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FARMÁCIA 
FARMÁCIA INTEGRADA (FI) 
 
 
POSTAGEM 1 
 
ATIVIDADE 1 – RELATÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
O desenvolvimento de uma nova vacina para o tratamento da febre do Oropouche se mostra essencial diante da expansão territorial da doença e da ausência de medidas preventivas eficazes. A necessidade de uma nova vacina para a doença se justifica por seu avanço para áreas urbanas, riscos de complicações neurológicas e transmissão vertical, além da inexistência de imunizantes disponíveis. Este trabalho tem como objetivo propor a produção de uma vacina de RNA mensageiro (mRNA) contra o vírus Oropouche (OROV), utilizando uma abordagem moderna, segura e escalável. Esta atividade foi desenvolvida por meio da identificação de antígenos virais, síntese in vitro do mRNA, purificação por cromatografia de troca iônica, encapsulamento em nanopartículas lipídicas (LNPs), formulação e controle de qualidade. A vacina proposta codifica glicoproteínas do vírus que, ao serem produzidas nas células do hospedeiro, ativam o sistema imunológico, induzindo resposta humoral e celular. Conclui-se que a vacina de mRNA contra o OROV representa uma solução promissora, segura e eficiente para conter a disseminação dessa arbovirose negligenciada, sendo tecnicamente viável e compatível com as exigências da saúde pública moderna. 
Palavras-chave: Oropouche. Vacina de mRNA. Saúde pública. 
 
INTRODUÇÃO 
A febre do Oropouche, causada pelo vírus OROV, é uma arbovirose emergente com crescente impacto na saúde pública das regiões tropicais da América Latina. Endêmica na Amazônia, tem se expandido para áreas urbanas devido à urbanização desordenada, mudanças climáticas e ampla presença do vetor Culicoides paraensis. Com sintomas semelhantes aos da dengue, a doença é frequentemente subnotificada, dificultando o controle epidemiológico (Brasil, 2024a). 
O aumento de casos em estados como Amazonas, Acre e, mais recentemente, Espírito Santo e Ceará, evidencia a necessidade de estratégias preventivas mais eficazes. Sem vacina ou tratamento específico, o controle vetorial tem se mostrado insuficiente. Além disso, há indícios de possíveis efeitos neurológicos e transmissão vertical, o que aumenta os riscos para populações vulneráveis (Brasil, 2024b). 
Nesse contexto, o desenvolvimento de uma vacina de RNA mensageiro (mRNA) contra o OROV surge como solução promissora. A tecnologia permite resposta rápida, segurança elevada e produção escalável, como demonstrado nas vacinas contra a COVID-19. Essa abordagem representa um avanço importante no combate às arboviroses negligenciadas e amplia as possibilidades de intervenção eficaz na saúde pública brasileira. 
 
 
 
JUSTIFICATIVA 
A realização deste relatório justifica-se pela necessidade urgente de medidas preventivas frente ao avanço da febre do Oropouche (OROV) como um problema emergente de saúde pública no Brasil e na América Latina, diante do aumento expressivo de casos e da ausência de vacinas ou tratamentos específicos (Brasil, 2024a). A escolha da tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) fundamenta-se em sua comprovada eficácia, segurança e agilidade na resposta a surtos, como evidenciado durante a pandemia de COVID-19 (Abib et al., 2024). Além disso, a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2023) alerta para o risco de arboviroses negligenciadas se tornarem epidemias caso não sejam adotadas estratégias preventivas como a vacinação. Assim, este relatório propõe uma abordagem alinhada às necessidades práticas da saúde pública e aos avanços tecnológicos que tornam possível o desenvolvimento de vacinas modernas, específicas e viáveis para doenças historicamente negligenciadas. 
 
OBJETIVO 
Este trabalho propõe o desenvolvimento de uma vacina de RNA mensageiro (mRNA) contra o vírus Oropouche (OROV), como alternativa segura, eficaz e escalável para conter sua disseminação. Busca-se descrever o processo de desenvolvimento da vacina, incluindo a escolha da tecnologia, o método de purificação do insumo farmacêutico ativo (IFA) e suas vantagens frente a plataformas tradicionais, com o objetivo de subsidiar futuras ações de enfrentamento à doença no Brasil. 
 
METODOLOGIA 
A vacina contra o vírus Oropouche será desenvolvida com base na tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), utilizando a sequência gênica das glicoproteínas Gn e Gc, escolhidas por sua alta imunogenicidade. 
O RNA será sintetizado in vitro a partir de DNA molde, com modificações estruturais que garantem estabilidade e eficiência de tradução, e será encapsulado em nanopartículas lipídicas (LNPs) para facilitar sua entrega celular. A purificação do insumo farmacêutico ativo (IFA) será feita por cromatografia de troca iônica, método eficaz na remoção de impurezas e adequado para produção em larga escala. 
Após a formulação final, o produto será submetido a testes de qualidade e armazenado em condições controladas. Estão previstos ensaios pré-clínicos e clínicos para avaliação de segurança e eficácia, com foco em populações de risco e áreas endêmicas. 
DESENVOLVIMENTO 
A febre do Oropouche é uma arbovirose emergente causada pelo vírus OROV, endêmica na região amazônica e em expansão para outras áreas do Brasil e América Latina. O vírus, de RNA segmentado, é transmitido principalmente pelo maruim (Culicoides paraensis) e pode ter mosquitos Culex como vetores secundários (Coelho et al., 2024). Os sintomas são semelhantes aos da dengue e zika, o que dificulta o diagnóstico e favorece a subnotificação. Em 2023, mais de 5.000 casos foram registrados no Brasil, com surtos também em estados do Sudeste (Brasil. 2024b). Estudos apontam possíveis complicações neurológicas e risco de transmissão vertical, reforçando a urgência de medidas preventivas (Nunes et al., 2023). 
A falta de tratamento específico e de vacina disponível torna urgente o desenvolvimento de estratégias imunopreventivas, sobretudo com a utilização de plataformas modernas que acelerem a produção e garantam segurança e eficácia. A escolha da tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) justifica-se pelo seu histórico de sucesso, especialmente no contexto da pandemia de COVID-19, em que vacinas de mRNA demonstraram alta eficácia, segurança e viabilidade de produção em larga escala. 
Para o desenvolvimento desta vacina, serão adotados os procedimentos apresentados na Figura 1. 
Figura 1 – Fluxograma de desenvolvimento da vacina 
 
 Fonte: Elaborado pelos autores (2025) 
O processo de desenvolvimento da vacina começa com a identificação dos antígenosalvo, que neste caso são as glicoproteínas Gn e Gc do OROV, devido à sua exposição na superfície viral e papel essencial no processo de entrada do vírus nas células hospedeiras. A sequência gênica que codifica essas proteínas é então otimizada e transcrita in vitro, resultando na síntese do RNA mensageiro. 
Essa transcrição utiliza um molde de DNA linear e enzimas específicas, como a RNA polimerase T7, além de nucleotídeos modificados que aumentam a estabilidade e reduzem a imunogenicidade não específica do RNA. Durante essa etapa, elementos estruturais como a cauda poli-A e a adição de um 5’ cap são incorporados, favorecendo a tradução eficiente do RNA nas células humanas. 
Após a síntese, o mRNA é encapsulado em nanopartículas lipídicas (LNPs), estruturas responsáveis por proteger o RNA da degradação e facilitar sua entrada nas células. Essas nanopartículas são compostas por lipídios catiônicos, fosfolipídios e colesterol, e formam um sistema de entrega altamente eficiente por via intramuscular. Essa formulação permite que, após a administração, as células do organismo recebam o RNA e o traduzam na proteína viral correspondente, desencadeando uma resposta imune forte, tanto humoral (produção de anticorpos) quanto celular (ativação de linfócitos T). A indução dessa resposta imune é fundamental para gerar memória imunológica e proteger o indivíduo em caso de exposição ao vírus real. 
A purificação do RNA produzido é uma etapa crítica no processo de fabricação da vacina. O método adotado para essa finalidade éa cromatografia de troca iônica (Ion Exchange Chromatography – IEX), ideal para separar moléculas carregadas como o RNA de contaminantes residuais como DNA, enzimas e nucleotídeos livres. Segundo Imiolek et al., (2025), esse método aproveita a carga negativa do RNA para ligá-lo a uma matriz de carga positiva na coluna cromatográfica, sendo posteriormente eluído com soluções salinas graduais. A IEX oferece alto rendimento, preserva a integridade estrutural do RNA e é compatível com escalonamento industrial, o que a torna a escolha mais eficiente para essa plataforma. Após essa etapa, o RNA é formulado com os lipídios e passa por rigorosos testes de qualidade, incluindo verificação de esterilidade, pureza, integridade do RNA e eficiência de encapsulamento. 
Para reforçar a escolha da tecnologia de RNA mensageiro frente às alternativas clássicas, é relevante comparar suas características técnicas com outras plataformas vacinais já consolidadas, como as vacinas de vírus atenuado e inativado. As vacinas de mRNA se destacam pela segurança elevada, especialmente em indivíduos imunocomprometidos, uma vez que não utilizam o vírus completo, vivo ou morto, eliminando qualquer risco de infecção ou reativação viral. Além disso, oferecem uma resposta imunológica ampla, capaz de ativar tanto a produção de anticorpos quanto a resposta celular mediada por linfócitos T, o que é essencial para proteção eficaz contra o OROV. Em contrapartida, exigem armazenamento em baixas temperaturas e demandam investimento inicial significativo em tecnologia. 
Já as vacinas de vírus atenuado, apesar de estimularem uma resposta imunológica muito forte e duradoura, apresentam riscos de reativação viral e são contraindicadas para imunossuprimidos. Seu desenvolvimento é mais lento, pois envolve a adaptação do vírus em culturas celulares até que perca sua virulência. As vacinas de vírus inativado, por sua vez, são mais seguras e estáveis, mas induzem uma resposta imune mais limitada, geralmente exigindo múltiplas doses e adjuvantes para atingir níveis protetores adequados. A tabela a seguir resume as principais características comparativas dessas três plataformas vacinais: 
 
Tabela 1 – Características comparativas das plataformas vacinais 
	Características 
	Vacina de mRNA 
	Vírus Atenuado 
	Vírus Inativado 
	Segurança em imunocomprometidos 
	Alta (sem vírus vivo) 
	Baixa 
	Alta 
	Resposta imunológica 
	Alta (humoral e celular) 
	Muito alta 
	Moderada 
	Tempo de desenvolvimento 
	Rápido 
	Lento 
	Intermediário 
	Custo de produção inicial 
	Alto 
	Moderado 
	Moderado 
	Necessidade de conservação em baixas temperaturas 
	Sim 
	Não 
	Não 
	Risco de reativação viral 
	Não 
	Sim 
	Não 
Fonte: Elaborado pelos autores (2025) 
Essa comparação evidencia a superioridade da tecnologia de mRNA no contexto atual de inovação em vacinas, especialmente para arboviroses emergentes e negligenciadas como a febre do Oropouche, em que agilidade, segurança e especificidade são fatores determinantes para conter surtos em expansão. 
Com base nos dados epidemiológicos atuais, o desenvolvimento de uma vacina contra o OROV é uma medida urgente para evitar a expansão da doença, especialmente diante do risco de urbanização do ciclo de transmissão. A proposta apresentada neste relatório representa uma estratégia promissora, alinhada aos avanços tecnológicos e às diretrizes internacionais de saúde pública, e visa contribuir para o fortalecimento das ações de imunização no Brasil e na América Latina. 
A implementação de um projeto piloto de desenvolvimento, seguido de ensaios préclínicos e clínicos em fases, permitirá validar a eficácia e segurança da vacina, estabelecendo as bases para sua futura produção e distribuição em larga escala, com foco prioritário em regiões endêmicas e populações vulneráveis. 
 
CONCLUSÃO 
Diante do avanço da febre do Oropouche e da falta de medidas preventivas, este trabalho propôs uma vacina de RNA mensageiro como solução eficaz para conter a doença. A escolha do OROV se baseia em dados epidemiológicos que evidenciam seu crescimento e risco de urbanização, especialmente em áreas vulneráveis. 
A tecnologia de mRNA oferece vantagens como agilidade, segurança e resposta imune específica, sendo superior às plataformas tradicionais em cenários emergenciais. A metodologia inclui desde a seleção do antígeno até a purificação do IFA por cromatografia de troca iônica. 
Conclui-se que a vacina proposta é viável e estratégica para o enfrentamento de arboviroses negligenciadas, contribuindo para a ampliação da imunização e fortalecimento da saúde pública no país. 
 
REFERÊNCIAS 
ABIB, Gabriel Fares et al. Eficácia das Vacinas Contra a COVID-19 em Populações com Comorbidades: Uma Revisão Sistemática. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 8, p. 881-895, 2024. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico: Febre do Oropouche – 2024. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde, 2024a. Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: 30 mar. 2025. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Febre do Oropouche: Entenda o que é e como se prevenir. Brasília: Ministério da Saúde, 2024b. Disponível em: https://www.gov.br/saude/ptbr/assuntos/saude-com-ciencia/noticias/2025/janeiro/febre-do-oropouche-entenda-o-que-e-ecomo-se-prevenir. Acesso em: 30 mar. 2025. 
COELHO, L. M. et al. Clinical and epidemiological aspects of Oropouche fever: challenges in arboviral surveillance. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 58, n. 2, p. 1-9, 2024. 
IMIOŁEK, Mateusz et al. Ion exchange chromatography of biotherapeutics: Fundamental principles and advanced approaches. Journal of Chromatography A, p. 465672, 2025. 
NUNES, M. R. T. et al. Oropouche virus: a neglected arbovirus with potential neurological impact. Emerging Infectious Diseases, Atlanta, v. 29, n. 11, p. 2045-2052, 2023. 
WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Research and development for epidemic preparedness: diseases requiring urgent R&D efforts. Geneva: WHO, 2023. Disponível em: https://www.who.int/activities/priority-diseases. Acesso em: 5 abr. 2025. 
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