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1 A LOGÍSTICA EMPRESARIAL COMO ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DE CUSTOS Jorge Alberto Morgado de Carvalho 1 Orientador: Jonas Krause 2 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo mostrar como a logística através de seu processo de gerenciar estrategicamente podemos maximizar as lucratividades e reduzir significadamente os custos levando a empresa a ter uma vantagem competitiva perante seus concorrentes, é fundamentado em pesquisa bibliográfica, baseando-se em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos com o objetivo mostrar como as principais atividades da Logística Empresarial, por meio da cadeia de suprimentos, de seus objetivos, desafios e fases, dos diferentes tipos de logística e algumas de suas ferramentas, dos diferentes custos envolvidos na logística, e da logística reversa, podem melhorar o custos das empresas transformando em diferencial competitivo levando o produto ao consumidor final com preços reduzidos sem comprometer a qualidade do produto melhorando assim a margem de lucro da empresa. PALAVRAS-CHAVE: CADEIA DE SUPRIMENTO. LOGÍSTICA. CUSTOS. 1 Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção do Grupo Educacional UNINTER (FACINTER/FATEC) para obtenção de nota. ¹ Graduado em Processos Gerênciais pelo Grupo Educacional UINTER (FACINTER/FATEC). ¹ Graduando em Gestão Comercial pelo Grupo Educacional UINTER (FACINTER/FATEC). 2 Matemático (Universidade Federal do Paraná), Especialista em Gestão de TI (IBPEX), Mestrando em Eng. Biomédica (UTFPR) e orientador de TCC do Grupo Uninter 2 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo mostrar como a logística através de seu processo de gerenciar estrategicamente podemos maximizar as lucratividades e reduzir significadamente os custos. È indubitável que investimentos na infraestrutura logística criam um diferencial competitivo para as empresas, isto fica claro quando comparamos as economias desenvolvidas com as economias em desenvolvimento. Por exemplo, um sistema de transportes mais eficientes resulta em maior competitividade, economia de escala e redução de custos. Embora a logística só possa vir a ser considerada um diferencial empresarial quando as empresas envolvidas perceberem a importância do trabalho logístico integrado, tanto internamente quanto em relação à sua cadeia produtiva, é a integração, em pleno desenvolvimento e harmonia, que possibilita às empresas que compõe tal cadeia o ganho de mercado, por meio do aumento da competitividade e da eficiência, portanto a consequente melhora nos resultados (CAMPOS, 2007, p.7). O grande desafio do gerenciamento da cadeia de suprimentos é encontrar o equilíbrio entre o tamanho e a frequência desses fluxos. Às vezes, a empresa consegue diminuir os custos com transportes se fizer entregas menos frequentes de grandes quantidades de materiais. Por outro lado, os gastos com a manutenção de estoque são menores quando as entregas são feitas com mais frequência, em quantidade menores (VITORINO, 2012, p.16). O conceito de Supply Chain Management evoluiu a partir do conceito de Logística Integral, que procurava integrar internamente à organização funções logísticas tais como compras, transportes, fabricação, gestão de materiais e distribuição. Tal evolução integra o fluxo de materiais e informações de todos os elos da cadeia logística, partindo do fornecedor do fornecedor, passando pelo fornecedor direto, pelo fabricante de bens de consumo, pelo distribuidor, pelo varejista e chegando ao consumidor final (FERRANTE, 2010, p.17). 2. A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 3 2.1. O QUE É UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS ? CHOPRA (2004). Uma Cadeia de suprimentos engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia de suprimento não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas também transportadoras, depósitos, varejistas e os próprios clientes. Dentro de cada Organização, como por exemplo, de uma fábrica, a cadeia de suprimento inclui todas as funções envolvidas no pedido do cliente, como desenvolvimento de novos produtos, marketing, operações, distribuição, finanças e o serviço de atendimento ao cliente, entre outras. CAMPOS (2007). Uma das áreas que mais influencia o bom andamento e a maior competitividade de cada cadeia é a logística. Para que a logística atue da melhor forma, é fundamental que o fluxo de informações aconteça livremente no que diz respeito às necessidades de materiais, prazos de entrega, quantidades, lançamentos de novos produtos, ampliação de mercados e/ou capacidades, entre outras (CAMPOS, 2007, p.16).. 2.2. O OBJETIVO DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS CHOPRA (2004). O objetivo de toda cadeia de suprimento é maximizar o valor global gerado. O valor gerado por uma cadeia de suprimento é a diferença entre o valor do produto final para o cliente e o esforço realizado pela cadeia de suprimento para atender ao seu pedido. Para a maioria das cadeias de suprimento comerciais, o valor estará fortemente ligado à lucratividade da cadeia de suprimento, que é a diferença entre a receita gerada pelo cliente e o custo total no decorrer da cadeia de suprimento. A lucratividade da cadeia de suprimento é o lucro total a ser dividido pelos estágios da cadeia de suprimento. Quanto maior sua lucratividade, mais bem-sucedida será a cadeia de suprimento. O sucesso da cadeia de suprimento deve ser mensurado em termos de lucratividade da cadeia inteira e não como base nos lucros de um estágio isolado (CHOPPRA, 2004, p.5). 2.3. FASE DE DECISÃO DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS 4 CHOPRA (2004). O gerenciamento da cadeia de suprimento bem-sucedido exige diversas decisões relacionadas ao fluxo de informações, de produtos e monetário. Essas decisões se encaixam em três categorias, ou fases, dependendo da frequência de cada decisão e do período de execução de cada fase: 1. Estratégia ou projeto da cadeia de suprimento. Durante essa fase, a empresa decide como estruturar a cadeia de suprimento. Determina qual será a configuração da cadeia e que processos cada estágio deverá desempenhar. As decisões tomadas durante essa fase são também conhecidas como decisões estratégicas para a cadeia de suprimento. tais decisões são tomadas pelas empresas e incluem: local, capacidade de produção e das instalações para armazenagem, produtos a serem fabricados ou estocados em diversos locais, meios de transporte a serem disponibilizados de acordo com os diferentes turnos de expedição e do tipo de sistema de informação que vai ser adotado. A empresa deve garantir que a configuração de sua cadeia de suprimento possa apoiar seus objetivos estratégicos durante essa fase (CHOPPRA, 2004, p.6). 2. Planejamento da cadeia de suprimento. Como resultado dessa fase de planejamento, as empresas definem um conjunto de politicas operacionais que lideram as operações de curto prazo. Para as decisões tomadas durante essa fase, a configuração da cadeia de suprimento, determinada na fase estratégica, é fixa. Essa configuração estabelece restrições dentro das quais cada planejamento deve ser realizado. As empresas iniciam a fase de planejamento com uma previsão de demanda para o ano seguinte (ou um período de execução semelhante) em diferentes mercados. O planejamento inclui decisões sobre quais mercados deverão ser supridos e de que locais, sobre a construção dos estoques, a terceirização da fabricação, as politicas de reabastecimento e estocagem a serem seguidas, as politicas que serão desempenhadas e em relação a locais de reserva, no caso de incapacidade de atender a um pedido, e a periodicidadee dimensão das campanhas de marketing (CHOPPRA, 2004, p.6). 3. Operação da Cadeia de Suprimentos. O período de tempo considerado aqui é semanal ou diário e durante essa fase as empresas tomam decisões sobre pedidos individuais de clientes. Na fase Operacional, a configuração da cadeia de suprimento é considerada fixa e as políticas de planejamento como já definidas. O objetivo das operações da cadeia de 5 suprimentos é implementar as políticas operacionais da melhor maneira possível. Durante essa fase , as empresas distribuem os pedidos individuais para estoque ou produção (CHOPPRA, 2004, p.7). 2.4. DESAFIOS DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS VITORINO (2012). A idéia básica é controlar uma cadeia de suprimentos formada por fábricas e depósitos de armazenagem - tudo conectado por rotas de transporte pelas quais os produtos fluem. A função desse tipo de gerenciamento é garantir que o produto chegue às mãos dos clientes no lugar certo, na hora certa. Falando assim, parece até simples. Porém, a complexidade e a variabilidade tornam difícil vencer um jogo que, à primeira vista, parece fácil. 2.5. INOVAÇÕES NO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS VITORINO (2012). A complexidade e a variabilidade tornam o gerenciamento da cadeia de suprimentos um jogo complicado. Para vencer, a melhor tática é seguir a regra da simplicidade e da estabilidade. Nos últimos 20 anos, o objetivo da maioria das inovações, no gerenciamento da cadeia de suprimentos, foi simplificar e estabilizar o fluxo de demanda, suprimento e caixa. Essas inovações incluem o programa de suprimentos just-in-time e os programas de reposição no varejo. 3. LOGÍSTICA 3.1. O QUE É LOGÍSTICA ? CAMPOS (2007). A logística tem se apresentado como algo paradoxal, pois ela é “uma das atividades econômicas mais antigas e um dos conceitos gerenciais mais modernos”. Podemos dizer, resumidamente, que a função logística é responsável por comprar, armazenar e distribuir materiais e produtos acabados por toda a linha de produção e pela cadeia produtiva, ao menor custo possível e no prazo necessário, incluindo também “todas as formas 6 de movimento de produtos e informações”. BRANCO (2010). O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês logistique e tem como uma de suas definições a .parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos). BRANCO (2010). Pela definição do Council of Logistics Management, “Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. 3.2. FERRAMENTAS DA LOGÍSTICA CAMPOS (2007). As ferramentas logísticas são formas de melhor controlar e gerenciar o processo logístico como um todo. Para tal, as empresas devem valer-se de instrumentais de qualidade que possibilitem alcançar, da melhor forma possível, os objetivos pretendidos. Dentre as ferramentas de qualidade voltadas às questões logísticas podem ser identificadas: matriz GUT, gerenciamento de estoques (WMS), roteirização, gráficos sequenciais e diagramas de correlação (CAMPOS, 2007, p.29). Todas essas ferramentas podem ser utilizadas para controle de estoque, de armazenagem, de distribuição, de transporte, entre outros. Muitas são operacionalizadas com base em programas de computador, a fim de facilitar e agilizar o processo, além de fornecerem informações de forma mais rápida e eficaz (CAMPOS, 2007, p.29). 7 3.3. TIPOS DE LOGÍSTICA BRANCO (2010). Muitas organizações hoje em dia vêem na Logística a melhor maneira para vencer desafios já que através do próprio sistema logístico podem agregar valor ao mesmo tempo reduzir custos e garantir o aumento da lucratividade. E como podemos observar a logística, hoje, possui uma variedade de nomes como: Logística empresarial, logística integrada, logística de distribuição, logística de transporte. E a partir deste momento vamos ver cada um destes conceitos para melhor entendimento deste estudo sobre a logística para redução de estoques. 3.3.1. LOGÍSTICA EMPRESARIAL BRANCO (2010). A Logística Empresarial explora como se pode alcançar maior rentabilidade nos serviços de distribuição, por meio das atividades de planejamento, organização e controle para as tarefas de movimentação e armazenagem que buscam otimizar o fluxo de pedidos. Podemos defini-la em entrega de produtos com valores agregados por exemplo: quando você faz uma compra em uma determinada loja de móveis e não precisa pagar o frete, pois já vem agregado na compra do móvel realizada. 3.3.2. LOGÍSTICA REVERSA CAMPOS (2007). A logística reversa pode ser definida como “o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado”. Atualmente ela passou a ser um diferencial competitivo, uma vez que aspectos referentes à reciclagem, ao reaproveitamento de materiais e ao tratamento de resíduos estão sendo cada vez mais valorizadas pelos consumidores no momento da escolha da empresa em que irão comprar os produtos e/ou os serviços que utilizarão (CAMPOS, 2007, p.48). 8 3.3.3. LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO VITORNIO (2012). O desafio de gerenciar uma rede de distribuição é o de organizar o caminho dos produtos da fábrica até os consumidores finais da maneira mais lucrativa possível. Se todas as camadas de cliente pertencem a uma única empresa, é bem mais fácil fazer isso. Afinal, os gerentes conseguem controlar todas as etapas, garantindo, por exemplo, que cada cliente receba entregas de apenas uma instalação. Com mais locais para atender, a empresa deve dividir o estoque disponível com muito mais precisão; caso contrário, os produtos podem acabar antes que ela dê conta de todos os clientes. Além disso, fica mais caro e mais demorado gerenciar o envio de produtos para tantos destinos. Por outro lado, o custo de transporte pode diminuir, pois é mais econômico despachar embarques maiores (VITORNIO, 2012, p.20). 3.3.4. LOGÍSTICA DE TRANSPORTE CHOPRA (2004). O transporte mobiliza o produto entre diferentes estágios na cadeia de suprimento. Assim como outros fatores-chave da cadeia de suprimento, o transporte exerce grande influência tanto na responsividade, quanto na eficiência. Um transporte mais rápido, utilizando diferentes meios ou diferentes quantidades a serem transportadas, contribui para que a cadeia de suprimentos seja mais responsiva, mais acaba reduzindo sua eficiência. O tipo de transporte adotado por uma empresa também afeta os estoques e a localização das instalações na cadeia de suprimento. Meio de transporte O meio de transporte é a maneira pela qual um produto é deslocado de um ponto a outro na rede da cadeia de suprimento. As empresas possuem seis opções básicas de meios de transporte: Via aérea: o meio mais caro, mas também o mais rapido. Caminhão:meio relativamente rápido e barato, com altos níveis de flexibilidade. Trem: meio barato utilizado para grandes quantidades. Navio: o meio mais lento mas, muitas vezes, a única opção econômica para grandes 9 transportes para o exterior. Dutos: usadosprincipalmente para transportar óleo e gás. Transporte eletrônico: o mais novo meio que “transporta” produtos como música, eletronicamente pela internet, após terem sidos enviados por meios físicos (CHOPRA, 2004, p.55). Cada meio de transporte possui características diferentes no que se refere a velocidade, dimensão das entregas (pacote individuais a paletes, de caminhões carregados a navios), custo da entrega e flexibilidade. Essas particularidades definem cada meio e ajudam a empresa a definir melhor a opção (CHOPRA, 2004, p.56). A grande escolha: responsividade versus eficiência A escolha fundamental para o transporte se dá entre o custo de transporte de um determinado produto (eficiência) e a velocidade com que o produto é transportado (responsividade) (CHOPRA, 2004, p.56). 4. ESTOQUE NA ESTRATÉGIA COMPETITIVA CHOPRA (2004). O estoque é espalhado por toda a cadeia de suprimento passando de matérias-primas para produtos em processamento e, finalmente, para produtos acabados mantidos por fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas. O estoque é o principal fator gerador de custos em uma cadeia de suprimento e exerce um forte impacto na responsividade. A localização e a quantidade de estoque podem mover a cadeia de suprimento de uma ponta à outra. O estoque exerce também um grande impacto no tempo de fluxo do produto em uma cadeia de suprimento. O tempo de fluxo do produto é o tempo que transcorre entre o momento em que o material entra na cadeia de suprimento e o momento em que a deixa. Outro item importante em que o estoque exerce bastante influência é a taxa de saída, ou seja, taxa em que ocorrem as vendas ao cliente final (CHOPRA, 2004, p.52). A conclusão lógica é que estoque e tempo de fluxo são sinônimos em uma cadeia de suprimentos. Sabendo-se que um tempo de fluxo reduzido pode representar uma vantagem 10 significativa em uma cadeia de suprimento, os gerentes devem executar ações que reduzam a quantidade de estoque necessária, sem aumentar os custos ou comprometer a responsividade (CHOPRA, 2004, p.53). 5. CUSTOS NOS ESTOQUES BRANCO (2010). A palavra custo significa “trabalho, dificuldade, esforço”, não poderia ser diferente em se tratando de custos, principalmente de estoques dentro de uma organização. Os custos gerados tanto diretamente quanto indiretamente sobre um determinado processo produtivo levam somados os dois, uma parcela significativa do capital social da empresa. Segundo Garcia, a frase “estoque custa dinheiro”, traduz bem verdadeiramente o que os gestores na maioria das empresas, fazem para garantir o seu sucesso, experimentando os mais variados métodos como por exemplo, Just-in-time, curva ABC, que é um importante instrumento para se examinar estoques, permitindo a identificação daqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração onde é feito de tudo para tentar diminuir esses custos, tendo a necessidade de manter os seus estoques. O custo de produção do período, é a totalidade de custos incorridos na produção durante determinado período de tempo. É composto por três elementos básicos: materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. 5.1. CUSTOS DE PEDIDOS CHOPRA (2004). O custo de pedido inclui todos os custos marginais associados à emissão ou ao recebimento de um pedido extra, contraídos independentemente do tamanho do pedido. Os componentes do custos de pedido incluem o seguinte: Tempo do comprador: o tempo do comprador é o tempo adicional gasto pelo comprador ao fazer um pedido extra. Esse custo deve ser incluído apenas se o comprador for totalmente requisitado. O custo adicional de um comprador com tempo ocioso para fazer um pedido é zero e não é adicionado ao custo de pedido (CHOPRA, 2004, p.174). Custos de transporte: Um custo fixo de transporte é contraído independentemente do tamanho do pedido. Por exemplo, se um caminhão é enviado para fazer entregas de todo 11 pedido, o custo de enviar um caminhão lotado e um caminhão carregado pela metade é o mesmo. Os preços para cargas menores que a de um caminhão também incluem um componente fixo, que independe da quantidade embarcada, e um componente variável, que aumenta de acordo com a quantidde embarcada. O componente fixo deve ser incluído no custo de pedido (CHOPRA , 2004, p.174). Custos de recebimento: Alguns custos de recebimento são contraídos independentemente do tamanho do pedido. Incluem trabalhos administrativos tais como a checagem do produto com que foi pedido e a atualização dos registros de estoque (CHOPRA , 2004, p.174). Outros Custos: Cada situação pode ter custos próprios que devem ser considerados se forem contraídos para cada pedido independentemente do volume daquele pedido (CHOPRA , 2004, p.174). O custo de pedido é estimado como sendo a soma de todos os custos de seus componentes. Assim como é importante calcular o custo de manutenção de estoque, também é importante determinar que todos os custos incluídos façam parte da alteração marginal do custo real para um pedido adicional (CHOPRA , 2004, p.174). 5.2. CUSTOS DA FALTA DE ESTOQUE BRANCO (2010). No caso de não cumprir o prazo de entrega de um pedido colocado, poderá ocorrer ao infrator o pagamento de uma multa ou até mesmo o cancelamento do pedido, reduzido o volume de vendas e prejudicando a imagem da empresa. Este problema acarretará um custo elevado e de difícil medição relacionado com a imagem, custos, confiabilidade, concorrência etc... 5.3. CUSTOS DE ARMAZENAGEM Materiais Diretos (MD): referem-se se a todo material que se integra ao produto acabado e que possa ser incluído diretamente no cálculo do custo do produto (BRANCO, 2010, p.79). 12 Mão-de-obra direta (MOD): é o custo de qualquer trabalho executado no produto alterando a forma e natureza do material de que se compõe (BRANCO, 2010, p.79). Custos indiretos de fabricação (CIF): ou Gastos Gerais de Fabricação ou Despesas Indiretas de Fabricação são os outros demais custos necessários para a operação da fábrica, porém genéricos demais para serem apropriados diretamente ao produto (BRANCO, 2010, p.79). De acordo com Garcia (2006), podemos classificar os custos de manter estoques em três grandes categorias: custos diretamente proporcionais à quantidade estocada; inversamente proporcionais à quantidade estocada e independentes da quantidade estocada. • Custos diretamente proporcionais: acontecem quando os custos crescem com o aumento da quantidade média estocada. Por exemplo, quanto maior o estoque, maior o custo de capital investido. Do mesmo modo, quanto maior a quantidade de itens armazenados, maior a área necessária e maior o custo de aluguel. • Custos inversamente proporcionais: ocorrem quando os custos ou fatores de custos diminuem com o aumento do estoques médio, isto é, quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos (ou vice-versa). São os denominados custos de obtenção, no caso de itens comprados, e custos de preparação, no caso de itens fabricados internamente. • Custos independentes: são aqueles que independem do estoque médio mantido pela empresa, como, por exemplo, o custo do aluguel de um galpão. Ele geralmente é um valor fixo, independente da quantidade estocada. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através de pesquisa e estudos bibliográficos, pode-se concluir que a metodologia proposta se tornou bastante eficaz em diversos sentidos, pois em se tratando de custos, foi mostrado como a logística através dos custospode impactar positivamente ou negativamente sobre as empresas, pois o custo de estoque e de transporte impacta fortemente no preço final 13 do produto. Através desde estudo verifica-se resumidamente, os fluxos, ferramentas e processos, suas ferramentas são formas de melhor controlar e gerenciar o processo logístico. Atualmente, a logística reversa, passou a ser um diferencial competitivo, uma vez que aspectos referentes à reciclagem, ao reaproveitamento de materiais e ao tratamento de resíduos estão sendo cada vez mais valorizadas pelos consumidores no momento da escolha da empresa em que irão comprar os produtos e/ou os serviços que utilizarão. Com base neste estudo, no qual foram verificadas as importâncias da logística, muitas organizações hoje em dia vêem na Logística a melhor maneira para vencer desafios já que através do próprio sistema logístico podem agregar valor ao mesmo tempo reduzir custos e garantir o aumento da lucratividade. Com a conclusão deste trabalho, pode-se ter uma noção de como a logística é importante na empresa para reduzir os custos, serve como base para novos trabalhos sobre esse tema, poderão conter novas pesquisas, enriquecendo ainda mais o conteúdo sobre o assunto. 14 REFERÊNCIAS CAMPOS, Luiz Fernando Rodrigues. Logística: Teia de Relações / Luiz Fernando Rodrigues, Caroline V de Macedo Brasil - Curitiba : Ibpex, 2007. VITORINO, Carlos Márcio. Logística : Bibliografia Universitária Pearson / organizador Carlos Marcio Vitorino - São Paulo : Prentice Hall , 2012. CHOPRA, Sunil. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. / Sunil Chopra, Peter Meindl - Sao Paulo : Prentice Hall, 2004 BRANCO, Lívia Fontes de Castelo. A Logística como estratégia para redução de níveis de estoques /Lívia Fontes de Castelo Bramco, Lúcia Pereira Pinheiro, Mari A do Carmo dos Reis Pereira. 2010. Disponível em:<http://www.logisticadescomplicada.com/a-logistica-como-estrategia-para- reducao-de-niveis-de-estoques/>.
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