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2 3 4 5 SUMÁRIO Sumário ...................................................................................................................................1 Introdução ...............................................................................................................................7 Introdução ...............................................................................................................................7 Um simples Modelo de um Instrumento.............................................................................7 Sensores ..............................................................................................................................9 Sensores ativos e passivos ..............................................................................................9 Calibração .....................................................................................................................10 Interferências na entrada e Modificadores....................................................................11 Precisão e Erro ..............................................................................................................11 Sensor de Fusão ............................................................................................................12 Características Estáticas e Dinâmicas do Instrumento .........................................................13 Características estáticas de um sistema de instrumentação ..............................................14 Relação saída/entrada ...................................................................................................14 Drift...............................................................................................................................17 Histerese........................................................................................................................17 Saturação.......................................................................................................................18 Erro de Não linearidade ................................................................................................19 Características dinâmicas de um sistema de instrumentação............................................19 Tipos de Sensores .................................................................................................................20 Sensores Resistivos...........................................................................................................20 Sensores de Temperatura ..............................................................................................20 Foto-resistências ...........................................................................................................21 Sensores de Posição ......................................................................................................22 Potenciômetros resistivos: ............................................................................................22 Sensor de posição com múltiplos sensores ...................................................................23 Outros Sensores Resistivos ...........................................................................................24 Sensores de Proximidade ..................................................................................................26 Sensores Indutivos ........................................................................................................26 Sensores capacitivos .....................................................................................................27 Sensores fotoelétricos ou óticos....................................................................................29 Sensores com fibra ótica ...............................................................................................31 Sensores magnéticos .....................................................................................................31 Sensores magnéticos-pneumáticos ...............................................................................33 Sensores ultrasônicos ....................................................................................................34 Sensores pneumáticos: ..................................................................................................39 Sensores de Presença ........................................................................................................39 Sensores de Passagem.......................................................................................................40 Sensores de Fim de Curso.................................................................................................40 Células de Carga (Extensômetro – Strain Gauge) ............................................................42 Exemplos de Aplicações dos Sensores .............................................................................44 Bibliografia ...........................................................................................................................49 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Modelo de um instrumento ....................................................................................8 Figura 2 - Saída de um sensor amplificada.............................................................................9 Figura 3 - Exemplo de uma curva de calibração ..................................................................10 Figura 4 - Interferência na entrada........................................................................................11 Figura 5 - Modelo de um instrumento com ruído .................................................................12 Figura 6 - Exemplo de um sensor de fusão...........................................................................13 Figura 7- Erro de Não Linearidade .......................................................................................19 Figura 8 - Termistores e Termo-resistências ........................................................................21 Figura 9 - Foto-resisteências.................................................................................................22 Figura 10 - Potenciômetro ....................................................................................................23 Figura 11 - Esquema elétrico ................................................................................................23 Figura 12 - Sensores de Múltiplos Resistores.......................................................................24 Figura 13 - Sensor Indutivo ..................................................................................................27 Figura 14 - Sensor Capacitivo ..............................................................................................29 Figura 15 - Sensor de reflexão difusa ...................................................................................30 Figura 16 - Sensor de barreira...............................................................................................31 Figura 17 - Sensor Retor-Reflexivo......................................................................................31 Figura 18 - Sensor Tipo Reed ...............................................................................................32 Figura 19 - Pistão Magnético e Sensor tipo Reed.................................................................32 Figura 20 - Sensor Magnético-Pneumático ..........................................................................33 Figura 21 - Sensor Ultra-sônico............................................................................................34Figura 22 - Esquema de funcionamento de um sensor ultra sônico .....................................34 Figura 23 - Aplicações dos sensores ultra-sônicos ...............................................................35 Figura 24 - Gráfica da distância de detecção de um sensor ultra-sônico..............................36 Figura 25 - Modo Sensor ......................................................................................................37 Figura 26 - Modo Janela .......................................................................................................37 Figura 27 - Rejeição do Fundo .............................................................................................38 Figura 28 – Aplicações do modo refletivo............................................................................38 Figura 29 - Modo Refletivo ..................................................................................................39 Figura 30 - Sensor Pneumático .............................................................................................39 Figura 31 - Fim de Curso Mecânico .....................................................................................41 Figura 32 - Fim de Curso Mecânico-Pneumático .................................................................42 Figura 33 - Strain Gauge.......................................................................................................43 Figura 34 - Sensores óticos para detecção de posição de tampas de garrafas ......................44 Figura 35 - Sensores óticos para impressão de código de barras..........................................44 Figura 36 - Sensores óticos para contagem de garrafas PET................................................45 Figura 37 - Sensores óticos para detecção de marcas em impressoras .................................45 Figura 38 - Sensores óticos para detecção de bordas de filmes............................................45 Figura 39 - Sensores óticos para detecção de etiquetas de identificação..............................46 Figura 40 - Sensores óticos para controle de velocidade......................................................46 Figura 41 - Sensores óticos para contagem de garrafas........................................................47 Figura 42 - Sensores óticos para detecção de rupturas em fios. ...........................................47 Figura 43 - Sensor ultra-sônico para monitoramento de nível..............................................48 7 Introdução Nesta seção introdutória a sensores e atuadores apresentam-se os conceitos fundamentais de medição baseada no conceito de um simples e generalizado modelo de instrumentação. Em termos abstratos, um instrumento é um equipamento que transforma uma variável física de interesse (grandeza) em uma forma que é útil para ser armazenado (medição). A fim de a medição ser consistente, é necessário utilizar um sistema padrão de unidade pelo qual a medição pode ser comparada com outras medições. Um exemplo de um instrumento básico é uma régua. Neste caso a o comprimento de algum objeto é a grandeza e a medição é o número de unidades (metros, polegadas, etc.) que representa o comprimento. Um simples Modelo de um Instrumento A Figura 1 apresenta um modelo generalizado de um simples instrumento. A variável física a ser medida está do lado esquerdo da figura e a grandeza é representada por um variável X. Observe que X não precisa ser a grandeza, mas simplesmente está de alguma forma relacionada com ela. Por exemplo, a massa de um objeto é geralmente medida por uma balança, onde a grandeza é a massa do objeto, mas a variável física de medição é a força da gravidade que é exercida sobre a massa. Há diversas possibilidades de variáveis físicas. Algumas são mostradas na Tabela 1. O elemento chave do modelo de instrumento mostrado na Figura 1 é o sensor, que tem a função de converter a variável física de entrada em uma variável de sinal de saída. O sinal de saída ou variável de sinal pode ser manipulado em sistema de transmissão, tanto em um sistema mecânico quanto em um sistema elétrico. Em circuitos elétricos, voltagem é mais comum ser empregada como variável de sinal. Em sistemas mecânicos, deslocamentos ou forças são comumente usados como variáveis de sinais. 8 Figura 1 - Modelo de um instrumento Variáveis físicas Comuns Força Voltagem Tamanho Deslocamento Temperatura Corrente Aceleração Velocidade Pressão Iluminação Freqüência Capacidade Resistência Tempo ... ... Tabela 1 - Variáveis Físicas O sinal de saída do sensor pode ser mostrado, armazenado ou usado como entrada para outro dispositivo ou sistema. Em sistemas básicos de medição, o sinal é transmitido para um display ou para um dispositivo de armazenamento onde a medição pode ser analisada por um observador humano. Se a saído do sensor for um sinal muito pequeno, então é necessário amplificá-lo, como mostra a Figura 2. A saída amplificada então pode ser transmitida ao display ou algum dispositivo de armazenamento, dependendo da aplicação. Em muitos casos, é necessária uma saída digital para que a medição seja enviada a um computador ou a um sistema digital. Se o sensor não disponibiliza uma saída digital, então se faz necessário o uso de conversor analógico digital (ADC) como mostrado na Figura 2. 9 Figura 2 - Saída de um sensor amplificada Sensores Sensores convertem variáveis físicas em variáveis de sinais. Sensores são freqüentemente transdutores, que são dispositivos que convertem uma forma de energia em uma outra. Na automação dos processos ou das máquinas, o controle é realizado basicamente, por comandos elétricos baseando-se nas informações dos sensores. Os são dispositivos ou sistemas que as captam informações necessárias durante a realização do processo e enviam para o sistema de controle. Os sensores se classificam em: sensores internos e sensores externos. 1. Os sensores internos são aquele que pertence ao servossistema, ou seja, são sensores de controle das maquinas. Exemplos: sensor de posição, de velocidade, de temperatura, etc. 2. Os sensores externos são aquele que interagem com o meio ambiente, ou seja, são sensores de monitoramento dos processos ou tarefas. Exemplo: sensor de visão, tato, deslizamento, presença, passagem, proximidade, etc. Existem os mais diversos tipos de sensores, a seguir estudaremos alguns deles. Sensores ativos e passivos Como discutido até agora, os sensores são freqüentemente transdutores, e podem ser classificados em dois grandes grupos dependendo de como eles interagem com o ambiente: passivos e ativos. Sensores passivos não adicionam energia ao processo de medição, mas podem remover energia como parte de sua operação. Um exemplo de sensor passivo é o termopar, que converte temperatura em um sinal elétrico, neste caso um gradiente de temperatura no ambiente gera um sinal elétrico correspondente. 10 Sensores ativos adicionam energia ao processo de medição. Um exemplo de um sensor ativo é o radar ou um sonar. Um radar, para medir a distância do radar a um objeto, emite um sinal de rádio ao objeto e captura o sinal refletido para então estimar a distância percorrida do sinal, assim estimar a distância até o objeto. Calibração A relação entre a variável física (entrada) e a variável de sinal (saída) para um determinado sensor é conhecido como calibração do sensor. Tipicamente um sensor é calibrado conhecendo-se a entrada, variável física, e armazenando-se a saída. Os dados são colocados em gráfico, conhecido como curva de calibração, mostrado na Figura 2.3. Neste exemplo, o sensor tem uma resposta linear para valores de entrada menor do que Xo. A sensitividade é determinada pela inclinação da curva de calibração.Neste exemplo, para valores de entrada maiores do que Xo, a curva de calibração tornar-se menos sensível até atingir um valor limite de saída. O comportamento é chamado de saturação, e o sensor não pode mais ser usado para valores maiores do que seu valor de saturação. A diferença entre o menor e o maior valor de entrada (variável física) que pode ser lido com confiança por um instrumento é chamada de faixa dinâmica do dispositivo. Figura 3 - Exemplo de uma curva de calibração 11 Interferências na entrada e Modificadores Em alguns casos, a saída do sensor será influenciada por outras variáveis físicas. Na Figura 2.4, X é o sinal a ser medido, Y é a interferência, e Z é um sinal modificador da entrada. A resposta do sensor a interferência Y é linear que pode ser tratado como um caso de superposição linear de Y e X. A saída do sensor, portanto, é a combinação de X e Y, com Y interferindo em X. Um exemplo de uma interferência pode ser uma vibração dentro de um sistema de medição de forças. Entradas modificadoras mudam o comportamento do sensor ou sistema de medição, portanto, modificam a relação entre entrada e saída e a calibração do dispositivo. Isto é mostrado esquematicamente na Figura 2.5. Para vários valores de Z na figura, a inclinação da curva de calibração muda. Conseqüentemente, mudando Z resultará numa mudança na medição mesmo se entrada X permanecer constante. Figura 4 - Interferência na entrada Precisão e Erro A precisão de um sistema é definida como a diferença entre o valor real da grandeza a ser medida e o valor medido pelo instrumento. Tipicamente o valor real é definido por algum valor de referência padrão. As fontes comuns de erros são: sistêmicas (bias) e aleatórias (ruídos). Há uma variedade de fatores que podem causar erros sistemáticos. Uma classe de fatores são aqueles que mudam a resposta do sensor resultando em descalibração. As interferências na entrada e as entradas modificadoras atuando juntas podem causar descalibração no sensor. Por exemplo, se a temperatura é a entrada 12 modificadora, usando o sensor em uma temperatura diferente da temperatura de calibração resultará em erro sistemático. Em muitos casos, se o erro sistemático é conhecido, ele pode ser corrigido por algum método de compensação. Se o erro sistemático pode ser removido da medição, algum erro ainda ficará na medição devido ao erro aleatório. Um erro aleatório é denominado como ruído, que é um sinal que não carrega nenhuma informação útil. Se uma medição, com um ruído, é repetida muitas vezes, ela exibirá uma distribuição Gaussiana. A precisão da medição é normalmente quantificada pelo desvio padrão (s ) que indica o comprimento da distribuição Gaussiana. Dado um grande número de medições, um total de 68% da medição ficará dentro de ±1s da média; 95% ficará dentro de ±2s ; e 99.7% ficará dentro de ±3s . Para muitas aplicações, é comum se referir a 2s quando se esta reportando a precisão da medição. Contudo, para algumas aplicações tal como a navegação, é comum reportar como 3s , que define o limite provável da incerteza da medição. Figura 5 - Modelo de um instrumento com ruído Sensor de Fusão Um modelo do sensor de fusão é mostrado na Figura 6. Neste caso, dois ou mais sensores são usados para observar o ambiente e os seus sinais de saída são combinados de alguma maneira para fornecer uma simples melhorar na medição. Este processo permite freqüentemente a medição de alguns fenômenos que de outra forma não podem ser observados. 13 Figura 6 - Exemplo de um sensor de fusão Características Estáticas e Dinâmicas do Instrumento Uma informação, obtida de um sistema de medição, pode servir para propósitos de controle do ambiente do sistema (aplicações de engenharia) ou para se aprender mais sobre ele (aplicações científicas). A maneira mais óbvia para se fazer observações é usar os sentidos humanos como visão, tato ou adição. Em muitos casos, porém, sensores são usados porque foram feitos para melhorar ou substituir os sensores naturais humano. O número e a variedade de sensores são muito grandes, por exemplo, temos sensores para medir para medir temperatura, pressão ou comprimento. O processo utilizado pelo sensor é freqüentemente chamado de transdução, sendo feito com transdutores. O grau de perfeição de uma medição pode somente ser determinado se o objetivo da medição é definido sem erro. Além disso, instrumentação dificilmente é projetada para funcionar perfeitamente, por estas razões, instrumentação não pode ter um desempenho ideal e deve ser selecionada de tal forma que seja aceita algum tipo de erro em dada situação. Medição é um processo de mapear uma variável física em um valor equivalente. Desvios que ocorrem no mapeamento são chamados de erros. Certa quantidade de erro é permitida desde que esteja abaixo de certo grau de incerteza determina por uma determinada situação. Nós freqüentemente armazenamos as medidas tomadas como se fossem constantes, mas geralmente elas mudam com o passar do tempo. Essas dinâmicas variações ocorreram ou como decorrência da mudança na medição em si mesma ou devido à tomada de medidas em tempos diferentes. Por exemplo, quando um termômetro é usado para medir a temperatura de uma pessoa, estamos interessados em saber se ela está na temperatura normal do corpo humano, se não, procuramos por 14 mudanças ao longo do tempo para determinar o estado de sua saúde. Obviamente se o termômetro apresenta erros, teremos conclusões erradas a respeito do estado de saúde da pessoa. O erro pode ser decorrente de uma calibração incorreta do ou devido a não observância da resposta dinâmica do termômetro. A instrumentação sempre dará uma resposta adequadamente correta se compreender as características estáticas e dinâmicas da grandeza a ser medida e da instrumentação. Isto permite decidir se o erro é pequeno o suficiente para ser aceita na medição. Características estáticas de um sistema de instrumentação Relação saída/entrada Os sistemas de instrumentação são geralmente construídos a partir de vários blocos distintos. Figura 3.1 mostra um diagrama em bloco de um sistema que mede a umidade. O sensor é ativado por um parâmetro físico de entrada que fornece um sinal de saída para o próximo bloco que processa o sinal de maneira apropriada. A relação mais importante num sistema de medição é a relação entre a entrada e a saída de cada bloco do modelo. Todos os sinais possuem características que mudam com o tempo, portanto temos que considerar o comportamento do bloco em termos de seus estados estáticos e dinâmicos. Figura 3.1. O comportamento do regime estático e do regime combinado estático e dinâmico pode ser representado por um modelo matemático de cada bloco. A descrição matemática da 15 resposta do sistema é fácil de ser deduzida e usada se todos os elementos atuam de forma linear, se houver alguma não-linearilidade em algum elemento então se tornam mais difícil de tratar matematicamente. Felizmente, na maioria dos casos, podemos considerar o sistema como linear, tornando-o tratável matematicamente. A relação saída/entrada do sistema em cascata dos blocos 1, 2, 3, etc. são dados por: A relação saída/entrada de um bloco que inclui as características estáticas e dinâmicas é chamada de função transferência e é dada pelo símbolo G. A equação para G pode se escrita como em duas partes que se multiplicam. Uma expressa o comportamento estático do sistema, isto é, o valor após todo um transiente. A outra parte nos diz como o valor responde quando o bloco está em um estado dinâmico. A parte estática é conhecida como característica de transferência e é geralmente necessário ser conhecida. A resposta totaldo sistema é simplesmente a multiplicação individual de cada bloco. Cada bloco tem a sua parte dinâmica e estática, a equação pode ser rearranjada para separar a parte estática e dinâmica e então teremos um grupo de estática e outro para dinâmica que se multiplica. Isto é mostrado pela seqüência de Equações 3.1 e 3.4. 321 GGGGtotal (3.1) 21 ][][ dinamicoestáticodinamicoestatico (3.2) 2121 ][][][][ dinamicodinamicoestaticoestatico (3.3) totaltotal dinamicoestatico ][][ (3.4) Por exemplo, um termômetro de mercúrio é colocado na boca de um paciente. O mercúrio desloca-se lentamente ao longo do tubo até atingir o valor final de medição, a temperatura do paciente. O deslocamento lento do mercúrio é devido ao tempo necessário para aquecê-lo e dilatá-lo ao longo do tubo. A sensibilidade estática será expressa como uma divisão de escala por graus que é o que se deseja nesta aplicação. A 21 ]/[]/[]/[ entradasaídaentradasaídaentradasaída total 16 característica dinâmica será uma função do tempo que determina a unidade após os efeitos do transiente ser atingidos. Isto é um problema nesta aplicação, pois tem que se esperar um longo tempo até fazer uma leitura confiável. Uma leitura estará errada se tomada antes do transiente ser finalizado. Se o sensor é o primeiro estágio do sistema, o valor estático do ganho para o estágio é chamado de sensibilidade. Onde um sensor não é a entrada, ele é chamado de fator de amplificação ou ganho, quando assume valores menores do que uma unidade é chamada de atenuação. Algumas vezes, os valores instantâneos mudam rapidamente, mesmo assim temos aspectos estáticos na medição. Isto ocorre quando um sinal AC é utilizado em um instrumento onde a amplitude do sinal é de interesse. Aqui, o valor estático é referenciado como estado estacionário. A sensibilidade pode ser mostrada através de um gráfico que relaciona a entrada e a saída, através de uma inclinação. A Figura 3.5 nos diz muito sobre o comportamento estático de um bloco. Figura 3.5 O valor que corta o eixo da saída, quando a entrada é zero, é chamado de offset que geralmente não é desejada e em alguns casos é considerado um erro. Porém quando é necessário é chamado de bias. 17 O intervalo no eixo de entrada que vai de zero a um valor máximo para uso, é chamado de range ou span e é freqüentemente expresso como a zona entre 0% a 100%. A relação entre o span de saída e o range de entrada é conhecido como faixa dinâmica. Este pode ser um termo confuso, uma vez que ele não descreve o comportamento no tempo. Drift Agora é necessário considerar um problema de desempenho de instrumento chamado de drift. Este é causado por variações em partes do instrumento durante um período de tempo. As principais fontes ocorrem por mudanças químicas estruturais e mudanças mecânicas devido ao estresse. Drifit é um fenômeno complexo onde os fenômenos observados é a variação da sensibilidade e do offset que pode alterar a precisão do instrumento em diferentes amplitudes do sinal presente. Drift também é causado por variações nos parâmetros ambientais como a temperatura, pressão, e umidade que opera nos componentes. Um exemplo é a alteração do valor de um resistor que faz parte do ganho de um amplificador, causado por mudanças na temperatura. Histerese Uma observação cuidadosa na relação saída/entrada do bloco irá revelar diferentes resultados de como o sinal varia em direção do movimento. Sistemas mecânicos mostram pequenas diferenças em comprimento quando a direção da força é oposta. Isto também ocorre com o campo magnético quando ele é reverso em um material magnético. Esta característica é chamada de histerese. A figura 3.6 é um gráfico generalizado da relação saída/entrada. 18 Figura 3.6 Saturação Algumas vezes, os blocos terão em suas entradas, entradas maiores do que é permitido. Neste caso o erro é chamado de saturação. Por outro lado em níveis pequeno de sinais podem ocorrer dois efeitos indesejáveis. O primeiro pode ocorrer quando um pequeno sinal é amplificado mais do que um sinal médio, o segundo pode ocorrer em amplificadores, onde só se tem um sinal na saída quando a entrada excede um valor de referência. Estes efeitos causam distorção de crossover. 19 Erro de Não linearidade A Linearidade de um sensor é o grau de aproximação entre a curva de calibração do sensor e uma reta de aproximação, veja Figura 7. Ou seja, a linearidade é em termos gerais descrito com o mais próximo à resposta atual do sensor a uma entrada é comparada a uma resposta ideal. Esta variação é descrito como erro de não linearidade. Figura 7- Erro de Não Linearidade Características dinâmicas de um sistema de instrumentação As características dinâmicas descrevem o comportamento do sensor quando o sinal de entrada varia no tempo. Erro Dinâmico: Traduz o erro introduzido pelo sensor quando o sinal de entrada varia no tempo, sabendo-se que o erro estático é nulo. Velocidade de Resposta: Define o tempo de reação do sensor às variações da entrada. Em sistemas de monitorizarão o tempo de resposta não é preponderante, mas em sistemas de controlo é quase sempre. Os sistemas de medida podem também ser classificados pela ordem da característica de resposta. Ordem zero: K sX sY )( )( 20 Primeira Ordem: 1)( )( s K sX sY Segunda Ordem: 22 2 2)( )( nn n wsws Kw sX sY Tipos de Sensores Sensores Resistivos Sensores de Temperatura As termos-resistência e os termístores são resistências que exibem uma variação do valor nominal em função da temperatura. A distinção entre termo-resistência e termístor (ou termistência) prende-se com o tipo de material utilizado na sua construção., ou seja; 1. As termos-resistência, que em língua inglesa se designam por resistance temperature detectors, RTD, utilizam materiais condutores como a platina, o cobre ou o níquel; 2. E os termístores (ingl. thermal resistors) utilizam misturas de cerâmicas de óxidos semicondutores, como o magnésio, o níquel, o cobalto, o cobre, o ferro, o titânio, etc., no caso das resistências com coeficiente de temperatura negativo (negative temperature coefficient, NTC), e de titanato de bário, no caso das PTC (positive temperature coefficient). Outros termos vulgarmente utilizados na classificação dos termístores são os seguintes: silístor, para designar os termístores do tipo PTC de relativa linearidade, e termístor comutado (switched-type), para indicar os termístores que manifestam um aumento brusco no valor nominal da resistência a partir de uma temperatura pré-estabelecida. As termos-resistência e os termístores são amplamente utilizados como sondas de temperatura em aplicações industriais, em aparelhagem médica, em eletrodoméstico, em instrumentação para pesquisa científica, no setor automobilístico, em telecomunicações, em aplicações militares, etc. Em algumas aplicações destinam-se a medir valores absolutos de temperatura razoáveis, como é o caso das aplicações médicas, ao passo que noutras, como nas aplicações industriais, podem destinar-se a medir temperaturas de vários milhares de Kelvin. Outra distinção importante consiste na precisão da medida de temperatura a efetuar. Em alguns casos uma precisão de 1 ºC na 21 medição da temperatura é suficiente, ao passo que noutras se exige uma precisão da ordem de décimo ou, até mesmo, de centésimo de grau. A Figura 1 ilustra, de forma qualitativa, algumas características temperatura-resistência possíveis para as termos-resistência e os termístores. As termos-resistência de platina são largamente utilizadas para medir temperatura com alta precisão. Atualmente,o mercado oferece termístores em formato de gota, tubo, disco, anilha ou circuito integrado, e com diâmetros que podem variar entre 0.1 mm e vários centímetros (ver os croquis e as fotografias da Figura 1). Figura 8 - Termístores e Termos-resistência Foto-resistências As foto-resistências são componentes de circuito cujo valor nominal da resistência elétrica é função da intensidade da radiação electromagnética incidente (em língua inglesa são designadas pela sigla LDR, light dependent resistor). As foto-resistências são geralmente construídas com base em materiais semicondutores, tais como: silício, germânio, arsénio, telúrio e compostos de cádmio e de chumbo, todos eles materiais para os quais a quantidade de portadores livres na banda de condução é uma função, entre outras, da intensidade e do comprimento de onda dos fotons incidentes. Em materiais como o silício, a incidência de foton com comprimento de onda de =1.1 m 22 conduz à geração de pares eletrons-lacuna, isto é, induz a passagem de eletrons da banda de valência para a banda de condução, deixando atrás de si lacunas. Uma vez que, a resistividade de um material é uma função decrescente da quantidade de portadores livres disponíveis, neste caso, uma função da quantidade de eletrons livres na banda de condução, ou seja, da quantidade de lacunas na banda de valência, conclui-se: ser negativo o coeficiente de luminosidade deste tipo de resistências. Por outro lado, materiais como o germânio e o arsenieto de índio apresentam maior sensibilidade à radiação de comprimento de onda =1.85 m e =3.54 m, respectivamente, sendo essas diferenças função apenas da maior ou menor amplitude das respectivas bandas proibidas. Atualmente existem no mercado foto-resistências que cobrem as gamas de radiação eletromagnética infra-vermelha, visível e ultra-violeta. Figura 9 - Foto-resisteências As foto-resistências são amplamente utilizadas em aplicações industriais, de instrumentação e militares, como indicadores de nível em reservatórios de líquidos, sistemas de alarme e de controle de distância, etc. A variação da resistividade com a intensidade luminosa segue uma lei aproximadamente exponencial, sendo comum encontrar foto-resistências cujo valor nominal da resistência elétrica pode variar de um fator de 100 numa gama de intensidades luminosas compreendidas entre 5 e 104 lux. Na Figura 9 ilustra o símbolo de algumas foto-resistências. Sensores de Posição Os sensores de posição fornecem a posição ao longo de uma linha ou a rotação em relação a um eixo. Existem vários tipos de sensores de posição, que serão listados e explicados a seguir: Potenciômetros resistivos: Consiste de um elemento resistivo com um contato móvel. O contato móvel pode ser translação, rotação ou uma combinação dos dois. O elemento resistivo é 23 excitado com tensão A-C ou D-C e a saída é, idealmente, uma função linear do deslocamento de entrada. Veja na Figura 10 onde: R é resistência do potenciômetro, o deslocamento angular, e tensão em Volts , e= K e K=V/2 . Figura 10 - Potenciômetro Sensor de posição com múltiplos sensores Outro meio de medir-se posição consiste de uma seqüência de resistores em paralelo. Conforme os resistores são sucessivamente removidos do circuito, as tensões de saída variam. Figura 11 - Esquema elétrico 24 Figura 12 - Sensores de Múltiplos Resistores Outros Sensores Resistivos Além das aplicações apresentadas anteriormente, a resistividade dos materiais pode ser utilizada para detectar a presença ou a variação de uma quantidade muito variada de grandezas, tais como: campo magnético, pressão, aceleração, ou certos agentes químicos como; umidade, monóxido de carbono, fumo de tabaco, etc. Uma das classes mais importantes de sensores resistivos é o magneto-resistências. Estes sensores são componentes de circuito nos qual o valor nominal da resistência elétrica é função direta da intensidade do campo magnético no qual se encontram imersas. O magneto-resistências possui o seu princípio de funcionamento baseado na interação existente entre o campo magnético e o fluxo de corrente elétrica, que e gerada pela força de Lorentz. O magneto-resistência é utilizado na construção de cabeçote de leitura de fitas e discos magnéticos, designadamente em aplicações áudio, vídeo, disquete de computadores, identificação de padrões em cartões magnéticos, instrumentação, etc. Outro tipo de sensores resistivos largamente utilizados na prática é o piezo-resistências. O piezo-resistividade é a propriedade dos materiais que caracteriza a dependência da resistividade elétrica com a deformação mecânica. Esta propriedade tem como causas, 25 entre outras, a variação da mobilidade e da densidade de cargas livres nos materiais, sendo esta última, devido, particulamente pela dependência da amplitude da banda proibida com o esforço mecânico. Apesar de a piezo-resistividade ser uma propriedade comum a todos os materiais, ela é mais notória nos semicondutores como o silício e o germânio, nos quais, o coeficiente de variação da resistência elétrica é, em regra geral, negativo. As piezo-resistências são utilizadas na construção de microfones (vê figura abaixo) e de detetores de aceleração, como é o caso dos airbag dos automóveis e dos sensores de fluxo em condutas de líquidos ou gases. Devido à compatibilidade tecnológica com a eletrónica de silício, os sensores de pressão são passíveis de integração conjunta com os circuitos eletrônicos de obtenção e processamento de sinal, permitindo, assim, realizar com um único chip sistemas complexos que incluem as funções de transdução, de obtencão e de processamento da informação. Existe ainda um vasto conjunto de sensores resistivos designado por químico- resistências. Em todos estes componentes, a resistividade é uma função da concentração de agentes químicos presentes no ambiente em que se encontram imersa. As químico- resistências são utilizadas na medição da humidade relativa do ar, nestes casos, são mais propriamente designadas por higro-resistências, mas também na detecção de gases como o monóxido de carbono, o hidrogênio, o dióxido de azoto, o etanol, o metano, o 26 fumo de cigarro, etc. As químico-resistências são em geral construídas a partir da deposição de um óxido metálico num material inerte como o óxido de silício, mas também a partir de certos cristais orgânicos ou polímeros condutores. Em geral, este tipo de resistências apresenta um coeficiente de variação negativo. Sensores de Proximidade O sensor de proximidade é um componente de comando eletrônico que se diferencia basicamente de uma chave de fim de curso mecânica pelo fato de operar eletronicamente, por aproximação, ou seja, sem contato físico. O sensor de proximidade eletrônico opera sem ruídos, impactos ou retroação. Ele também é insensível a vibrações, não apresenta contatos incertos e tem um ponto de acionamento constante. Existem oito tipos básicos de sensores de proximidade, que serão abordados e explicados a seguir: Sensores Indutivos O funcionamento dos sensores indutivos é baseado no conceito físico de indução, ou seja, variação de campo magnético. Ele é composto das seguintes partes: oscilador, bobina e amplificador. O oscilador gera, em conjunto com uma bobina com ferrite, um campo magnético alternado de alta frequência, que emerge na superfície externa, formando uma região 27 ativa. Com a introdução neste campo de um corpo de material de condução elétrica (por exemplo metal) será provocada uma tensão indutiva indesejada. A corrente parasita retira a energia do circuito oscilante L-C (Bobina-Capacitor). A carga docircuito oscilante do oscilador provoca uma redução da amplitude de oscilação. O oscilador está atenuado. A redução de amplitude é transformada em um sinal elétrico através de um circuito eletrônico. Desta forma ocorre uma comutação do sensor de proximidade. Caso se retire o material de condução elétrica do campo alternado, a amplitude de oscilação aumenta novamente e através do sistema eletrônico o sensor volta à sua posição original. O oscilador não está atenuado. Figura 13 - Sensor Indutivo Sensores capacitivos Os sensores capacitivos são semelhantes aos Sensores Indutivos, porém para alterar as condições físicas da região sensível, qualquer material pode ser usado, tais como: vidro, grãos, pó e até líquidos, pois ao contrário de variar o campo magnético, o objeto alterará a capacitância de placas que são adotadas como face sensível O sensor capacitivo é composto basicamente de dois eletrodos e um circuito oscilante. 28 O sensor de proximidade capacitivo trabalha com um circuito R-C (Resistor-Capacitor), no qual se manipula a capacidade. Para conseguir isso, os eletrodos de um condensador são separados. Um eletrodo se encontra no sensor embaixo da superfície ativa. O outro eletrodo é um meio de acionamento que tem contato com a terra ou com a massa, enquanto o meio de acionamento manipula o dielétrico. 29 Figura 14 - Sensor Capacitivo Quando este meio de acionamento se aproxima da superfície ativa, a capacidade cresce até o ponto de sintonização com o resistor em circuito oscilante, iniciando-se assim a oscilação. A retirada do oscilador provoca a interrupção da oscilação novamente. A oscilação ou a interrupção causa, através de um circuito eletrônico, um estado de chaveamento do sensor de proximidade. Os sensores capacitivos são largamente empregados em: Máquinas operatrizes, Injetoras de plástico, Máquinas para madeira, Máquinas de embalagem, Linhas Transportadoras, Indústrias Automobilísticas, Indústrias de frasco de vidro, Indústria de medicamentos, etc; e para a solução de problemas gerais de automatização. Sensores fotoelétricos ou óticos São sensores que emitem um feixe de luz e reagem à presença de objetos que se posicionam à sua frente. Possuem um emissor de impulsos rápidos de uma luz vermelha ou infravermelha e de um receptor. Possuem como grande vantagem a capacidade de detectar objetos a distâncias bastante grandes, até 10 metros, ou de apenas 1 mm, conforme o tipo construtivo. Não existe contato com o material ou objeto a detectar, ou seja, não se desgastam com o uso. Escolhidos adequadamente detectam qualquer tipo de material. Os principais tipos construtivos, para diversas aplicações e características técnicas, são: 30 1. Sensor ótico de reflexão difusa ou sensor difuso: o receptor reage ao sinal luminoso refletido pela superfície do objeto a detectar. Neste caso a distância de detecção depende das qualidades reflexivas da sua superfície. O emissor e o receptor estão numa mesma peça. Figura 15 - Sensor de reflexão difusa 2. Sensor ótico de barreira: o receptor e o emissor são montados separadamente. O objeto a ser detectado interrompe o feixe de luz enviado ao receptor, produzindo-se ou desligando-se o sinal elétrico na saída do sensor. Esse tipo de sensor alcança distâncias de até 10 metros. 31 Figura 16 - Sensor de barreira 3. Sensor ótico de retro-reflexão ou sensor retro-reflexivo: o emissor e o receptor estão montados juntos. O feixe de luz emitido é refletido de volta ao receptor por una superfície refletora enquanto não houver nenhum objeto interposto. Uma vez interrompida a reflexão pela presença do objeto a detectar, fecha-se ou abre-se um contato elétrico. Figura 17 - Sensor Retor-Reflexivo Sensores com fibra ótica Os sensores com fibra ótica contêm um equipamento básico e um acessório de fio de luz. O equipamento básico inclui um emissor de luz, um circuito eletrônico de avaliação e um amplificador. O acessório inclui um fio para luz de fibra de vidro protegido com fina capa metálica com comprimentos de 50 ou 100 cm. O funcionamento é similar ao sensor fotoelétrico e as maneiras de utilização são as mesmas. Pode detectar objetos pequenos com grande precisão. Sensores magnéticos 32 Constituem-se basicamente de duas lâminas de contato elétrico no interior de uma ampola preenchida com gás inerte. Estas lâminas se unem quando colocadas na presença de um campo magnético (contato tipo Reed). Normalmente são instalados nas paredes externas do cilindro, cujo êmbolo é provido de um anel magnético. Com a aproximação do anel magnético, fecha-se o contato que vai produzir uma corrente de saída. Figura 18 - Sensor Tipo Reed Os Sensores de Fluxo é um instrumento que utiliza a força exercida por um fluxo de fluido para deslocar um pistão magnético(1), este transmite um sinal a um sensor REED(2) situado na parte externa à passagem do fluxo. Não existe palheta, haste ou pivot, como utilizado no sistema convencional dos fluxostatos, que possam emperrar ou romper-se com contra-fluxos, golpes de ariete ou turbulências. Figura 19 - Pistão Magnético e Sensor tipo Reed 33 Como funcionam: Na Figura 19, o pistão magnético(1) encontrado nos Sensores de Fluxo é projetado para oferecer uma resistência mínima a passagem dos fluidos. Sujeitado por uma mola(3), é capaz de se deslocar com pequenos fluxos, pois qualquer passagem de fluido toca o topo inferior do pistão, fazendo com que este se desloque. O campo magnético do pistão atravessa a parede do corpo do sensor e atua um contato elétrico. O deslocamento do pistão é geometricamente proporcional ao volume de fluxo, assim pode-se mover o sensor externo através de um ajuste preciso(4) e determinar um ponto de atuação(5). Dessa forma, os Sensores de Fluxo não necessitam que o fluxo retorne a “zero” para sinalizar um alarme. Sensores magnéticos-pneumáticos Uma válvula pneumática é chaveada através de um imã permanente, gerando um sinal de saída. Figura 20 - Sensor Magnético-Pneumático 34 Sensores ultrasônicos Figura 21 - Sensor Ultra-sônico Desde o inicio dos tempos, tanto os seres humanos como os animais tem usado as ondas sonoras como meio de informação e como forma de medir distâncias. Analogamente o intervalo de tempo entre o clarão e o estampido de um trovão, com os devidos ajustes foi a base da técnica de medição de distancia contando-se o tempo da reflexão das ondas de som. Ajustando-se o método de medição em uma técnica industrial gerou os sensores ultra sônicos, que emitem curtos pulsos de som de ultra alta freqüência em intervalos regulares, que se propaga no ar na velocidade do som, e quando um acionador reflete a onda de volta gerando um eco para o sensor. Figura 22 - Esquema de funcionamento de um sensor ultra sônico Um microcontrolador interno ao sensor é capaz de medir o intervalo de tempo entre a onda de som emitida e o eco de retorno. 35 Como a distância entre o sensor e o objeto a ser detectada é determinada pela contagem do tempo de retorno do eco e não pela intensidade do som, os sensores ultrasônicos são excelentes para eliminar as interferências das superfícies de fundo (que não devem ser detectadas). Teoricamente todos os materiais que refletem o som podem ser detectados independentemente da sua cor e composição, até materiais transparentes ou finas chapas não apresentam problema de detecção. Veja algumas aplicações dos sensores ultra- sônicos na Figura 23. Figura 23 - Aplicações dos sensores ultra-sônicos Os ultra-sons têm demonstrado sua aplicação prática com grande habilidadedetectando a presença em condições externas, independentemente da cor dos acionadores. O critério de seleção mais importante quando se especifica os sensores de proximidade ultrasônico é a região de detecção tridimensional do sensor. A distância sensora nominal Sn define a máxima distância que o sensor pode certamente detectar um acionador convencional. 36 Figura 24 - Gráfica da distância de detecção de um sensor ultra-sônico Um bom acionador (reflector de som) pode ainda ser detectado emdistância superiores a distância nominal Sn. A região interna (cilindro interno) o acionador padrão (tubo de 10 ou 27mm de diâmetro) certamente é detectado. Esta é a região operacional do sensor ultrasônico. A região externa (cilindro externo) onde um acionador muito grande pode ser detectado (placa de 500x500mm), desde que o ângulo de incidência seja aceito pelo sensor. Fora desta área nenhum acionador é detectado, bem como muito próximo ao sensor em uma região chamada de zona morta onde não é possível a reflexão das ondas de som. Modo de Operação: Modo Sensor: que é o método clássico dos sensores de proximidade, detectando o objeto em sua região sensora . Permitindo a supressão do fundo com melhor desempenho do que qualquer outro método. Pode ser aplicado para contagem de peças em transportadores ou presença. 37 Figura 25 - Modo Sensor Modo Janela: como uma extensão do modo sensor, mas com a saída sendo acionada somente quando o objeto a ser detectado está entre dois limites. Pode ser utilizado para monitorar tamanho onde os diferentes são rejeitados. Figura 26 - Modo Janela Rejeição do Fundo: como no modo janela, o eco de retorno abaixo da distância sensora ajustada pode ser ignorado, o que permite se eliminar os distúrbios indesejados 38 produzido na zona de detecção. Como por exemplo podemos suprimir a detecção do pescoço da garrafa quando estamos detectando no nível de líquido. Figura 27 - Rejeição do Fundo Modo Refletivo: De operação similar ao modo refletivo dos sensores fotoelétricos sem a necessidade de espelhos refletores especiais, porque uma simples chapa metálica pode refletir de volta para o sensor o som emitido. Neste modo de operação o sensor funciona como no modo janela onde o refletor esta dentro da região ativa. Figura 28 – Aplicações do modo refletivo Quando uns objetos sobrepõem-se ao refletor ocorre à detecção independentemente se o objeto reflete ou absorve as ondas sonoras. Este método é empregado para detectar espumas e outros materiais de difícil detecção ou objetos com superfícies irregulares. 39 Figura 29 - Modo Refletivo Sensores pneumáticos: O princípio de funcionamento dos três tipos de sensores pneumáticos é o mesmo: a obstrução do jato de ar por meio de um objeto a ser detectado conduz a uma variação de pressão no canal de controle (A). P é a fonte de pressão nos três casos. Figura 30 - Sensor Pneumático Sensores de Presença Os sensores de proximidade que possuem uma distância de acionamento grande podem ser usados como sensores de presença. São eles: sensores óticos (com ou sem fibra ótica e os ultrasônicos). Além desses, existem sensores de presença que são mais empregados na Engenharia Civil, no controle de iluminação. São eles: Infravermelho (PIR - Passive 40 Infrared) e Ultra-som. Apesar de estarem baseados no mesmo conceito físico dos dois mencionados acima, o princípio de funcionamento é diferente. Os Infravermelhos detectam o calor de um corpo em movimento, que passa através do seu campo de ação, acendendo automaticamente as luzes. Quando este campo de ação fica desocupado por certo tempo (previamente determinado) o sensor automaticamente apaga as luzes. Já o sensor ultra sônico emite ondas sonoras de baixa freqüência que com qualquer movimentação no ambiente aciona a iluminação ligada no sensor. Com a ausência de movimento o sensor de presença, em tempo previamente determinado, automaticamente apaga as luzes. Sensores de Passagem Os sensores de passagem se confundem com os sensores de proximidade. Todos os sensores de proximidade podem ser usados como sensores de passagem, no entanto, os mais utilizados são os óticos. Quando se necessita fazer uma contagem das vezes que o sensor de passagem foi acionado, utiliza-se um contador na saída do sensor. Sensores de Fim de Curso Os sensores de proximidade podem ser usados como sensores de fim de curso. Nesse tipo de aplicação dos sensores de fim de curso, não exige-se contato entre a peça e o sensor. Além desses sensores de fim de curso, existem aqueles que necessitam de contato entre o objeto e o sensor. Basicamente, existem dois tipos de sensores desse segundo tipo: Eletro-Mecânico Um contato elétrico é estabelecido ou interrompido quando uma força externa atua sobre o acionador. Esse tipo de sensor chavear no máximo 10 milhões de ciclos aproximadamente. O tempo de chaveamento é de aproximadamente 1 a 15 ms. 41 Figura 31 - Fim de Curso Mecânico Mecânico-Pneumático Nesse tipo de sensor, um circuito pneumático é diretamente afetado por meio do efeito mecânico de aproximação de um objeto. Em relação às chaves eletro-mecânicas, esse sensor tem a vantagem de não existir contato elétrico. 42 Figura 32 - Fim de Curso Mecânico-Pneumático Células de Carga (Extensômetro – Strain Gauge) Células de carga são estruturas mecânicas, planejadas à receber esforços e deformar-se dentro da estrutura flexível à que foram planejadas, ou seja, . Esta deformação, embora pequena, é suficiente para gerar um sinal de saída, linear e compatível a carga aplicada. Trata-se de um sensor de deformação que pode ser usado diretamente em peças na avaliação de deformações superficiais ou em diversos sistemas mecânicos, compondo assim transdutores para grandezas como: pressão, força de aceleração, etc. Seu funcionamento baseia-se na variação da resistência de um material metálico depositado sobre um polímero o qual pode ser colado na superfície sob análise, ao se deformar longitudinalmente, o valor da resistência varia de forma conhecida, indicando assim a deformação da superfície. Existem valores padronizados de resistências, por exemplo, 120 ou 350 De uma forma geral, estes são sistemas isolados que dependem, dentre outras variáveis, do potencial de carga, mas também de suas condições de geração. Se estas são 43 combinadas a erros de perpendicularidade, paralelismo, diferenças de alinhamento e etc..., são cargas que compõem conjugados vetoriais e são diluíveis ao parâmetro principal. Figura 33 - Strain Gauge Células de carga tipo (características médias): Tração e compressão (uso geral) ; Capacidades: 0,5 a 350.000 Kgf (outras capacidades sob. consulta) ; Sensibilidades: 1 a 3 mV/V ; Tecnologia Metal Foil Strain-Gage ; Precisões globais, estimadas: +/- 0,01 (RMS) ; Características térmicas: o Faixas de utilização (células convencionais): -20 a +80º C ; o Faixas de compensação: 0 a 100º C ; o Desvios térmicos, dentro da faixa de compensação: +/- 0,05% / º C ; o Faixas de utilização (células especiais): -20 a +300º C ; o Faixas de compensação: -10 a + 260º C ; o Desvio térmicos, dentro da faixa de compensação: +/- 0,2% / º C . Faixas de sobrecarga mecânica sem destruição das características: 150% ; Faixas de sobrecarga mecânica, sem destruição física: 350% ; Susceptibilidades a esforços laterais e planetários: de 20% a 300% da capacidade nominal; Erros devidos aos esforços laterais e planetários: 1% a +/- 0,05% da capacidade nominal ; 44Exemplos de Aplicações dos Sensores Uso de sensores óticos para verificação de presença ou posição de tampas de garrafas em linha de produção contínua. Figura 34 - Sensores óticos para detecção de posição de tampas de garrafas Uso de sensores óticos permite a verificação da presença do rótulo para impressão de código de barras, data de validade, etc. Figura 35 - Sensores óticos para impressão de código de barras Uso de sensores óticos com espelho refletor, permite uma contagem de garrafas PET, mesmo transparentes. O método de ajuste inteligente, possibilita rapidez e segurança, podendo ser realizado à distância, através de botoeira remota ou de CLP. 45 Figura 36 - Sensores óticos para contagem de garrafas PET Uso de sensores óticos possibilita a detecção de marcas em impressoras, para comandos de corte, dobra e impressão, etc. Figura 37 - Sensores óticos para detecção de marcas em impressoras Uso de sensores óticos com fibra tipo forquilha, possibilita a detecção de bordas de filmes plásticos transparentes em processos de embalagem. Figura 38 - Sensores óticos para detecção de bordas de filmes 46 Uso de sensores óticos permite a detecção de etiquetas de identificação em embalagens de papelão. Figura 39 - Sensores óticos para detecção de etiquetas de identificação Uso de sensores óticos possibilita o controle de velocidade do motor de tração, de acordo com o tamanho do LOOP. Figura 40 - Sensores óticos para controle de velocidade Uso de sensores óticos permite a contagem de garrafas de tamanho reduzido, durante o processo produtivo. 47 Figura 41 - Sensores óticos para contagem de garrafas A instalação de sensores óticos, com fibras plásticas, possibilita a identificação de ruptura de fios em máquinas têxteis. Figura 42 - Sensores óticos para detecção de rupturas em fios. Uso de sensores ultra-sônico que permite o monitoramento do nível de produtos diversos, em um processo contínuo. 48 Figura 43 - Sensor ultra-sônico para monitoramento de nível 49 Bibliografia 1. Soloman, Sabrie. Sensors and Control Systems in Manufacturing. McGraw-Hill; 2. Dally, Riley and McConnel. Instrumentation for Engineering Measurements. WIE WILEY; 3. Doeblin, Ernest O. . Measurement Systems, Application and Design. McGraw- Hill; 4. Webster, John G. Measurement, Instrumentation, And Sensors Handbook. CRC Press LLC. 1999 This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.
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