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aula05_recurso01_direito_constitucional_relac_int_06092013

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AULA 5 – RECURSO 1
ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
A Constituição, conforme asseguram Araujo; Nunes Junior (2010) é a organização sistemática dos elementos constitutivos do Estado, através da qual se definem a forma e a estrutura deste, o sistema de governo, a divisão e o funcionamento dos poderes, o modelo econômico e os direitos, deveres e garantias fundamentais.
Neste sentido, ela situa-se em um plano hierarquicamente superior a outras normas, por isso é chamada de Lei Fundamental ou Texto Maior.
Para melhor compreensão, a representação da supremacia da Constituição ocorre através da pirâmide, que encontra-se no ápice, como revela Martins (2013):
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
 (topo)
- Leis
- Decretos
Moraes (2008, p. 699) elucida:
Em primeiro lugar, a existência de escalonamento normativo é pressuposto necessário para a supremacia constitucional, pois, ocupando a constituição a hierarquia do sistema normativo é nela que o legislador encontrará a forma de elaboração legislativa e seu conteúdo. Além disso, nas constituições rígidas se verifica a superioridade da norma magna em relação àquelas produzidas pelo poder legislativo, no exercício da função legiferante ordinária. Dessa forma, nelas o fundamento do controle é o de que nenhum ato normativo, que lógica e necessariamente dela decorre, pode modificá-la ou suprimi-la.
Oportuno aduzir que “função legiferante” mencionada pelo autor refere-se ao poder de elaborar leis.
Ao iniciar o estudo dos direitos e garantias fundamentais, necessário destacar a diferença existente, como anotam Araujo; Nunes Junior (2010, p. 79), a saber:
Enquanto os direitos teriam por nota de destaque o caráter declaratório ou enunciativo, as garantias estariam marcadas pelo seu caráter instrumental, vale dizer, seriam os meios voltados para a obtenção ou reparação dos direitos violados.
[...]
Logo, para diferenciar direitos de garantias, a interpretação do texto constitucional deve ter em foco o conteúdo jurídico da norma, se declaratório ou assecuratório, e não a forma redacional empregada.
Interessante apresentar o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, com especial enfoque para os incisos abaixo relacionados, em razão da importância dos mesmos no contexto deste estudo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; (BRASIL, 1988).
Em virtude do conteúdo expresso no caput do artigo 5º e em seu inciso II, oportuna a contribuição de Martins (2013, p. 13):
A lei é estabelecida genericamente para regular condutas. Não pretende atender a certa e específica questão, mas regular genericamente condutas. Obriga igualmente a todos.
É geral a lei, disciplinando o comportamento de várias pessoas que estão em certa situação. É abstrata, pois determina uma categoria de ações e não uma ação singular. [...]
Neste sentido, em virtude da amplitude do tema, prosseguiremos o estudo nas próximas aulas.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Luiz Alberto David; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Curso de Direito Constitucional.14. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 05 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 05 set. 2013.
MARTINS, Sergio Pinto. Instituições de direito público e privado. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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