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MECANISMO DE AÇÃO USO TERAPÊUTICO REAÇÕES ADVERSAS FENOBARBITAL - potencializa GABA elevando potencial de disparo das descargas anômalas no cérebro em baixas doses - altas doses: depressão profunda SNC, pois abre os canais de Cl- na ausência do GABA (álcool tb). - profilaxia crises parciais e generalizadas - tto secundário do estado de mal epiléptico (uso IM) quando não há resposta ao diazepam c/ fenitoína IVs - sedação (tolerância com o uso continuado), depressão resp. (doses elevadas ou IV rápido), tolerância e dependência, dificuldade na aquisição de memória, aprendizagem e atenção, hemorragias em fetos de mães epilépticas - interfere na síntese de vitamina K, reações de hipersensibilidade, anemia megaloblástica por deficiência de ácido fólico, osteomalácia por ativação dos osteoclastos. -> uso crônico: cuidado com suspensão, porque é comum aumentar a incidência de crises. - provoca auto-indução e indução enzimática cruzada (ACOs, anticoagulantes orais e outras DAC) BENZODIAZEPÍNICOS - mesmo do fenobarbital - profilaxia crises de ausência e mioclônicas (clanazepam, clobazam). - tto de estado do mal epiléptico e crises convulsivas febris (diazepam IV). - miorrelaxante (tto de espasmos da m. esquelética e espasticidade -> tétano, esclerose múltipla, paralisia cerebral, lesão medular) e sedativo. - sedação, tolerância, dependência, déficit de memória e atenção. -> alto índice terapêutico. - a ingestão concomitante de alimentos tendem a reduzir a velocidade de absorção. - atravessam BHE e placentária. - ocorre redistribuição da droga -> término de seus efeitos sobre o SNC. - sofrem depósito no tecido adiposo / biotransformação hepática e excreção renal. FENITOÍNA - bloq. dos canais de Na+ voltagem-dependentes - profilaxia crises generalizadas tônico-clônicas e parciais e complexas - tto do mal do estado epiléptico – uso IV - antiarrítmicos – principalmente na intoxicação por digitálicos (c/ taquiarritmia) - indutor enzimático: ACOs e anticoagulantes orais. - hiperplasia gengival reversível (princip. crianças), hirsutismo (secreção aumentada de andrógenos), depressão do SNC (nistagmo, ataxia, vertigem e diploplia), distúrbios cognitivos, náuseas e vômitos, reações de hipersensibilidade, anemia megalobástica (interfere no metabolismo do ác. fólico), colapso vascular em doses maiores (bloq. de canais Na+ cardíaco). - efeitos teratogênicos (síndrome hidantoínica fetal: fenda lábio-palatal, alterações cardíacas congênitas e redução de cresc. e deficiência mental) CARBAMAZEPINA - mesmo da fenitoína - profilaxia crises generalizadas tônico-clônicas. - profilaxia parciais simples e complexas (parece mais eficaz e causar menos efeitos adversos). - tto neuralgia do trigêmio e TAB. -> não eficaz nas crises de ausência. - indutor enzimático (auto-indução e indução enzimática cruzada). - sedação, ataxia, vertigem, diploplia e visão turva (aumentam tolerância) - reações de hipersensibilidade, depressão da medula óssea, hepatotoxicidade. - evitar no 1º trimestre de gravidez – potencial teratogênico. - eritromicina, cimetidina, verapamil e diltiazem (antagonistas dos canais de Ca2+) -> potencializam toxicidade da carbamazepina. OXCARBAMAZEPINA - mesmo da fenitoína - pró-droga muito semelhante à anterior, mas incidência de efeitos colaterais e indução enzimática menores. ÁC. VALPRÓICO - potencializa GABA e bloquear canais de sódio voltagem-dependentes. - profilaxia crises de ausência (1ª escolha), mioclônicas, generalizadas tônico clônicas, crises parciais complexas. - tto de TAB. - aumenta concentração plasmática do fenobarbital. - ác. valpróico + fenitoína -> aumenta crises de ausência. - inibição enzimática: fenobarbital, primidona, carbamazepina e lamotrigina. - hepatotoxicidade fatal:maior incidência em crianças menores de 2 anos. - hemorragia em função de trombocitopenia. - teratogênico (espinha bífida -> ác. valpróico parece causar deficiência de ác. fólico). - distúrbios endócrinos (síndrome do ovário policístico, etc) ANTIEPILÉPTICOS GRAVIDEZ -> mais indicadas: Fenobarbital, Benzodiazepínicas e Carbamazepina (evitar no 1º trimestre) menos indicadas: Ácido Valpróico e Fenitoína -> têm incidência maior de teratogenicidade comprovada. - risco de anemia megaloblástica e risco de hemorragia, tendo que fazer reposição de ácido fólico e vitamina K, o que normalmente já é feito, mas na epiléptica com mais critério. - tônico-clônica: os que bloqueiam sódio e depois os que potencializam GABA. - de ausência: valproato, depois clonazepam. - convulsivas febris: fala-se de benzodiazepínicas e valproato, mas não há necessidade, basta controlar a febre. - lesões cranioencefálicas, tumores, neurocisticercose: carbamazepina ou fenitoína. - mal epiléptico: usa Diazepan IV; se não resolver Fenobarbital IM; se não resolver, coma induzido e até mesmo anestesia geral. ANTIDEPRESSIVOS MECANISMO DE AÇÃO USO TERAPÊUTICO REAÇÕES ADVERSAS IMAOS (moclobemida) - inativam a MAO (reversível ou irreversivelmente) aumentando conc. de NA e 5-HT no terminal sináptico. - pct. deprimidos, alérgico ao ADT. - depressão atípica: humor lábil, sentimento de rejeição de inadequação, sensação de peso nos membros, hiperfagia e hipersonia. - pcts com baixa atividade motora. - 2-4 semanas ou mais para melhora do humor. - estimulação central excessiva: excitação, insônia, tremores -> superdosagens: convulsões. - conversão de depressão inibida em depressão ansiosa (risco de suicídio). - efeitos antimuscarínicos: xerostomia, sedação, midríase, constipação intestinal, retenção urinaria, impotência masculina e déficit de memória. - reação do queijo (cefaléia, náusea, hipertensão, arritmias cardíacas -> aumenta PA -> AVE) ADTs (amitriptilina, imipramina, clormipramina, nortriptilina, maprotilina) - bloqueiam a ptn de recaptação da NA e 5-HT. -> contra-indicado: - idoso: usa anti-hipertensivo vasodilatador e bloq. α1 -> aumenta muito hipotensão. - idoso:c/ HPB já com retenção urinária + droga anti-muscarínica. - depressão psíquica severa. - doença do pânico (imipramina) - enurese noturna cri. > 6 anos (imipramina) - dor crônica (neuropática -> pct c/ perfil depressivo) - TDAH - tto auxiliar da anorexia (bloq. H1). - 2-4 semanas ou mais para melhora do humor. - antagonismo H1: aumento de peso e sedação. - antagonismo α1: hipotensão ortostática, vasodilatação, tontura, sedação. - efeitos antimuscarínicos. - bloq. canais de Na quando em altas doses -> bloq.condução nervosa, o que faz bloqueio cardiovascular e depressão do SNC. - superdosagem: delírio e alucinações (suicídio). - hiperpirexia (febre alta - falta de sudorese). ISRS (fluoxetina, paroxetina, citalopram, sertralina, fluvoxamina, escitalopram) - inibem seletivamente a ptn de recaptação de 5-HT -> aumenta 5-HT em todo o SNC. fluoxetina e paroxetina: inibidores enzimáticos da CYP2D6, que biotransforma: ADT, antipsicóticos, antiarrítmicos (beta-bloq) -> muito utilizados em idosos -> uso concomitante pode aumentar toxicidade dessas medicações. - depressão, princ. c/ sintomas de ansiedade. - bulimia nervosa. - TOC, transtorno do pânico, tensão pré-menstrual. - 2-4 semanas ou mais para melhora do humor. USAR PELA MANHÃ -> RISCO DE INSÔNIA ASSOCIAÇÃO COM SEDATIVO-HIPNÓTICOS - menos efeitos colaterais que os demais -> agudos e desaparecem com o tempo. - efeitos antimuscarínicos. - cefaléia, insônia, agitação, perda de libido, ejaculação retardada, anorgasmia, náuseas, vômitos e diarréia. - SEP: acatisia (inquietação), mioclônus (mov. musculares rápidos – durante à noite) e tremores. - síndrome da descontinuação (uso crônico e retirada abrupta): tontura, ansiedade, náuseas, vômitos, palpitações e sudorese. IRSN (duloxetina, milnacipram, sibutramina, venlafaxina) - inibem seletivamente recaptação de 5-HT e NA. - venlafaxina: depressão maior, TAG. - sibutramina: tto de obesidade. - sibutramina emilnacipram: bulimia nervosa. - duloxetina: dor neuropática, fibromialgia, incontinência urinária de estresse (80mg/dia). - relacionada ao aumento da NA e 5HT: cefaléia, tontura, boca seca, insônia, sudorese, constipação (NA), anorexia (5HT), nervosismo, disfunções sexuais. DOSES ALTAS (NA): hipertensão, insônia e agitação. - pcts bipolares podem desencadear virada maníaca. - pcts epilépticos: aumenta a incidência de crises epilépticas. - venlafaxina: até 75mg só inibe 5-HT, > tb NA. IRND (amineptina, bupropiona) - inibem recaptação de NA e DA. - depressão maior e distmia. - anti-tabagismo. - TDAH (após metilfenidato). - aumento do libido feminino. - pcts epilépticos não podem usar bupropiona: ela diminui o limiar de disparo, aumentando a incidência de convulsões do tipo tônico-clônicas (grande mal). - insônia e agitação: administradas no máximo até 17h. Nunca à noite. NRI ou NARI (reboxetina) - inibidor seletivo da recaptação de NA. - depressão maior: útil na fase aguda e na profilaxia de recaídas. - transtorno do pânico. - aumento de NA: boca seca, cefaléia, constipação, insônia, sudorese, tremor, visão turva. ANASE (mirtazapina, mianserina) - antagonistas de receptores α2, aumentando a liberação de NA e 5-HT. - depressão maior. - depressão com sintomas de ansiedade. - sem evidencias completas: distimia, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, depressão pós-menopausa. - ganho de peso (aumenta apetite), boca seca, sedação excessiva ASIR ou SARI (trazodona) - antagonista 5HT2A e inibem recaptura de 5-HT. - insônia pelo uso de ISRS. - raro: priapismo -> revertido por aplicação de agonistas α1 no pênis, para evitar danos vasculares. - bloq. α1 e H1: extremamente sedativa (excelente hipnótico não indutor de dependência). SÍNDROME SEROTONINÉRGICA: quadro preciptado tanto por superdosagem de um ISRS ou por qualquer fármaco que aumente a atividade serotoninérgica -> agitação, mioclonias, diaforese, calafrios, tremores, febre, diarreia, alterações do estado mental, ataxia -> tto: ciproeptadina (4-8mg; antagonista serotoninérgico) -> anti-histamínico, usado como estimulante do apetite também. ESTABILIZANTES DO HUMOR: -> carbonato de lítio: demora de ação e extremamente tóxico; tem uma incidência de efeitos colaterais enorme, que diminui a tolerabilidade; tem um índice de desistência do tratamento muito grande; teratogênico. - uso profilático: impede oscilação de humor – previne tanto fase depressiva quanto maníaca. - uso na crise aguda só reduz e ep. maníaco. - potencializa os efeitos de outros antidepressivos em pcts portadores de depressão maior resistente -> diminui suicídio. - efeitos colaterais: distúrbios cognitivos, alterações do nível de consciência, letargia, fraqueza, fadiga, alterações do EEG, distúrbios extrapiramidais (hipertonia), hipertensão intracraniana benigna rara, irritabilidade neuromuscular (fasciculações e contrações), ataxia, disartria e tremor/ náuseas, vômitos, cólicas súbitas, diarréia e anorexia/ alterações no ECG, arritmias cardíacas e morte súbita/ incapacidade de concentração urinária, diabetes insipidus nefrogênica, poliúria e polidpsia, nefrite intersticial, síndrome nefrótica/ diminui T3 e T4, bócio, aumenta níveis de TSH, hipotireodismo, aumento do apetite e do peso e hipercalcemia/ leucocitose com neutrofilia/ acne, psoríase, rash maculopapular, foliculite, alopecia. -> ác. valpróico, carbamazepina, lamotrigina, gabapentina, topiramato. - quando o predomínio é mania (TAB1): antipsicótico atípico + estabilizante de humor. - quando o predomínio é depressão (TAB2): antidepressivos + estabilizante de humor. ANALGÉSICOS OPIÓIDES MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS AGONISTAS TOTAIS (morfina, meperidina, metadona, fentanil (período de latência (5min) e tempo total de duração (45min) -> procedimento cirúrgico onde se precisa fazer analgesia rápida), sulfentanil, alfentanil, remifentanil) AGONISTAS PARCIAIS (codeína e propoxifeno – causam mais dependência que analgesia –, loperamida – glicpt P capta-a e joga fora -> atravessa BHE mais lentamente) AGONISTAS/ANTAGONISTAS MISTOS (nalbufina, tramadol (tem efeito semelhante aos ADTs -> inibe transmissão aferente da dor), buprenorfina (antagonista mi), nalorfina) - interagem com os receptores opióides (mi, kapa, sigma, delta e o épsilon), impedindo a liberação de Ach, NA, 5-HT, GLU e substância P. -> esse efeito pode ser mediado pela hiperpolarização das células neuronais ao: - inibir a adenilato ciclase – diminuindo AMPc. - abrir canais de K+. - bloquear canais de Ca2+. OVERDOSE OU SUPERDOSAGEM DE OPIÓIDES: pct com depressão resp, hipotenso, coma profundo e miose (meperidina -> midríase). - dependência psicológica: naltrexona (duração de ação maior) ou buprenorfina -> caso tenha recaída, não terá o efeito da droga. - analgesia severa: câncer, pós-cirúrgicos, anemia falciforme. - tosse (faz supressão da tosse). - diarréia. - adjuvante anestésico: propriedades sedativas, ansiolíticas e analgésicas. - edema pulmonar agudo associado à insuficiência ventricular esquerda. - alívio de dispnéia e ansiedade. - vasodilatação (doses elevadas – leve hipotensão e bradicardia). - prolongamento do trabalho de parto (diminui tônus uterino). - atravessa BHE e placentária: uso no parto -> depressão respiratória no bebê (meperidina)/ uso durante a gravidez -> bebê com síndrome de abstinência. -> contra-indicado: - pacientes com doença endócrina -> aumenta ação dos opióides. - comprometimento de função hepática e renal (por onde são biotransformados e eliminados). - depressão respiratória, vômitos e nâuseas, disforia, alucinações, rigidez de tronco, aumenta PIC (por fazer vasodilatação de vasos cerebrais -> contra-indicado em indivíduos portadores de lesões cerebrais severas), hipotensão postural, retenção urinária (contra-indicado nas doenças prostáticas – risco de infecção), constipação intestinal, prurido, rubor e calor na pele (induz liberação de histamina por mastócitos -> contra-indicado em asmáticos) sedação. - estimula liberação de ADH (faz concentração urinária), prolactina e GH. - tolerância farmacodinâmica (por serem agonistas): perda gradual da eficácia, obrigando o ajuste de doses (uso contínuo). - dependência (neuroadaptação em receptores mi na via mesolímbica): psicológica e física -> tto: interrupção do uso, uso de antagonista opióide => síndrome de abstinência: rinorréia, lacrimejamento, vasocontrição, calafrios, arrepios, hiperventilação, hipertermia, midríase, dores musculares, vômitos, diarréia, ansiedade e hostilidade => tto: metadona (sendo retirada gradativamente). ANTAGONISTAS OPIÓIDES (naloxona, naltrexona) - tto da superdosagem aguda de opióides. - diagnóstico e tto de dependentes de opióides. ANTIPSICÓTICOS MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS TÍPICOS (clorpromazina, levomepromazina, periciazina, flufenazina, trifluperazine, haloperidol, droperidol, pimozida, penfluridol, tioridazinam, zuclopentixol). - bloqueio dos receptores D2 na via mesolímbica. - reduzem sintomas positivos: leva várias semanas. - tto de esquizofrenia e transtornos psicóticos. - prevenção de náuseas e vômitos causados pela quimioterapia, radioterapia e hiperêmese gravídica (efeito antiemético). - uso como tranqüilizante no manejo do comportamento agitado e agressivo (efeito sedativo). - terapia adjuvante no TAB (fase maníaca), depressão psicótica, doença de Alzheimer e psicoses infantis. - tto de coréia de Huntington (haloperidol). - tto da síndrome de Tourette (pimozida, haloperidol). - adjuvantes anestésicos (droperidol, clorpromazina). - bloq. D2 mesocortical: piora dos sintomas negativos e cognitivos. - bloq. D2 tuberoinfundibular: hiperprolactinemia (ginecomastia, galactorréia, amenorréia ou dismenorréia, diminuição da fertilidade, desmineralização óssea, disfunção sexual eganho de peso). - bloq. D2 nigroestriatal: “parksonismo farmacológico” (rigidez, bradicinesia e tremor) > 1 ano -> discinesia tardia. ATÍPICOS (clozapina, olanzapina, risperidona, quetiapina, supirida, amilsupirida, ziprazidona, aripripazol) O bloq. simultâneo dos recep. 5HT2A, determina uma maior liberação de DA na fenda sináptica o que promove uma competição sobre o bloq. D2 e reverte parte do bloq. D2. Portanto, o bloq. que no típico é em torno de 90%, com o atípico passa a ser em torno de 70-80%, o que é suficiente para tratar os sintomas positivos e negativos e reduzir os outros efeitos colaterais. - bloqueio simultâneo de receptores D2 e 5HT2A. - reduzem os sintomas positivos, negativos e cognitivos. - provocam pouca ou nenhuma elevação dos níveis de prolactina. - menor incidência de efeitos colaterais extrapiramidais. - melhoram o humor e reduzem o suicídio não apenas nos esquizofrênicos, mas também nos pcts com depressão bipolar. TÍPICOS E ATÍPICOS - efeitos antimuscarínicos. - antagonismo H1. - antagonismo α1. - toxicidade cardíaca -> superdosagem: bloq. de condução cardíaca (tioridazina e ziprasidona). - agranulocitose fatal e leucopenia (clozapina) -> predispõe pct a infecções. - síndrome neuroléptica fatal: rigidez muscular extrema, febre alta, coma e morte (rara). - pigmentação acastanhada da córnea e cristalina (reversível – comum com clorpromazina). - retinopatia pigmentar: diminui acuidade visual e possivelmente cegueira -> altas doses de tioridazina. ANSIOLÍTICOS E SEDATIVO-HIPNÓTICOS MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS BENZODIAZEPÍNICOS Ação curta (hipnóticos) – 3 a 8h: midazolam => pct com problema de iniciar sono. Ação intermediária (ansiolíticos ou sedativo-hipnóticos) – 10-20h: flunitrazepam, alprazolam, bromazepam e cloxazolam => manter o sono (pct com insônia). Ação longa (ansiolíticos) – 1-3 dias: diazepam, clonazepam e flurazepam => numa dosagem mais baixa pra não sedar ou induzir o sono -> pct apto a desempenhas suas funções diárias (uso de ação intermediária também). outros: estazolam, nitrazepam, clobazan, clorazepato, clordiazepóxido, lorazepam - potencializa GABA (recptores BZ 1 e 2: uns mais e outros menos seletivos). - não atua na ausência do GABA -> acaba determinando um grau de segurança (índice terapêutico alto). - efeitos antagonizados pelo FLUMAZENIL -> em dependentes pode provocar uma síndrome de abstinência nele. E pelo seu próprio efeito antagonista, pode aumentar o estado de ansiedade e agitação. CONTRA-INDICAÇÕES - doença hepática ou renal, síndrome cerebral crônica (aumentaria a depressão do SNC), glaucoma de ângulo fechado (BZDs provocam midríase -> bloqueia canal de Schlemm -> diminui drenagem do humor aquoso -> aumenta PIC -> agrava quadro de glaucoma), idosos. - ansiolíticos de uso agudo ou crônico. - doença do pânico. - TOC. - distúrbios do sono. - adjuvante anestésico (sinergismo de adição: usaria para provocar hipnose e só complementaria o efeito anestésico com a dose do anestésico – diminui dose do anestésico e reduz risco de depressão cardiorrespiratória e um coma). - anticonvulsivante. - miorrelaxante. - tto agudo da síndrome de abstinência do álcool e outras drogas. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - cuidado: antipsicóticos, antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, analgésicos opióides, antimuscarinicos e anti-histamínicos -> efeito sedativo e depressor do SNC aumentam. - antconcepcionais orais: fazem inibição enzimática dos BZDs – aumenta efeitos. - não recomendada ingestão simultânea com álcool. - dependência física e psíquica (os de meia-vida curta causam dependência mais rápido e reações de abstinências mais severas e abruptas do que os de meia-vida longa -> mas todos causam). - interrupção abruta -> síndrome de abstinência (confusão, ansiedade, agitação, inquietação, irritabilidade, insônia rebote, cefaléia, tremores, tontura, anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, fraqueza, fotofobia, despersonalização e depressão). - superdosagem: depressão resp, apnéia, depressão miocárdica com hipotensão grave (+ comum em idosos – eliminação diminuída destes fármacos - e em associação com outros depressores). - efeitos paradoxal: inquietude, agitação, irritabilidade, agressividade e insônia (raro) -> esquizofrênico com maior tendência. - sedação, fadiga e fraqueza muscular, ataxia e disartria de fala (“bêbado”), confusão mental, déficit de memória (sem aquisição de memória daquilo que você vive sobre o efeito da droga – cirurgia), déficit de atenção, depressão, tonteira, hipotensão, náuseas, secura na boca, aumento do peso. BUSPIRONA - apesar de seus efeitos, é classificada como ansiolítica e não como antidepressiva. - utilizado quando o diagnostico primário é o transtorno de ansiedade que pode vir acompanhado com o distúrbio depressivo. - agonista parcial de receptores 5HT1A. - ansiolítico, pois atuará como antagonista (ansiedade: excesso de 5HT). - antidepressivo, pois atuará como agonista total (depressão: ausência de 5HT). - 2-4 semanas para normalização dos receptores. - doses iniciais baixas -> pq há um aumento de ativ. serotoninérgica em outras áreas cerebrais, podendo aumentar a ansiedade, agitação e insônia -> fazer associação com BZD -> tira quando a medicação estiver em franco efeito terapêutico -> aumenta a dose lentamente para 30-40mg 2 ou 3x/dia. - não reduz atividade motora. - não causa sedação. - não afeta função cognitiva. - não é miorrelaxante. - não produz ataxia. - não tem potencial de abuso, nem leva à dependência física e psíquica. - não há ansiedade de rebote, nem sinais de abstinência, com a interrupção abrupta do uso do fármaco. - ausência de interações com álcool, BZDs e outros hipnóticos. - não tem ação anticonvulsivante. - não são úteis no tto da doença do pânico. - efeitos terapêuticos a partir de 2 semanas de uso. - não apresenta eficácia em situações agudas. - sonolência, tontura, cefaléia, náuseas e fadiga. - mais raros: nervosismo, diarréia, secura de boca e taquicardia. - doses elevadas: disforia. - sintomas de intoxicação: inquietação, tontura, cefaléia, sonolência, miose e distúrbios gástricos, náuseas e vômitos -> lavagem gástrica e tto sintom. ZOLPIDEM E ZOPICLONA - atua seletivamente nos receptores BZDs do subtipo BZ1 na formação reticular, hipocampo e cerebelo -> regiões do controle do sono (ativ. sedativa e hipnótica). *BZ2: córtex pré-frontal e límbico. - não interfere no sono REM -> sono produzido mais próximo ao normal. - menor risco de desenvolver tolerância e dependência em relação aos BZDs. - menor incidência de síndrome de abstinência (insônia rebote) quando retirado abruptamente. - efeitos antagonizados pelo FLUMAZENIL. - não tem propriedades ansiolíticas, anticonvulsivantes ou miorrelaxantes (por não se ligar a BZ2). - pesadelos, agitação, cefaléia, desconforto gastrintestinal, tontura e sonolência diurna, alterações de memória anterógrada. - zolpidem + outros depressores do SNC = depressão respiratória. BETA BLOQUEADORES (propranolol, pindolol) - tto para algumas formas de distúrbios de ansiedade cujos sintomas físicos são incômodos e decorrentes da hiperatividade adrenérgica – sudorese, tremor, pupilar dilatadas e taquicardia. - fobia social ou de desempenho e distúrbios do estresse agudo. ANTI-HISTAMÍNICOS (hidroxizina, prometazina) - adjuvantes de outros agentes hipnóticos; - sinergismos de adição – efeito sedativo; - causa sedação sem produzir dependência física. HIDRATO DE CLORAL - sedativo-hipnótico eficaz. - usado em situações específicas, como na realização de EEG, ou algum teste que não quer alteração do funcionamento do SNC. - irritante ao TGI causando desconforto epigástrico e produzindo sesação de “gosto ruim” na boca. - superdosagem: depressão miocárdica –> contra-indicado em portadores de doença cardíaca. ÁLCOOL - efeitos ansiolíticos, sedativo-hipnóticos (depende da quantidade, masmesmo assim, o sono é fragmentado e de má qualidade). - potencial tóxico sobrepuja os benefícios. - não associar com outras drogas depressoras do SNC. ANTI-HIPERTENSIVOS MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS IECA (captopril, enalapril, lisinopril, ramipril, cilazapril, benazepril, trandolapril, perindopril, quinapril, fosinopril). Efeito Metabólico – em diabéticos ↓ resist. insulínica } quinapril ↑ liberação de insulina } quinapril ↓proteinúria estabilizam hemodinâmica renal Efeito cardioprotetor: - inibem a ação hipertrófica e hiperplasia (remodelagem cardíaca) induzida pela AgII e pela aldosterona. - inibem a atividade da ECA, diminuindo a produção de AgII e aumentam a concentração de BK por diminuir a sua degradação. - vasodilatação periférica (↓RVP): ↓ativ. SNS, não ocorre ação vasoconstritora direta da AgII e do ADH e ↑conc. BK (induz liberação de NO e produção de PGs vasodilatadoras). - ↓vol LEC: ↓secreção de aldosteora - ↓ reabs. Na+ ↓ secreção de ADH - ↓ reabs. H20 ↓reabs. Tubular direta de Na+ induzido pela AgII ↓sede - ↓ingestão hídrica HAS: ↓ vol. sang. (↓DC) e vasodilatação (↓RVP); Hipertensos diabéticos: ↓proteinúria ↓nefropatia diabética. ICC: ↓remodelagem cardíaca ↓morbidade e mortal. ↓pré-carga: ↓vol. sang. ↓pós-carga: vasodilatação. Pós IAM: ↓remodelagem miocárdica -> uso 24h após IAM ↓pré-carga e pós-carga. - baixa eficácia em negros (50%): HAS não é renina dependente, mas causada por concentração maior de colágeno nos vasos sang -> ficam menos complacentes => ideal bloqueador dos canais de cálcio + IECA (reduz remodelagem cardíaca; bloq. dos canais de cálcio não). - pela supressão da AgII: hipotensão (princip. associado com uso de diuréticos e pcts c/ insuf. renal), IRA (em pcts c/ estenose bilateral de a. renal ou unilateral de um rim solitário => metildopa) e hipercalemia ou hiperpotassemia (devido a maior retenção de K+, princ. em pcts tomando suplemento de K+ ou diurético poupador de K+ -> podendo gerar arritmias cardíacas). - pelo aumento de BK: tosse seca não-produtiva, angioedema (BK é mediador inflamatório), feto-toxicidade, erupções cutâneas, febre medicamentosa. - outros: neutropenia, alterações de paladar, tonteiras, efeitos teratogênicos. ANTAGONISTAS AT1 (losartan, valsartan, irbesartan, candersartan, telmisartan, olmisartan) - bloq. receptores AT1, impedindo ação da AgII. Efeitos farmacológicos: semelhantes aos IECA. VANTAGEM SOBRE OS IECA: não há acúmulo de BK -> não causam tosse seca não -produtiva. - mesmos da IECA, incluindo os riscos de gravidez (exceto tosse e angioedema, que são efeitos mediados pela BK). NITROPRUSSIATO DE SÓDIO - doador direto de NO -> moléc. instável que se descompõe em condições extremamente alcalinas e qnd expostas a luz => vasodilatação controlada. - HAS de emergência (IV): PAD acima de 130 + hipertermia maligna, IAM, pré-eclâmpsia e outras. - início de ação (30s), pico em 2min -> efeito vasodilatador desaparece em 3min (EFEITO LIGA-DESLIGA). - usar na posição de Fowler -> droga faz muita hipotensão ortostática; posição tb reduz edema pulmonar devido à vasodilatação muito intensa. - hipotensão ortostática, cefaléia, edema periférico, congestão nasal, taquicardia reflexa. -> intoxicação pelo acúmulo do metabólito CN- (impede resp. celular): pseudocianose, náuseas, desorientação, psicose. - prevenção: associar nitroprussiato e vit. B12. - tto: tiossulfato de sódio a 25%. ANTAGONISTAS α-ADRENÉRGICOS ou α-BLOQUEADORES (prazosina, doxazosina, terazosina, tansulosina, fentolamina). Receptor α1: esfíncter da bexiga, m. lisa da próstata, do ureter e da uretra. -> efeitos no trato genitourinário: reduz o tônus da musculatura lisa da próstata e esfíncter da bexiga = ↑fluxo urinário. -> efeitos cardiovasculares - vasodilatação: promovem intensa ↓ PA. - taquicardia reflexa em resposta a ↓PA. - prazosina e fentolamina: feocromocitoma (hipertensão severa – hipersecreção de NA e adren). - prazosina e doxazosina: HAS crônica (hj: bloq de canais de Ca). - doxazosina, terazosina, etc..: HPB -> relaxam o m. prostático e o esfíncter da bexiga - ↓ retenção urinária, dor e, conseq., risco de infecção. - doxazosina, terazosina, tansulosina, etc..: tto da incontinência urinária (associada ao stress – SNS). - fentolamina: disfunção erétil masculina. - tansulosina (α1A): eliminação de cálculos renais. - hipotensão ortostática: “efeito de primeira dose”. - taquicardia reflexa. - congestão nasal. - cefaléia. - edema. - náuseas e vômitos. - tonturas. - aumenta nº de micções. - inibição da ejaculação. HIDRALAZINA - vasodilatador arteriolar periférico de ação direta (↓RVP) por induzir liberação do NO pelo endotélio ou por abrir canais de K+ na CMLC (não atua sobre veias). - hoje em dia quase não é utilizada para o tto de HAS crônica. - HAS grave ou resistentes à medicação – é feita associação tripla: hidralazina, β-bloq (↓FC) e diuréticos (↓ vol. sang). - pouco utilizado por ser muito vasodilator -> ativação de mecanismos de compensação. Então, observava-se uma ativação simpática para ocorrer à taquicardia reflexa e também uma ativação do sistema renina-angiotensina, que determinava o aumento de volume sanguíneo. O uso para controlar os níveis pressóricos exige sua associação com uma droga B-bloqueadora e uma droga diurética. Como o IECA e AT-1 já faz esse controle de forma eficiente, por si só, sem precisar associar tantas drogas, - tto de emergências hipertensivas (eclampsia e pré-eclâmpsia) na gravidez. - pela vasodilatação: cefaléia, hipotensão postural, congestão nasal, taquicardia reflexa, sudorese e tremor de extremidades. - anorexia, náuseas, vômitos e diarréias. - síndrome lupus-like (artralgia, mialgia, erupções cutâneas -> dose (>200mg/dL), sexo (4x>mulheres), raça (caucasianos) e acetiladores lentos. AGONISTAS α-ADRENÉRGICOS (clonidina) - atua em receptores α2-adrenérgicos pré-sinápticos ↓tônus simpático no SNC - ↓PA. - pouco utilizada: índice terapêutico baixo. - tto HAS (quando nenhum outro tto de 1ª linha resolve o problema do paciente), ansiedade, espasticidade. - adjuvante anestésico. - profilaxia: enxaqueca. - diagnóstico do feocromocitoma. - sonolência, xerostomia, hipotensão postural, bradicardia, impotência sexual, edema de tornozelos, ganho de peso, hipertensão rebote (na suspensão abrupta da droga – devido ao up-regulation dos receptores pós-sinápticos de NA). METILDOPA - agonista α2-adrenérgicos pré-sinápticos no tronco cerebral ou precursor da α-metilnoradrenalina (agonista parcial) que antagoniza o efeito da NA (agonista total) => ambos ↓tônus simpático no SNC. => vasodilatação (reduz remodelagem cardíaca tb) - tto anti-hipertensivo em gestantes. - tto de hipertensão em nefropatas. - tto de hipertensão em diabéticos. - tonturas, boca seca e cefaléia (+ comuns), diarréia, congestão nasal, sedação e depressão, disfunções sexuais, hepatotoxicidade, anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia e síndrome lupus-like. - pode promover a retenção de Na+ e H2O pelo organismo -> diminui efeito hipotensor (pseudotolerância). HIPERTENSÃO x GESTANTE -> HAS NÃO GESTACIONAL: alteração da PA verificada antes da 20ª semana de gestação => metildopa (β-bloq, antagonistas α-adrenérgicos e antagonistas dos canais de Ca também são indicados). - hipertensa que já usava diurético antes => manter, mas você não inicia durante a gravidez -> há uma redução do vol. sang. da mulher e este sangue é redistribuído para o bebê. CONTRA-INDICADO: IECA e antagonista AT-1 (teratogênicos). -> HAS GESTACIONAL: alteração da PA a partir da 20ª semana de gestação -> causa da HAS é a gravidez. - fator de risco: HAS posteriormente e pré-eclâmpsia e eclâmpsia => faz monitorização dos sinais de pré-eclâmpsia, faz repouso, redução de sódio, faz controle do peso => não conseguiu controlar a hipertensão? -> usa mesmos medicamentos usados na HAS crônica. -> PRÉ-ECLÂMPSIA (só ocorredepois da 20ª semana): PA ≥ 140x90 e proteinúria. - pode acontecer quadro de pré-eclâmpsia sem proteinúria, mas ai você teria também: aumento de PA, cefaléia, alterações visuais, dor abdominal, trombocitopenia e aumento das enzimas hepáticas => sulfato de magnésio (controla convulsões – para prevenção de uma possível eclâmpsia), betametasona (para a maturação pulmonar se caso tenha que acontecer um parto) e anti-hipertensivos de ação rápida (hidralazina ou nifedipina). => controlada a crise de pré-eclâmpsia? => metildopa, podendo ser associado nifedipina, β-bloq ou hidralazina. -> ECLÂMPSIA: convulsões sem outra causa aparente + quadro de pré-eclâmpsia => controladas pelo sulfato de magnésio; - controla PA com hidralazina, nifedipina ou nitroprussiato e parto. - tratamento de eclâmpsia é parto, tirou a criança acabou tudo. Se não tirar, morre mãe e criança. EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS: PAD>130 vindo + pct com edema pulmonar agudo, dissecção de aorta, hemorragia intracraniana, sangramento pós-operatório, encefalopatia hipertensiva, infarto, eclâmpsia, queimaduras extensas, crises de felcromocitoma e pct apresentando hipertensão maligna => controlar a PA imediatamente -> leva-se o pct para um centro intensivo, monitoriza a PA, eletrocardiograma e você utiliza o nitroprussiato para reduzir a PA de forma mais rápida e controlada. URGÊNCIAS HIPERTENSIVAS: angina estável, pré e pós-operatório, transplante renal, terapia anticoagulante, pré-eclâmpsia, retinopatia, intoxicação por cocaína e anfetamina e rebote hipertensivo => pode reduzir PA nas próximas 24h -> captopril oral. Quando nós falamos de tratamento de PA, nós temos 4 medicamentos de 1ª linha: 1º) diuréticos: princip. tiazídicos (hidroclorotiazida) -> ↓vol. sang -> ↓DC -> ↓PAS. 2º) β-bloqueadores: ↓FC, ↓contratilidade -> ↓DC e ↓PAs. 3º) bloqueadores de canais de Ca (diidropiridinas): dilatação arterial -> ↓RVP -> ↓PAD. 4º) IECA ou antagonistas AT-1: ↓vol. sang -> ↓DC -> ↓PAS + vasodilação -> ↓RVP -> ↓PAD + ↓remodelagem cardíaca. ANTIANGINOSO MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS NITRATOS (mononitrato e dinitrato de isossorbida e trinitrato de glicerila) - convertido na cél. endotelial em NO que na céls. m. lisa do vaso ativa guanilato ciclase ↑ GMPc que fecha os canais de Ca2+ -> venodilatação. NO3- -> –SH (nos aa’s cisteína, acetilcisteína e da enzima glultation S-transferase) -> NO + NO2- ↓DC -> ↓↓ PAS -> ativa barorreflexo -> ativa SNS -> NA ativando α1 (sem ação, pois nitrato está agindo) e β1 (fazendo taquicardia reflexa -> ↑FC, contornando um pouco a ↓DC, não deixando PAS cair muito. - sidanafil: bloqueia PDE5 que degrada GMPc -> potencializa vasodilatação -> coração não é irrigado -> IAM (associação comum: cardiopata com impotência sexual). -> angina estável ou de esforço físico: tto: SL. - prevenção: VO contínuo ou sublingual antes do esforço. -> angina instável: tto: IV ou sublingual. -> angina variante de prinzmetal: SL (crise aguda) - prevenção: via oral contínuo. -> ICC: ↓pré-carga ↓pós-carga (ação NO: ↓ agregação plaquetária -> controle da isquemia/relaxa vesícula biliar, faz broncodilatação/ aumento da ereção). -> IAM: vasodilatação coronariana -> contra-indicado quando o IAM é de parede póstero-inferior, pq pode ↓↓ retorno venoso -> agrava o quadro de isquemia). -> pela vasodilatação: hipotensão ortostática, rubor fácil, cefaléia pulsátil, edema periférico, congestão nasal, taquicardia reflexa. -> tolerância: depleção dos grupamentos –SH nos tecidos => reversível em 6-8h (tempo de reposição dos grupamentos) => tto: n-acetilcisteína. -> metahemoglobinemia: pelo acúmulo de NO2- => pseudocianose (desorientação, confusão mental), hipóxia tecidual e morte. - prevenção: vit C (antioxidante). - tto: azul de metileno IV. BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO - diidroperidinas (afinidade pelos vasos): nifedipina, anlodipina, nimodipina e nisoldipina. - difenilalquilaminas (> seletivo pro coração do que vaso): verapamil. - benzodiazepinas (> seletivo pro vaso do que pro coração): diltiazem. - bloq. canais de Ca2+ do tipo L voltagem-dependentes (coração e vasos sang). - verapamil e benzodiazepinas: vasodilatação + ↓FC ↓contratilidade. - diidroperidinas: vasodilatação - ↑FC (taquicardia reflexa) - nimodipina: seletividade maior para vasos cerebrais -> AVE hemorrágico (aqui o organismo compensa, a fim de diminuir o sangramento, fazendo vasoespasmo das aa. cerebrais -> nimodipina). - não afetam musculatura esquelética. - inibem agregação plaquetária e diminui lesões ateromatosas. - ↓resist. tumoral: bloq. glicoptn P170 (faz transporte inverso de muitas drogas). - apresentam efeito natriurético intrínseco, não requerendo associação com diuréticos. -> HAS (anlodipina pelo seu efeito prolongado): úteis em pct negros, portadores de asma, diabetes e/ou moléstia vascular periférica. -> arritmias cardíacas (verapamil e diltiazem): taquicardia supraventricular reetrante, fibrilação e flutter atrial. -> profilaxia da angina pectoris estável. - diidropiridinas: ↑oferta de O2 para o miocárdio ao dilatar coronárias e ↓pós-carga; ↓trabalho cardíaco ↓consumo de O2. - verapamil e diltiazem: ↑oferta de O2 para o miocárdio ao dilatar coronárias; e ↓pós-carga e ↓FC↓contratilidade } ↓trabalho cardíaco ↓consumo de O2. -> profilaxia da angina variante: ↓vasoespasmo das aa. coronárias (drogas de 1ª escolha). - diidropiridinas: taquicardia reflexa, hipotensão ortostática, edema periférico, cefaléia intensa (efeito vasodilatador), ↑risco do IAM em pcts com HAS (nifedipina). - verapamil e diltiazem: grave depressão cardíaca, cansaço, hipotensão ortostática ou postural, edema periférica, cefaléia intensa (efeito vasodilatador), constipação (verapamil), náusea, anorexia. - reações dermatológicas: eritema, prurido, hiperpigmentação das pernas e dos pés. β-BLOQUEADORES - atenolol, bisoprolol, esmolol, metoprolol (β1) -> cardio-seletivos. - timolol, pindolol, propranolol, sotalol, nadolol (β2). - carvedilol (β1, β2, α1 -> vasodilatação por bloq. α1 predomina sobre a vasoconstrição por bloq. β2). - β1 (coração): ↑FC↑contratilidade -> cronotropismo e ionotropismo, respectivamente, positivos. - β1 (céls JG): liberação de renina. - β2 (pulmão): broncodilatação. - β2 (SNS): ativa. - β2 (vasos): vasodilatação. - β2 (tecido adiposo): lipólise e termogênese. - β2 (m. esquelético): tremor e termogênese. - bloqueando receptores β faz: cronotropismo e ionotropismo negativos, reduz liberação de renina (SRAA menos ativado), broncoconstrição em indivíduos susceptíveis (asmático ou DPOC) -> favorece crises de broncoespasmo, bloqueio SNS, vasoconstrição, não há lipólise, nem termogênese e redução de tremor. CONTRA-INDICADO: - diabetes mellitus tipo I ou pct sob insulinoterapia (princip. não seletivo -> mascara sinais de hipoglicemia). - DPOC e asma. - depressão (agrava) - bradiarritmias (agrava) - vasculopatia periférica. - hepatopatia/nefropatia (intoxiação, dependendo do tipo de fármaco -> atenolol (eliminado via renal) -> usar propranolol, que é eliminado por metab hepática. - angina variante de Prinzmetal (β2 em maior quantidade nas coronárias -> uso bloq. β2 -> desencadeio num pct com angina variante vasoespasmos, levando a crise de angina). - glaucoma (timolol): ↓produção humor aq. (vasoconstrição no corpo ciliar) ↓PIO - profilaxia de enxaquecas (propranolol - vasoconstrição). - hipertireoidismo (propranolol, pindolol): ↓”tormenta tireóida” ↓SNS - ansiedade de desempenho (“fobia social”) (propranolol e pindolol): ↓SNS - tremor essencial benigno (propanolol e pindolol). - taquiarritmias supraventriculares de emergência (controle agudo: esmolol e sotalol; controle crônico: atenolol, metoprolol): ↓FC ↓contratilidade. - HAS: ↓FC ↓contratilidade ↓DC ↓PA; ↓SRA. - pós-IAM: ↓FC↓contratilidade ↓DC ↓consumo O2 (por diminuir trabalho cardíaco -> para recuperação da área de penumbra)/ ↓tamanho da área infartada/aceleraa recuperação cardíaca/↓risco de morte súbita por arritmia cardíaca (taquiarritmia) pós-IAM/ ↓remodelagem cardíaca. - ICC (carvedilol, metoprolol e bisoprolol): ↓FC -> ↑tempo de diástole e enchimento ventricular; parece ↓toxicidade da NA (que levaria a remodelagem cardíaca) sobre os miócitos cardíacos; - profilaxia da angina pectoris estável: ↓FC↓contratilidade↓DC↓consumo O2. - bradicardia, bloqueio AV de 2º ou 3º grau (altas doses), broncoconstrição, extremidades frias (pela vasoconstrição), dificuldades sexuais (vasoconstrição), fadiga física (↓DC e promove vasoconstrição dos vasos dos mm esqueléticos ↓perfusão dos mm), hipersensibilidade ou up-regulation (taquiarritmia rebote na retirada abrupta), distúrbios lipidêmicos (↑Tg ↑LDL ↓HDL), SNC (sedação, distúrbios do sono, depressão, alucinações visuais e delírios). TRATAMENTO DE CRISE AGUDA DE ANGINA - profilaxia de angina estável > 1ª escolha: β bloqueador. - profilaxia de angina variante de prinzmetal > 1ª escolha: bloqueador de canais de Ca2+ (diidropiridinas). É preciso avaliar as comorbidades: (evita o Verapamil e Diltiazem) - paciente com angina e moléstia renal crônica. Pq ressalva do β bloq? Se por acaso o paciente é renal crônico e tem uma obstrução/estenose de artéria renal, ele ainda continua com o funcionamento renal precário em função da ativação do SRAA. Então, se eu utilizar uma droga que diminua a função do SRAA, ele faz uma insuficiência renal aguda, parando abruptamente a função renal, pois a taxa de filtração glomerular cai muito. Então, nesses pacientes não poderemos usar uma droga que bloqueie a ação do SRAA. Não são todos os pacientes renais que são assim, somente em situações mais específicas. DIURÉTICOS MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS IAC (acetazolamida, dorzolamida) AC: catalisa a conversão de CO2 e H2O em H2CO3. - após a estabilização, a eliminação de Na+ é pequena, o volume urinário aumenta pouco – baixa eficácia diurética -, mas por outro lado tem perca importante do K+, HCO3- e Ca2+. - inibe AC intracelular e da membrana apical do ep. do túbulo proximal. - bloq. reabsorção de HCO3- (não pode ser reabsorvido em nenhum outro lugar do túbulo renal). - ↓troca de Na+ por H+ - há retenção de H+. - eliminação de Na+ -> resultando em discreta diurese alcalina e acidose metabólica. -> baixa eficácia diurética: boa diurese até +/- 3º dia de uso contínuo -> depois disso são ativados mecanismos de compensação que neutralizarão a não reabsorção de Na+, já que este pode ser reabsorvido em outras 3 regiões do túbulo. -> tto crônico de glaucoma (↓produção de humor aquoso ↓PIO) -> uso tópico oftálmico. -> tto adjuvante da epilepsia (↓produção LCR ↓pH do LCR ↓ severidade e a magnitude das crises de ausência). -> doença aguda das montanhas (↑3000m): vasodilatação cerebral e pulmonar - ↑oxigenação de órgãos nobres -> fraqueza, tonteira, náusea, cefaléia, insônia, edema cerebral e pulmonar -> ↓produção LCR ↓pH do LCR e cérebro): uso profilático – 24h de antecedência. -> alcalinização urinária (armadilha iônica): auxilia na eliminação de substâncias ácidas como AAS, fenobarbital e outros. -> tto de alcalose metabólica hipocalêmica por uso excessivo de diuréticos de alça e tiazídicos em ICC grave (para eliminar a maior quantidade possível de volume sanguíneo, porém ele acaba eliminando potássio e hidrogênio -> alcalose metabólica hipocalêmica). - fazer uso de diuréticos de alça e tiazídicos por outro motivo e faço a alcalose metabólica hipocalêmica, faço a reversão com reposição do volume de potássio -> se eu fizer isso em um pct com ICC, agravo o edema pulmonar. - acidose metabólica (só em doses altas, pois a eliminação de H+ no tubo coletor controla a acidose metabólica). - cálculos renais: pela alcalinização da urina, pode levar a deposição de Ca2+/ pode causar dor, câimbras, dor muscular, perda de apetite, confusão mental, sonolência, letargia, parestesia das extremidades). - hipocalemia (↓K+): ↑reabsorção do Na+ no tubo coletor (aldosterona) por mecanismos de compensação, intensificando a secreção de K+ (e do H+ tb -> trocados pelo Na+) -> dor e câimbras; altas doses: perda de apetite, confusão mental, sonolência e parestesias de extremidades -> deve-se fazer reposição de K+. - reações de hipersensibilidade (tem enxofre na molécula -> muito alergênico). - aumenta intoxicação por digitálicos. CONTRA-INDICAÇÕES: cirrose hepática (dificuldade de eliminar compostos nitrogenados, como a amônia, que são tóxicos e em acúmulo, leva a encefalopatia hepática -> IAC, por alcalinizar a urina, diminui secreção de compostos básicos, como os compostos a base de amônia, e aumenta a eliminação de ácidos -> pct fica mais pré-disposto a desenvolver encefalopatia hepática) e gravidez (teratogênico). DIURÉTICOS DE ALÇA (furosemida, bumetanida, piretanida) - inibem o co-transporte de Na+/K+/2Cl- no ramo ascendente espesso da alça de Henle (onde mais de 40% do Na+ é reabsorvido e leva H2O junto). - inibem reabsorção de NaCl. - ↑excreção de Ca2+ e Mg2+ - bloq. reabsorção de K+ () => promovem hipomagnesemia, mas não hipocalcemia, pois Ca2+ é reabsorvido ativamente pelo TCD. - ↑síntese de PGs vasodilatadoras no rim: ↓RVR↑FSR => redistribuição do fluxo sang no córtex renal. -> alta eficácia diurética. -> TCD e tubo coletor vão tentar compensar a perda de Na, mas não são suficientes, pois estas drogas interrompem o mecanismo de contracorrente da medula renal -> ↓osmolaridade da medula ↓reabsorção de água. -> urina: perda maior de Na, Ca2+, maior aumento do volume urinário e menor perda de K, se comparado com os IACs. -> redução do edema pulmonar agudo na ICC. -> redução de edema associados a ICC grave (anasarca), cirrose hepática (ascite) e IRA. - tto de intoxicação com ânions (brometo, fluoreto e iodeto -> podem utilizar o co-transporte para sua reabsorção). -> alívio da hipercalcemia: condição associada a hiperparatireoidismo e tumores malignos -> uso em associação com hidratação salina. - estimulam a secreção tubular de Ca2+. -> alívio da hipercalemia: insuficiência renal e uso de fármacos que retêm K+. -> ototoxicidade, hiperuricemia (competem com o ácido úrico), hipovolemia aguda (hipotensão, choque e arritmias cardíacas). -> hipocalemia: alcalose metabólica hipocalêmica, dor, câimbras, cefaléia, tonteira, parestesias (tubo coletor tentando reabsorver Na). - ↑risco de arritmias cardíacas por digitálicos. - prevenção: associar com diuréticos poupadores de K+/ reposição de K+. - tto: correção da volemia/ reposição de K+ (não se faz em pct com edema grave decorrente de ICC). -> hipomagnesemia: ↑risco de deficiência dietética de Mg. -> reações de hipersensibilidade. -> hiperglicemia: abre canais de K+ das céls. β prancreáticas, ↓liberação de insulina (< intensidade que os diuréticos tiazídicos). DIURÉTICOS TIAZÍDICOS (hidroclorotiazida, bendroflumetiazina, clortalidona, indapamida) - inibem co-transportador de Na+/Cl- no TCD, ↓reabsorção de Na+. - ↑reabsorção ativa de Ca2+ mediado pelo PTH (hipocalciúria). OBS: a ↓[Na+] intracelular - ↑troca de Na+/Ca2+ na membrana basal. - ↓vol. sang. - ↑produção de PGs - ↓RVP - ação secundária: inibição da AC (↑doses) - há ↑troca de Na+ pelo K+ no túbulo coletor (hipocalemia) - mais eficazes que os IAC e menos que os de alça. - HAS: geralmente associados aos β-bloq, IECA e antagonistas AT-1 (por causa da ativação do SRAA pela depleção do volume). - controle do edema associado a ICC (↓volume de LEC na ICC moderada), cirrose, TPM e THR. - nefrolitíase resultante de hipercalciúria idiopática: ↓quantidade de Ca2+ no túbulo renal. - diabetes insipidus nefrogênica: deficiência na síntese de ADH, a concentração urinária está prejudicada, então esse paciente pode chegar a urinar até 15L/dia -> ↓vol. da urina em pct poliúrico (efeito paradoxal). - hiperglicemia (contra-indicado a diabéticos). - hiperlipidemia: ↑níveis séricos de colesterol total, LDL e Tgs.- hipercalcemia. - reações alérgicas: fotosensibilidade, dermatite generalizada, reações mais graves (anemia hemolítica, trombocitopenia e pancreatite necrosante). - hipocalemia: alcalose metabólica hipocalêmica, dor, câimbras e ↑risco de arritmias ventriculares em pcts sob uso de digitálicos. - hipovolemia: hipotensão ortostática, princip. quando associados a drogas anti-hipertensivas, confusão mental, tonteira, fadiga. - hiperuricemia (competem com o ácido úrico). DIURÉTICOS POUPADORES DE K+ (espironolactona, triantereno, amilorida) -> espironolactona: bloq. por competição os receptores de aldosterona -> inibe reabsorção de Na+ e a secreção de K+ e H+ no TC. -> triantereno e amilorida: bloq. os canais de transporte de Na+; ↓troca de Na+/K+ -> agem mesmo na doença de Addison, pois independem da presença de aldosterona. - não tem ótima capacidade diurética, pois só age no TC. - aumenta a diurese, mas é bastante discreta. - prevenir hipocalemia causada pelos diuréticos não-poupadores de K+. -> ESPIRONOLACTONA: - tto de hiperaldosteronismo 1º: síndrome de Conn e produção ectópica de ACTH. - tto de hiperaldosteronismo 2º: ICC, cirrose hepática, síndrome nefrótica e outras condições associadas à retenção de Na+ pelo rim e diminuição do vol. intravascular efetivo (que ativariam SRAA). - ↓remodelagem cardíaca (aldosterona e AgII -> fatores preponderantes pra isto) e ↓mortalidade da ICC. - tto de hirsutismo e calvície: inibe a 5α-redutase -> converte testosterona em diidrotestosterona (responsável pelas características sexuais masculinas, como implantação de pelos) (Finasterida também). - hipercalemia: princp. quando em associação com IECA e antagonistas AT-1, β-bloq e penicilina G potássica e pcts com insuficiência renal. - acidose metabólica e hiponatremia: pcts cirróticos. - diarréia, gastrite, sangramento gástrico e ulceras pépticas. - ginecomastia, impotência, ↓libido: antagonismo dos receptores adrenérgicos (espironolactona). DIURÉTICOS OSMÓTICOS (manitol, uréia) MANITOL: totalmente filtrada pelo glomérulo renal, mas não sofre reabsorção, retendo a água nos túbulos e aumentando diurese. -↓PIC em traumatismos. -↓PIO antes de procedimentos cirúrgicos. -↑eliminação de substâncias tóxicas ingeridas. - tto de IRA, devido a: choque, drogas tóxicas e traumatismos. - uso como laxante. -> expansão do volume extracelular: pode complicar ICC e precipitar edema pulmonar agudo. - paciente sofreu um TCE: uso manitol nos 3 primeiros dias, mas a partir daí não posso usar mais, porque a grande infusão pode levar à tendência de difusão para os tecidos adjacentes ao capilar, e onde ele estiver reterá água -> aumenta o edema ao invés de diminuir. - não indicado na ICC, pois a permeabilidade capilar estaria menor por causa do edema, levando à maior difusão do manitol -> agravaria o quadro. -> cefaléia, náusea, vômitos, dor torácica. -> desidratação. -> hipernatremia, pois não interfere na reabsorção do Na, só da H2O. RESUMO: - excreção de Na (mais faz isso é o de alça e menos os poupadores); - excreção de potássio (mais o inibidor da anidrase e menos o poupador); - excreção de cálcio (mais alça e menos tiazídico). INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - diuréticos de alça e Tiazídicos + Digoxina. Os dois não são poupadores, então hipocalêmicos, podendo aumentar a atividade de Digoxina e ação digitálica -> contorna usando Espironolactona. - diuréticos de alça e tiazídicos + IECA e antagonistas AT-1: intensificam hipotensão -> os 2 primeiros tendem a reduzir o volume sanguíneo -> sistema renina-angiotesina é ativado -> se uso uma droga que bloqueia esse sistema a eficácia em redução de volume aumenta. Claro que inicialmente podem haver crises hipotensivas. - diuréticos poupadores de potássio + IECA, Trimetoprim, antagonista AT-1: todos poupadores de potássio que podem levar a hipercalemia. - diuréticos de alça e tiazídicos + AINES, que bloqueiam síntese de prostaciclina na arteríola renal aferente, diminuindo taxa de filtração glomerular, diminuindo eficácia dos diuréticos. Agora, se faço o inverso, uso o diurético para melhor o quadro de retenção gerado pelo AINES. - Tiazídicos e diuréticos de alça + laxantes e corticóides: intensificam hipocalemia, por eliminarem potássio. - Tiazídicos e diuréticos de alça + corticóides e estrógenos: diminuição do efeito diurético, uma vez que os últimos dois retêm Na. - Diuréticos + Lítio: primeiro diminui a eliminação do segundo. - Tiazídicos e diuréticos de alça + Sulfonilureias e Glinidas: os primeiros abrem o canal de K e os segundos fecham. - furosemida + aminoglicosídios (gentamicina), vancomicina: intensifica os efeitos de ototoxicidade e nefrotoxicidade. HIPOCALEMIA -> pelo o uso de drogas defletoras de K. - paciente só passa a ter sintomas quando os fatores de referência (5mEq/L) fiquem abaixo de 2mEq/L. - ele pode ter sintomas neurológicos (sonolência, irritabilidade, confusão, perda de sensação ‘parestesia’, tonteira e coma), fraqueza muscular, arritmia cardíaca, tetania, parada respiratória e aumento da sensibilidade do miocárdio aos digitálicos (portador de ICC). Pacientes mais sensíveis à hipocalemia são: ICC e cirrose. Tratamento: reposição do K associando a medicamentos ou repondo com alimento e associação com diuréticos poupadores de K. Alimentos: suco de ameixa e laranja, ameixa seca, banana, tâmara, passas, figo, damasco, batata doce e batata inglesa, brócolis. Tudo descrito aqui é contraindicado em pacientes com insuficiência renal crônica. AINES MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS COX-1: plaquetas (se ativam, ativando COX-1, ↑TAX2, que faz plaqueta liberar receptores de ancoragem, ↑agreg. plaq – TAX2 atua também sobre outras plaquetas) e céls. parietais (produção de PGE2 ↑muco protetor↓produção de HCl). COX-2: céls. endoteliais (produção de PGI2, vasodilatadora -> manutenção de PA (↓) e filtração glomerular (a. aferente produção aumentada de PGI2); e ↓agreg. plaq. (PGI2 mantém plaqueta inativa). COX-3: SNC (produção de PGs envolvidas no processo de febre) -> na medula, envolvidas no transmissão aferente da dor. AÇÃO ANALGÉSICA: SNP (inibe COX-2 ↓PGI2 ↓sensibilidade dos nociceptores à ação de mediadores da inflamação (BK, histamina, subst. P) e SNC (inibe COX-3 ↓PGs ↓transmissão aferente da dor. -> alívio de cefaléia: ↓efeito vasodilatador das PGs sobre vasculatura cerebral. -> AINES + analgésicos opióides: ↓dor ↓1/3 da dose do opióide (↓ef. colaterais: depressão resp, dependência etc). AÇÃO ANTIPIRÉTICA: inibe COX-3 ↓PGs e temperatura do termostato retornaria a 36,5. AÇÃO ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIA: AAS (bloqueia de forma irreversível COX-1 na plaqueta) e diclofenaco, ibuprofeno (bloqueio enquanto a droga estiver agindo). - analgesia em dores associadas a inflamação e a danos teciduais: artrite, bursite, dor de origem vascular e muscular, dor odontológica, cefaléias, metástases de câncer em ossos, dor pós-operatória (associadas a opióides). - disminorréia e cólicas (inibidores de COX-2). - ação antipirética. - ação anti-inflamatória em condições agudas ou crônicas. - prevenção de IAM, tromboses e AVC isquêmico (AAS). - coxibs: não devem ser prescritos para pacientes com doenças cardiovasculares, tendência a tromboembolismo e não se deve fazer o uso por mais de um ano consecutivo em dosagens acima de 90mg. - distúrbios do TGI (inibição de COX-1): dispepsia, ulceração e/ou hemorragia, náuseas e vômitos, diarréia (mas em certas ocasiões, constipação) -> usar seletivos para COX-2/ associação com antiulcerosos (omeprazol, ranitidina). - distúrbios renais: IRA reversível, retenção de Na+ e H2O (edema periférico), anúria, ↓vasodilatação (tendência de ↑PA). - outros: sangramento microscópico do TGI (sangue oculto nas fezes), depressão da medula óssea (diclofenaco, ácido mefenâmico, indometacina e fenilbutazona), distúrbios hepáticos (lumiracoxib, paracetamol), reações de hipersensibilidade (erupções cutâneas, urticária, reaçõesde fotossensibilidade, síndrome de Stevens-Johnson (tto com corticóides, imunossupressores e antibióticos), edema angioneurótico, broncoespasmo (AA -> leucotrienos)). AAS 75-300mg/dia: bloq. COX-1 -> anti agregante plaquetário (profilaxia em pcts que tem fator de risco para tromboembolismo, princip. arterial + desconforto epigástrico. 500mg-3g/dia: bloq. COX-1 (anti agregante plaquetário), e COX-3 (analgésico e antipirético). > 4g/dia: bloq COX-1,2 e 3: todos os efeitos + efeito antiinflamatório (não muito usado por ↑risco de hemorragias gastrintestinais) - em dosagens até 300mg/dia: eliminado 1º que o ác. úrico, que tende a ficar mais tempo na corrente sanguínea -> em dosagens mais altas, acontece o contrário. -> pcts com maior chance de desenvolver IAM (homens, diabéticos, hipertensos e geralmente obesos, que, normalmente têm características de hiperuricemia) usam AAS em dosagens baixas e podem precipitar uma crise de gota -> é raro isso acontecer pra quem toma hidroclorotiazida (diurético utilizado na hipertensão). - tem ação dose-dependente. - salicilismo (intoxicação pelo AAS: tinido (zumbido), vertigem, náuseas e vômitos -> sistema afetado: vestíbulo-coclear), síndrome de Reye (caracterizada por uma necrose hepática fulminante -> encefalopatia hepática => em casos de febre e dor, exceto em dengue, eles já indicam o ibuprofeno e não mais o paracetamol), efeitos respiratórios (> 4g/dia -> hiperventilação -> eliminando CO2 -> alcalose respiratória, compensada por eliminação de HCO3- no rim). - superdosagens (doses > 8g/dia): hipoventilação -> acúmulo de CO2 -> acidose respiratória que não consegue ser compensada, até porque, você está ingerindo uma quantidade exagerada de ácido -> junto com a acidose respiratória você teria acidose metabólica => armadilha iônica com HCO3-. PARACETAMOL - analgésico não-opióide (analgésico e antipirético, mas não antiinflamatório). - seletivo para COX-3. - estrutura química menos antigênica -> sensibiliza menos o sistema imune contra ela (muito indicada para crianças) -> pcts asmáticas ainda serão sensíveis -> crise de broncoespasmo. - analgesia, antipirese, pcts com distúrbios gástricos, pcts com tempo de sangramento prolongado, pcts que fazem tto com antineoplásicos, imunossupressores (drogas relacionadas à trombocitopenia – não agravaria sangramentos), pcts alérgicos aos AINES e crianças com infecções virais (evitar a síndrome de Reye). - hepatotoxicidade: convertido em N-acetil-p-benzoquinona que é hepatotóxico (em doses excessivas, quando não tiver sulfato, ácido glicurônico e glutation suficiente para neutralizá-lo). - intoxicação: usar n-acetilcisteína ou metionina que possuem em sua estrutura o grupamento sulfidrila -> reposição de glutation. DIPIRONA - analgésico não-opióide (analgésico e antipirético, mas não antiinflamatório). - seletivo para COX-3. - mais eficiente que o paracetamol. DENGUE: paracetamol e dipirona -> evitar qualquer inibidor de COX-1. - reações de hipersensibilidade: rash cutâneo, edema angioneurótico, choque anafilático (uso IV), broncoespasmo (pcts asmáticos), síndrome de Stevens-Johnson. - náuseas e vômitos (gosto muito ruim), tremores e hipotensão. CORTICÓIDES MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS -> hidrocortisona, prednisona, prednisolona, metilprednisona, betametasona, dexametasona, triancinolona, mometasona, beclometasona, flunisolida, budesonida, fluticasona. AÇÃO CURTA (8-12h): hidrocortisona (efeito antiinflamatória 1 e mineralocorticóide 1) e cortisona. AÇÃO INTERMEDIÁRIA (18-42h): efeito antiinflamatório tem eficácia 4-5x maior (prednisona, prednisolona, metilprednisolona e triamcinolona) e capacidade mineralocorticóide reduzida. AÇÃO PROLONGADA (1-3 dias): betametasona, dexametasona (30-35x mais eficientes como antiinflamatórios e a capacidade mineralocorticóide é praticamente 0) e parametasona. -> uso agudo e ação rápida: ação prolongada. -> uso crônico: ação intermediária (doenças autoimunes e prevenção de rejeição de transplantes e enxertos). ACTH induz síntese de aldosterona, cortisol e andrógenos, mas ocorre só a liberação do cortisol (para manutenção da glicemia de jejum - produção diária, segue ciclo circadiano). - atuam sobre receptores nucleares, estimulando síntese de lipocortina ou lipomodulina -> bloq. fosfolipase A2, bloq. também a cascata o ác. araquidônico. - inibem transcrição gênica de COX-2. - imunossupressor: inibe síntese de leucotrienos, ↓linfócitos, eosinófilos, monócitos e basófilos, inibe produção de citocinas (interferon e IL-2,4) e bloqueia fator estimulante de cresc. de colônia de macrófagos. - ideal associar corticóides com ATBs ou antifúngicos ou antivirais (a imunidade pode cair demais). - atravessa BHE e placentária. - biotransformação hepática. - excreção hepática. REAÇÕES ADVERSAS: doses elevadas, uso prolongado, vias sistêmicas (oral, IM, IV); não devem ocorrer na terapia de reposição; no uso prolongado sistêmico, a terapia em dias alternados pode reduzir os efeitos indesejáveis. - em corticóides inalatórios: candidíase da orofaringe, aftas (↓diminuição da proliferação celular), disfonia (atrofia das cordas vocais) => evitar: lavar a boca após aplicação, uso de spacers (↑remessa de corticóides ↓depósitos de corticóides na boca ↓efeitos colaterais). SUSPENSÃO ABRUPTA (em doses farmacológicas ou supra-fisiológicas, acarreta supressão do eixo hipotálamo-hipófise, e se paro de usar, o eixo não induz ao estímulo imediatamente e provoco uma insuficiência endógena de cortisol): hipotensão e choque (distúrbio circulatório pela falta de perfusão), desidratação (não retém Na+ e perde H2O), taquicardia (pela queda da PA), hipoglicemia, anorexia, fraqueza e apatia, náuseas e vômitos, confusão mental, hipertermia. -> mesmo se fazer retirada gradativa, o pct pode ter sintomas semelhantes, mas com intensidade menor: SÍNDROME DE RETIRADA: letargia e astenia, anorexia, náuseas, artralgia e mialgia, descamação da pele, hipertemia, tonturas, hipotensão ortostática, hipoglicemia. - terapia de reposição na insuficiência da supra-renal na doença de Addison ou adrenectomia: repor hormônio que não é produzido -> crianças: hidrocortisona (IM ou IV)/ adulto: prednisolona VO -> 2/3 pela manhã e 1/3 da dose à noite. - terapia anti-inflamatória e imunossupressora: asma (doença inflamatória da árvore traqueobrônquica, de fundo alérgico), manifestações alérgicas e inflamatórias da pele, olhos, ouvidos e nariz (conjuntivite, rinite alérgica, eczemas), ↓edema cerebral em pcts com TCE e por outros motivos, como meningite (dexametasona) – ↑edema periférico, mas ↓edema inflamatório -, doenças auto-imunes e inflamatórias crônicas (artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, psoríase e outras). - prevenção da rejeição de transplantes e enxertos. - terapia de doenças neoplásicas: adjuvante na quimioterapia em situações específicas (leucemia linfocítica aguda, doença de Hodgkin), ↓edema cerebral em pcts com tumores cerebrais (dexametasona), ação antiemética na quimioterapia (↑doses + antagonistas de 5HT). - estimulação da maturação pulmonar do feto: em mulheres com risco de parto prematuro até a 30ª semana -> estimula produção de surfactante ↓SARRN (betametasona). FATORES QUE INFLUENCIAM NA INIBIÇÃO DO EIXO HIPOTÁLAMO – HIPÓFISE - dose total do corticóide a ser usada: baixa. - tempo de tto: curto. - fracionamento da dose: única. - horário de administração: manhã. - freq. de tomadas: alternada. - duração de ação: intermediária. - todos os 3 hormônios tem como precursor o colesterol -> cada um possui receptor específico, mas devido à semelhança química entre eles, é verificada uma ação cruzada. => efeitos metabólicos: ↑doses faz inibição do eixo hipotálamo-hipófise, cessando a produção endógena de corticóides. -> gliconeogênese: inibem síntese protéica na mm. esquelética e promove catabolismo protéico, para liberar aa’s (levando a fraqueza e atrofia muscular, incluindo ligamentos e estruturasde suporte muscular); ↓céls. de defesa (tecido linfóide rico em aa’s). - adelgaçamento da pele, produzindo estrias fundas, por degradar TC e inibir síntese de colágeno e substância fundamental amorfa. - lipólise e redistribuição de gordura, depositando em outros locais (cara de lua cheia, bochechas pleiotrópicas – avermelhadas com rash cutâneo -, depósito abdominal e corcova de búfalo). -> ↑resistência insulínica: dessensibiliza recep.de insulina -> hiperglicemia (em diabéticos: associar com metformina). -> efeito mineralocorticóide: se ligam a receptores de aldosterona, sendo capazes de reter Na+, alterando equilíbrio hidroelétrico, ↑LEC e causando edema e ↑PA; hipocalemia (câimbras, parestesias e arritmias cardíacas, se em uso de concomitante de digitálicos). -> tendência à osteoporose: inibe síntese de vit. D -> ↓absorção de Ca2+ no intestino e ↑excreção renal -> hipocalemia -> retirar Ca2+ dos ossos/ estimula reabsorção óssea (↑ativ. osteoclastos↓ativ. osteoblastos) => suplementar cálcio, vit. D e musculação orientada. -> inibem crescimento e divisão celular: inibem secreção de GH. -> distúrbios do TGI: ↑síntese HCl↓muco protetor (dispepsia, gastrite e úlcera). -> ↓cicatrização e reparo dos tecidos: ↓ativ. fibroblastos ↓produção colágeno e glicosaminoglicanos -> aparecimento de estrias púrpuras na pele, profundas e roxas + enfraquecimento de tendões, ligamentos e outras estruturas de suporte/ usado para impedir formação de quelóides. -> SNC: ↑glicemia ↑excitabilidade cerebral -> incialmente euforia, insônia e ansiedade; efeito diminuindo, por haver depressão => podem agravar quadro de pessoas deprimidas e esquizofrênicas. DROGAS UTILIZADAS NOS DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS -> inibidores da COX: AAS 100-200mg/dia (bloq. irrev. COX-1 -> só diminui por bloq. TXA2, mas ainda está ativo o ADP, 5HT e outros fatores que ainda ativam a plaqueta). - emergências em IAM: AAS. -> antagonistas dos receptores purinérgicos específicos de ADP: ↓ativação do receptor GPIIb/IIIa ↓agreg. plaq. - início de ação lento: efeito máximo em 3-7 dias (não usado em emergências) -> ticlopidina e clopidogrel. -> antagonitas do receptor GPIIB-IIIA: - abciximab: Ac monoclonal bloqueador direto e irrev. do receptor GPIIB-IIIA. - tirofiban e eptifibatide: antagonista rev. do receptor GPIIB-IIIA (não são Acs, ↓risco de reações alérgicas). -> inibidores da fosfodiasterase (PDE): inibe PDE nas plaquetas ↑AMPc intraplaq., potencializando ativ. inibidora das PGI2 sobre as plaquetas -> dipiramidol. - ticlopidina (240mg/2xdia): profilaxia secundária de AVE isquêmico em pcts intolerantes ao AAS/ associado ao AAS até 30 dias após angioplastia com stent. - clopidogrel: prevenção secundária de eventos tromboembólicos (AVE, TVP e IAM)/ uso associado ao AAS após angioplastia (por 1 ano - dose de ataque: 300mg, ↓80% atividade plaq. em 5h/ manutenção: 75mg/d). - abciximab: -> dado um pouco antes, durante, e, no mínimo, 12h após o procedimento de angioplastia/ pcts submetidos a angioplastia coronariana como adjuvante da heparina e aspirina. Reduz o risco de reestenose tardia. - tirofiban e eptifibatide: -> pcts c/ síndrome coronariana aguda (angina estável, IAM s/ elevação do segmento ST) e profilaxia de eventos tromboembólicos em angioplastia. - dipiramidol: terapia adjuvante à varfarina na prevenção de tromboembolismo em pcts c/ próteses de válvulas cardíacas/ terapia adjuvante ao AAS na prevenção de IAM, AVE isquêmico e trombose/ teste de esforço medicamentoso (teste de esforço ergométrico em paciente acamado) – vasodilatador coronariano (bloq PDE aqui). - inibidores da COX: ↑incidência de AVE hemorrágico (prognóstico ruim, pois o tempo de sangramento está aumentado) + distúrbios do TGI. - ticlopidina: neutropenia severa (1% - ↓uso: uso por mais de 1 mês consecutivo, aumenta o risco dessa neutropenia), hemorragias (5%) e náusea, dispepsia e diarréia (20%). - clopidogrel: menor incidência de efeitos colaterais; distúrbios gastrintestinais. - antagonitas do receptor GPIIB-IIIA: hemorragias. - inibidores da fosfodiasterase (PDE): cefaléia. ANTICOAGULANTES INJETÁVEIS (heparinas) CONTRA INDICAÇÕES - hipertensos, hemofílicos, alcoólatras (cirrose hepática – TPA e PTTK alterados, pela diminuição de fatores de coagulação, sintetizados e maturados no fígado), lesões ulcerativas do trato digestivo (↑risco de hemorragia digestiva), tuberculose ativa (pct com hemoptise), metástases cerebrais e pcts que sofreram cirurgia cerebral, oftálmica ou na medula espinhal (sangramento aumentaria lesão). - heparina: co-fator da antitrombina III, acelerando a degradação em 1000x dos fatores de coagulação ativados (IIa, IXa, Xa, XIa, XIIa, XIIIa), inibindo a formação de fibrina (degradação tão rápida que não dá tempo para os fatores de coagulação se ativarem). INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: antiagregantes plaquetários (↑risco de hemorragia – mas é comum na prática e dentro das dosagens terapêuticas isso é perfeitamente controlável e contornável), anti-histamínicos, quinidina e quinina (antiarrítmicos - ↓ eficácia da heparina), fenotiazinas, tetraciclinas e neomicina (inibem heparina), diidroergotamina (melhora a profilaxia da TVP após cirurgia torácica, pélvica e abdominal, pois promove venoconstrição, ↑fluxo venoso e ↓estase, impedindo a formação do trombo) + heparina = ação profilática maior. -> heparina de alto peso molecular: atua mais intensamente sobre a degradação da trombina (fator IIa) -> ação mais potente – maior risco de hemorragias (uso apenas hospitalar), necessita de monitoração constante – altera PTTK. - via IV ou subcutâneas, 24 a 32mil UI em 24h por IV contínua em situações já instaladas e 10 a 15mil/dia (geralmente 5mil a cada 8h) por via subcutânea para prevenção. -> heparina de baixo peso molecular (dalteparina, enoxaparina, nandroparina, tinzaparinam, ardeparina): atua mais intensamente sobre a degradação do fator Xa, duração de ação mais prolongada, ↓posologia (1x ao dia), não altera tempo do PTTK, não necessitando de monitoramento, viabiliza o tto do pct em domicilio. - via preferencialmente subcutânea. -> não administrar IM -> hematomas. - hemorragias -> reverter com sulfato de protamina (1mg para cada 80-100UI heparina. - reações de hipersensibilidade (calafrios, febre, urticária, choque anafilático) a heparina extraída de mastócitos de bovinos e suínos. - trombocitopenia de consumo (redução de plaq.): pct pode se sensibilizar e produzir Acs antiplaq., as ativando, formando microtrombos -> após 8-14 dias de uso contínuo de heparina padrão -> trocar para de baixo peso molecular (não provoca isso). - ↑ativ. osteoclastos ↑risco de osteoporose (a longo prazo). - casos de perda de cabelo, necrose de pele. HEPARINA TÓPICA - dissolve trombos localizados e evita formação de novos coágulos – prolonga o tempo de sangramento e favorece a fibrinólise. - promove hidratação do tecido – retém água. - estimula a regeneração do tecido conjuntivo. - usada no pós-cirúrgico que tenha hematomas; distensões e contusões, flebites, tromboflebites e tromboses superficiais, infiltrados inflamatórios e hematomas, tenossinovites e epicondilites. ANTICOAGULANTES ORAIS (Varfarina) - bloq. a enzima vit K epóxido redutase, inibindo a reciclagem da vit K, impedindo a maturação dos fatores de coagulação vit K-dependente (fator II, VII, IX, X) não havendo formação de fibrina. - precisa de no mínimo 24h para consumir as reservas de vit K do organismo. - pico máximo de ação após 3-7 dias de uso. - ↑índice de lig a ptns plasmáticas (99%). - alimentos ↓taxa de absorção. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: colestiramina (reduz absorção), barbitúricos, carbamazepina, uso crônico de álcool, rifampicina, griseofulvina (indutores enzimáticos), alimentos como abacate (↑absorção de vit K), cetoconazol, amiodarona, metronidazol, clopidogrel, fluconazol, fluoxetina, cimetidina, tolcapona (inibidoresenzimáticos), fenilbutazona, furosemida, valproato (deslocam as proteínas plasmáticas), estados hipermetabólicos (febre e hipertireoidismo - ↑catabolismo dos fatores da coagulação), deficiência de vit K (dieta inadequada, doenças do intestino delgado e uso de antibióticos), moléstias hepáticas e alcoolismo (dificultam a síntese de fatores de coagulação). - teratogênica (má formação óssea, hipoplasia nasal, defeitos oculares e no SNC, distúrbio hemorrágico no feto, podendo levar a aborto.). - hemorragias (fazer monitoramento da coagulação sanguínea através do TPA) -> controle com reposição de vit K. - necrose cutânea. TROMBOLÍTICOS ou FIBRINOLÍTICOS - dotrecogina alfa: efeito antitrombótico (inibe Va e VIIIa), efeito pró-fibrinolítico (bloq inibidor do ativador do plasminogênio), efeito antiinflamatório (inibe produção de TNF pelos mastócitos, bloq. de adesão de leucócitos às selectinas e limita a resposta inflamatória trombina-induzida dentro do endotélio microvascular). - promovem ativação do plasminogênio em plasmina, que promove a digestão da fibrina. - trombo recém-formado (c/ fibrina instável): mais fácil de ser degradado -> o contrário torna muito menor a chance de ser degradado. - estreptoquinase: produto catabólico do estreptococos beta-hemolitico do grupo C. - alteplase: mais seletiva pelo plasminogênio e pela fibrina do trombo. - dotrecogina alfa: forma recombinante da ptn C reativa. - IAM, até 6-12h após o início; AVE isquêmico (comprovado por tomografia) até 3h de evolução – alteplase; trombose arterial periférica; TVP – acima de panturrilha e membros superiores; embolia pulmonar c/ comprometimento hemodinâmico significativo – recomendação grau B. - dotrecogina alfa: ↓mortalidade em pcts adultos com sepse grave e alto risco de morte (= com sepse e desenvolveram CIVD). - degrada fibrina, degradando tanto trombo quanto coágulo hemostático (ao longo da vasculatura) -> risco de hemorragia é grande (reverte com acido tranexâmico e aprotinina -> no dia a dia, usados para quadros hemorrágicos). -> estreptoquinase: pode causar muito faringoamidalite. - pessoas podem ser previamente sensibilizadas contra essa bactéria e possuir Acs antiestreptoquinase, levando a reações alérgicas, como febre e urticárias e ineficácia da estreptoquinase. -> dotrecogina alfa: hemorragias e reações alérgicas. ICC MECANISMO DE AÇÃO USOS TERAPÊUTICOS REAÇÕES ADVERSAS DIGITÁLICOS (digoxina, digitoxina) - digitoxina: grau de absorção maior do que da digoxina (bact. Intestinais degradam parte desta -> tem indíce terapêutico baixo e se uso ATB, favoreço sua absorção), meia vida de 6-7 dias (digoxina: 40h). - intoxicação por digitoxina é bem mais fácil, por isso a digoxina é eleita no Brasil. Digoxina é cardiotônico de uso crônico, de controle do paciente estável. Porém, quando pct descompensa, partimos para a utilização de cardiotônicos mais fortes (dobutamina ou levosimendano + suporte hemodinâmico). - bloq. bomba de Na+/K+ ATPase, levando ao acúmulo de Na+ intracelular (miócito cardíaco) e, como na membrana do miócito existe uma ptn que troca Na+ por Ca2+, leva a um aumento da troca pelo Ca2+ também que favorece um maior acoplamento das miofibrilas, aumentando força de contração. - no SNC, faz ativação do SNAP, reduzindo FC -> melhorando enchimento ventricular. - melhora também pressão de perfusão do rim, pela melhora cardíaca, tendo leve efeito diurético. - controle da ICC, taquiarritmias como flutter atrial e fibrilação atrial (por ↓FC). - opção na taquicardia paroxística do nodo AV, mas preferência é verapamil. - abaixo de 60bpm -> não usar, pois faria bradiarritmia grave. - em RN, não administrar com FC < 100bpm. FAVORECEM INTOXICAÇÃO: hipocalemia, hipercalcemia, hipomagnesemia, hipoxia, acidose, hipotireoidismo (não eliminação do fármaco), idade avançada e uso de antibióticos (no caso da digoxina). -> intoxicação leve: efeitos no TGI + cefaléia, fadiga, tontura, fotofobia, visão turva, cromatopsia (dificuldade na percepção de cores) -> suspende fármaco e dosa K+ sérico; se estiver baixo, repõe. -> intoxicação moderada: ao invés de ↓FC, acontece taquiarritmias (excesso de Na+ nos miócitos faz com que potencial de membrana fique mais elevado, fazendo atingir limiar de disparo mais rápido – são criados marcapassos ectópicos, já que antes o nó sinoatrial disparava primeiro, e todas as outras células cardíacas logo após) -> causa mais provável: hipocalemia -> suspende fármaco, dosa K+ sérico e faz reposição do mesmo de acordo com a necessidade. - para controlar a taquiarritmia usa um antiarrítmico que bloqueie entrada de Na+ (fenitoína ou lidocaína). -> intoxicação severa: bradiarritmia -> causa: suicídio ou homicídio (superdosagem) -> suspende fármaco e mantém pct sob marca-passo extracorpóreo até eliminar a droga. DOBUTAMINA - agonista β1 adrenérgico: ↑FC↑contratilidade. - tto de ICC aguda, tto de choque cardiogênico. - ↑FC favorece a necessidade maior de O2 pelo coração, coisa que ele não está conseguindo -> mortalidade muito grande, morte súbita. SENSIBILIZADORES DO CÁLCIO (levosimendano) - ↑contratilidade por sensibilizar miócitos ao Ca2+. - parece ser vasodilatador também melhorando pós-carga. - estabilizaria mais rapidamente o pct descompensado em 1 semana mantendo por até 6 meses. SUPORTE HEMODINÂMICO - noradrenalina: ativa β1 - ↑FC↑contratilidade ↑sistólica/ ativa α1 – vasoconstrição ↑RVP e ↑diastólica + insuficiência renal, por vasoconstrair a. aferente e, por isso, vem associada com dopamina (até 5µg/kg ativa D1, especificamente em vasos mesentéricos e renais, fazendo vasodilatação). DIURÉTICOS - tiazídicos na leve (hidroclorotiazida) e furosemida na moderada e grave => ↓vol. sang. + alívio de congestão pulmonar e edema periférico - redução do K+ sérico, favorecendo intoxicação digitálica -> logo, vem sempre associada a espironolactona (↓remodelagem cardíaca, por ser antagonista de aldosterona). IECA/ANTAGONISTAS AT-1 - vasodilataroes arteriais ↓pós-carga. - ↓volume ↓pré-carga. - ↓remodelagem cardíaca. VASODILATADORES - nitratos na emergência (nitroglicerina) -> dia-a-dia Propatil e Isossorbidas. - hidralazina + nitrato = ↓pré e pós-carga. β-BLOQUEADORES - bloq β1: ↓FC para ↑enchimento ventricular e ↓contratilidade. - bloq. simpático ↓toxidade da Na sobre os miócitos. - carvedilol (bloq β2; β2 e α1 – vasodilatação) -> porém, em diabéticos e asmáticos, uso metoprolol e bisoprolol (só bloq. β1). ANALGÉSICO OPIÓIDE - para aliviar dor, angústia, fazem vasodilatação, aliviam dispnéia do pct intubado. - caracterizada por ↓DC -> coração incapaz de bombear sangue para o corpo por disfunção ventricular sistólica (dificuldade de se contrair – em decorrência de necrose do tecido cardíaco (pós-IAM, pós angina crônica) e disfunção ventricular diastólica (em função de hipertrofia cardíaca – espaço para receber sangue na diástole (vol. diastólico) se reduz). - congestiva pq? ICD (sangue não é bombeado para os pulmões, retornaria para a periferia -> congestão ou edema periférico) e ICE (sangue não é bombeado para aorta, retornando para os pulmões -> congestão ou edema pulmonar). A ICE é a principal causa de internação. CAUSAS: redução da contratilidade (angina (isquemia crônica) e IAM (isquemia aguda), miocardiopatias, medicações cardiotóxicas (doxorrubicina – antineoplásico), ↑pós-carga (HAS, disfunção da valva aórtica, miocardiopatia obstrutiva hipertrófica -> levam a hipertrofia cardíaca), ↑DC (incompetência mitral, arritmias cardíacas, anemia, hipertireoidismo) e problemas pulmonares (obstrução crônica das vias aéreas, embolia pulmonar recorrente que leva a hipertensão pulmonar -> ICD). SINTOMAS: dispnéia, taquicardia, redução de tolerância ao exercício, edema periférico (pct edemaciado, mas num estágio mais avançado, principalmente quando a falência cardíaca está muito evidente, em função da redução de pressão de perfusão renal, ele começa a ter falência renal, começando com um quadro de anasarca
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