Princípios gerais do Direito Ambiental

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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
AMBIENTAL
DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
DOCENTE RESPONSÁVEL: DENISE
AULA 02
ESTRUTURA DA AULA
 Princípio do ambiente ecologicamente equilibrado.
 Princípio do direito à sadia qualidade de vida.
 Princípio do desenvolvimento sustentável.
 Princípio do acesso equitativo aos recursos naturais.
 Princípios do usuário-pagador e do poluidor-pagador.
 Princípio da Precaução.
 Princípio da Prevenção.
 Princípio da Reparação.
 Princípio da Informação.
 Princípio da Participação.
 Princípio da obrigatoriedade da intervenção do Poder
Público em matéria ambiental.
CONCEITO
As normas ambientais seguem um conjunto
de princípios comuns.
Princípios são os valores, ou seja, as ideias
superiores que regem o Direito.
(Milaré, 2005)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO DO
AMBIENTE
Princípio do ambiente ecologicamente equilibrado.
Presente no artigo 225 da Constituição Federal.
Quando se fala em equilíbrio, se tem em mente que o
mesmo é dinâmico, pois as comunidades são
flutuantes e sujeitas a processos naturais de
mudanças. Pretende-se garantir um nível de
intervenção humana no meio que não afete
significativamente tais processos e que os males
advindos das ações humanas não sejam distribuídos
de forma desigual. Garantia ao bem-estar humano.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO DO
AMBIENTE
 Princípio do direito à sadia qualidade de vida.
Um meio ambiente equilibrado permite uma vida sadia
aos seres humanos (padrões ambientais adequados,
beleza cênica, lazer e bem-estar de modo geral.)
Qualidade de vida # Diferente de padrão de vida.
Estocolomo (1972): direito fundamental do Homem à
adequadas condições de vida.
Rio 92: os seres humanos tem direito à uma vida
saudável.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO
DIREITO DO AMBIENTE
 Princípio do desenvolvimento sustentável.
 Dimensões temporal, biofísica, econômica e social
 A ideia de desenvolvimento não pode ser economicista.
 Termo surgem no Relatório Brundtland (“Nosso Futuro
Comum”): 1987.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO
DIREITO DO AMBIENTE
 Princípio do desenvolvimento sustentável.
• Rio 92 (Declaração do Rio de Janeiro): ser-humano
ocupa papel central. Meio ambiente em todas as
políticas públicas. Pobreza como consequencia e não
causa dos problemas ambientais. Diferenças de poder
entre nações. Cooperação tecnocientífica entre nações.
Solidariedade entre nações no combate aos problemas
ambientais. Papel das mulheres e dos jovens.
Conhecimento de povos tradicionais.
• Rio + 20 (2012): comércio internacional justo;
economia verde; direitos humanos e erradicação da
pobreza.
• (Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO
DO AMBIENTE
 Princípio do acesso equitativo aos recursos 
naturais
 Parte da ideia presente na Constituição Federal de
meio ambiente como “bem de uso comum do povo”.
 Normas para garantir o uso de forma racional dos
bens ambientais, permitindo a existência futura
destes bens.
 Acesso prioritário aos bens diretos (locais).
 Limitação ao direito de propriedade.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO
DO AMBIENTE
 Princípios do usuário-pagador e do poluidor-pagador.
 Usuário-pagador: o utilizador do recurso natural deve suportar
os custos que tornam possível sua utilização. O custo deve
refletir a raridade do recurso e as externalidades negativas
geradas para toda a sociedade.
 Poluidor-pagador: obrigação de o poluidor arcar
financeiramente com a reparação dos danos socioambientais
ocasionados ou que tem potencial de ser desencadeados.
 São preventivos.
 Não confere ao potencial poluidor o direito de poluir.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO
DO AMBIENTE
 Princípio da Precaução
 Visa evitar danos ambientais significativos frente à
situações em que há incertezas a seu respeito (novas
tecnologias, controvérsias científicas).
 Um dos 27 princípios da Declaração do Rio de Janeiro.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO
DO AMBIENTE
 Princípio da Precaução
 “De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da
precaução deve ser amplamente observado pelos
Estados, de acordo com suas capacidades. Quando
houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a
ausência de absoluta certeza científica não deve ser
utilizada como razão para postergar medidas eficazes
e economicamente viáveis para prevenir a degradação
ambiental”.
(Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, 1992)
 Incerteza não significa inexistência
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO
DO AMBIENTE
 Princípio da Precaução
 Situações em que são aplicados tal princípio:
• Resíduos nucleares.
• Transgênicos de uso agrícola (perda de diversidade
genética; resistência a agroquímicos, dentre outros).
• Introdução de espécies exóticas.
• Mudanças climáticas.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO
DIREITO DO AMBIENTE
 Princípio da Prevenção
 Prevenir: agir antecipadamente.
 Aplica-se o princípio em atividades humanas cujos
danos ambientais sejam graves e/ou irreversíveis,
porém conhecidos.
 Mecanismos devem ser criados para evitá-los em
sua origem.
 A reparação, caso não se adote este princípio, pode
ser ineficiente e muito mais custosa do que a adoção
de ações preventivas.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO
DIREITO DO AMBIENTE
 Princípioda Prevenção
 Para a implementação do princípio:
• Estudos ambientais prévios de atividades
potencialmente poluidoras (ações para evitar e/ou
minimizar os impactos negativos).
• Adoção de tecnologias mais limpas nas cadeias
produtivas.
• Investir em tratamentos de resíduos e na sua não
geração como etapa principal.
• Evitar o consumo desnecessário (papel de todos os
cidadãos) e o desperdício.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO
DIREITO DO AMBIENTE
 Princípio da Reparação
 Responsabilidade pelos danos ocasionados.
 Presente na Declaração de Estocolmo e da Rio 92.
 No Direito internacional, a obrigação da reparação
depende se constar responsabilidade objetiva (sem
culpa) no ato ou responsabilidade subjetiva (com culpa).
 No Brasil, a PNMA reconheceu a responsabilidade
objetiva na reparação de danos ambientais.
 Há diversas limitações na efetividade deste princípio:
identificar os responsáveis, os danos ocorridos, se pode
haver a recuperação e a forma em que será realizada.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO
DO AMBIENTE
 Princípio da Informação
 Direito de cada indivíduo obter informações sobre o meio
ambiente. Tanto as que lhe afetem de forma direta ou indireta.
 Na PNMA, CF, Declaração do Rio de Janeiro, Convenções e
Tratados Internacionais.
 Concernentes: ao estado do meio ambiente, medidas
administrativas, políticas públicas, planos, projetos e demais ações
que incidam sobre o meio.
 Fundamental para a realização plena de outro princípio: o da
participação nas tomadas de decisão.
 Os Estados, em todos os seus níveis, devem informar os cidadãos
sobre suas ações e o estado do meio, uma prática não muito
corrente. As empresas podem manter apenas o sigilo comercial de
seus produtos, de acordo com regulamentações específicas.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO
DIREITO DO AMBIENTE
 Princípio da Participação
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO
DO AMBIENTE
 Princípio da Participação
 Democracia direta, em que a população tem o poder
de decidir.
 Em matéria ambiental, é muito relevante, pois há
grande omissão do Poder Público em agir de modo a
proteger tal bem coletivo.
 Para que haja participação, o direito à informação
deve ser assegurado.
 Presente na PNMA, CF, Declaração do Rio de
Janeiro, dentre outras.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO
DIREITO DO AMBIENTE
 Princípio da obrigatoriedade da intervenção do
Poder Público em matéria ambiental
 O Poder Público possui a obrigação de:
• promulgar leis ambientais.
• garantir o direito coletivo a um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, agindo como um gestor
destes bens que são de todos. Deve zelar sobre sua
qualidade e monitorá-la.
• Assumir a responsabilidade pela ineficiência na
implementação das legislações ambientais.
• fornecer informações e garantir a participação de seus
cidadãos em matéria ambiental.
(Milaré, 2005; Machado, 2013)
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CONCLUSÃO
 Os princípios vistos na aula são a base para
qualquer legislação ambiental.
 Em sua ausência, todos os direitos garantidos
constitucionalmente são feridos.
 São interligados.