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Experimento de Reynolds INTRODUÇÃO TEÓRICA Em 1883 Osborne Reynolds realizou um experimento que mostrou a existência de dois tipos de escoamento: “o primeiro onde os elementos do fluido seguem-se ao longo de linhas de movimento e que vão da maneira mais direta possível ao seu destino, e outro em que se movem em trajetórias sinuosas da maneira mais indireta possível”, seguindo a redação original. Ou seja, descreveu como visualizar escoamentos laminares e turbulentos. Na experiência de laboratório é reproduzido o experimento de Reynolds, onde é visualizado o escoamento de água em um duto de vidro, com uma agulha metálica injetando tinta na região central da tubulação. Reynolds descreveu ainda a transição do escoamento laminar ao turbulento, embora não entendesse como ocorresse e qual intensidade de perturbação causava a transição. Descreveu ainda que no escoamento laminar a perda de carga variava linearmente com a velocidade, enquanto no turbulento variava com o quadrado da velocidade. Assim determinou o número de Reynolds, mas não sabia como variava na transição. O número de Reynolds é o parâmetro adimensional que relaciona as forças inerciais e as forças viscosas da vazão de um fluido incompressível, na ausência de campo gravitacional. Ele é simbolizado por Re. A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. Com isso, podem-se realizar os dimensionamentos industriais e optar por materiais mais adequados para cada processo. A transição do regime laminar para o turbulento ocorre quando o número de Reynolds do escoamento atinge um valor crítico. Onde: Re é o número de Reynolds Rec o valor crítico é a massa específica do fluído a velocidade da água no duto o diâmetro do tubo e e sua viscosidade dinâmica e cinemática. Através da análise dimensional obteve o número de Reynolds: Re ≤ 2000 escoamento laminar 2000 < Re < 2400 escoamento de transição Re ≥ 2400 escoamento turbulento Hoje se considera: Re ≤ 2000 escoamento laminar 2000 < Re < 4000 escoamento de transição Re ≥ 4000 escoamento turbulento OBJETIVO O intuito desse manual é orienta-lo(a) como reproduzir o experimento de forma segura e barata. MATERIAIS Para a montagem do experimento serão necessários os seguintes materiais. Adaptações ou modificações podem ser feitas, caso seja necessário. Vasilhame de água 20 litros Mangueira transparente ¾’’ Flange de vedação Niple (extensor) ½’’ Fita veda-rosca Corante Torneira Marcador de texto Estilete Equipo de soro Seringa 20 ml Furadeira de mão RISCOS Atenção: Antes de começar a execução da montagem é necessário o levantamento dos possíveis riscos que podem ocorrer. Por exemplo: Se cortar com o estilete, manuseio da furadeira ou corante cair nos olhos. Para prevenir possíveis acontecimentos é necessária a utilização de EPI’S (Equipamento de proteção individual), caso ocorra algum erro durante a montagem os danos sejam diminuídos ou evitados. O corante a ser utilizado deve ser a base de água, para que não ocorra intoxicação e o descarte do mesmo possa ser feita em ralos ou pias. EPI’S Luvas Óculos Sapato fechado PASSO A PASSO Com os materiais e EPI’S em mãos, o próximo passo é começar a montagem. Deve-se fazer a marcação no vasilhame de água com o marcador de texto no topo e ao lado na parte inferior; No topo do vasilhame deve ser feito uma abertura de no mínimo 19 cm de diâmetro com a furadeira. Já ao lado na parte inferior deve ser feito um furo que possa conectar o flange de vedação; Após serem feitos os furos deve ser feita a colocação do flange; Passar fita veda rosca no niple; No lado externo do vasilhame deve ser feita a conexão do niple no flange; Depois de ser feita a conexão, deve-se conectar a mangueira no niple; Passar fita veda rosca na torneira; Com a mangueira conectada ao niple, deve ser feita a colocação da torneira no final da mangueira; Por dentro do flange deve ser inserido o equipo de soro; Colar equipo por dentro do flange com cola para PVC; Em um recipiente dissolver o corante em água; Com a seringa deve-se encher o equipo de corante dissolvido; Encher o vasilhame com água; Injetar o corante dentro da mangueira; Observar o fluxo; Com uma pequena vazão deve-se conseguir um fluxo laminar; Injetar o corante novamente dentro da mangueira; Observar o fluxo; Com um maior vazão deve-se obter um fluxo turbulento; Parar a injeção de corante; FLUXOGRAMA PARA MONTAGEM Antes de seguir o fluxograma deve-se consultar o passo a passo (pag.10) REFERÊNCIAS Escoamento Laminar e Escoamento Turbulento, Disponível em < http://meusite.mackenzie.com.br/eangelo/Exp_Reynolds.pdf > Acesso em: 22 agosto 2015. PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA NO ESCOAMENTO LAMINAR, Disponível em <http://sites.poli.usp.br/d/pme2033/Arquivos/PME2033_Laminar_2012.pdf> Acesso em; 22 agosto 2015. NÚMERO DE REYNOLDS, Disponível em <http://www.lamon.com.br/ckfinder/userfiles/files/Numero%20de%20Reynolds(2).pdf> Acesso em: 22 agosto 2015. Experiência do Número de Reynolds Disponível em: <http://fluidos-lfa.usuarios.rdc.puc-rio.br/mecflu1/Lab2_2012-2.pdf > Acesso em: 25 agosto 2015 Experiência de Reynolds Disponível em: <http://www.escoladavida.eng.br/mecflubasica/experi%C3%AAncia_de_Reynolds.pdf> Acesso em: 25 agosto 2015 Mecânica dos Fluidos Disponível em: <http://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/aula10.pdf > Acesso em: 01 setembro 2015 Bancada Didática para Experimento de Reynolds, Disponível em: <http://www.algetec.com.br/index.php/pt-BR/produtos/product/21-bancada-para-experimento-de-reynolds> Acesso em: 25 de setembro de 2015 Bunetti, F. Mecânica dos Fluidos, São Paulo, Prentice Hall, 2007. APÊNDICES Após a montagem do equipamento, foi feito o experimento. Figura 1. Montagem do equipamento. Figura 2. Escoamento laminar (Re ≤ 2000 escoamento laminar) Figura 3. Escoamento turbulento (Re ≥ 4000 escoamento turbulento)
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