se sobretudo com a educação dos jovens se quiser eliminar parte dos problemas oriundos de seu ultrapassado sistema prisional.
	Suponhamos que o redator optou pela primeira hipótese. Evidentemente, poderá utilizar as demais como argumento que pode reforçar sua tese de que não se trata apenas de reforma do sistema prisional, que alterações nessa área o encarceramento de criminosos, como fatores relativos à educação dos jovens e transformações culturais de respeito a direitos humanos.
	Elaborada a tese a ser defendida, é preciso reunir argumentos, provas que ajudem a demonstrar para o destinatário a validade das ideias, das afirmações apresentadas. Vejamos que, enquanto demonstramos uma tese, algumas hipóteses podem ser paulatinamente rejeitas, outras, validadas. A defesa de uma tese obviamente exige pesquisa sobre o assunto em jornais, revistas, livros de referência, livros especializados. Tais procedimentos auxiliam a tornar o texto coerente e capaz de persuadir o destinatário." (F. T. 2014. Páginas 151; 152)
Referência: TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática / Fabio Trubilhano, Antonio Henriques. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Exemplo: A obesidade é um grande problema no Brasil, pois de 1964 até o ano de 2009 tivemos um aumento de 5,5% na taxa de pessoas acima do peso no nosso país.
Argumento ad hominem
	“Ataca-se o interlocutor, sem se discutir o assunto em questão.” (L. T. 2010. Página 65)
	Referência: TEIXEIRA, Leonardo. PORTUGUÊS JURÍDICO 3ª edição. FGV, Direito, Rio de Janeiro, 2010.
	“Perelman e Tyteca (1996, p. 126) dizem que tal argumento consiste “em pôr o interlocutor em contradição com suas próprias afirmações com os ensinamentos de um partido que ele aprova ou com seus próprios atos”.
	Vê-se que há certa afinidade deste argumento com a retorsão. Também há uma desqualificação dos argumentos de alguém, embora não haja desqualificação da pessoa do adversário.
	Quando ocorre desqualificação da pessoa do adversário, fala-se em argumento ad personam. Muitos confundem os dois argumentos, o que ocorre, por exemplo, em Lalande (1980, p. 26). O argumento ad personam, na seara jurídica, é comum em ações, por exemplo, de anulação de casamento por erro essencial quanto à pessoa do outro cônjuge no que tange à sua honra e à sua boa fama, nos termos dos arts. 1.556 e 1.557, I, do Código Civil.” (Página 115)
Referência: TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática / Fabio Trubilhano, Antonio Henriques. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Exemplo: Uma vez sendo um marido agressivo, nunca poderá assumir a presidência da empresa.
Argumento ad verecundiam (de autoridade)
“Quando se apresenta como força da argumentação a referência ou citação de autoridades no assunto ou pessoas respeitáveis, sem que de fato tenham a ver com o tema tratado. Utilizar-se de tais referências sem fundamento pode confundir o leitor/ouvinte, que acabará acreditando antes de realizar qualquer julgamento.” (L. T. 2014. Página 65)
Referência: TEIXEIRA, Leonardo. PORTUGUÊS JURÍDICO 3ª edição. FGV, Direito, Rio de Janeiro, 2010.
Exemplo: Quando digo que sabemos muito pouco sobre o mundo, penso em Sócrates, que dizia: “Só sei que nada sei."! 
Auditório
"O lugar certo e determinado onde o juiz habitualmente dá audiência, despacha o expediente do foro, faz inquirições, publica as suas decisões e pratica, enfim, todos os atos ordenatórios ou decisórios dos feitos que lhe estão afetos Pl. O conjunto dos órgãos judicativos duma circunscrição judiciária, onde se ouvem as partes, conhecem-se e julgam-se as causas e recursos: os auditórios da comarca." (P. N. 1999. Página 138)
Referência: NUNES, Pedro. Dicionário de Tecnologia Jurídica, 13ª edição. Renovar, Rio de Janeiro, 1999.
Exemplo: Devemos organizar o auditório, para que assim possamos iniciar a audiência. 
Autoridade (argumento de-)
“A argumentação de autoridade é a citação do fragmento de uma obra, e para creditar confiabilidade, o autor da obra deve ser especialista em uma ciência, além de ser enomado profissionalmente.
O papel do advogado de defesa é convencer o juiz de direito de que o pedido formulado na petição inicial é improcedente. É lógico que para requerer a improcedência do pedido, o advogado do réu deve apresentar ao magistrado a tese de defesa, que precisa estar fundamentada em opiniões de especialistas.
Cada área do Direito possui juristas de destaque. O profissional do direito deve verificar qual é a opinião desses juristas sobre o tema que está em debate, e a citação de obras que convergem para o ponto de vista defendido reforça o ponto de vista apresentado como matéria de defesa.” (J. M. V. 2010. Página 250)
Referência: VIANA, Joseval Martins. Manual de redação forense e prática jurídica / Joseval Martins Viana. – 6. Ed., ver. e atualizada. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2010.
Exemplo: Você não deve medicar-se por conta própria, confie em mim, sou um médico e sei do que estou falando.
B b.
C c.
Compaixão (pathos da-)
"A compaixão... A palavra grega "pathos" pode ser traduzida como "paixão" ou "doença"... a compaixão seria estar junto na mesma doença ou na mesma paixão... é querer, por saber como a pessoa sente-se, aliviar o sofrimento. É quando a dor do outro dóis em mim... A compaixão é uma virtude que possuem aqueles que sentem o sofrimento alheio e por sentir esse sofrimento, tem a necessidade de aliviá-lo, é a virtude do " amar uns aos outros" com um amor necessário, que precisa deixar a outra pessoa melhor por que sente, em si mesmo, a necessidade de estar melhor. É um não querer mais que bem querer..." (D. R. R. 2012. Página 25)
Referência: RIBEIRO, Daniel Rezende. Filosofia Cotidiana II, Reflexões do dia a dia. Arujá, ACD LIVROS DIGITAIS, 2012.
Exemplo: Teve compaixão ao ver o morador de rua lhe pedindo o que comer e ofereceu-lhe assim um jantar naquela noite.
Comparação (argumento da-)
"A comparação, como argumento, põe em confronto realidades diferentes para as avaliar umas em relação às outras, por isso o teóricobelga (2000, p. 274) classifica a comparação entre os argumentos que fundam a estrutura do real, pois o autor acredita que este argumento não está fundado na realidade, mas chega mesmo a inventar sua estrutura." (A. E. d. S. 2008. Página 212)
Referência: SOUZA, Anderson Elísio de. Argumentação jurídica: teoria e prática. 3ª ed. rev. e ampl. - Freitas Bastos, Rio de Janeiro, 2008.
Exemplo: Aquele homem caiu como uma jaca madura cai do pé.
Conotação
	"Etimologicamente, o termo também se prende ao latim notare. O que se faz a diferença é a preposição com, com, em latim cum de sentido associativo, includentem ao passo de que o de (denotação) indica afastamento, exclusão.
	Na área linguística, geralmente, toma-se conotação como tudo que se refere ao conteúdo emocional, subjetivo, individual da palavra. Quando há conotação, diz-se sentido figurado, porque consiste no alargamento do sentido literal, propiciado pelo uso de figuras de linguagem. (F. T. 2014. Páginas 32; 33)
	Referência: TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática / Fabio Trubilhano, Antonio Henriques. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Exemplo: Morreu tão cedo, pobrezinho... Tinha um coração de anjo. 
Contexto
“Conjunto formado pelas partes de um texto. Qualquer texto, considerado em relação ao conjunto de ideias encadeadas que apresenta.” (P. N. 1999. Página 296)
Referência: NUNES, Pedro. Dicionário de Tecnologia Jurídica, 13ª edição. Renovar, Rio de Janeiro, 1999.
Exemplo: No atual contexto brasileiro, os cidadãos se revoltam contra os altos preços e contra a corrupção.
Credibilidade
"Capacidade para ser acreditado; qualidade que deve tornar a coisa crível: credibilidade da testemunha, credibilidade do fato." (P. N. 1999. Página 328)
Referência: NUNES, Pedro. Dicionário de Tecnologia Jurídica, 13ª edição. Renovar, Rio de Janeiro, 1999.
Exemplo: Por ter total confiança naquele médico, só aceitou realizar sua cirurgia com ele.
D d.
Definição (em argumentação)
"Usam-se definições normativas, etimológicas, expressivas[...], enfim, cada argumentador defende sua tese sobre a definição que considera mais pertinente ao auditório universal. É um recurso primoroso, pois demonstra cultura do locutor, além de imprimir, ao seu discurso, certa dose de argumento de autoridade." (A. E. d. S. 2008. Páginas 196; 197)
Referência: SOUZA, Anderson Elísio de. Argumentação jurídica: teoria e prática. 3ª ed. rev. e ampl. - Freitas Bastos, Rio de Janeiro, 2008.
Exemplo: Disse todos os seus objetivos dentro daquela nova empresa, ou seja, os definiu. 
Denotação
	“O termo está vinculado ao verbo latino notare (designar com uma marca, imprimir com uma marca). Ernout e Meillet (1951, p. 791) referem que, na linguagem jurídica, havia a nota censoria com que se anotavam, marcavam os cidadãos merecedores de repreensão em livro determinado.	
	Em linguística, denotação é a representação comum, constante, real, atual, referencial da palavra. Assim, o sentido denotativo é o significado literal da palavra, aquele que consta nos dicionários, sem alargamento de sentido, sem figuras de linguagem.
	A denotação no emprego de palavras e orações oferece ao destinatário maior precisão no ato comunicativo, razão pela qual a linguagem em sentido denotativo está presença em bulas de remédio, manual de instruções e nos textos normativos. Nesse sentido, a legislação deve vir, sempre, escrita em sentido denotativo, sem quaisquer figuras de linguagem, a fim de que o texto legal possa transmitir seu conteúdo semântico com técnica e precisão.” (F. T. 2014. Páginas 31; 32)
	Referência: TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática / Fabio Trubilhano, Antonio Henriques. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Exemplo: Foi assassinado com apenas um tiro na cabeça.
Direto (discurso -)
	“O discurso direto é a maneira de citar o discurso alheio em que o narrador indica o discurso do outro, reproduz a fala dele integralmente. As marcas do discurso direto são: a fala dos personagens, anunciada por um verbo de dizer (responder, retorquir, replicar, acrescentar), pode vir antes, no meio ou depois, pode estar subentendido (o simples fato de aparecer travessão depois da fala de uma personagem pode indicar que outra personagem tomou a palavra); a fala dos personagens nitidamente separada da fala do narrador; o uso de pronomes pessoais e possessivos, tempos verbais e palavras indicadoras de tempo e espaço (pronomes demonstrativos e advérbios de lugar e tempo) é empregado tendo como referência tanto o narrador como os personagens. Tanto o narrador como o personagem podem dizer eu, a pessoa com quem falam é o tu, o espaço em que cada um está é o aqui e em função dele organizam-se os demais espaços (aí, lá), o tempo em que cada um fala é o agora e a partir dele os outros tempos são organizados.” (J. B. M. 2010. Página 287)
Referência: MEDEIROS, João Bosco. Português forense: língua portuguesa para curso de direito / João Bosco Medeiros, Carolina Tomasi. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
Exemplo: O professor exclamou:
- Estudem bastante para a avaliação, alunos! 
Discurso (leis do-)
“Desempenham um papel considerável na interpretação dos enunciados, são um conjunto de normas que cabe aos interlocutores respeitar quando participam de um ato de comunicação verbal” (D. M. 2004. Página 140)
Referência: MAINGUENEAU, Dominique. Análise de Textos de Comunicação, 3ª edição. CORTEZ, São Paulo, 2004.
Exemplo: Não pise na grama.
Disposição (em retórica)
“Segunda parte da retórica que trata da construção do plano do discurso; ordenação dos argumentos, donde resultará a organização interna do discurso, seu plano.” (O.R. 2004. Páginas 43; 247)
Referência: REBOUL, Olivier. Introdução à Retórica. São Paulo, Martins Fontes, 2004. 
Exemplo: Durante a disposição do seu plano de governo, o candidato à prefeitura foi vaiado, o que o fez parar.
E e.
Economia (lei da-)
“É uma relação necessária que se repete constantemente entre os diversos elementos do processo produtivo. São leis econômicas a Lei do Valor e a Lei dos Rendimentos Decrescentes. As leis econômicas, além de reger o processo produtivo, determinam seu desenvolvimento e suas transformações. Nesse sentido, elas têm caráter objetivo; isto é, existem independentemente da vontade dos homens, embora manifestem a ação humana na atividade produtiva.” (P. S. 2003. Página 340)
Referência: SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia, 11ª edição. Editora Best Seller, São Paulo, 2003.
Exemplo: A produção de smartphones aumentou substancialmente após a popularização desses aparelhos. Consequentemente, os preços caíram.
Elocução (em retórica)
“Os sons vocais projetam-se de quem fala para quem ouve. É esta projeção dos sons vocais que se chama elocução. Na elocução, as palavras formam grupos significativos, em disposição, por assim dizer, hierarquizada.” (J.M.C.J. 1977. Página 13)
Referência: JÚNIOR, Joaquim Mattoso Câmara. Manual de Expressão Oral e Escrita, 4ª edição. Editora Vozes, 1977.
Exemplo: Às amigas a noiva perguntou: - O vestido ficou bom?
Éthos
	“Éthos, em Retórica (argumentação) é a imagem de si que o orador (o locutor) projeta no auditório para persuadi-lo a aceitar sua proposta ao lhe passar o ato comunicativo (o discurso). Fala-se, então, em éthos discursivo.
	Fala-se, outrossim, em éthos pré discursivo ou éthos prévio, isto é, a imagem que o locutor carrega (sua reputação, seu status social, por exemplo) e que constitui um fator positivo ou negativo para sua imagem.
	Com o éthos o orador|falante tenta passar ao auditório uma imagem de credibilidade. Para legitimar seu discurso, cabe ao orador oferecer ao auditório não só o que dizer (quid dicere), mas também o como dizer (quomodo dicere), ou seja, o que Maingueneau (1989, p. 100) chama de corporalidade, da qual fazem parte a voz, o gesto, a indumentária, por exemplo.” (F. T. 2014. Página 93)
	Referência: TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática/ Fabio Trubilhano, Antonio Henriques. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
Exemplo: “Não fui eu!” Disse a criança com uma expressão assustada ao ver que sua mãe tinha visto o jarro quebrado durante a brincadeira de pique-esconde.
Exaustividade (lei da-)
"Não é uma repetição da lei da informatividade. Ela especifica que o enunciador deve dar a informação máxima, considerando-se a situação." (D. M. 2004. Página 36)
Referência: MAINGUEANEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação, 3. ed. São Paulo, 2004.
Exemplo: Traficante é morto no centro do Rio de Janeiro. 
Exemplo (em argumentação)
"O argumento ab exemplo consiste em trazer à baila decisões prolatadas anteriormente e doutrinas majoritárias para interpretar a lei ou defender um ponto de vista. Um determinado caso jurídico pode ser semelhante ao outro. O direito é um conjunto de normas que são aplicadas a casos concretos. Em havendo identidade nos casos jurídicos, nada obsta o argumento de exemplificação para defender a tese do enunciador.
Uma sentença aplicada a um caso semelhante, guardada as suas devidas proporções, pode ser, a cavaleiro de dúvidas, aplicada também noutro caso. Faz-se salutar trazer ao lume o seguinte brocardo jurídico: ubi eadem ratio, ibi eadem juris dispositio, isto é, onde há a mesma razão deve haver a mesma disposição de direito." (J. M. V. 2010. Página 257)
Referência: VIANA, Joseval Martins. Manual de redação forense e prática jurídica, 6ª edição rev. e atualizada. MÉTODO, São Paulo, 2010.
Exemplo: Teve seu corpo inteiramente mutilado em praça pública para que a sociedade tomasse aquela punição como exemplo.
F f.
Finalidade (argumento da-)
"Segundo o argumento teleológico (do gr. telos, fim), tb. chamado 'argumento da finalidade' (e, no século XVIII, 'argumento fisico-teológico), há finalidade na realidade orgânica e inorgânica. Os processos são dirigidos à realização de fins. A formulação clássica do princípio é a seguinte: Omne agens agit propter finem (todo agente age por causa do fim). Argumentam os defensores do argumento que se observa, p.ex., a existência de uma relação entre o olho e a visão. Aquele órgão está adaptado a este fim, e assegura este fim. O olho é uma totalidade de partes extremamente complicadas que, juntas, asseguram a função da visão. Cada um dos elementos e partes colabora na consecução desse resultado. Verifica-se, além disso, que a relação entre olho e visão é relação permanente. Desses fatos partem os defensores do argumento nesta forma. A relação entre olho e visão revela o que se chama finalidade. Essa finalidade determina as formas de organização. Se existe, entre o olho e a visão, a relação mencionada acima - e a existência dessa relação não pode ser negada, - segue-se que a adaptação é determinada pelo fim. Disso se infere que há intenção, e da intenção se infere que há inteligência por trás do fenômeno." (A. S. 2002. Página 62)
Referência: SCHÜLER, Arnaldo. Dicionário Enciclopédico de Teologia. ULBRA, 2002, Canoas.
Exemplo: Para vencer a corrida, o piloto acelerava cada vez mais a cada volta. 
G g.
H h.
I i.
Implícito
	“Os expedientes argumentativos mais comumente utilizados são o pressuposto e o subentendido.
	Diana Barros (1988, p. 99) afirma
	“Ao enunciador é oferecida a possibilidade linguística de jogar com conteúdos implícitos, para fazer passar os valores e deles convencer o enunciatário.”
	Para implicitar conteúdos, há dois grupos: os pressupostos e os subentendidos.” (J. B. M. 2010. Página 157)
	Referência: MEDEIROS, João Bosco. Português forense: língua portuguesa para curso de direito / João Bosco Medeiros, Carolina Tomasi. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
Exemplo: Felizmente, Marina parou de tomar refrigerantes.
Incompatibilidade
"O argumento da incompatibilidade consiste em apontar uma incoerência de proposições em um sistema. Há, assim, uma contradição no sistema exposto, de forma que uma ou mais proposições não se harmonizam.
Ocorre, assim, quando há afirmação e negação de uma assertiva dentro de um mesmo sistema, ou então quando a conclusão não decorre logicamente das proposições." (F. T. 2014. Página 111)
Referência: TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática, 3ª edição. Atlas, São Paulo, 2014.
Exemplo: Protestava contra o desmatamento, mas desmatou um grande terreno para construir uma fazenda.
Indireto (discurso)
	“Há casos em que o narrador não dá a palavra ao personagem, mas faz o leitor saber com suas palavras o que ele disse. A fala do personagem chega ao leitor pela boca ou pela palavra do narrador. Esse recurso linguístico chama-se discurso indireto. Em Miriam disse: Eu te admiro temos um caso de discurso direto. Já em Miriam disse que me admirava, temos um caso de discurso indireto.
Uma característica do discurso indireto é o não interesse pela individualidade do falante revelada na maneira como ele diz as coisas. É, portanto, a forma preferida nos textos de natureza, jurídica, científica e política que têm a finalidade de criticar, rejeitar ou acolher as opiniões expressas por outras pessoas que não o narrador. Outro recurso para demarcar a fala alheia em um texto (principalmente em citações acadêmicas) é o uso das aspas. O enunciador cita um texto entre aspas para indicar a voz de um terceiro (como fizemos neste livro inúmeras vezes) ou coloca entre aspas palavras ou expressões que ele não quer assumir como suas, ou não as considera adequadas ao seu texto, ou são diferentes do seu nível de linguagem. As aspas significam afastamento do texto em questão.” (J. B. M. 2010. Página 287)
Referência: MEDEIROS, João Bosco. Português forense: língua portuguesa para curso de direito / João Bosco Medeiros, Carolina Tomasi. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
Exemplo: Bruna disse que teve que se esforçar muito para emagrecer dois quilos.
Informatividade (lei da-)
"Incide sobre o conteúdo dos enunciados e estipula que não se deve falar para não dizer nada, que os enunciados devem fornecer informações novas ao destinatário." (D. M. 2004. Página 36)
Referência: MAINGUEANEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação, 3. ed. São Paulo, 2004.
Exemplo: Avião com 28 passageiros cai no sudoeste do Paraná. 
Interlocutores
"Outra é o conceito de "interlocutores", proposto por Oliveira e Paula (2006) e Oliveira e Paula (2007), e proveniente do modelo de interação comunicacional dialógica.
A noção de interação dialógica equivale à de interação negociada. A interação dialógica supõe a capacidade de produzir momentos de troca, de captar expectativas e interesses, de desenvolver uma linguagem, atualizando-a em mensagens, conferindo materialidade às várias formas de interação entre a organização e os interlocutores afetados por suas ações. A situação de diálogo oportuniza espaços de negociação, em que os interlocutores emitem opiniões que podem modificar o percurso das decisões da organização." (Oliveira e Paula, 2006, p. 206) 
(E. d. J.; M. S. 2008. Página 119)
Referência: JESUS, Eduardo de; SALOMÃO, Mozahir. Interações plurais – A comunicação e o contemporâneo. Annablume, 2008, São Paulo.
Exemplo: Numa discussão entre amigos, Ricardo diz:
- Pelé é o rei do futebol, podem ter certeza! 
João discorda:
- Pelé é ultrapassado, o rei do futebol é o Cristiano Ronaldo!
Márcio, concordando com Ricardo, responde João:
- Quem é rei nunca perde a majestade, meu amigo!
Intertextualidade
	“Ao citar outro discurso, o discurso constitui-se num lugar de trocas enunciativas; pode revelar-se um espaço de conflito e heterogêneo ou um espaço de reprodução de ideias. Assim, um discurso tanto pode aceitar outro discurso de forma explícita ou implícita, como rejeitá-lo, ou repeti-lo em tom irônico ou de respeito. As relações interdiscursivas são, portanto, ou contratuais ou polêmicas. Suponham-se, por exemplo, dois discursos que entendam ser o Brasil um país de grandes injustiças e privilégios para algumas classes sociais. A relação entre eles será contratual. Serão polêmicos, no entanto,se um disser o contrário do outro, um contradisser o outro.” (J. B. M. 2010. Página 197)
Referência: MEDEIROS, João Bosco. Português forense: língua portuguesa para curso de direito / João Bosco Medeiros, Carolina Tomasi. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
Exemplo: Num exemplo de intertextualidade, Maurício de Sousa recria obras de relevantes pintores, usando seus personagens.
Invenção
"A busca que empreende o orador de todos os argumentos e de outros meios de persuasão relativos ao tema de seu discurso." (O.R. 2004. Página 43)
Referência: REBOUL, Olivier. Introdução à Retórica. São Paulo, Martins Fontes, 2004. 
Exemplo: Utilizando de sua retórica e capacidade de invenção, impressionou a todos em seu discurso.
Ironia
“Textos argumentativos resultam muitas vezes da habilidade do emissor em explorar a ironia, a blague, a paráfrase, a paródia. Por meio desta última, podemos destruir uma ideia valiosa, ou introduzir uma nova visão sobre os fatos.” (J. M. V. 2010. Página 165)
Referência: VIANA, Joseval Martins. Manual de redação forense e prática jurídica / Joseval Martins Viana. – 6. Ed., ver. e atualizada. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2010.
Exemplo: Aquela menina sabe usar a maquiagem tão bem, que seu rosto mais se parece com uma aquarela.
J j.
K k.
L l.
Legitimidade
	“Derivado de legítimo, exprime, em qualquer aspecto, a qualidade ou o caráter do que é legítimo ou se apresenta apoiado em lei.
	A legitimidade, pois, pode referir-se às pessoas, às coisas ou aos atos, em virtude da qual se apresentam todos segundo as prestações legais ou consoante requisitos impostos legalmente, para que consigam os objetivos desejados ou obtenham os efeitos, que se assinalam em lei.
Legitimidade. Nas ciências políticas a legitimidade do ato ou do agente refere-se à necessária qualidade para tornar válida a sua atuação em face dos demais cidadãos. 	Na CF/88, o art. 70 dispõe que “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração, direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia das receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo controle interno de cada Poder”. No art. 71, diz que o “...controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União...” e apresenta a competência deste.” (D. P. e. S. 2014. Página 832)
Referência: SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico, 31ª edição. Forense, Rio de Janeiro RJ, 2014.
Exemplo: Diante de sua legitimidade, o guarda de trânsito aplicou ao motorista infrator uma multa por excesso de velocidade.
Linguística Textual
"Estudo das operações linguísticas, cognitivas e argumentativas reguladoras e controladoras dos processos de produção, constituição, funcionamento e coompreensão dos textos escritos ou orais." (L. L. F. 2009. Página 99)
Referência: FÁVERO, LEONOR LOPES. Coesão e coerência textuais. 11. ed. São Paulo: Ática, 2009.
Exemplo: Não pude felicitar lhe pessoalmente: mandei-o, então, uma mensagem de texto.
Lítotes
“É uma figura de retórica construída quando se nega no enunciado e se afirma na enunciação (é o contrário da ironia).” (J. B. M. 2010. Página 250)
Referência: MEDEIROS, João Bosco. Português forense: língua portuguesa para curso de direito / João Bosco Medeiros, Carolina Tomasi. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
Exemplo: Sua amiga parece não estar muito confiante... 	
M m.
Metáfora
"A metáfora, considerada como a figura do discurso mais importante, primeiramente designou diversas transferências de denominação na Poética de Aristóteles, antes de referir-se apenas à transferência por analogia.
Repetindo Aristóteles (1457b), dizemos, então, que as metáforas são fundamentadas numa analogia e que não passam, efetivamente, de analogias condensadas." (A. E. d. S. 2008. Página 254)
Referência: SOUZA, Anderson Elísio de. Argumentação jurídica: teoria e prática. 3ª ed. rev. e ampl. - Freitas Bastos, Rio de Janeiro, 2008.
Exemplo: Este travesseiro é uma nuvem...
Metonímia
"Está ela baseada numa relação de contiguidade. Consiste, pois, no uso de uma palavra (ou palavras) por outra, com a qual se acha relacionada em virtude de afinidade existente entre ambas." (L. A. A. T. 2002. Página 253)
TORRANO, Luiz Antônio Alves. A língua portuguesa em seu uso forense, 2ª edição revista e ampliada. Edicamp, Campinas, 2002.
Exemplo: Enquanto ia de ônibus para o trabalho, intrigava-se lendo Clarice Lispector.
N n.
O o.
Orador
"Na opinião de Cícero, o orador deve possuir conhecimentos universais de ciências e artes. Um comunicador necessita de uma vasta cultura geral. O aspirante deveria reservar, no mínimo, 30 minutos por dia para leituras. Assistir a palestras e cursos é, também, muito benéfico porque, em contato com outras pessoas, renova-se o entusiasmo pelo conhecimento.
[...]
O orador precisa ser emotivo para dar vida ao discurso e entusiasmar a plateia. Desenvolver a imaginação, a criatividade, para mostrar até o mais trivial sob um ângulo interessante. Inteligente, para apresentar ideias e sugestões válidas, uma tese atraente. Às vezes, comportar-se como um ator, fazendo rir e chorar o público, e até como um trapezista em determinados momentos, para subir às grandes alturas do pensamento e mexer com ideias arriscadas." (I. F. F. 1992. Páginas 97; 98) 
Referência: FURINI, Isabel Florinda. Práticas de oratória. IBRASA, São Paulo, 1992.
Exemplo: Com o discurso do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil foi o primeiro orador no debate anual na Assembleia Geral da ONU em 2009.
P p.
Páthos
	"Enquanto o éthos diz respeito ao locutor, o páthos dirige-se ao auditório, com o objetivo de despertar-lhe as paixões e dessarte, comovê-lo e persuadi-lo. Assim procede, por exemplo, tanto o promotos, quanto o advogado de defesa no júri criminal. Com os olhos postos no corpo de jurados, ambos buscam excitar-lhes os sentimentos.
	Consoante Charaudeau e Maingueneau (2004, p. 371), Lausberg propõe alguns meios básicos para gerar emoções no auditório, a saber, (1) mostrar-se emocionado; (2) mostrar objetos, como faca, camisa ensanguentada; (3) descrever cenas emocionantes.
	Todo ser humano é permeável à emoção, mesmo o juiz ao proferir uma sentença. Todo ser humano é constituído de razão e emoção ou, como diz Almeida Prado (2003), de animus (razão) e anima (emoção) que influem em toda decisão judicial.” (F. T. 2014. Página 93)
Referência: TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática / Fabio Trubilhano, Antonio Henriques. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Exemplo: Sem conseguir conter as lágrimas, o réu jurava inocência ao juiz. 
Pertinência (lei da-)
"A lei da pertinência recebe definições variadas, intuitivas ou sofisticadas. Intuitivamente, estipula que uma enunciação deve ser maximamente adequada ao contexto em que acontece: deve interessar ao destinatário, fornecendo-lhe informações que modifiquem a situação." (D. M. 2004. Página 34)
Referência: MAINGUEANEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação, 3. ed. São Paulo, 2004.
Exemplo: Para divulgar a peça, seria mais adequado distribuir panfletos informando o horário, local, tema e limitação de idade da obra, além do preço dos ingressos.
Polifonia
	“Polifonia é a característica de um texto em que há muitas vozes que se manifestam de forma explícita, diferentemente, pois, dos textos monotônicos, em que há apenas uma voz. Estes escondem os diálogos que neles há. Já dialogismo é o princípio constitutivo da linguagem e do discurso. Nos textos polifônicos, as vozes mostram-se; nos textos monotônicos, as vozes ocultam-se para transmitir a impressão de voz única. Monotonia e polifonia, portanto, são efeitos de sentido. Os textos são diálogos, visto que originam do embate de diferentes vozes sociais. Vejam-se os casos de discursos autoritários (monotônicos) e poéticos ou lúdicos (polifônicos). Odiscurso autoritário abafa as muitas vezes que há nele. Nesse caso, o discurso faz-se discurso de uma verdade única, absoluta, incontestável. Para reconstruir o diálogo desaparecido são precisos outros textos que recuperam a polêmica ocultada, o confronto, a luta.” (J. B. M. 2010. Página 196)
Referência: MEDEIROS, João Bosco. Português forense: língua portuguesa para curso de direito / João Bosco Medeiros, Carolina Tomasi. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
Exemplo: Alguns pais compareceram à reunião escolar.
Pragmática
“Tem como objeto de estudo as relações sociais do homem por meio da linguagem, ou relações que se estabelecem entre enunciador e enunciatário.
	As teorias pragmáticas vistas complementam-se; sozinhas não são capazes de explicar os fatos sob análise.
	Barros (19889, p. 98) prefere a expressão teoria da argumentação, que deve ocupar-se dos diversos aspectos dos discursos relacionados à intenção do enunciador, aos efeitos a que este visa, ao produzir seu discurso, e à manipulação que pretende exercer sobre seu enunciatário.
	De modo geral, as teorias pragmáticas ocupam-se das marcas numa língua, das estruturas argumentativas, e não meio dos quais o enunciador persuade o enunciatário.
	Das teorias apresentadas podem ser extraídos três procedimentos utilizados pelo enunciador para influenciar o enunciatário: (1) o recurso de implicitar ou de explicitar conteúdos; (2) a prática de certos atos linguísticos (ilocucionais), para atingir determinados fins (prelocucionais); (3) a argumentação propriamente dita.” (F. T. 2014. Página 169)
Referência: TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática / Fabio Trubilhano, Antonio Henriques. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Exemplo: Em um ambiente fechado, um sujeito começa a fumar, incomodando os demais presentes. Até que um se manifesta:
- Cof, cof! Quanta poluição... Essa sala está precisando de um purificador de ar!
Pragmático (argumento do-)
“O argumento pragmático é um argumento das consequências que avalia um ato, um acontecimento reportando-se às suas consequências presentes ou futuras. Consoante suas consequências favoráveis ou desfavoráveis; transfere-se todo o valor destas, ou parte delas, para o que é considerado causa ou obstáculo.” (A. E. d. S. 2008. Página 217)
Referência: SOUZA, Anderson Elísio de. Argumentação jurídica: teoria e prática. 3ª ed. rev. e ampl. - Freitas Bastos, Rio de Janeiro, 2008.
Exemplo: Depois que placas, faixas e semáforos foram adicionados ao trânsito daquela cidade, o número de acidentes foi reduzido em 62%.
Pressuposição
"Diz-se da condição cujo desenvolvimento não atingiu o seu fim, ou da limitação da vontade que não chegou a tornar-se condição." (P. N. 1999. Página 855)
Referência: NUNES, Pedro. Dicionário de Tecnologia Jurídica, 13ª edição. Renovar, Rio de Janeiro, 1999.
Exemplo:
Afirmação: A mãe sente muita pena do filho que se machucou.
Interrogação: A mãe sente muita pena do filho que se machucou?
Negação: A mãe não sente muita pena do filho que se machucou.
Pressuposição: O filho se machucou.
Pressupostos
	“Para uns, os pressupostos são vistos como condições de emprego, lógico ou não.” (J. B. M. 2010. Página 157)
Referência: MEDEIROS, João Bosco. Português forense: língua portuguesa para curso de direito / João Bosco Medeiros, Carolina Tomasi. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
Exemplo: As chuvas no Sudeste continuam muito fortes.
Q q.
R r.
Retórica
“A retórica ou arte de bem falar não é muito prestigiada atualmente. Na sua origem (que remota ao século V a.C.), consistia num conjunto de técnicas destinadas a regrar a organização do discurso, segundo os objetivos a serem atingidos. Era um meio de chegar ao domínio da linguagem verbal. Além disso, a abordagem de tais técnicas levava a estudar a linguagem e seus componentes e a fazer disso um objeto de ciência. Infelizmente, a retórica confundiu rapidamente seus fins e seus meios. Reduziu-se a uma técnica de ornamentação do discurso, exagerando as sutilezas nas distinções das figuras. Depois de ter sido objeto de ensino prático da linguagem e da ciência, contribuiu para esclerosar a eloquência e sufocar o discurso verbal pela multiplicidade de regras e figuras: não tardou a apagar-se e a se tornar sinônima de afetação ou de delcamação falsa. Mas, de alguns anos pra cá, bem ela reconquistando seu lugar de honra. Assim, reeditam-se na França velhos tratados do século XVIII (Durmasais) e do século XIX (Fontanier). Volta-se a estudar, sobretudo no domínio poético. Uma breve descrição dos principais elementos da retórica talvez nos ajude a compreender as razões de seu renascimento.” (F. V. 2003. Página 47)
Referência: VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. - 12ª ed. - São Paulo, Martins Fontes, 2003.
Exemplo: Demonstrou toda sua retórica durante seu discurso no comício.
S s.
Semântica
"Reunião informativa de grande eficiência, que desperta maior interesse, desde que, nos grupos do seminário, cada indivíduo pesquise e relate o subtema que lhe é atribuído." (C. T. d. S. A. 1996. Página 110)
Referência: ANDRADE, Cândido Teobaldo de Souza. Dicionário profissional de relações públicas e comunicação e glossário de termos anglo-americanos, 2ª ed. rev. e ampl. Summus, São Paulo, 1996.
Exemplo: Diante do contexto apresentado durante a reunião, surge a importância da linguística e, mais especificamente da semântica, para o entendimento do sistema processual.
Sinceridade (lei da-)
"Diz respeito ao engajamento do enunciador no ato de fala que realiza. Cada ato de fala (prometer, afirmar, ordenar, desejar etc.) implica um determinado número de condições, de regras do jogo. Por exemplo, para afirmar algo, deve-se estar em condições de garantir a verdade do que se diz; para dar uma ordem, deve-se querer que a ordem seja obedecida, não ordenar alguma coisa impossível ou já realizada etc. A lei da sinceridade não será respeitada se o enunciador enuncia um desejo que não quer ver realizado, se afirmar algo que sabe ser falso etc." (D. M. 2004. Página 35)
Referência: MAINGUEANEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação, 3. ed. São Paulo, 2004.
Exemplo: Leu num jornal de extrema veracidade que o presidente estaria a se renunciar do cargo. 
Subentendido
	“Diana Barros (1988, p. 102) conceitua:
	O subentendido é uma opção de organização do discurso, que se oferece ao enunciador, e que leva o enunciatário a interpretar o discurso da forma que o enunciador pretende.
	Os subentendidos, como todos os implícitos, têm caráter manipulador, Outra característica dos subentendidos é a possibilidade de o enunciador escapar da responsabilidade do dizer.” (J. B. M. 2010. Página 160)
Referência: MEDEIROS, João Bosco. Português forense: língua portuguesa para curso de direito / João Bosco Medeiros, Carolina Tomasi. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
Exemplo: Um homem já de idade, fumando, se aproxima da moça e pergunta:
- Tem fogo?
T t.
U u.
V v.
Valor (em argumentação)
"Os valores estão simultaneamente na base e no termo da argumentação." (O. R. 2004. Página 165)
Referência: REBOUL, Olivier. Introdução à Retórica. São Paulo, Martins Fontes, 2004
Exemplo: Segundo muitos, os princípios da família tradicional brasileiras vêm sido ameaçados pelas telenovelas apresentadas atualmente.
Variedade linguística
"As variedades mantêm uma relação de valor umas com as outras. Em bom português, a verdade é que todas as sociedades humanas estabelecem uma hierarquia entre suas variedades atribuindo valores a este ou àquele traço da fala. Por motivos sociais e históricos, algumas variedades são consideradas boas (a essas damos o nome técnico de variedades padrões ou língua padrão) e outras más.
Quando alguém nos diz algo, nós não apenas interpretamos as informações que nos são passadas pelas palavras em si, mas também o próprio falante, e costumamos avaliar também rapidamente toda a situação em que a fala ocorre.
Em suma: as palavras nuncaestão sozinhas. E qualquer discussão sobre a linguagem, seu sentido e sua natureza deverá, obrigatoriamente, discutir também as condições reais em que ela existe." (C. A. F. 1992. Página 13)
Referência: FARACO, Carlos Alberto. Prática de texto para estudantes universitários. Vozes, Petrópolis, 1992.
"Se a variação linguística ocorre entre períodos de tempo, recebe o nome de diacrônica; se ocorre em espaços geográficos diversos, recebe o nome de variação diatópica, frequentemente conhecida pelo nome de dialeto. Para Mattoso Câmara Jr., em Dicionário de linguística e gramática (1977a, p.95), "os dialetos são falares regionais". Tais dialetos podem ser subdivididos em subdialetos. Ensina ainda que a classificação "é convencional, pois depende dos traços linguísticos escolhidos para base de classificação". Ao conceito linguístico acrescenta-se geralmente um conceito extralinguístico de ordem social ou política. Já o professor Borba (1976, p. 63) ensina que um dialeto caracteriza uma "variedade regional de uma língua". Ensina ainda que um dialeto pode constituir nova língua e que, "modernamente, se conceitua dialeto como um conjunto de isoglossas"." (M. M. d. A. 2006. Página 44)
Referência: ANDRADE, Maria Margarida de. Comunicação em língua portuguesa, 4. ed. Atlas, São Paulo, 2006.
Exemplo: Um baiano e um gaúcho se conhecem e começam a conversar:
- Oh, meu rei, tu é de onde?
- Bah, tchê! Sou do Rio Grande do Sul! Pelo teu sotaque, tu deves de ser baiano...
Verossímil
"Que é semelhante à verdade, ou tem a sua aparência; em que é possível acreditar, por não ter viso de falsidade. O mesmo que verissímil." (P. N. 1999. Página 1077)
Referência: NUNES, Pedro. Dicionário de Tecnologia Jurídica, 13ª edição. Renovar, Rio de Janeiro, 1999.
Exemplo: O delegado se pronunciou sobre o assassinato e contou à imprensa que a versão da madrasta parece ser bem mais verossímil do que a contada pelo pai, acusado de ser o autor do crime.
W w.
X x.
Y y.
Z z.