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DIREITO ADMINISTRATIVO # PRINCÍPIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA # PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: O povo precisa ter ciência do que está se fazendo com o seu direito. Art. 37, CF. Art. 5º, XXXIII (direito à informação) e XXXIV (certidão), CF. Todos têm direito à informação Art. 5º, LXXII, CF – Habeas Data A publicidade é dar ciência ao titular do poder, que é o povo. A publicidade representa início de produção de efeitos, é a condição de EFICÁCIA dos nossos atos. Início de produção de efeitos – Publicidade (Art. 61, §único, Lei 8.666/93). A publicidade vai ser o marco inicial para a contagem de prazo. A partir do momento que se tem ciência do ato, começa-se a contar o prazo. Publicidade significa mecanismo de controle, de fiscalização. Exceções ao Princípio da Publicidade: Se violar a vida privada, a honra, a intimidade e a imagem das pessoas, nesse caso, não se pode fazer publicidade. Se violar, tem-se que indenizar. Art. 5º, X, CF. Art. 5º, XXXIII, CF – Garantia de informação, salvo quando esta informação comprometer a segurança do Estado ou da sociedade. Art. 5º, LX, CF - Atos processuais que, na forma da Lei, são sigilosos. Na via administrativa também tem atos processuais e alguns deles também correm sob sigilo, por disposição expressa em Lei, por exemplo, o processo ético -disciplinar. ATENÇÃO!!!! No convite, o instrumento convocatório é a carta convite, ela não é publicada no diário oficial, o que não significa dizer que não houve publicidade. PUBLICIDADE É DIFERENTE DE PUBLICAÇÃO. Mandado de Segurança – Informação do interesse da pessoa (obter), direito líquido e certo de obter informações. Habeas Data – Informação sobre a pessoa (obter ou corrigir). Art. 37, § 1º, CF – Na publicidade dos atos administrativos não pode constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Deverá ter caráter educativo, informativo e de orientação social. Não publicar, significa improbidade administrativa (art. 11, Lei 8.429/92 – Lei de Improbidade). Dicas: Ler LC 131/09 (Lei da Transparência) e a Lei 12.527/11 (Lei de acesso à informação). # PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: Esse princípio foi introduzido no caput do art. 37, da CF, a partir da EC 19/98. Mas, ele já estava expresso na Lei 8.987/95 (conceito de serviço público adequado). Significa que a Administração Pública, na busca do Interesse Público, deve agir com produtividade, rendimento funcional, ausência de desperdícios, agilidade e economia. Regra da estabilidade – Eficiência: O servidor público só vai manter a estabilidade se manter-se eficiente. Servidor público, hoje, no Brasil, para adquirir estabilidade é preciso ter a nomeação em cargo efetivo, passar por três anos de efetivo exercício e precisa de avaliação especial de desempenho (depende da regulamentação da Lei de cada carreira). Perda da estabilidade: Processo Administrativo, com contraditório e ampla defesa; Processo Judicial, com trânsito em julgado; Avaliação periódica de desempenho (avalia a eficiência do servidor) – depende de regulamentação, através de Lei Complementar. Só pode gastar de acordo com o limite da LC 101/00; da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), art. 19. Limite: União – 50% Estados e Municípios - 60% Regras do corte de gastos: Cargos em comissão e funções de confiança (no mínimo 20%) Servidores não estáveis (de acordo com a desnecessidade), cortar quantos forem necessários. Em última hipótese, corta-se servidores estáveis. Esse corte é feito via exoneração (não tem natureza de sanção), que precisa cumprir a sequência acima descrita. Somente servidores estáveis possuem direito à indenização. Quando o Poder Público exonera para racionalizar a máquina administrativa, este cargo tem que ser extinto e só pode ser recriado com função idêntica ou assemelhada quatro anos depois. Precisamos de eficiência quantos aos meio e quanto aos resultados. Gastar o menos possível para obter o melhor resultado possível. #PRINCÍPIO DA ISONOMIA Tratar os iguais de forma igual, e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades. Fator de discriminação tem que estar compatível com o objetivo da norma. Se o fator de discriminação estiver compatível com o objetivo da norma, não há violação à isonomia. Exemplo: editais de concursos públicos (delegado de polícia – altura, idade, sexo). Limite de idade para concurso público – Hoje, no Brasil, é permitido o limite de idade, porém, precisa estar previsto na lei da carreira, sendo compatível com as atribuições do cargo (natureza do cargo). Exame psicotécnico – Súmula Vinculante nº 44 (STF). Critério objetivo a ser observado: Precisa estar previsto na lei da carreira, deve cumprir critérios objetivos e tem que dar direito a recurso. # PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA Estão previstos no art. 5º, LV, CF. Os processos administrativos e judiciais estão sujeitos ao contraditório e à ampla defesa. Até a CF de 1988, não havia a disposição para a aplicação desses princípios no direito administrativo. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO: Dar ciência, dar conhecimento à parte da existência do processo. Bases: A) Base Lógica: Bilateralidade da relação processual. Quando o sujeito toma conhecimento do processo, se constitui a bilateralidade da relação processual. B) Base Política: Ninguém pode ser condenado e processado sem ser chamado para participar do processo. AMPLA DEFESA: Oportunidade que a parte tem de se defender, concedendo prazo para tal, mesmo que a parte não utilize esse prazo. Exigências para que o contraditório e a ampla defesa seja verdadeiro: Essa defesa precisa ser uma defesa prévia, anterior ao julgamento. O fato de já ter um procedimento definido, dá a ele uma tranquilidade na construção da defesa. É necessário que a parte conheça o procedimento pré-definido. As penas precisam estar já definidas. Já se deve saber das possíveis consequências. A parte para se defender tem que ter acesso ao processo, tem que ter direito às informações do processo. A Administração tem a obrigação de viabilizar as cópias, mas quem paga o custo por elas é o interessado. ATENÇÃO!!!!!!! Direito de vistas e carga do processo: a lei não garante o direito de vistas. Mas, o ESTATUTO DA OAB estabelece o direito à carga do processo (trata-se de uma prerrogativa). Há discussões à cerca disso. Muitos gestores públicos não agem com boa vontade quando se refere a vistas de processo administrativo. Segundo a Lei nº 8112/90, a presença do advogado é facultativa, também nos processos administrativos disciplinares. Discussão: A discussão aconteceu principalmente em sede de processo disciplinar é um processo punitivo e, em muitas situações, se assemelha ao processo penal; devido a necessidade de defesa técnica. A presença do advogado no processo administrativo disciplinar é facultativa. O STJ passou a entender que a presença do advogado no processo disciplinar administrativo contribui para a regularidade do processo. Sendo assim, entendeu ser obrigatória a presença de advogado, em todas as fases do PAT (processo administrativo disciplinar). E o STF entendeu da mesma forma, mas por uma decisão mais política que jurídica, o STF recua da decisão e volta atrás, criando a Súmula Vinculante nº 5, segundo a qual, a falta de defesa técnica por advogado, no PAT, não ofende à Constituição. Ou seja, a presença do advogado volta a ser facultativa. Para que a defesa seja efetiva, a parte precisa constituir provas (as provas devem ser avaliadas, interferindo no convencimento do julgador). As provas ilícitas estão proibidas no nosso ordenamento jurídico. Direito de Recurso: A parte tem que ter direito de ter a sua decisão revista por outro julgador, como uma garantia de defesa. Súmula Vinculante nº 21 – traz a ideia que não se pode condicionar o direito de recurso à capacidade financeira da parte. Compromete à garantia de defesa. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou de bens para a admissibilidade derecurso administrativo. Para que o direito de recurso aconteça, é necessário se ter uma decisão motivada, para que se possa saber exatamente de que vai se recorrer. Toda decisão deve ser motivada para viabilizar o direito de recurso. A motivação é regra obrigatória. Essa motivação deve ocorrer antes ou durante a prática do ato (posição majoritária da doutrina, do STF e STJ).
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