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Documento teoria contabilidade 12

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Aula 12: A avaliação do passivo e a Resolução 1282/2010 do CFC
As disposições gerais mencionadas no diploma legal das Normas Brasileiras de Contabilidade do CFC estabelecem as regras de avaliação dos componentes do patrimônio de uma entidade com continuidade prevista nas suas atividades. Faz parte destas regras o olhar contábil para as evidenciações descritas nos relatórios oficiais. Vamos enumerar alguns desses pressupostos:
*Os componentes do patrimônio são avaliados em moeda corrente nacional. *Os componentes do patrimônio em moeda estrangeira são convertidos ao valor da moeda corrente nacional, à taxa de câmbio da data da avaliação. *As parcelas dos encargos financeiros prefixados não incorridos são registradas separadamente e demonstradas como valores redutores das contas ou do grupo de contas que lhes deram origem. *Os componentes do patrimônio com cláusula de atualização monetária pós-fixada são atualizados até a data da avaliação. Valor de mercado é o preço à vista praticado, deduzido das despesas de realização e da margem de lucro. As avaliações feitas pelo valor de mercado devem ter como base transação mais recente, cotação em bolsa e outras evidências disponíveis e confiáveis. *Valor presente é aquele que expressa o montante ajustado em função do tempo a transcorrer entre as datas da operação e do vencimento, de crédito ou obrigação de financiamento, ou de outra transação usual da entidade, mediante dedução dos encargos financeiros respectivos, com base na taxa contratada ou na taxa média de encargos financeiros, praticada no mercado. *Quando, concretamente, a lei dispuser diferentemente desta norma, o profissional deve observar a ordem legal, em seu trabalho. A Resolução 732/92 do CFC, no que se refere à avaliação do Passivo, descreve os seguintes pontos relevantes para nosso estudo: 
*As obrigações e os encargos, conhecidos ou calculáveis, são computados pelo valor atualizado até a data da avaliação. *Os passivos contingentes, decorrentes de obrigações trabalhistas, previdenciárias, fiscais, contratuais, operacionais e de pleitos administrativos e judiciais, são provisionados pelo seu valor estimado. *As obrigações em moeda estrangeira são convertidas ao valor da moeda corrente nacional, à taxa de câmbio da data da avaliação. *As obrigações de financiamento contraídas a valor prefixado são ajustadas ao valor presente. *As demais obrigações com valor nominalmente fixado, e com prazo para pagamento, são ajustadas ao valor presente. Lima (2008) define: 
 Este termo no sentido mais amplo, tem todas as contas com saldo credor no lado direito do balanço patrimonial, compreendendo as obrigações exigíveis e que serão liquidadas no próximo exercício social, nos próximos 365 dias após o levantamento do balanço patrimonial. As contas devem ficar em ordem de exigibilidade.
O pesquisador, cita, também, que nesse grupo as obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior a um ano, devem ser classificadas no exigível de longo prazo – capital não circulante .
O problema principal do passivo não reside em sua avaliação, mas em quando reconhecê-lo e registrá-lo. A natureza e o timing de reconhecimento do passivo recaem, usualmente, na natureza de itens monetários fixos; às vezes, existe clausula de correção monetária ou variação cambial; de qualquer forma, são sempre expressos em moeda corrente na data dos balanços. 
Uma diferenciação poderia ser constituída pelas receitas recebidas antecipadamente, as quais nem sempre são itens monetários. 
Hatfield (1927), assim definiu exigibilidades: Esta é uma visão nítida de teoria da propriedade, como podemos notar. Já a teoria dos fundos poderia interpretar os passivos de forma diferente, como reservas ou restrições aos ativos, derivantes de considerações legais, eqüitativas, econômicas ou gerenciais. Por outro lado, a visão da teoria da entidade é outra, isto é, considera as exigibilidades como reclamos contra entidade ou, mais especificamente, contra os ativos da entidade. Entretanto, a entidade continua sendo vista como organismo com vida própria. Nem mesmo o patrimônio liquido pertence aos proprietários, na continuidade, mas à entidade.
Na Unidade 4, foram lidos os textos das aulas 10 – O conceito de Passivo, 11 – A avaliação do Passivo e 12 – A avaliação do passivo e a Resolução 732/92 do CFC. Você precisa, ainda, fazer uma breve incursão nas referências sugeridas pelo professor, fichando os elementos mais relevantes, a fim de aumentar seu conhecimento.
Clique no ícone do Fórum de Discussão na Barra Superior e discuta com seus colegas e professor o seu entendimento sobre a composição dos passivos e sua avaliação legal. Lembre-se de que é preciso um olhar coerente do contador sobre o uso dos grupos de obrigações constantes dos relatórios oficiais elaborados pela Contabilidade e que serão alvo dos múltiplos usuários nas análises para tomada de decisão.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2007.
_________________; MARTINS, Eliseu. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
LIMA, Arievaldo Alves de. Contabilidade geral. 2. ed. Rio de janeiro: LTC/Estácio Superior, 2008. Versão digital

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