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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPG Heloisa Carmen Zanlorensi Luiz Ricardo Rauch Maria Eugênia Meyer Levy Matheus Iensen Sérgio Luiz Mainardes do Valle MICRÔMETRO PONTA GROSSA 25/03/2014 2 Heloisa Carmen Zanlorensi Luiz Ricardo Rauch Maria Eugênia Meyer Levy Matheus Iensen Sérgio Luiz Mainardes do Valle MICRÔMETRO Relatório referente ao experimento com micrômetro, como requisito para obtenção de nota parcial na disciplina de Física Experimental I, do curso de Licenciatura em Física, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, ministrada pelo Prof. Dr. Alcione Roberto Jurelo. PONTA GROSSA 25/03/2014 3 Introdução A experiência descrita neste relatório trata da medição da espessura de folhas, ordenadas em determinada quantidade, através do instrumento de medição denominado Micrômetro, o qual tem por finalidade exprimir medidas com dimensões extremamente pequenas, que não podem ser obtidas através do paquímetro ou qualquer outro instrumento. O objetivo visa analisar a relação da progressão de conjuntos com várias folhas de papel, ao calcular sua espessura e a partir deste resultado dividir o valor total pela quantidade das folhas do conjunto, a fim de obter o valor padrão de uma folha. Neste experimento foi constatada a facilidade de interpretação de leitura e manuseio do micrômetro em relação a medidas de comprimento. Após obtidos os valores necessários, construiu-se um gráfico demonstrando sua progressão. 4 Teoria Jean Louis Palmer apresentou, pela primeira vez, um instrumento pra requerer sua patente. O qual permitia a leitura de centésimos de milímetro, de maneira simples. De modo geral, o instrumento é conhecido como micrômetro. Na França, entretanto em homenagem ao seu inventor, o micrometro é denominado Palmer. Já em 1890, Laroy S. Starrett patenteou um micrômetro mais aperfeiçoado, com uma tampa para a haste, um módulo que aumentou a velocidade de medição, entre outras melhorias. Os micrômetros foram os primeiros instrumentos que atenderam ao princípio de Ernest Abbé (a escala (referência linear de ação) de uma medida de um sistema linear deve ser colinear com a dimensão ou deslocamento espacial a ser medido, ou do contrário deve a medida deve ser corrigida com o erro associado). As máquinas de medir modernas operam com o mesmo princípio do micrômetro, ou seja, são construídas de forma a minimizar os erros. O desenvolvimento dos micrômetros deslanchou o avanço tecnológico na fabricação de roscas e fusos de alta qualidade. Modernamente microprocessadores estão sendo integrados à estrutura dos micrômetros, os quais executam, além da medição de forma versátil, uma série de cálculos estatísticos. O micrômetro externo é um instrumento comumente utilizado para medição de comprimento. Sua precisão é maior do que a do paquímetro, permitindo medir, por leitura direta, dimensões com aproximação de 0,01mm ou mesmo de 0,001mm(um mícron). Existem tipos de micrômetros específicos pra cada condição, por exemplo: micrômetro de profundidade, micrômetros internos, externos, pra roscas, etc. Neste caso o micrômetro externo permite a medição de comprimento de 0 a 25 mm. Seu funcionamento baseia-se no avanço de um parafuso com passo de alta precisão dentro de uma porca micrometricamente usinados, ou seja, lapidados. O passo da rosca (distância de uma crista a outra do filete do parafuso) é de 0,5mm, e cada volta divide-se em aproximadamente 50 partes iguais. Quando o parafuso micrométrico gira, este avança a face de medição proporcionalmente ao passo da rosca. Um instrumento de medição deve possuir como condição ideal a escala alinhada com a posição na qual o objeto a medir é colocado. No micrômetro de 0 a 25 mm quando as faces dos contatos estão juntas, a borda do tambor coincide com o traço zero (0) da bainha. A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero (0) da escala do tambor. Os materiais empregados para fabricação do parafuso micrométrico são: aço liga ou aço inoxidável. O aço inoxidável confere ao parafuso micrométrico maior resistência à oxidação, mas por outro lado, a sua dureza é menor quando comparada a um fuso de aço liga. 5 Arco: uma maneira simples de definirmos: parte onde seguramos o micrômetro. Pode ser fabricado em aço forjado ou ferro fundido, possuindo ou não plaquetas de proteção. Ponta fixa (batente): com uma placa de metal duro em sua extremidade, o batente serve para apoio da peça a ser medida. Fuso: composto de parafuso micrométrico e placa de metal duro na extremidade é o "coração" do micrômetro. A extremidade possui a função de apoiar a peça no lado oposto ao do batente. Trava: com um parafuso de fixação, possui justamente a função de fixar o conjunto móvel para visualização da medição executada. Escala de divisão 0,001 mm: última parte da escala que compõe a medida fornecida pelo micrômetro. Tambor: move-se em conjunto com o parafuso micrométrico, estando preso a ele, possuindo a função de facilitar o movimento do mesmo. Imagem 01: micrômetro e suas partes Fonte: Google Imagens 6 Parafuso de fricção (catraca): importante para a obtenção das medidas, pois possui a função de padronizar a força de medição para qualquer pessoa que utilizar o micrômetro, diminuindo os erros de pessoa para pessoa. Nos modelos mais antigos, a catraca não era presente. Atualmente utilizam-se mais micrômetros com catraca. Escala de divisão 0,01 mm: segunda escala que compõe a medida. Escala de divisão 0,5 mm: primeira escala que compõe a medida. 7 Procedimento Experimental a) Procedimento Ao primeiro contato com o micrômetro, zeramos o instrumento, e verificamos se a escala da bainha coincidia com a escala do tambor. Em seguida separamos 10 grupos de folhas, sendo o primeiro grupo constituído por 4 folhas, o segundo por 8, e assim sucessivamente até o décimo grupo conter 40 folhas. Medimos a espessura total de cada grupo (unitária), anexamos na tabela seus valores. Em seguida dividimos a espessura unitária de cada grupo pela quantidade de folhas específicas. Somamos todas as medidas de espessura de cada grupo e dividimos por 10, obtendo assim, a espessura média de uma folha entre os 10 grupos. Apenas uma pessoa do grupo foi responsável por realizar as medições, a fim de evitarmos grandes variações na pressão aplicada na catraca do micrômetro. b) Materiais Utilizados Foram utilizados micrômetro com precisão de 0,01mm e maços de papel feito com uma fibra específica, caracterizando assim uma espessura padrão. Com o auxílio do programa Excel, formamos as tabelas, fizemos os cálculos e construímos o gráfico. Imagem 02 – materiais utilizados para o experimento Fonte: autoria própria 8 Resultados Com base no experimento realizado, os resultados obtidos foram: Nº Folhas Espessura Total (mm) Espessura de uma folha (mm) Precisão do Instrumento4 0,92 0,23 0,01 8 1,77 0,22 0,00 12 2,59 0,22 0,00 16 3,53 0,22 0,00 20 4,24 0,21 0,01 24 5,30 0,22 0,00 28 5,99 0,21 0,00 32 7,08 0,22 0,00 36 7,70 0,21 0,00 40 8,61 0,22 0,00 D 4,77 0,22 - - 0,00 Aplicando os valores encontrados, chegamos ao resultado do valor da espessura de uma folha: 0,22 0,00D D D D mm Calculando o erro relativo e o erro relativo percentual, temos: 0,004 0,018 0,22 0,004 % 100 % 100 1,8% 0,22 r r r r r r D E E E D D E E E D 9 Usando o Método dos Mínimos Quadrados para ajustar o gráfico, temos: Nº Folhas x Espessura Total (mm) y x . y x 2 4 0,92 3,68 16,00 8 1,77 14,16 64,00 12 2,59 31,08 144,00 16 3,53 56,48 256,00 20 4,24 84,80 400,00 24 5,30 127,20 576,00 28 5,99 167,72 784,00 32 7,08 226,56 1.024,00 36 7,70 277,20 1.296,00 40 8,61 344,40 1.600,00 220 47,73 1.333,28 6.160,00 2 . . 47,73 .10 .220 1333,28 .220 .6160. . . 10 220 (10 . 6160) (220 . 220) 61600 48400 13200 220 6160 47,73 220 47,73 . 6160 220 .1333,28 294016,8 293321,6 695,2 1333,28 6160 47,73 1 y b N a x b a b ax y b x a x D Db Da 0 47,73 . 220 10 .1333,28 10500,6 13332,8 2832,2 1333,28 220 695,2 0,053 13200 2832,2 0,215 13200 Se . então temos que 0,215 . 0,053 onde é o número de folhas Db b D Da a D y a x b y x x 10 Tabela para ajuste do gráfico a partir de 0,215 . 0,053y x : Nº Folhas Espessura Total (mm) Espessura de uma folha (mm) Precisão do Instrumento 4 0,91 0,23 0,01 8 1,77 0,22 0,00 12 2,63 0,22 0,00 16 3,49 0,22 0,00 20 4,35 0,22 0,00 24 5,21 0,22 0,00 28 6,07 0,22 0,00 32 6,93 0,22 0,00 36 7,79 0,22 0,00 40 8,65 0,22 0,00 D 4,78 0,22 - - 0,00 11 Gráficos Gráfico 01 – medição da espessura de uma folha Gráfico 02 – medição da espessura de uma folha, ajustada pelo Método dos Mínimos Quadrados 12 Discussão Ao nos familiarizarmos com o instrumento de medição micrômetro, organizamos pedaços retangulares de folhas simples de papel em grupos com 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, e 40 folhas, efetuando 10 medidas ao total. Com os resultados obtidos, que foram descritos no procedimento experimental, pudemos analisar a formação de uma linha, a qual se deu pela disposição dos pontos no gráfico. O objetivo da construção desta linha era conseguir visualizar a diferença de valores encontrados na espessura das folhas, o que não poderia acontecer, pois as folhas derivam do mesmo material (fibra), porém, devemos considerar a pressão aplicada, o ar que fica entre as lâminas de papel, e as ranhuras existentes na superfície que também contribuíram para esta variação de valores. 13 Conclusão Este relatório apresentou os procedimentos e os resultados encontrados no Experimento realizado com a utilização do Micrometro para medir a espessura de folhas de papel. Ao perceber os pontos constatados no gráfico foi possível estabelecer uma relação entre a espessura total e a quantidade de folhas, equacionando o coeficiente linear e angular da reta obtida na função, e o ajuste do gráfico por meio do Método dos Mínimos Quadrados demonstrando algebricamente o valor unitário exato da medida da espessura da folha de papel. Referências 14 http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/veriano/materiais/04_Micrometros.pdf http://www.albertoferes.com.br/menu_esquerdo/downloads/mecanica/Metrologia%20 A8.pdf http://www.fatecsorocaba.edu.br/principal/pesquisas/metrologia/apostilas/apostila_mi crometros.pdf http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-micrometro Apostila do curso de Metrologia – SENAI – PR- Curitiba,2001, 127p.
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