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O que a Derivada nos diz sobre a função f ? Funções crescentes e decrescentes Definição: Consideremos f uma função definida em um intervalo aberto I e tomemos dois pontos quaisquer, pertencentes a I. a) f é crescente em I se quando b) f é decrescente em I se quando 1 2 ,f x f x 1 2.x x 1 2.x x 1 2 ,f x f x 1 2e ,x x função crescente função decrescente Derivada crescimento, decrescimento ? Função crescente derivada positiva (o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função é positivo) Função decrescente derivada negativa (o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função é negativo) 1 1 1 1 ( ) ( ) '( ) lim x x f x f x f x x x Função constante derivada nula (o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função é igual a zero) Teste para Funções Crescentes e Decrescentes Considere f uma função contínua em [a,b] e derivável em (a,b). Se f (x) possui derivada positiva para todo x (a,b) , então f é crescente em (a,b). Se f(x) possui derivada negativa para todo x (a,b), então f é decrescente em (a,b). Se f(x) possui derivada igual a zero para todo x (a,b), então f é constante em (a,b). Ex.1 Verifique se f (x) = x2 – 2x é crescente ou decrescente em x = 0. Ex. 2 Determine os intervalos nos quais as funções dadas crescem e os intervalos onde elas decrescem: 32 8 3 x f x x a) b) f (x) = ln (x + 5) f ’(x) > 0 se x > 5 c) f (x) = exp(x) f ’(x) < 0, x OBS. A análise sobre o crescimento e decrescimento de uma função f é sempre feita em um intervalo aberto, ou seja, não consideramos as extremidades no intervalo onde a função cresce ou decresce. Extremos de uma Função Extremos Absolutos Definição. Dizemos que uma função f tem máximo absoluto se e para todos os valores de x no domínio de f. O número é denominado de valor máximo de f em D. De modo análogo, dizemos que uma função f tem mínimo absoluto se e para todos os valores de x no domínio de f. Nesse caso, o número é denominado de valor mínimo de f em D. 0f x 0x D f 0f x f x 0f x 0f x 0x D f 0f x f x 0f x no intervalo fechado o maior valor que a função assume é 1 e o menor valor que a função assume é -1. Nesse caso, dizemos que: “a função f(x) assume valor máximo (absoluto) igual a 1 e valor mínimo (absoluto) igual a -1.” π π , 2 2 no intervalo fechado o maior valor que a função assume é 1 e o menor valor que a função assume é 0. Nesse caso, dizemos que: “a função g(x) assume valor máximo (absoluto) igual a 1 e valor mínimo (absoluto) igual a 0.” π π , 2 2 OBS. 1. No caso de a função assume o valor mínimo 0 duas vezes, ou seja, em e em . Isso significa que é possível um extremo absoluto ocorrer em dois ou mais pontos de um intervalo. cos ,g x x π 2 x π 2 x 2. Funções definidas pela mesma regra podem ter extremos diferentes, dependendo do domínio da função. Para ver esse fato, considere a função definida em vários domínios diferentes. cosg x x Teorema: Se uma função f for contínua em um intervalo fechado [a,b], ela sempre terá um mínimo e um máximo absoluto nesse intervalo. Mais ainda, os extremos absolutos vão estar no interior de (a,b) ou nas extremidades deste. máximo absoluto em [-1, 3] f não é contínua neste intervalo 2 1 ( 1) 1 3 y x x Extremos Locais ou Relativos f (x) = 3x4 – 12 x2 2,5 2x Definição. Uma função contínua f tem um máximo local (ou máximo relativo) em x0 , se existir um intervalo aberto (a, b) (no domínio de f ), contendo x0, tal que para todo x (a,b). 0f x f x Definição. Uma função contínua f tem um mínimo local (ou mínimo relativo) em x0 , se existir um intervalo aberto (a, b) (no domínio de f ), contendo x0, tal que para todo x (a,b). 0f x f x Como encontrar os extremos locais de uma função? Nos pontos de máximo ou de mínimo local de uma função f, a reta tangente é horizontal (desde que ela exista) e, portanto, tem coeficiente angular igual a zero. Além disso, pode existir um extremo local da função em um ponto mesmo quando não existe. 0 ,x x 0'f x OBS: Se uma função contínua f tiver um máximo ou um mínimo local em e existir, então 0 ,x x 0'f x 0' 0.f x Exemplos: 01. ( ) sen , 2 f x x x 0'( ) cos 0 2 f x 2 02. ( ) 4 3, 2y x x x x '( ) 2 4 '(2) 0 y x x y OBS: Não vale a recíproca, ou seja, se ou não existe, não significa que x0 seja um ponto de máximo ou mínimo local de f. 0'( ) 0f x Exemplos: f (x) = x3 Definição: Um valor é denominado um número crítico da função f se ou não existe. 0x D f 0' 0f x 0'f x OBS: Quando dizemos que x0 é um número crítico de uma função estamos nos referindo à abscissa do ponto crítico ,y f x 0 0, .x f x Geometricamente, em um número crítico onde , a reta tangente ao gráfico de f em é horizontal. 0x 0' 0f x 0x Em um número crítico onde não esteja definida, não existe uma reta tangente horizontal em . Nesse caso, existe uma reta tangente vertical ou não existe reta tangente alguma. 0x 0'f x 0x Ex. Determine, se existir, os números críticos das funções: 3f x x x 2g x x 1 1 z x x ( ) tx t e Se uma função f for contínua no intervalo fechado [a,b] e se f(x0) for um valor extremo (máximo ou mínimo) em [a,b], então ou x0 é um número crítico ou é uma das extremidades do intervalo. Portanto, para encontrar os extremos de uma função contínua f definida num intervalo fechado [a,b] devemos: encontrar os números críticos de f no intervalo aberto (a,b); calcular o valor da função nos números críticos calcular o valor da função nas extremidades do intervalo, ie, f(a) e f(b); comparar os valores: o maior de todos será o máximo absoluto e o menor deles, o mínimo absoluto. Extremos em intervalos fechados Ex 1: Sabendo que f (x) = x3 – 27x, determine os extremos absolutos de f no intervalo fechado [–3,5]. Solução 2 2' 3 27 3 9 '( ) 0 3f x x x f x x f (3) = 54 (ponto crítico) f (3) = 54 (extremidade) f (5) = 10 (extremidade) Procurar números críticos em (–3,5): Mas x = –3 é extremidade. Portanto, o único número crítico em (–3,5) é x = 3. Calcular o valor de f (x) em x = 3 e nas extremidades: Portanto, o valor máximo absoluto de f em [3,5] ocorre em x = 3 e é igual a 54, enquanto que o valor mínimo absoluto ocorre em x = 3 e é igual a 54. Ex 2: Determine os extremos absolutos de f no intervalo fechado [1,5], se Solução 23( ) ( 2)f x x Procurar números críticos em (1,5): 2 3 1 3 2 ( ) ( 2) '( ) 0, 3( 2) f x x f x x x '( ) 2 e 2 (1,5).f x x Portanto, 2 é o único número crítico de f. Calcular o valor de f (x) em x = 2 e nas extremidades: f (2) = 0 (ponto crítico) f (1) = 1 (extremidade) f (5) = (extremidade)3 9 Portanto, o valor máximo absoluto de f em [1,5] ocorre em x = 5 e é igual a , enquanto que o valor mínimo absoluto ocorre em x = 2 e é igual a 0. 3 9 Critérios para estudar anatureza dos números críticos Teste da Derivada Primeira: Seja f uma função diferenciável em um intervalo aberto (a,b) e considere x0 (a,b) um número crítico de f. Então: a) f tem um máximo local em x0, se f ’(x0) > 0 para x < x0 e f ’(x0) < 0 para x > x0 , ou seja, se a função estiver passando de um estado de crescimento para um estado de decrescimento. b) f tem um mínimo local em x0, se f ’(x0) < 0 para x < x0 e f ’(x0) > 0 para x > x0 , ou seja, se a função estiver passando de um estado de decrescimento para um estado de crescimento. c) Se não mudar de sinal em x0 (ou seja, se em qualquer vizinhança de x0, o sinal de f’(x) for o mesmo), então f não tem máximo nem mínimo local em x0. Ex 1. Determine os números críticos e os máximos e mínimos locais da função f(x) = x3 – x (se existirem). Ponto de máximo local: (0,57; 0,38) Ponto de mínimo local: (0,57; 0,38) Ex 2. Determine os números críticos e os máximos e mínimos locais da função f(x) = 3x3 – 4 (se existirem). Não existe ponto de máximo local nem ponto de mínimo local. Ex 3. Determine os números críticos e os máximos e mínimos locais da função f(x) = |x2 + 8x + 12| (se existirem). Ponto de máximo local: (4, 4) Pontos de mínimo local: (6, 0); (2, 0) Derivadas de ordem superior (notação) (derivada de primeira ordem de f em relação à x)'( ) df f x dx 2 2 ''( ) d df d f f x dx dx dx 2 3 2 3 '''( ) d d f d f f x dx dx dx (derivada de segunda ordem de f em relação à x) (derivada de terceira ordem de f em relação à x) 3 4 3 4 ( )iv d d f d f f x dx dx dx 1 1 ( ) n n n n n d d d f f x dx dx dx (derivada de quarta ordem de f em relação à x) (derivada de ordem n de f em relação à x) 23 Ex: 3 2( ) 3 4 6f x x x x 1. Encontre a derivada de todas ordens da função ( ) 5sen 10cosg x x x x 2. Encontre g’’’(x) se 3. Encontre f (n) (x) se 2( ) x f x e 24 Interpretações da segunda derivada: 1. Física: aceleração instantânea Ex 1: Uma partícula move-se ao longo de uma reta com a seguinte equação de movimento: , onde s cm é a distância orientada da partícula até a origem em t segundos. Determine t, s e v (velocidade) quando a aceleração a for nula. 2 4 ( ) 2 1 t t s t t Ex 2. Uma partícula move-se ao longo de uma reta de acordo com a lei do movimento , onde s é a distância (m) da partícula ao ponto inicial em t segundos. Determine a velocidade e a aceleração da partícula quando t = 3 segundos. 2( 1) ln( 1)s t t 25 Definição: Seja f uma função derivável em um intervalo aberto ]a,b[. Dizemos que: f é côncava para cima em ]a,b[ se a função derivada f ’(x) for crescente em ]a,b[, ou seja, se f ”(x) > 0 para todo x em ]a,b[. f é côncava para baixo em ]a,b[ se a função derivada f ’(x) for decrescente em ]a,b[, ou seja, se f ”(x) < 0 para todo x em ]a,b[. 2. Gráfica: Concavidade do gráfico da função "( ) 0f x "( ) 0f x 26 Ex 1. Encontre os extremos locais da função . 3 22 3 12 7f x x x x máximo local f (–2) = 13 mínimo local f (1) = –14 Teste da Derivada Segunda: Seja f uma função diferenciável no intervalo ]a,b[, tal que existe a derivada segunda de f em Se é um número crítico de f, então: a) f tem um máximo local em x0. b) f tem um mínimo local em x0. c) f pode ter um mínimo local, um máximo local ou nenhum dos dois. , .a b 0 ,x a b 0'' 0f x 0'' 0f x 0'' 0f x 3 26 3 2 x f x x x Ex 2. Encontre os extremos locais da função . 23 ' 6 6 0 2 2 x f x x x "( ) 3 6 "(2) 0f x x f '( ) 0, 2 é sempre crescente.f x x f 27 Teste da primeira derivada: ' 1 40 0 ' 0 se 0.f f x x 1 5 ' 0 ' 0 se 0 1. 2 4 f f x x Portanto, f tem um máximo local em x = 0 e seu valor é f (0) = 0. 28 Ex 3. Encontre os extremos locais da função . 5 44 5f x x x 4 3 3' 20 20 20 1 0 0 ou 1.f x x x x x x x 3 2'' 80 60 "(0) 0 e "(1) 20.f x x x f f '' 1 20 0f '' 0 0f em x = 1 temos um mínimo local. o teste da derivada segunda falha. Definição: Um ponto (x0, f (x0)) será um ponto de inflexão do gráfico de uma função contínua f, se existir uma única reta tangente ao gráfico de f nesse ponto e um intervalo aberto (a,b) contendo x0, tal que, para todo , tem-se: ( , )x a b 0 0) "( ) 0 se e "( ) 0 se oui f x x x f x x x 0 0) "( ) 0 se e "( ) 0 se .ii f x x x f x x x Assim, um ponto de inflexão é um ponto do gráfico de uma função onde existe uma única reta tangente nesse ponto e onde a concavidade do gráfico muda. Pontos de Inflexão 3 2 , 0 ( ) 2 , 0 x x f x x x x Como determinar os pontos de inflexão? Candidatos: pontos x0 tais que f ”(x0) = 0 ou f ”(x0) não existe. Para verificar se os candidatos são, de fato, pontos de inflexão, é necessário verificar se existe uma única reta tangente ao gráfico de f pasando pelo ponto (x0, f(x0)) e se f ”(x) muda de sinal em uma vizinhança de x0 . Ex. Encontre os pontos de inflexão de em 2cosf x x x 0,2 . '' 2cos 0 sef x x 3 e . 2 2 x x candidatos 3 e 2 2 x x Portanto, são pontos de inflexão do gráfico de f. 2cos , 0 2f x x x x '( ) 1 2senf x x "( ) 2cosf x x " 2cos 2 0 4 4 f " 2cos 1 0f " 2 2cos 2 1 0f Proposição: Suponha que f ”(x) e f ’’’(x) existam para todo x (a, b) e considere x0 (a, b). Se então (x0, f(x0)) é um ponto de inflexão do gráfico de f. 0 0"( ) 0 e '''( ) 0f x f x Ex 1. Encontre os pontos de inflexão da função Solução Derivando a função duas vezes e igualando a segunda derivada à zero, obtemos: 5 4 3 2 1 20 6 6 x x x f x x 4 3 2 3 2 3 2 5 4 ' 2 20 6 2 20 12 2 '' 2 2 2 20 6 2 x x x f x x x x x f x x x x 2 2'' 0 2 2 2 1 0 2 e 1 f x x x x x x x x candidatos a ponto de inflexão 3 2'' 2 2f x x x x 2'''( ) 3 4 1f x x x candidatos: 2, 1x x '''( 2) 3 0 '''( 1) 2 0 '''(1) 6 0 f f f Logo, o gráfico de f tem ponto de inflexão em 2 e em 1.x x Ex 2. Encontre os pontos de inflexão da função 5 33 .f x x 5 2 1 233 3 5 ' 3 5 5 '( ) 3 f x x x x f x x Solução 2 1 1 3 3 3 2 10 10 '' 5 '' 0 e '' 0 3 3 3 f x x x f x x f x 3 3 10 0 '' 0 3 10 0 '' 0 3 x f x x x f x x Portanto, a concavidade de f muda em x = 0 e, portanto, (0,0) é um ponto de inflexão do gráfico de f. OBS.: 1. Em um ponto de inflexão, o gráfico não pode ser interrompido. Ou seja, a função é contínua em um ponto de inflexão. 2.Nem todos os pontos onde a derivada segunda se anula são pontos de inflexão. 4 2( ) "( ) 12 "(0) 0, mas "( ) 0 . f x x f x x f f x x Ex: 3. Vimos que um ponto é um ponto de inflexão da função f se, em houver inversão na concavidade do gráfico de f. Em outras palavras, é crescente de um lado de edecrescente do outro lado, e vice-versa. Assim, os pontos de inflexão de f ocorrem onde a derivada tiver um máximo ou um mínimo relativo. 0 0,P x f x 0 ,x x 'f x 0 ,x x 'f x Assíntotas Uma assíntota é uma reta para a qual o gráfico de uma função tende, em determinadas situações. assíntota horizontal assíntotas horizontal e vertical assíntota oblíqua Definição 1: A reta x = a é uma assíntota vertical do gráfico de uma função f, se pelo menos uma das seguintes afirmações for verdadeira: ( ) lim ( ) x a i f x ( ) lim ( ) x a ii f x ( ) lim ( ) x a iii f x ( ) lim ( ) x a iv f x Ex 1. A reta x = 2 é uma assíntota vertical do gráfico de 2 1 ( ) ( 2) f x x 2 2 1 lim ( 2)x x 2 2 1 lim ( 2)x x Ex 2. A reta x = 3 é uma assíntota vertical do gráfico de y = ln (x + 3). 3 lim ln( 3) x x Ex 1. As retas y = 1 e y = –1 são assíntotas horizontais do gráfico de 2 : 2 x f x x 2 lim 1 2x x x 2 lim 1; 2x x x Definição 2: A reta y = b é uma assíntota horizontal do gráfico de uma função f, se pelo menos uma das seguintes afirmações for verdadeira: ( ) lim x i f x b ( ) lim x ii f x b Ex 3. A reta y = 0 é assíntota horizontal do gráfico de . 2( ) xf x x e 2lim x x x e 2lim x x x e assíntota horizontal quando x . Ex 2. A reta y = 2 é assíntota horizontal do gráfico de 1 ( ) 2 .f x x 1 lim 2 2 x x 2 lim ? xx x e Regra de L’Hopital Se f e g são funções diferenciáveis em um intervalo aberto I, contendo a, tal que Se f e g são funções diferenciáveis tais que( ) 0 lim ( ) 0x f x g x ( ) lim ( )x f x g x ou 0 lim 0x a f x g x ou lim x a f x g x ( ) '( ) lim lim ( ) '( )x x f x f x g x g x ' lim lim 'x a x a f x f x g x g x Exemplos: 0 1 2 ) lim lnx a x x 2 1) lim xx x e 1 1 2 ) lim lnx b x x 1 2 ) lim lnx c x x A.V. A.V. A.H. A.H. 2 3 2 7 3 ) lim x x x a x x 2 3 20 7 3 ) lim x x x b x x 2 3 21 7 3 ) lim x x x c x x SoftwareMathematica Software WinPlot assíntota 0 sen 1) lim 1 x x x 0 1 2) lim ln x x a a x Limites fundamentais Outros exemplos para uso da regra de L’Hopital: 1 3) lim 1 x x e x a = 3 20 1 1 4) lim 2 x x e x x CUIDADOS: 2 lim 2x x x sen cos lim lim 1 cos sen x x x x x x 2) 1. Nem sempre a regra resolve o problema Ex: sen sen 0 0 lim 0 1 cos 1 cos 1 ( 1) 2x x x Construção do Gráfico 1) ( ) xf x xe 2 2 2) ( ) 4 x f x x 2/3 5/33) ( ) 5f x x x 47 Teorema: Seja f uma função contínua em um intervalo aberto I contendo o número c. Se f (c) for um extremo relativo de f em I e se c for o único número em I no qual f tem um extremo relativo, então f (c) será um extremo absoluto de f em I. Além disso: (i) Se f (c) for um valor máximo relativo de f em I, então f (c) será um valor máximo absoluto de f em I; (ii) Se f (c) for um valor mínimo relativo de f em I, então f (c) será um valor mínimo absoluto de f em I. Problemas de Otimização Exemplo 1. Se uma lata fechada com um volume fixo deve ter a forma de um cilindro circular reto, encontre a razão entre a altura e o raio da base para que a quantidade de material usado na sua fabricação seja a menor possível. Resolução de Problemas Exemplo 2. Uma caixa fechada com base quadrada deve ter o volume de 2.000 cm3. O material da tampa e da base deve custar R$ 3,00 por m2 e o material para os lados custa R$ 1,50 por m2. Encontre as dimensões da caixa que garantam o custo mínimo para sua fabricação. Exemplo 4. Em medicina frequentemente é aceito que a reação R a uma dose x de uma droga é dada por uma equação da forma , onde A e B são constantes positivas. A sensibilidade de alguém a uma dose x é definida por . Para que valor de x a sensibilidade à droga é máxima? 2 ( )R Ax B x dR dxExemplo 3. Encontre um ponto sobre a parábola mais próximode (1,4). 2 2y x Diferenciais Definição: Se f é uma função diferenciável em um intervalo aberto I, contendo a, então a diferencial de f em a, denotada por df(a), será dada por , onde x é um incremento arbitrário de x na vizinhança de a, ou seja, . ( ) '( )df a f a x x x a Obs.: Definimos a diferencial de x como sendo dx = x e a diferencial de f, em um ponto x qualquer, é então denotada por df (x) = f’(x) dx . Exemplos: 5 2 41) ( ) 3 9 ( ) (5 6 )f x x x df x x x dx 7 72) ( ) ( ) 7t tg t e dg t e dt 2 2 3 1 2 3) sen tg (cos sec )y dy d dx ( ) ( )y f a x f a 0 0 ( ) ( ) '( ) lim lim x x f a x f a y f a x x '( ) se 0, ou seja, y f a x x Seja 0 '( )x y f a x df(a) Como interpretar a diferencial? ( )df a y Ex 1. Seja y = x2 – 1 e x um incremento de x. Se x varia de 2 para 2,01 determine os valores de y e dy. Solução ( ) ( )y f x x f x Neste caso, x = 2 e x = 0,01. Portanto, (2 0,01) (2) (2,01) (2) 3,0401 3 0,0401.y f f f f Por outro lado, dy = 2x dx, onde x = 2 e dx = 0,01. Portanto, 4 0,01 0,04.dy 40,0401 0,04 0,0001 10 .y dy 52 Ex 2. Seja y = ex e x um incremento de x. Se x varia de 2 para 2,01 determine os valores de y e dy. Solução (2 0,01) (2) (2,01) (2) 7,4633 7,3891 0,0742.y f f f f 2 0,01 0,07389.dy e 40,0742 0,07389 0,0003 3 10 .y dy 53 Ex 2. A área de um círculo de raio r é dada por A(r) = r2. Se a medida do raio do círculo é de r = 5 cm com um erro possível de no máximo 0,01 cm, use diferenciais para estimar o erro resultante no cálculo da área do círculo. Solução r = 5 (raio medido) Se o erro na medida do valor de r for denotado por dr = r, então: –0,01 ≤ dr = r ≤ 0,01 (erro possível) O erro correspondente no cálculo do valor de A é A, que pode ser aproximado pela diferencial: A dA = A’(r) dr = 2r dr Para r = 5 e A’(r) = 2r temos que A’(5) = 2..5 = 31,4. Portanto, o erro no cálculo da área é: dA = 31,4 dr = 31,4 (0,01) 0,31 cm2 54 OBS.: O erro relativo nos dá uma ideia melhor acerca do erro cometido no exemplo 2. O erro relativo é calculado dividindo-se o erro pela área total 2 2 2 A dA rdr dr A A rr 0,01 0,002 0,2% 0,004 0,4% 5 dr dA r A Ex 3. A lei de atração gravitacional de Newton afirma que a força F de atração de duas partículas de massas m1 e m2 é dada por F = G m1 m2 / s 2, onde G é uma constante e s é a distância entre as partículas. Se s = 20 cm, use diferenciais para aproximar a variação de s que aumente F em 10%. Solução 55 1 2 1 2 2 3 2 ( ) G m m G m m F s dF ds s s 2 1 2 3 1 2 2 2 dF G m m s ds ds F s G m m s 0,1 2 0,05 5% ds ds s s Logo, para aumentar a força em 10% é necessáriodiminuir 5% a distância entre as partículas, independente da distância em que estejam. 56 f (x) 0 '( )x y f a x equação da reta tangente – aproximação linear Assim, quando os valores de x estão suficientemente próximos de a, os valores de podem ser utilizados como aproximações dos valores da função f. 'y f a f a x a Outra interpretação da diferencial: 57 ( ) ( ) '( ) ( )f a x f a f a x a ( ) ( ) '( ) ( )f x f a f a x a Ex 1. Encontre a aproximação linear da função no ponto . ( )f x x(2, 2) 1 ' 2 f x x Solução 1 2 ' 2 2 2 2 2 2 y f f x y x Portanto, y = 0,3536x + 0,7071 (aproximação pela reta tangente). reta tangente x 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6 2.8 1,0954 1,1832 1,2649 1,3416 1,4142 1,4832 1,5492 1,6125 1,6733 y = 0,3536x + 0,7071 1,1317 1,2023 1,273 1,3436 1,4143 1,485 1,5556 1,6263 1,6969 ( )f x x 58 ALERTA!! A aproximação linear de uma função f depende do ponto de tangência, ou seja, pontos diferentes sobre o gráfico de f geram aproximações lineares diferentes. Ex 2. Encontre a aproximação linear da função f (x) = x3 + 2 x, próximo de x = 0. Solução f (0) = 0 e f ’(x) = 3 x2 + 2 f ’(0) = 2. Assim, a equação da reta tangente ao gráfico de f, no ponto (0,0), é dada por: 0 ' 0 0 0 2 2 0, ( ) 2 . y f f x x x x f x x 59 Ex 3. Calcule um valor aproximado de . Solução 50 ( ) , 49.f x x a Aproximação linear: ( ) ( ) '( ) , ondef x f a f a dx dx x a 1 1 '( ) '(49) 142 f x f x 1 ( ) 7 ( 49) 3,5 14 14 x f x x 50 (50) 3,5 7,071429 14 f Pela calculadora: 7,071069 60 Ex 4. Calcule um valor aproximado de . Solução sen 28 ( ) sen , . 6 f x x a Aproximação linear: ( ) ( ) '( ) , ondef x f a f a dx dx x a 3 '( ) cos ' 6 2 f x x f 1 3 3 1 3 ( ) ( ) 2 2 6 2 2 12 f x x x 7 3 7 1 3 3 7 1 1 0,46977 45 2 45 2 12 2 45 6 2 f Pela calculadora: 0,46947 28 28 180 7 45 x rad x 61
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