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REVISÃO AV1‐ PROCESSO CIVIL 1‐ Qual conceito, natureza jurídica e princípios inerentes aos recursos? R: Conceitualmente, recurso é extensão do direito de ação. O recurso possui natureza jurídica de direito subjetivo, uma vez que se trata de ônus processual e não de um dever. Os princípios inerentes aos recursos são duplo grau de jurisdição, taxatividade, singularidade, fungibilidade e proibição da reformatio in pejus. 2‐ Quais são os requisitos gerais dos recursos? R: cabimento, legitimidade recursal, interesse processual, tempestividade, regularidade formal e inexistência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito e preparo. Obs.: alguns recursos, por exemplo, necessitam de todos esses requisitos, outros não. 3‐ Aborde as principais mudanças com o NCPC em matéria relacionada à teoria geral dos recursos. R: A principal mudança diz respeito ao juízo de admissibilidade que antes do NCPC era feito pelo juízo a quo e com o NCPC passa a ficar a cargo do juízo ad quem. Outra mudança foi a uniformização dos prazos com exceção dos embargos de declaração que permanecem com o prazo de 5 dias. Uma terceira mudança foi a extinção de alguns recursos, dentre eles, o agravo retido e os embargos infringentes. 4‐ O art. 994 do NCPC é um exemplo de rol taxativo? R: Não, trata‐se apenas de rol exemplificativo, tendo em vista que há recursos em leis esparsas que não se encontram neste artigo, como o recurso inominado dos juizados especiais, por exemplo, que se encontra no art. 91 da lei 9099/90, atendendo perfeitamente ao princípio da taxatividade. 5‐ Para desistir ou renunciar de um recurso é necessária a anuência da parte contrária? R: para desistir ou renunciar de um recurso não é necessária a anuência da parte contrária, tendo em vista os artigos 998 e 999. 6‐ Quais foram as principais alterações envolvendo recurso de agravo do NCPC? R: com o NCPC, o agravo retido foi extinto. As decisões interlocutórias não vão mais precluir. Das decisões interlocutórias caberá agravo por instrumento nas ampliadas hipóteses do art. 1015 do NCPC. Das decisões proferidas pelo relator caberá agravo interno que ganhou espaço com o NCPC. Cabe ressaltar a uniformização nos prazos do agravo. 7‐ É possível afirmar que os embargos de declaração possuem efeito devolutivo? R: Sim, pois devolve‐se a matéria para reapreciação ainda que seja para o próprio julgador. Ainda que não vá para a 2ª instância. Porém no momento que se diz ao juiz prolator que há uma omissão, contrariedade ou obscuridade, estou devolvendo ao juiz pedindo para ser reapreciado, ainda que para a mesma instância. Cuidado com os embargos de declaração, eles não suspendem o prazo para recurso e sim INTERROMPEM. 8‐ Em se tratando de recurso extraordinário, quais os requisitos específicos? R: O prequestionamento e a repercussão geral. O prequestionamento é buscar um assento constitucional para a matéria que se está tratando no processo. 9‐ No que tange à repercussão geral, comente do que se trata além de indicar quem deverá fazer a análise da sua existência. R: Trata‐se de requisito de admissibilidade específico do RE (recurso extraordinário) considerado verdadeiro conceito juridicamente indefinido, pois reserva um amplo aspecto subjetivo em sua análise. Tem os seus limites estabelecidos no art. 1035 do NCPC. Devemos analisar o § 1º do art. 1035, pois que diz para nós o que é repercussão geral. De acordo com o art. 1035 é o ministro do STF que faz a análise de sua existência. 10‐ Qual sentido da unificação dos prazos recursais previsto no NCPC? Dar mais celeridade e efetividade ao processo. 11‐ Em que consistem os Embargos de Divergência? R: Visam acabar com a divergência no próprio tribunal superior, nas câmaras e grupos que o compõem criando um posicionamento único do Tribunal. Trata‐se de recurso previsto no art. 1043 do NCPC. 12‐ O que ocorre quando se verifica a existência de múltiplos recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de Direito? R: o presidente do Tribunal Local, do TRF ou o ministro dos respectivos tribunais superiores cuidará de eleger o que chamamos de recurso representativo ou paradigma determinando a suspensão dos processos em curso que envolvem a mesma tese jurídica. Os Tribunais superiores têm até um ano para decidir o recurso paradigma e com isso estender os efeitos da decisão aos recursos até então suspensos. Previsão no art. 1036/1041 do NCPC 13‐ Quais são os critérios para a escolha do recurso paradigma nos casos previstos na questão anterior? R: Não existem critérios de ordem objetiva para esta escolha, sendo isto uma das maiores críticas ao sistema da multiplicidade. Deve‐se atentar ao disposto no § 1º do art. 1036. 14‐ A parte pode alegar que a sua questão em particular não se enquadra na tese jurídica do recurso paradigma e por isso merece tratamento específico? R: Sim, pode, desde que observando o § 9º do art. 1037. 15‐ Comente acerca do tratamento dado ao Amicus Curiae no NCPC. R: O amicus curiae foi inserido ao NCPC no capitulo destinado à intervenção de terceiros (art. 138 NCPC) que até então encntrava previsão no § 2º do art. 7º da Lei 9868/99. Teve com o NCPC uma extensão e melhor aproveitamento nos processos em geral.
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