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MANUAL DE CONSULTA 2017 (1)

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ÍNDICE 
PREFÁCIO .................................................................................................7 
FARMACOLOGIA BÁSICA ......................................................................8 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS .............................................9 
ANALGÉSICOS OPIÓIDES .................................................................. 11 
CODEÍNA ............................................................................................. 11 
MORFINA ............................................................................................. 11 
FENTANIL ............................................................................................ 12 
TRAMADOL.......................................................................................... 13 
ANESTÉSICOS LOCAIS ....................................................................... 14 
LIDOCAÍNA 2% s/v ............................................................................. 14 
RELAXANTE MUSCULAR (CURARES) ............................................. 15 
Cloreto de suxametônio (Quelicin®) ................................................. 15 
ROCURÔNIO (Esmeron®) ................................................................. 15 
ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS .......................................................... 17 
DIAZEPAM ........................................................................................... 17 
ETOMIDATO ........................................................................................ 17 
MIDAZOLAM (Dormonid®) ................................................................ 18 
PROPOFOL.......................................................................................... 19 
ANTIÁCIDOS ........................................................................................... 20 
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO + HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO ....... 20 
2 
 
MISOPROSTOL (Cytotec®) ............................................................... 21 
BICARBONATO DE SÓDIO .............................................................. 22 
ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO ................................................... 23 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO .............................................................. 23 
ANTI-HISTAMÍNICOS (ANTIALÉRGICOS) ........................................ 24 
DEXTROCLORFENIRAMINA (Polaramine®) ................................. 24 
PROMETAZINA (Fenergan®) ............................................................ 24 
LORATADINA ...................................................................................... 25 
ANTIANGINOSOS .................................................................................. 26 
ISOSSORBIDA (ISORDIL®) .............................................................. 26 
ANTIARRÍTMICOS ................................................................................. 27 
AMIODARONA..................................................................................... 27 
VERAPAMIL (Dilacoron®) .................................................................. 28 
LIDOCAÍNA .......................................................................................... 28 
ANTIASMÁTICOS, BRONCODILATADORES ................................... 30 
IPRATRÓPIO (Atrovent®) .................................................................. 30 
FENOTEROL (Berotec®) ................................................................... 30 
SALBUTAMOL (Aerolin®) .................................................................. 31 
ANTICOAGULANTES ......................................................................... 32 
WARFARINA (Marevan®) .................................................................. 32 
3 
 
HEPARINA (Hemofol - Liquemine) ................................................... 32 
CLEXANE® (Enoxoparina) ................................................................ 33 
ANTICONVULSIVANTES ...................................................................... 35 
FENITOÍNA (Hidantal®) ..................................................................... 35 
FENOBARBITAL (Gardenal®) ........................................................... 35 
CLONAZEPAM (Rivotril®) .................................................................. 36 
ANTIDIABÉTICOS .................................................................................. 38 
GLIBENCLAMIDA................................................................................ 38 
METFORMINA (Glifage) ..................................................................... 38 
INSULINAS ........................................................................................... 39 
ANTIEMÉTICOS ...................................................................................... 41 
METOCLOPRAMIDA .......................................................................... 41 
NAUSEDRON ...................................................................................... 41 
CAPTOPRIL(Capoten®) ..................................................................... 42 
ENALAPRIL .......................................................................................... 42 
ANLODIPINA ........................................................................................ 43 
HIDROCLOROTIAZIDA (Clorana®) ................................................. 43 
FUROSEMIDA (Lasix®) ..................................................................... 44 
ATENOLOL .......................................................................................... 44 
CARVEDILOL....................................................................................... 45 
4 
 
METOPROLOl (Seloken®) ................................................................. 45 
PROPRANOLOL ................................................................................. 46 
METILDOPA ......................................................................................... 47 
LOSARTANA ........................................................................................ 47 
NIFEDIPINA ......................................................................................... 48 
ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDES ............................................... 49 
DEXAMETASONA ............................................................................... 49 
PREDNISOLONA ................................................................................ 49 
PREDNISONA ..................................................................................... 50 
HIDROCORTISONA ........................................................................... 50 
ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES ..................................... 52 
IBUPROFENO ..................................................................................... 52 
ANTIPSICÓTICOS .................................................................................. 53 
HALOPERIDOL(Haldol®) ................................................................... 53 
ANTIULCEROSOS ................................................................................. 54 
OMEPRAZOL ....................................................................................... 54 
RANITIDINA ......................................................................................... 54 
HIOSCINA ............................................................................................ 55 
CARDIOTÔNICO DIGITÁLICO ............................................................. 56 
DIGOXINA ............................................................................................ 56 
5 
 
CEDILANIDE ........................................................................................ 57 
CARDIOTÔNICOS NÃO DIGITÁLICOS .............................................. 58 
DOBUTAMINA (Dobutrex®) ............................................................... 58 
DOPAMINA (Revivan ®).....................................................................59 
MILRINONA (Primacor®) ................................................................... 60 
DIURÉTICO .............................................................................................. 61 
MANITOL 20% ..................................................................................... 61 
DROGAS VASOATIVAS ....................................................................... 62 
ADRENALINA ...................................................................................... 62 
NORADRENALINA.............................................................................. 63 
VASOPRESSINA (Encrise®) ............................................................. 64 
NIPRIDE (Nipride®) ............................................................................ 64 
NITROGLICERINA (Tridil®) ............................................................... 65 
HIPOLIPEMIANTES ............................................................................... 66 
SINVASTATINA ................................................................................... 66 
ANTINEOPLÁSICOS E QUIMIOTERÁPICOS ................................... 67 
CICLOFOSFAMIDA (Genuxal/Evociclo). ......................................... 67 
CISPLATINA ........................................................................................ 67 
DOCETAXEL ........................................................................................ 68 
METROTEXATO ................................................................................. 68 
6 
 
PACLITAXEL ........................................................................................ 69 
DOXORRUBICINA .............................................................................. 70 
OCITOCINA ............................................................................................. 71 
SOLUÇÕES HIDROELETROLÍTICAS ................................................. 72 
SULFATO FERROSO ............................................................................. 75 
ERGOTRATE ........................................................................................... 76 
METILERGONOVINA ............................................................................. 76 
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 78 
 
 
7 
 
 
PREFÁCIO 
 
Caros (as) Acadêmicos (as), 
 
Enfim chegamos ao Estágio Supervisionado. Avançamos então para o 
encerramento de uma caminhada. Talvez, este seja um momento de estresse para muitos, 
momento de transformar em práticas de enfermagem conhecimentos teóricos adquiridos ao 
longo desses anos. 
O hospital torna-se então o ambiente propício para essa sedimentação de 
conhecimentos, devido a sua riqueza de casos, ao convívio com uma equipe multidisciplinar 
e ao próprio paciente, carente, muitas vezes, de alguém não tão mecanizado ainda pelas 
agruras do dia a dia, transpirando humanidade na mais simples realização de uma técnica, 
como a administração de medicamentos. 
Pensando na necessidade de ajudar na sedimentação desse conhecimento, 
criamos o MANUAL DE CONSULTA RÁPIDA – ESTÁGIO SUPERVISIONADO, que reúne 
de maneira sintetizada os medicamentos mais comuns do ambiente hospitalar. 
Sejam bem vindos a esta nova empreitada. 
 
Felicidades e sucesso! 
8 
 
FARMACOLOGIA BÁSICA 
 
A administração de medicamentos é umas das maiores responsabilidades da 
enfermagem. Como membro da equipe de saúde responsável pelo cuidado ao doente, é 
muito importante que o profissional de enfermagem se dedique à aquisição de todos os 
conhecimentos possíveis sobre medicamentos, seu uso ou abuso, dosagens corretas, 
métodos de administração, sintomas de superdosagem e reações anormais que podem 
ocorrer no tratamento de vários distúrbios. 
 
 A atitude do profissional de enfermagem ao administrar medicamentos é 
importante para a sua eficácia. Teoricamente, o corpo funciona melhor quando recebe 
alimentação adequada, repouso, está relaxado e quando se encontra livre de tensão 
emocional excessiva. Entretanto, devido a anormalidades físicas ou mentais, algumas 
vezes é necessário recorrer a medicamentos para se produzir um estado de função 
orgânica próximo do normal. 
 
 Na melhor das hipóteses, os medicamentos são muletas, e a dependência 
excessiva deles pode ser muito perigosa. Usados de forma inteligente, podem salvar vidas; 
usados de forma imprudente, podem causar danos irreparáveis. 
 
 A farmacologia sofreu enormes mudanças nas últimas décadas. Muitas 
substâncias novas comercializadas hoje eram totalmente desconhecidas há uma geração, e 
dificilmente passa-se um dia sem que a literatura receba novas substâncias ou 
medicamentos e novas técnicas e teorias de administração de medicamentos. 
 
 Por termos ciência disso, queremos que você, enquanto acadêmico, esteja seguro 
ao participar do dia a dia do hospital e suas rotinas. 
9 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
 
A segurança é o objetivo mais importante na administração de medicamentos. A 
seguir são apresentadas algumas diretrizes a serem seguidas quando se deseja uma 
administração segura de medicamentos. 
 
DIRETRIZES PARA A ADMINISTRAÇÃO SEGURA DE MEDICAMENTOS: 
 
1. Conhecer as normas do hospital ou estabelecimento. 
2. Administrar apenas aqueles medicamentos que constam na prescrição assinada pelo 
médico. 
3. Consultar o enfermeiro ou médico quando tiver dúvida a respeito de qualquer 
medicação. 
4. Certificar-se de que os dados na prescrição do medicamento correspondem 
exatamente ao rótulo do medicamento do paciente. 
5. Solicitar sempre a outra pessoa, como o enfermeiro, para conferir os cálculos se 
houver, caso tenha dúvida. 
6. Não conversar durante a administração da medicação, a não ser para pedir ajuda. 
Lembre-se que a atenção é o aspecto mais importante da segurança. 
7. Manter o armário ou escaninho de medicamentos sempre em ordem e fechado quando 
não estiver usando. 
10 
 
 
O N Z E C ER T O S D A A D M IN I S T R A Ç Ã O D E M E D I C A M EN T O S 
 
1C  PACIENTE CERTO 
2C  DROGA CERTA 
3C  CAMINHO CERTO 
4C  DOSE CERTA 
5C  HORA CERTA 
6C  DOCUMENTAÇÃO CERTA 
7C  AÇÃO CERTA 
8C  FORMA CERTA 
9C  RESPOSTA CERTA 
10C VALIDADE CERTA 
11C  ASPECTO CERTO 
A enfermagem atua na última etapa do processo de administração dos medicamentos, ou 
seja, esse fato também aumenta a responsabilidade da equipe de enfermagem, pois ela é a 
última oportunidade de interceptar e evitar um erro ocorrido nos processos iniciais, 
transformando-se em uma das últimas barreiras de prevenção e garantia da segurança do 
paciente. 
 
Esta responsabilidade atribuída à enfermagem deve mobilizar a categoria a deixar de ser 
somente “fazedora” e ter o entendimento de como pode funcionar como uma efetiva 
barreira para evitar ocorrências de eventos indesejados ao paciente. 
11 
 
 
ANALGÉSICOS OPIÓIDES 
 
CODEÍNA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Narcótico analgésico, é agonista de receptores opióides, inibe diretamente a transmissão 
da informação nociceptiva e ativa os circuitos de controle da dor. 
APRESENTAÇÃO: comprimido ou injetável. 
TYLEX: (associação codeína + paracetamol) 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Para o alívio de dor moderada. Administrada por via parenteral age como uma medicação 
pré-cirúrgica promovendo analgesia, efeito sedativo e diminuição da ansiedade. 
 
Administrado por via parenteral (IM ou SC): 
 Realizar rodízio do local de administração (injeções repetidas no mesmo local 
causam irritação, dor e endurecimento) 
 Não administrar quando apresentar precipitado ou coloração. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Os opióides deprimem a respiração devido a um efeito direto sobre os centros respiratórios 
do tronco cerebral, provocando encurtamento da respiração e dispneia. Devido à inibição 
do reflexo de esvaziamento urinário e aumento do tônus do esfíncter externo, podeocorrer 
retenção urinária e espasmo uretral. Já a estimulação direta da zona quimiorreceptora do 
gatilho para êmese pode ocasionar náuseas e vômitos. 
 
MORFINA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Analgésico narcótico e sedativo potente. Opióide de escolha para a maioria das situações 
de analgesia para dor moderada a intensa. 
APRESENTAÇÃO: comprimido ou injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
12 
 
Dor de intensidade severa aguda, que não responde aos outros analgésicos. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Cardiovascular: depressão circulatória, rubor, choque. Sistema Nervoso Central: 
dependência física e psíquica, sedação. Endócrino e metabólico: liberação de hormônio 
antidiurético. 
 
Cuidados de enfermagem: 
 Administrar EV lentamente. 
 Durante a administração, ficar atento ao padrão respiratório, devido ao risco de 
apneia. 
 
FENTANIL 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Analgésico opióide 100 vezes mais potente que a morfina, de ação curta e início rápido, 
causando menos hipotensão que a morfina. 
APRESENTAÇÃO: injetável e transdérmico (DUROGESIC®) 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Analgesia e sedação (ex: Analgesia e adaptação à ventilação no CTI, procedimentos), pré 
operatório, adjuvante de anestesia local, dor crônica e persistente (uso transdérmico). 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Confusão mental, agitação, miose, aumento da pressão intracraniana, visão borrada, 
depressão respiratória, broncoespasmo. Bradicardia, arritmia, hipotensão, hipersecreção 
brônquica. Pode causar depressão respiratória, redução dos movimentos respiratórios, 
potencialização das reações em pacientes com doença pulmonar crônica. 
 
Observações e cuidados de enfermagem: 
 Causa menos hipotensão que morfina, sendo preferível na instabilidade 
hemodinâmica. 
 A administração deve ser feita lentamente, pois injeção venosa rápida pode causar 
rigidez torácica → hipoventilação → apneia, broncoconstrição e laringoespasmo. 
 Há acúmulo com doses repetidas ou administração em infusões prolongadas. 
13 
 
 Contra indicado em crise asmática, politraumatizados com hipovolemia e IRC ou 
hepática muito grave 
 ANTIDOTO: Naloxona (2mg EV a cada dose) 
 
TRAMADOL 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Analgésico opióide. Efeito cardiovasculares e respiratórios mínimos e baixo potencial de 
induzir dependência. Potência similar à da codeína, porém mais eficaz por agir em múltiplos 
receptores e ter menos efeitos colaterais. Cerca de 10 vezes mais caro que a Morfina e um 
pouco mais caro que a codeína oral. 
Apresentação: Tramal 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Dor moderada a intensa, tanto aguda ou crônica 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Tonteira, sonolência, cefaleia, vertigem, sudorese, ansiedade, confusão mental, tremores, 
distúrbio do sono. Mínima depressão respiratória e central com doses habituais. Náusea, 
vômito, boca seca, diarreia, dispepsia, flatulência. 
 
Observações: 
 Menor potencial de dependência que outros opioides. 
 
14 
 
 
 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
 
LIDOCAÍNA 2% s/v 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Assim como outros anestésicos locais, causa bloqueio reversível da propagação do impulso 
ao longo das fibras nervosas. Pode aparecer em apresentações com vasoconstritor e sem 
vasoconstritor 
APRESENTAÇÃO: injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Anestésico local: para uso em cirurgias a laser, cosméticas e ambulatoriais, em 
queimaduras leves, cortes e abrasões da pele. É geralmente usada para procedimentos 
cirúrgicos de menor porte. Anestésico local no auxílio da introdução de instrumentos no 
trato respiratório e gastrintestinal. 
 
Utiliza-se também a aplicação em spray para anestesia tópica de mucosas, a exemplo de 
seu uso na endoscopia digestiva e técnicas de intubação com o paciente acordado. 
 
Para bloqueios anestésicos locorregionais, infiltra-se com agulha o anestésico na pele, ou 
na proximidade de troncos nervosos. 
 
Também é utilizada em raquianestesia e anestesia peridural. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
SNC: convulsão, confusão, tremor, letargia, sonolência 
SCV: hipotensão, bradicardia. 
AUDIÇÃO E VISÃO: zumbido, visão dupla ou turva. 
OUTRO: Angioedema, dermatite devido à medicação tópica, eritema, prurido, rash cutâneo, 
urticária. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Endoscopia_digestiva
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intuba%C3%A7%C3%A3o_endotraqueal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raquianestesia
15 
 
RELAXANTE MUSCULAR (CURARES) 
 
 
Cloreto de suxametônio (Quelicin®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Bloqueador neuromuscular despolarizante de efeito ultracurto. Administração por 
via intravenosa ou intramuscular. 
APRESENTAÇÃO: injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Intubação e procedimentos rápidos. Efeito EV: início 1min, duração 5min. Efeito IM: 
início 2-3 min, duração 10-30 min. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Bradicardia (Utilizar atropina se necessário). Risco de parada cardíaca súbita. Taquicardia, 
broncoespasmo. 
 
Cuidados de enfermagem: 
 
 Em situações de intubação, observar o paciente quanto ao risco de aspiração após a 
administração do medicamento. 
 Medicação em pó liofilizado. 
 
 
ROCURÔNIO (Esmeron®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Bloqueador neuromuscular não despolarizante. Inicio de ação rápido (1 minuto), 
poucos efeitos colaterais e duração de ação de 30-60 minutos. 
APRESENTAÇÃO: injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Indicado como adjuvante à anestesia geral para facilitar a intubação endotraqueal 
em procedimentos de rotina e de indução de sequência rápida de anestesia, e para 
16 
 
relaxar a musculatura esquelética durante as intervenções cirúrgicas. Facilitação da 
ventilação mecânica. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Embora muito raras, foram relatadas reações anafiláticas graves a agentes 
bloqueadores neuromusculares, incluindo Esmeron . Arritima, náusea, taquicardia. 
 
Cuidados de enfermagem: 
 O produto deve ser conservado sob refrigeração (entre 2º e 8º C). 
 Brometo de rocurônio deve ser usado com cuidado em pacientes com 
doença hepática9 e/ou biliar e/ou insuficiência renal19 clinicamente 
significativas, pois o rocurônio é excretado na urina11 e na bile. 
17 
 
ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS 
 
DIAZEPAM 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Ação ansiolítica, miorrelaxante muscular e anticonvulsivante. Atua no SNC, provavelmente 
facilitando a ação inibidora do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA). 
APRESENTAÇÃO: comprimido e injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Ansiedade, agitação, sedação, espasmo muscular, crise convulsiva. 
Anticonvulsivante (emergências) 
Manejo do transtorno de ansiedade generalizada. Manejo da insônia. É usado na fase pré-
anestésica, sendo um dos fármacos mais utilizados. 
É utilizado como adjuvante no alívio de condições musculoesqueléticas dolorosas agudas, 
como espasmos secundários a patologias locais (trauma, inflamação), espasticidade 
causada por desordens neuromotoras superiores, etc. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Sonolência, sedação, fraqueza muscular e ataxia são os efeitos adversos mais frequentes, 
decorrentes de depressão no sistema nervoso central. 
 
 
 
ETOMIDATO 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Hipnótico de ação curta. Não tem efeito analgésico. 
BENEFÍCIO: excelente sedação com pouca hipotensão arterial 
APRESENTAÇÃO: injetável 
Usar com cautela em pacientes com doença respiratória, depressão e história de 
dependência. A administração IM é errática. 
18 
 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Sedação para procedimentos e indução anestésica. Muito utilizado nos procedimentos de 
intubação endotraqueal. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Baixo potencial de depressão respiratória, apneia curta (15-20 segundos). Tosse e soluço. 
 
CONTRA INDICAÇÃO 
Não usar no choque séptico. 
 
 
 
 
MIDAZOLAM (Dormonid®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Agente indutor do sono caracterizado pelo rápido início de ação, breve permanência no 
organismo, eficácia constante. Também possui propriedade anticonvulsivante, ansiolítica e 
miorrelaxante. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:Utilizado em procedimentos diagnósticos e/ou cirúrgicos, indução anestésica; manutenção 
da anestesia; sedação prolongada na Unidade de Terapia Intensiva. BENEFÍCIO: potente 
amnésico dose-dependente e mais barato. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Hipotensão arterial por depressão do miocárdio dose-dependente. Diminuição da pressão 
sistólica, enquanto a frequência do pulso aumenta. 
Usar veias calibrosas para administração (a dor é mais frequente em pequenas veias). 
Como não apresenta ação analgésica, analgésicos devem ser administrados 
durante procedimentos cirúrgicos. 
19 
 
 
 
PROPOFOL 
MECANISMO DE AÇÃO: 
O Propofol é um sedativo hipnótico potente, depressor do sistema nervoso central, 
procedimento de curta duração com acordar rápido e que não deixa ação residual. Não 
possui ação anestésica. Tem ação antiemética, anticonvulsivante e ansiolítica. 
 
APRESENTAÇÃO: injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Indução e manutenção da anestesia geral em procedimentos cirúrgicos, sedação 
consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnósticos e sedação de pacientes que 
estejam sendo ventilados em unidade de terapia intensiva. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Convulsão em epilépticos, cefaleia, sonolência, febre, mialgia e mioclonia, movimentos 
musculares involuntários. Hipotensão. 
 
 
Não há efeito residual no dia seguinte ao uso do midazolam. Eficácia e segurança em 
crianças estão estabelecidas. 
O uso parenteral de midazolam deve ser feito com cuidado em pacientes idosos e/ou 
com insuficiência respiratória, circulatória e renal. Nessas situações, reduzir a dose. 
Deve-se ter cautela no uso crônico em pacientes drogaditos e com transtornos graves 
de personalidade. 
Usar com extrema cautela em cirurgias da boca, faringe, laringe, idosos, pacientes com 
insuficiência circulatória aguda, fração de ejeção. Dose de sedação em UTI: 0,3mg a 
4mg/kg/h administrados por infusão. Não é recomendado em pacientes abaixo de 16 
anos. 
Paciente com alergia a ovo tem risco aumentado de alergia com Propofol. 
 
20 
 
 
ANTIÁCIDOS 
 
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO + HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Neutralizam ou tamponam o ácido gástrico, com consequente elevação do pH gástrico e 
redução da atividade péptica. 
APRESENTAÇÃO: solução oral 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Hiperacidez: suspensão de hidróxido de alumínio e magnésio é usada em condições como 
pirose, dispepsia funcional, refluxo gastroesofágico leve e não erosivo, indigestão. Úlcera 
péptica: o fármaco é utilizado como coadjuvante para alívio da dor e para promover a 
cicatrização da úlcera. 
 
CONTRAINDICAÇÕES: 
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula, insuficiência renal severa, pacientes com 
hipofosfatemia, obstrução intestinal. 
 
ADVERTÊNCIAS 
 
O hidróxido de alumínio promove a retenção de fosfato. Por isso, é recomendável manter 
uma dieta rica em fósforo. 
 
Em pacientes com insuficiência renal, os níveis plasmáticos de alumínio e magnésio estão 
aumentados. O acúmulo de alumínio pode agravar, nos pacientes submetidos à diálise 
crônica, os sintomas da doença de Alzheimer. 
 
O hidróxido de alumínio deve ser usado com cautela em casos de sangramento intestinal, 
prisão de ventre e presença de hemorróidas. 
 
O produto não deve ser utilizado por mais de duas semanas, sem prévia avaliação médica. 
 
Não há estudos dos efeitos de PEPSAMAR® administrado por vias não recomendadas. 
Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser 
somente pela via oral. 
21 
 
 
 
 
MISOPROSTOL (Cytotec®) 
 
O misoprostol é o princípio ativo de um medicamento comercialmente vendido como 
Cytotec, um anti ácido utilizado para combater problemas de estômago e duodeno 
devidamente regulamentado pela FDA. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES 
Tratamento de úlceras gástricas, gastrite, cicatrização de úlceras no duodeno e 
gastroenterites erosivas e doença péptica ulcerosa. 
 
CONTRA INDICAÇÕES 
Pessoas alérgicas à prostaglandina, gravidez, lactação. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Diarreia, dor abdominal, cólica, dor de cabeça, dispepsia, sangramento vaginal, distúrbios 
menstruais, enjôo, edema, constipação, fadiga, febre, astenia, alterações ponderais, dor 
pericordiais, dispnéia, retenção urinária, albuminúria, litíase renal, ansiedade, sede, 
amnésia, tonturas, falta de coordenação, vista turva, conjuntivite, anemia, trombocitopenia, 
policitemia, pouca coagulação, gota, desidratação. 
 
ATENÇÃO 
O Misoprostol é um composto que aumenta as contrações uterinas, sendo usado em 
hospitais para indução de parto. Nunca se deve tomar esse medicamento sem 
recomendação médica, principalmente em casos de suspeita de gravidez. 
 
 
 
 
 
22 
 
BICARBONATO DE SÓDIO 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Dissocia-se para fornecer íons de bicarbonato que neutralizam a concentração de íons de 
bicarbonato que neutralizam a concentração de íons de hidrogênio e elevam o PH 
sanguíneo e urinário. 
APRESENTAÇÃO: injetável (Ampolas de 10 ml e Frasco de 250 ml) 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
O Bicarbonato de Sódio é utilizado para tratamento de acidose metabólica hiperacidez 
gástrica, hipercalemia, overdose de alguns medicamentos, como antidepressivos tricíclicos 
e ácido acetilsalicílico, uso domo agente alcalinizante da urina. 
Utilizado em acidose metabólica comprovada e parada cardíaca induzida pela hipercalemia. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
 Edema, hemorragia cerebral, ICC, distensão gástrica, eructação, alcalose 
metabólica, hipocalcemia, hipocalemia. 
 
Observações e cuidados de enfermagem 
 Evitar extravasamento, pois pode causar necrose tissular. Em caso de extravasar, 
interromper imediatamente a infusão, aplicar compressas quentes no local e 
avaliar local por 48 horas: dor, sensação de queimação e irritação. Aplicar 
compressas frias após a absorção local da medicação. Proceder nova punção 
venosa (longe do extravasamento), e terminar de administrar a medicação. 
 Contra indicado em alcalose metabólica ou respiratória, hipocalcemia, crianças 
com menos de 2 anos de idade, dor abdominal de origem desconhecida. 
 
23 
 
ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO 
 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Nas plaquetas, atua na enzima COX-1, inativando-a irreversivelmente, com consequente 
inibição da síntese de tromboxanos a partir do ácido araquidônico. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
 O ácido acetilsalicílico é tido como agente de primeira linha para prevenção de 
doenças cardiovasculares isquêmicas em virtude do seu perfil de segurança bem 
definido, ampla disponibilidade e baixo custo. 
 
 Profilaxia e tratamento de doenças tromboembólicas: incluindo prevenção de trombos 
em cirurgias cardíacas e prevenção secundária de evento vascular encefálico 
transitório. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Muitos efeitos adversos estão relacionados à dose utilizada e ao tempo de tratamento, e 
são raras com baixas dosagens. Outras reações graves são idiossincráticas e associadas à 
hipersensibilidade individual. Intolerância digestiva é o efeito adverso mais comum. 
 
 
Usar com cautela em pacientes com doenças hematológicas, disfunção renal, 
desidratação e história de úlcera péptica. Evitar o uso nos 2 dias anteriores a cirurgias. 
 
O uso em crianças ou adultos jovens com doenças virais pode precipitar síndrome de 
Reye (encefalopatia e disfunção hepática), sendo o paracetamol o agente de escolha 
para analgesia e antipirese nesses indivíduos. 
 
O uso prolongado de doses anti-inflamatórias pode levar ao aparecimento de salicismo, 
que é uma intoxicação crônica manifestada por zumbido, confusão, hipoacusia, 
psicose, delírios, estupor, coma e edema pulmonar. 
24 
 
 
ANTI-HISTAMÍNICOS (ANTIALÉRGICOS) 
 
DEXTROCLORFENIRAMINA (Polaramine®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
É um anti-histamínico de primeira geração, antagonista seletivo dos receptores H1 
periféricos da histamina, capaz de produzir suave a moderado efeitosedativo. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução oral 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Atuam principalmente no alívio de espirros, rinorreia e prurido nasal. Alívio dos sintomas de 
alergia (congestão nasal, prurido da pele, rinorreia, espirros). Coadjuvante no tratamento de 
reações anafiláticas. 
 
É medicamento para preparo nas hemotransfusões, sendo administrado 30 minutos antes 
da hemotransfusão. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Efeitos adversos incluem sonolência, dor abdominal com câimbras, reações alérgicas, 
anorexia, tontura, excitação, alucinações, cefaleias, hiperidrose, 
 
 
PROMETAZINA (Fenergan®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
A prometazina é um anti-histamínico de uso sistêmico que age em nível do sistema 
respiratório, do sistema nervoso e da pele. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
É indicado no tratamento sintomático de todos os distúrbios incluídos no grupo das reações 
anafiláticas e alérgicas. Graças à sua atividade antiemética, é utilizado também na 
prevenção de vômitos do pós-operatório e dos enjôos de viagens. Pode ser utilizado, ainda, 
na pré-anestesia e na potencialização de analgésicos, devido à sua ação sedativa. 
25 
 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Efeitos neurovegetativos: 
- Sedação ou sonolência, mais acentuada no início do tratamento. 
- Efeitos anticolinérgicos do tipo secura da boca e de outras mucosas, constipação, 
alterações da acomodação visual, midríase, palpitações, risco de retenção urinária. 
- Bradicardia ou taquicardia, aumento ou diminuição da pressão arterial (mais comum com 
a forma injetável), hipotensão ortostática. 
- Alterações do equilíbrio, vertigens, diminuição de memória ou da concentração. 
 
 
LORATADINA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Anti-histamínico potente de ação prolongada com atividade seletiva, antagonista, nos 
receptores H1 periféricos. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução oral 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Anti histamínico não sedativo. Tratamento da rinoconjuntivite alérgica. Atuam 
principalmente no alívio de espirros, rinorreia e prurido nasal. Urticária idiopática crônica. 
Congestão nasal. Espirros. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Os efeitos adversos decorrentes do uso de loratadina são semelhantes aos dos anti--
histamínicos de primeira geração, porém com incidência menor. São usualmente 
transitórios e de baixa severidade. 
 
26 
 
 
ANTIANGINOSOS 
 
ISOSSORBIDA (ISORDIL®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
É um pró-fármaco que atua como um vasodilatador de ação direta que relaxa a musculatura 
lisa diminuindo deste modo a dor no peito. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Tratamento sintomático de crises de angina pectoris: nitratos administrados por via 
sublingual têm efeito imediato no alívio dos sintomas, sendo considerados fármacos de 
escolha no tratamento de crises de angina. 
 
Prevenção de crises de angina pectoris estável: mononitrato de isossorbida constitui uma 
alternativa terapêutica em pacientes que permanecem com sintomas após monoterapia 
com betabloqueadores ou bloqueadores de canais de cálcio – verapamil e anlodipino – 
considerados fármacos de escolha. Entretanto, devido à falta de estudos clínicos 
randomizados avaliando o impacto dos nitratos na morbimortalidade, o benefício que 
apresentam não está claramente estabelecido. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
As reações adversas ao uso terapêutico dos nitratos orgânicos são quase sempre 
secundárias às ações sobre o sistema cardiovascular e dependentes da dose. A cefaleia é 
comum e pode ser intensa, geralmente diminuindo no decorrer de poucos dias se o 
tratamento for mantido. 
 
 
 
Como com qualquer nitrato, recomenda-se cautela quando for administrado a pacientes 
com glaucoma, hipertireoidismo, anemia severa, traumatismo craniano recente e 
hemorragia severa. 
27 
 
 
ANTIARRÍTMICOS 
 
 
AMIODARONA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
É agente antiarrítmico de classe III que inibe a estimulação adrenérgica e prolonga o 
potencial de ação e o período refratário no tecido miocárdico. Diminui a condução 
atrioventricular por meio de bloqueio do canal de sódio e diminui a frequência cardíaca. 
APRESENTAÇÃO: comprimido, solução oral e solução injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Tratamento de distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outras 
terapêuticas (ex: Doença de Chagas); taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular; 
taquicardia supraventricular documentada e alterações do ritmo associadas à síndrome de 
Wolff-Parkinson-White. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Amiodarona exibe toxicidade potencialmente fatal, especialmente toxicidade pulmonar, 
incluindo fibrose pulmonar, inflamação pulmonar e pneumonite intersticial e alveolar, sendo 
reversível com a retirada do fármaco. Reações adversas são comuns em quase todos os 
pacientes recebendo o fármaco para o tratamento de arritmias ventriculares. 
 
Cuidados de enfermagem: 
 Quando administrado por via IV, deve ser ligado em BIC e deve-se: 
o Manter paciente monitorizado; 
o Observar freqüência cardíaca devido ao risco de bradicardia; 
o A solução deve ser trocada a cada 24 horas. 
 
 
 
28 
 
VERAPAMIL (Dilacoron®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Bloqueador dos canais de cálcio, promovendo diminuição da resistência periférica e 
dilatação arterial. Inibe o movimento do íon cálcio através de canais de cálcio. Diminui 
resistência vascular coronária, aumenta fluxo coronariano e, com isso, aumenta a oferta de 
oxigênio ao miocárdio. 
APRESENTAÇÃO: drágea e solução injetável 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
No tratamento da isquemia do miocárdio; nas hipertensões arteriais, leve e moderada. 
Taquiarritmias supraventriculares: verapamil é considerado o fármaco de escolha para 
prevenção da recorrência de taquiarritmia supraventricular paroxística. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Em doses terapêuticas, verapamil geralmente é bem tolerado, mas reações adversas 
relacionadas aos seus efeitos farmacológicos na condução cardíaca podem ocorrer e são 
particularmente graves em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica. 
 
Tontura, cefaleia, fadiga, parestesias, hipotensão, BAV. 
 
 
LIDOCAÍNA 
A lidocaína® é um fármaco do grupo dos antiarritmicos da classe I (subgrupo 1B), e dos 
anestésicos locais que é usado no tratamento da arritmia cardíaca. 
APRESENTAÇÃO: solução injetável 
 
INDICAÇÃO 
Taquicardia ventricular, especialmente pós Infarto agudo do miocárdio (IAM), é a primeira 
escolha. Fibrilação ventricular, primeira escolha. 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
Antiarritmico e/ou anestésico local é um bloqueador rápido dos canais de sódio, ativados ou 
inativados, existentes nos miócitos especializados do sistema de condução (coração) ou 
nervos periféricos. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1rmaco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antiarritmicos_da_classe_I
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anest%C3%A9sico_local
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arritmia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taquicardia_ventricular
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Infarto_agudo_do_mioc%C3%A1rdio_(IAM)&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrila%C3%A7%C3%A3o_ventricular
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3dio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mi%C3%B3cito
29 
 
Para efeito antiarrítmico, seu uso intravenoso é o de escolha. Podendo ser utilizada por via 
endotraqueal em casos de emergência, quando o acesso venoso ainda não foi 
estabelecido. 
 
 
 
 
 
As doses devem ser diminuídas em casos de ICC, choque cardiogênico e doença 
hepática, pois a depuração da lidocaína é dependente do fluxo sanguíneo hepático. 
30 
 
ANTIASMÁTICOS, BRONCODILATADORES 
 
IPRATRÓPIO (Atrovent®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Substância de ação parassimpática capaz de bloquear os receptores colinérgicos da 
mucosa nasal envolvidos nos mecanismos de obstrução e secreção das rinites. Antagonista 
não seletivo dos receptores muscarínicos. 
APRESENTAÇÃO: solução para uso nasal 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:Tratamento de broncoespasmo reversível que ocorre em doença pulmonar obstrutiva 
crônica, incluindo enfisema e bronquite crônica. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
As doses terapêuticas usuais de ipratrópio geralmente não causam efeitos adversos 
sistêmicos por causa da baixa concentração alcançada com a inalação. 
 
Cefaleia, distúrbio visual, taquicardia, náusea e boca seca. 
 
 
FENOTEROL (Berotec®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Broncodilatador eficaz para uso em asma aguda e em outras condições com constrição 
reversível das vias aéreas tais como bronquite obstrutiva crônica com ou sem enfisema 
pulmonar. Β2 agonista de ação curta útil na crise de broncoespasmo e na profilaxia da crise 
induzida por exercício. 
APRESENTAÇÃO: solução para uso nasal 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Asma no tratamento da crise e/ou manutenção; DPOC no tratamento de exacerbações e/ou 
manutenção. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
31 
 
Tremores finos são relativamente frequentes e tendem a desaparecer com o uso. 
Hipersensibilidade, hipocalemia, agitação, nervosismo, tremor, cefaleia, tontura, isquemia 
do miocárdio, arritmia, taquicardia, palpitações, Doenças respiratórias, torácicas e do 
mediastino (aplicável apenas à formulação inalatória), broncoespasmo paradoxal, tosse, 
irritação da garganta, náusea, vômito. 
 
 
 
SALBUTAMOL (Aerolin®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
É um broncodilatador que usa como princípio ativo o sulfato de Salbutamol, e atua 
diretamente nos pulmões, relaxando os músculos dos brônquios provocando a 
broncodilatação e o aumento da capacidade respiratória. É um agonista dos receptores 
beta-adrenérgicos, sendo sua ação relacionada com o relaxamento direto dos músculos 
lisos das vias respiratórias e com broncodilatação subsequente. 
APRESENTAÇÃO: solução para uso nasal 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
A primeira opção para alívio do broncoespasmo durante as exacerbações agudas em todos 
os estágios da asma (leve intermitente, leve persistente, moderada e grave). 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Nervosismo, taquicardia, dor de cabeça, tremor, tontura, náuseas, tosse ou outra irritação 
brônquica, boca e garganta seca, dor, insônia, rinite, dor de garganta, fraqueza, câimbras, 
hipopotassemia, aumento ou diminuição da pressão arterial. 
 
 
 
Pacientes com arritmia cardíaca associada a taquicardia, taquicardia causada por 
intoxicação digitálica, ou que apresentem resposta incomum às aminas 
simpaticomiméticas. Cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica. 
32 
 
 
ANTICOAGULANTES 
 
 
WARFARINA (Marevan®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Anticoagulante que interfere na síntese de vitamina K, fundamental para a ativação de 
diversos fatores de coagulação (fatores II, VII, IX, X). 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Profilaxia e tratamento de trombose venosa, embolismo pulmonar e outras desordens 
tromboembólicas. Prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes com válvulas 
mecânicas cardíacas. Prevenção secundária de acidentes vasculares cerebrais de origem 
cardioembólica. Prevenção de eventos tromboembólicos após infarto agudo do miocárdio 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
O sangramento constitui a principal reação adversa dos anticoagulantes orais, com 
consequente anemia ou hematomas 
 
 
HEPARINA (Hemofol - Liquemine) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Anticoagulante potenciador da antitrombina III (inativando assim a trombina) com duração 
da ação dose dependente. Efeito imediato por via EV. Via SC o efeito inicia em 20-60 
minutos. O efeito desaparece após 12 a 24 horas de suspensão da droga e imediatamente 
se usa a protamina (antídoto). Estimula a liberação de lipase lipoproteica aumentando a 
depuração de triglicérides do plasma. 
APRESENTAÇÃO: solução injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Tratamento do Infarto do miocárdio, embolia pulmonar, trombose venosa, arritmias com a 
fibrilação arterial. Profilaxia e tratamento da TVP em pacientes submetidos a cirurgias ou 
imobilizados; tratamento do TEP sem comprometimento hemodinâmico significativo. 
33 
 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Hemorragias. Equimoses e úlceras na pele no local da injeção. Cefaleia, formigamento. 
Trombocitopenia (entre o 6º e o 12º dia de uso, suspender se plaquetas cair em abaixo de 
100 mil/mm³) 
 
Cuidados de enfermagem: 
 Na aplicação SC, alternar os locais de aplicação. 
 Não massagear 
 Observar sinais de sangramento. 
 
 
CLEXANE® (Enoxoparina) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Anticoagulante, cujo princípio ativo é a enoxaparina sódica que se trata de uma heparina de 
baixo peso molecular. Efeito mais estável e prolongado. 
APRESENTAÇÃO: solução injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
 Tratamento da trombose venosa profunda já estabelecida; 
 Profilaxia da trombose venosa profunda, e na profilaxia do tromboembolismo 
pulmonar; 
 Prevenção da coagulação do circuito de circulação extracorpórea durante a 
hemodiálise; 
 Tratamento da angina instável e infarto do miocárdio sem onda Q, administrado 
concomitantemente à aspirina. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Hemorragia: assim como com outros anticoagulantes, pode ocorrer sangramento na 
presença de fatores de risco associados como: lesões orgânicas suscetíveis de 
sangramento; Trombocitopenia; Reações locais: podem ocorrer dor, hematomas e irritação 
local moderada após a administração subcutânea de enoxaparina sódica; 
 
Cuidados de enfermagem: 
 Na aplicação SC, alternar os locais de aplicação. 
34 
 
 Não aspirar o medicamento. 
 Não massagear. 
 Observar sinais de sangramento. 
 
35 
 
ANTICONVULSIVANTES 
 
 
FENITOÍNA (Hidantal®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Anticonvulsivante para tratamento das crises convulsivas generalizadas e todas as formas 
de crises epilépticas. Bloqueia os canais de Na+ voltagem-dependente, inibindo a geração 
de potenciais de ação repetitivos e a liberação de neurotransmissores excitatórios 
(glutamato, aspartato). 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Controle de convulsões generalizadas tônico-clônicas primárias, parciais simples e 
complexas. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Os efeitos tóxicos da fenitoína dependem da via de administração, da duração de 
exposição e da dose. A superdosagem oral aguda resulta principalmente em sinais 
relacionados com o cerebelo e o sistema vestibular; altas doses foram associadas à 
acentuada atrofia cerebelar. 
 
 
 
 
FENOBARBITAL (Gardenal®) 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Fenobarbital, anticonvulsivante, que causa sedação, hipnose, anestesia e potencializa a 
inibição sináptica através da ação em receptores GABA. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução injetável 
 
Administrar com cautela em pacientes com discrasias sanguíneas, doença 
cardiovascular, DM, função hepática, renal ou tireoidiana prejudicadas. Interrupção 
abrupta pode desencadear estado de mal epiléptico. 
36 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Crises convulsivas, estado epilético, insônia, pré-anestesia e sedação. 
REAÇÕES ADVERSAS: 
A sedação, o efeito indesejado mais frequente do fenobarbital, ocorre geralmente em todos 
os pacientes no início do tratamento, porém há desenvolvimento de tolerância durante o 
uso crônico. Fenobarbital também pode causar distorções sutis do humor e alteração da 
cognição e memória. 
 
 
CLONAZEPAM (Rivotril®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Ação anticonvulsivante, resulta da sua capacidade de aumentar a inibição sináptica 
mediada pelo GABA. Em concentrações terapeuticamente relevantes, os 
benzoadiazepínicos atuam como subconjuntos dos receptores GABAA e aumentam a 
frequência, porém não a duração, da abertura dos canais de cloreto ativados pelo GABA. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução oral 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Ansiolítico e Anticonvulsivo. Tratamento de epilepsia em crianças: clonazepam é 
considerado fármaco de segunda escolha para o tratamento de epilepsia mioclônica grave 
na infância, epilepsia mioclônica juvenil. Devido ao desenvolvimento de tolerância e 
sedação, outros anticonvulsivantesdevem ser preferidos ao clonazepam. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Os principais efeitos tóxicos do tratamento oral prolongado com clonazepam são a 
sonolência e a letargia, que são bastante comuns, no entanto costuma se desenvolver 
tolerância a esses efeitos com o uso prolongado. 
 
37 
 
 
 Usar com cautela em pacientes com episódios depressivos prévios, pois o 
clonazepam pode precipitar novas crises, e em pacientes com doença 
respiratória. 
 Evitar o uso em pacientes drogaditos e/ou com história de abuso de drogas. 
 Têm-se recomendado hemograma e provas de função hepática no tratamento 
em longo prazo. 
38 
 
ANTIDIABÉTICOS 
 
GLIBENCLAMIDA 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Hipoglicemiante oral, atua na redução da glicemia mediante estímulo da liberação insulina 
pelo pâncreas. Liga-se a receptores nessas células, inibindo o canal de potássio ATP 
dependente (K-ATP). 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Tratamento de diabetes mellitus tipo 2 não dependente de insulina, é utilizada quando a 
hiperglicemia não consegue ser controlada apenas com dieta e exercício. Pode associar a 
insulina. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Os efeitos adversos são raros. Podem causar hipoglicemia, particularmente grave, podendo 
levar ao coma. Essa reação adversa representa um problema particular nos pacientes 
idosos com comprometimento da função hepática ou renal que estão sendo tratados com 
sulfonilureias de ação mais longa, como a glibenclamida. 
 
 
METFORMINA (Glifage) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Diminui a produção de glicose hepática (gliconeogênese) e a absorção intestinal de glicose, 
aumenta a sensibilidade periférica à insulina (por uma possível ação pós-receptora 
independente da melhora da ligação da insulina com seus receptores) e a utilização celular 
da glicose. Pode ter efeito favorável ajudando a perder excesso de peso. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Adjuvante da dieta do controle de diabetes insulinodependente (tipo II) quando o regime 
alimentar sozinho não permite a normalização do peso e/ou glicemia. É também indicado 
para complementar a insulinoterapia em diabetes insulinorresistentes. 
39 
 
 
CUIDADOS E CONTRAINDICAÇÕES: 
 As doses devem ser aumentadas de pouco a pouco para evitar efeitos colaterais. 
 Em idoso usar doses mais baixas 
 Contraindicada na gravidez, insuficiência renal, hepatite alcoólica ou história de 
abuso de álcool, diabetes tipo I e cetoacidose. 
 
INSULINAS 
Hormônio que aumenta o transporte da glicose nos músculos e nas células para reduzir o 
nível de glicose no sangue. Estimula a síntese de glicogênio em glicose, gordura em lipídio 
e proteína em aminoácido. 
APRESENTAÇÃO: solução injetável 
 
INDICAÇÃO: 
Indicada no tratamento do Diabetes mellitus tipo I ou II que não pode ser controlado por 
dieta e na cetoacidose diabética. 
 
TIPO 
EFEITOS 
EFEITOS COLATERAIS 
Início Pico Dura 
R 
Regular 
30min – 1h 2-3h 7-9h 
Hipoglicemia, efeitos no local de 
injeção repetida, alergia sistêmica e 
hipersensibilidade, hipopotassemia. 
Perda temporária da acomodação 
visual. 
N 
NPH 1h - 1½h 3-4h 11-20h 
Fonte: Blackbook – Clínica Médica, 2007 
40 
 
 
Cuidados de enfermagem: 
 Realizar rodízio de local de injeção. 
 Quando em ambiente hospitalar, a insulina deve ser armazenada em geladeira. 
 Realizar controle glicêmico frequente do paciente. 
 Comunicar ao médico sinais de hipoglicemia 
41 
 
ANTIEMÉTICOS 
 
METOCLOPRAMIDA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Antiemético, inibe o relaxamento da musculatura lisa gástrica produzida pela dopamina, 
através do bloqueio dos receptores D2. 
APRESENTAÇÃO: comprimido, solução oral e solução injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Náuseas e vômitos: metoclopramida é efetiva em náuseas e vômitos associados com 
desordens gastrintestinais, enxaqueca e no pós-cirúrgico. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
As reações mais comuns são sonolência, fadiga, inquietação e diarreia. Também podem 
ocorrer: bloqueio atrioventricular, hipertensão ou hipotensão, taquicardia supraventricular, 
insuficiência cardíaca congestiva, retenção de fluidos, confusão, vertigem, ansiedade, 
cefaleia, insônia, depressão, hiperprolactinemia, galactorreia, náusea. 
 
 
NAUSEDRON 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Antiemético; age controlando náuseas e vômito induzidos por quimioterapia citotóxica e 
radioterapia. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução injetável. 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia antineoplásica, radioterapia 
corporal total ou abdominal; prevenção e tratamento das náuseas e vômitos no pós-
operatório. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Cefaleia, fadiga e constipação apresentam uma incidência maior de 10%. Reações menos 
comuns incluem febre, tontura, ansiedade, parestesia, sensação de frio, diarreia, elevação 
das enzimas hepáticas, retenção urinária, prurido, hipóxia. 
42 
 
ANTI-HIPERTENSIVOS 
 
 
CAPTOPRIL(Capoten®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Anti-hipertensivo vasodilatador potente inibe a conversão de angiotensina I em angiotensina 
II. Reduz a retenção de sódio e água, diminuindo a pressão sanguínea. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Manejo da hipertensão arterial. Urgência hipertensiva. Tratamento da insuficiência cardíaca 
congestiva. Disfunção ventricular esquerda pós-infarto agudo do miocárdio: captopril é 
utilizado para melhorar a sobrevida e reduzir a incidência de insuficiência cardíaca após 
infarto agudo do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis, mas que apresentam 
disfunção ventricular esquerda, apresentando benefício definido nesta condição. 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
Captopril é geralmente bem tolerado na maioria dos pacientes. No entanto, sérias reações 
adversas, como neutropenia, agranulocitose, proteinúria e anemia aplásica, têm sido 
raramente relatadas, especialmente em pacientes com insuficiência renal. As reações são 
geralmente reversíveis e reduzidas por diminuição da dose. As reações adversas mais 
comuns são rash cutâneo e disgeusia (alteração, diminuição ou perda de paladar, como por 
exemplo gosto persistente metálico ou salgado). 
 
 
ENALAPRIL 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Anti-hipertensivo, impede a conversão da angiotensina I para angiotensina II. Diminui a 
secreção de aldosterona, reduzindo o nível de sódio e a retenção de líquido e, como 
consequência, a pressão sanguínea. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Manejo da hipertensão arterial sistêmica. Enalapril mostrou superioridade sobre diurético na 
prevenção de eventos cardiovasculares em pacientes idosos. Nas outras condições, há 
43 
 
sugestão de que não há diferenças entre IECA e outras classes de anti-hipertensivos. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Enalapril é geralmente bem tolerado. A frequência de efeitos adversos de enalapril parece 
ser similar ou menor do que a de captopril. 
 
 
ANLODIPINA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Bloqueador dos canais de cálcio, liga-se com a subunidade alfa 1 dos canais de Ca2+ do 
tipo L, reduzindo o fluxo de Ca2+ através do canal. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Manejo da hipertensão arterial sistêmica. Tratamento de angina. Anlodipino também é 
usado no tratamento de angina pectoris estável crônica. Doença arterial coronariana 
(confirmada através de angiografia): anlodipino é usado em pacientes que comprovaram a 
existência de doença arterial coronariana através de angiografia, sem presença de falência 
cardíaca ou fração de ejeção menor que 40%, para reduzir o risco de hospitalizações e de 
procedimentos de revascularização coronariana. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
As reações adversas mais comuns causados pelos antagonistas dos canais de cálcio, 
especialmente as diidropiridinas são devidas à vasodilatação excessiva. Esses efeitos 
manifestam-se na forma de tontura, hipotensão, cefaleia, rubor, disestesia digital e 
náuseas. 
 
 
HIDROCLOROTIAZIDA (Clorana®) 
MECANISMODE AÇÃO: 
Diurético, Aumenta a diurese por bloquear a reabsorção de sódio e cloro no túbulo distal, 
impedindo, consequentemente, a reabsorção de água. Com isso, aumenta a excreção 
urinária de água, sódio, potássio e íons hidrogênio. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
44 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Manejo da hipertensão leve a moderada. É o fármaco de escolha para iniciar a terapia na 
maioria dos hipertensos. Pode ser usada isoladamente ou em associação com outros anti-
hipertensivos, preferencialmente diuréticos poupadores de potássio. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
As reações adversas das tiazidas estão relacionadas, em sua maioria, com anormalidades 
do equilíbrio hidroeletrolítico, sendo a hipopotassemia bastante comum. A depleção de 
potássio pode causar arritmias cardíacas e é particularmente importante em pacientes 
recebendo glicosídeos cardíacos, pois a hipopotassemia pode potencializar a toxicidade 
cardíaca (aumento da irritabilidade ventricular) desses agentes. 
 
 
FUROSEMIDA (Lasix®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Diurético, atua inibindo o transporte de sódio, potássio e cloro no ramo ascendente espesso 
da alça de Henle. 
APRESENTAÇÃO: solução oral, comprimido e solução injetável. 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Manejo da hipertensão arterial sistêmica. Os diuréticos de alça são reservados para 
situações de hipertensão associada à insuficiência renal. Furosemida pode ser utilizada 
isoladamente ou em associação com outros anti--hipertensivos. 
Manejo de edema de diversas causas refratário a outros diuréticos: furosemida é usada em 
edema associado à doença hepática, renal, ou provocado por queimaduras. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Hipotensão ortostática, dor abdominal com cólicas, anorexia, visão embaçada, cólicas, 
diarreia, tontura, sonolência, dor de cabeça, hipocalcemia, hipocloremia, hipopotassemia, 
hipomagnesemia, hiponatremia, fotossensibilidade, xerostomia. 
 
 
ATENOLOL 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Antti-hipertensivo, agente bloqueador beta-adrenérgico cardiosseletivo de longa ação, 
45 
 
inibindo efeitos beta-1 estimulantes cardíacos, diminui o débito cardíaco, o consumo de 
oxigênio e a secreção de renina. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Controle da hipertensão arterial, controle de arritmias cardíacas. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Em doses terapêuticas, atenolol usualmente é bem tolerado e tem baixa incidência de 
efeitos adversos. A incidência e a severidade dessas reações podem ser prevenidas por 
redução da dose. 
 
 
CARVEDILOL 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Anti-hipertensivo, bloqueador beta-adrenérgico não seletivo, com atividade bloqueadora 
alfaadrenérgica e sem atividade simpatomimética intrínseca. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
É usado em monoterapia ou associação com outros fármacos e pode ser particularmente 
útil em pacientes hipertensos com insuficiência cardíaca congestiva. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Os efeitos adversos mais comuns dos betabloqueadores surgem como consequência 
farmacológica do bloqueio dos receptores beta-adrenérgicos. 
 
 
METOPROLOl (Seloken®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Bloqueador beta-adrenérgico, predominantemente acoplado a receptores beta-1-
adrenérgicos, sendo relativamente cardiosseletivo. Não tem atividade simpatomimética 
intrínseca nem propriedade estabilizante da membrana. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução injetável 
 
46 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
VO: Hipertensão arterial - redução da pressão arterial, da morbidade e do risco de 
mortalidade de origem cardiovascular e coronária, incluindo morte súbita, alterações do 
ritmo cardíaco (incluindo especialmente taquicardia supraventricular), angina pectoris, 
tratamento de manutenção após infarto do miocárdio, tratamento sintomático em 
hipertireoidismo, alterações cardíacas funcionais com palpitações e profilaxia da 
enxaqueca. IV: Distúrbio do ritmo cardíaco, especialmente taquicardia supraventricular. 
Infarto do miocárdio (confirmado ou suspeita). 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
A maioria das reações adversas são leves e transitórias e ocorrem mais frequentemente no 
início da terapia. As reações adversas mais frequentes são: tontura, fadiga, insônia e mal 
estar gástrico. 
 
 
PROPRANOLOL 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Agente betabloqueador não seletivo. Inibe competitivamente os receptores beta-1 
(cardíaco) e beta-2 (brônquico, músculo liso vascular) adrenérgicos, diminuindo 
contratilidade do miocárdio, pressão arterial, débito cardíaco e demanda de oxigênio do 
miocárdio. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Hipertensão. Os betabloqueadores não devem permanecer como fármacos de primeira 
escolha no tratamento da hipertensão, pois têm um efeito relativamente fraco para reduzir 
acidente vascular cerebral e há ausência de efeito na doença cardíaca coronariana quando 
comparado a placebo ou nenhum tratamento. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
A maioria das reações adversas graves de propranolol estão relacionadas ao bloqueio da 
atividade beta-adrenérgica. A incidência das reações adversas não está relacionada à 
dose, e usualmente ocorrem logo após o início da terapia. 
 
 
47 
 
METILDOPA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Alfa-metilnorepinefrina atua estimulando os receptores alfas centrais, resultando em 
diminuição do efluxo simpático e consequentemente, da pressão arterial. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
A metildopa é pouco eficaz como monoterapia, mas pode ser usada em associação com 
outros anti-hipertensivos, permitindo a redução da dosagem de cada um dos fármacos 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Os metabólitos ativos da metildopa atuam sobre os receptores alfa-2-adrenérgicos no 
tronco encefálico, inibindo os centros responsáveis pela vigilância e estado de alerta. Por 
conseguinte, a metildopa causa sedação, a reação adversa mais comum, que usualmente 
ocorre de 48 a 72 horas após o início da terapia, e pode desaparecer com a administração 
continuada do fármaco. 
 
 
LOSARTANA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Inibe seletiva e competitivamente os receptores de angiotensina II, inibindo a maioria dos 
efeitos biológicos da angiotensina II. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Manejo da hipertensão arterial sistêmica: são utilizados em monoterapia ou associados a 
outras classes de anti-hipertensivos, como diuréticos. Os antagonistas dos receptores de 
angiotensina II (ARA II) constituem uma das classes farmacológicas de escolha para 
tratamento inicial da hipertensão quando o paciente apresenta insuficiência renal crônica, 
diabetes mellitus tipo 2, e/ou insuficiência cardíaca. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Os ARA II devem ser utilizados com cautela em pacientes cuja pressão arterial ou função 
renal dependem em grande parte do sistema renina-angiotensina, pois podem causar 
hipotensão, oligúria, azotemia progressiva ou insuficiência renal aguda. 
 
48 
 
 
NIFEDIPINA 
MECANISMO 
Bloqueador de canais de cálcio 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÃO 
Um antagonista do cálcio, com ação vasodilatadora (potente vasodilatador arterial 
periférico) e anti-hipertensiva, usada no tratamento de pressão alta e angina do peito. 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
Cefaléia, tontura, fraqueza, náusea, rubor, câimbras musculares intensas; artrite e cegueira 
noturna; isquemia miocárdica; disfunção renal reversível. 
49 
 
 
ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDES 
 
 
DEXAMETASONA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Glicocorticoides. Atua no controle da velocidade de síntese de proteínas. O efeito principal 
deste medicamento é a profunda alteração promovida na resposta imune linfocitária, devido 
à ação antiinflamatória e imunossupressora, podendo prevenir ou suprimir processos 
inflamatórios de várias naturezas. 
APRESENTAÇÃO: comprimido, solução injetável e elixir 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Tratamento sistêmico e local para inflamação crônica, alérgica, hematológica, neoplásica 
e doenças autoimunes; pode ser usado no tratamento de edema cerebral,choque 
séptico, como agente diagnóstico e antiemético. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Há baixa probabilidade de ocorrerem reações adversas significativas com a administração a 
curto prazo dos corticosteroides, mesmo em altas doses. No entanto, quando esses 
fármacos são administrados por um período de tempo maior, podem produzir reações 
adversas graves, incluindo atrofia adrenocortical e depleção proteica generalizada. 
 
 
PREDNISOLONA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Antiinflamatórios esteroides. Diminui a inflamação por meio da estabilização dos lisossomas 
em neutrófilos, impedindo sua degranulação e a liberação de enzimas proteolíticas que 
perpetuam a resposta inflamatória. 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Tratamento de processos inflamatórios, juvenil, endocardite reumática, artrite reumatoide 
juvenil, doenças do colágeno, entre outros. Tratamento de síndrome nefrótica em crianças: 
os corticosteroides orais são considerados fármacos de primeira linha no tratamento de 
50 
 
crianças com síndrome nefrótica idiopática, com queda da mortalidade por redução de 
infecções graves. 
 
PREDNISONA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Mineralocorticóide, com efeito antiinflamatório 5 vezes mais potente que o cortisol , tem 
efeitos metabólicos diversos e intensos e modificam a resposta imunológica a diversos 
estímulos. 
APRESENTAÇÃO: comprimido 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, alérgicas, 
oftalmológicas, neoplasias e outras que respondem a corticoides. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
As complicações incluem desequilíbrio hidroeletrolítico, hipertensão, hiperglicemia, aumento 
da suscetibilidade à infecção, miopatia e alterações corporais características da dosagem 
excessiva de esteroides, como redistribuição da gordura, estrias, equimoses, acne e 
hirsutismo (aumento de quantidade de pelos na mulher em locais usuais ao homem, como 
queixo, buço, abdome inferior, ao redor de mamilos, entre os seios, glúteos e parte interna 
das coxas). 
 
HIDROCORTISONA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
É um glicocorticóide sintético que mimetiza (efeito semelhante) ações do cortisol endógeno. 
Tem capacidade de bloquear ou suprimir processos inflamatórios como calor, eritema, 
edema e sensibilidade local. Diminui ou previne as respostas do tecido aos processos 
inflamatórios, o que reduz os sintomas da inflamação sem tratar a causa subjacente. 
APRESENTAÇÃO: injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Insuficiência adrenocortical, emergências alérgicas, asma severa aguda, choque e 
afecções reumáticas. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
51 
 
Inibição da secreção de ACTH pela hipófise. Aumento da excreção renal de potássio e 
retenção de sódio. Predisposição à osteoporose. Hiperglicemia. Úlcera péptica e 
hemorragia digestiva. Pancreatite aguda. 
 
O MELHOR HORÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DOS CORTICOIDES É PELA MANHÃ, POIS 
SE OBEDECE AO RITMO CIRCADIANO. 
52 
 
ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES 
 
 
IBUPROFENO 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Analgésico, anti-inflamatório e antipirético, inibe competitiva e reversivelmente as ciclo-
oxigenases (COX-1 e COX-2), impedindo a síntese de prostaglandinas. O ibuprofeno 
também altera a função plaquetária e prolonga o tempo de sangramento. 
APRESENAÇÃO: comprimido e solução oral 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Artrite reumatoide: ibuprofeno é útil para o tratamento sintomático inicial da artrite 
reumatoide; no entanto, não altera o curso da doença nem previne destruição articular. 
 
Doenças inflamatórias como espondilite anquilosante, osteoartrite, artrite reumatoide juvenil 
e artrite psoriática. 
 
Dismenorreia primária: ibuprofeno é tão efetivo quanto ácido mefenâmico e mais efetivo 
que salicilatos ou propoxifeno. 
 
Alívio de dores leves a moderadas: ibuprofeno é usado no manejo da dor, incluindo dores 
associadas, como resfriado comum, influenza, dor de garganta, dor de cabeça, enxaqueca, 
dor de dente, dores musculares, dor lombar, entre outras. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Ocorrem reações adversas gastrintestinais em 5 a 15% dos pacientes; as queixas mais 
frequentes consistem em dor epigástrica, náuseas, pirose e sensação de plenitude no trato 
gastrintestinal. No entanto, a incidência desses efeitos é menor com ibuprofeno do que com 
ácido acetilsalicílico. 
 
 
 
Usar com cautela em pacientes idosos, asmáticos ou com outras afecções alérgicas, 
desidratados, insuficientes cardíacos, insuficientes hepáticos, hipertensos, com história 
de úlcera péptica e naqueles recebendo anticoagulantes. 
53 
 
ANTIPSICÓTICOS 
 
 
HALOPERIDOL(Haldol®) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Antipsicótico, neuroléptico incisivo, bloqueio dopaminérgico pós sináptico. 
APRESENTAÇÃO: solução oral, comprimido e solução injetável. 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Delírios e alucinações na esquizofrenia aguda e crônica; paranoia, confusão mental aguda, 
mania, demência, oligofrenia, alcoolismo, agitação e agressividade no idoso, distúrbio 
graves do comportamento, psicoses infantis acompanhadas de excitação psicomotora, 
movimentos coreiformes, soluços, tiques, disartria, estados impulsivos e agressivos; 
Síndrome de Gilles de la Tourette e .KJnáuseas e vômitos incoercíveis de várias origens. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Tonteira, cefaleia, visão borrada, hiotenção taquicardia. Reações distônicas agudas 
ocorrem no início do tratamento com antipsicóticos, e apresentam-se como “caretas”, 
torcicolo. 
 
Acatisia refere-se à sensação de desconforto, geralmente nas pernas, e necessidade 
compulsiva de estar constantemente em movimento. O tratamento em geral requer redução 
da dose ou substituição do fármaco. 
 
 
 
O haloperidol é um dos antipsicóticos de escolha para os idosos, pois causa menos 
hipotensão postural e outros efeitos anticolinérgicos. É um dos antipsicóticos mais 
seguros na gravidez. Permanece como uma das drogas preferidas para as suas 
indicações (apesar dos frequentes efeitos adversos – especialmente os 
extrapiramidais), pois se mostrou tão efetiva quanto os demais antipsicóticos e 
apresenta baixo custo. 
54 
 
ANTIULCEROSOS 
 
OMEPRAZOL 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Suprime a secreção de ácido gástrico por meio da inibição irreversível da enzima bomba de 
prótons (H+/K+-ATPase) na superfície secretora da célula parietal gástrica. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução injetável. 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Tratamento de úlcera duodenal ativa e úlcera gástrica benigna, adjuvante na terapia de 
erradicação do Helicobacter pylori, doença do refluxo gastroesofágico. É usado em 
tratamento a curto prazo para alívio dos sintomas, como azia e regurgitação, e como terapia 
de manutenção após cicatrização da esofagite erosiva, de modo a prevenir recorrência. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
As reações mais comuns são: dor de cabeça, diarreia, rash cutâneo, prurido, vertigem, 
fadiga, constipação, flatulência, artralgia, mialgia, urticária, secura da boca, infecção do 
trato respiratório superior, tosse, aumento do risco de infecções gastrintestinais em função 
da supressão ácida, náuseas e dor abdominal. 
 
RANITIDINA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
É antagonista do receptor H2 de histamina. Ranitidina inibe a secreção gástrica de ácido 
provocada pela histamina e por outros agonistas de receptores H2, de modo competitivo. 
APRESENTAÇÃO: comprimido, solução oral e injetável. 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Tratamento de úlcera duodenal ativa e úlcera gástrica benigna. Doença do refluxo 
gastroesofágico: devido ao aumento do pH gástrico, ranitidina alivia queimação e outros 
sintomas de refluxo. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
Os principais efeitos relatados são: arritmias, vasculite, tontura, alucinações, dor de cabeça, 
confusão mental, sonolência, rash, eritrema multiforme. 
55 
 
ANTIESPASMÓDICO 
 
HIOSCINA 
INDICAÇÃO 
Indicada para tratamento dos sintomas de cólicas gastrintestinais (estômago e intestinos), 
cólicas e movimentos involuntários anormais das vias biliares e cólicas dos órgãos sexuaise urinários. 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
Contra-indicado em casos de miastenia grave e de megacólon. Ademais, o produto não 
deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao brometo de N-
butilescopolamina. BUSCOPAN não é indicado na diarréia aguda ou persistente da criança. 
 
PRECAUÇÕES ESPECIAIS 
Devido ao risco potencial de complicações anticolinérgicas, deve-se tomar precaução 
especial com os pacientes propensos a glaucoma, assim como com pacientes suscetíveis a 
obstruções intestinais ou urinárias e com pacientes propensos a taquiarritmias. 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
Podem ocorrer efeitos colaterais anticolinérgicos, incluindo sensação de secura da 
boca, taquicardia e, potencialmente, retenção urinária; em geral, estes efeitos são leves, 
desaparecendo espontaneamente. Muito raramente foram relatadas reações alérgicas, 
particularmente reações cutâneas. Foram reportados alguns poucos casos de dispnéia em 
pacientes com história de asma brônquica ou alergia. Observação: Desconhecem-se 
restrições ou precauções especiais para o uso do produto em pacientes com idade superior 
a 65 anos. 
56 
 
CARDIOTÔNICO DIGITÁLICO 
 
 
 
DIGOXINA 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Inibe a bomba Na+/K+ ATPase na célula miocárdica, aumentando a força e velocidade de 
contração (efeito inotrópico positivo) e a atividade vagal. 
APRESENTAÇÃO: comprimido e solução oral. 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Insuficiência cardíaca congestiva. Fibrilação e flutter atriais: digoxina é considerada fármaco 
alternativo ao tratamento com betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
As reações adversas são dose dependentes, mas podem ocorrer com doses habituais em 
pacientes que metabolizam mal a digoxina ou que fazem hipopotassemia. 
Bradicardia sinusal é o efeito adverso mais frequente da digoxina. 
 
CONTRAINDICAÇÃO 
Bradicardia importante, bloqueio AV de 2o ou 3o graus, hipocalemia, cardiomiopatia 
hipertrófica obstrutiva, síndrome de Wolff-Parkinson-White. 
 
 
 
 
COMENTÁRIO 
• Monitorar potássio, cálcio, magnésio, ureia e creatinina. 
• Hipocalemia, hipercalcemia e hipomagnesemia predispõem à toxicidade da digoxina. 
• No hipertireoidismo, doses maiores podem ser necessárias; no hipotireoidismo, doses 
menores. 
 
 
57 
 
CEDILANIDE 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Aumenta a contratilidade cardíaca, diminui a freqüência cardíaca (pela prolongação do 
período refratário do nódulo AV) e alivia a sintomatologia clínica da insuficiência cardíaca 
(congestão venosa, edema periférico, etc.). 
APRESENTAÇÃO: solução injetável 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Insuficiência cardíaca congestiva aguda e crônica de todos os tipos, especialmente as 
associadas com fibrilação ou "flutter" supraventricular e aumento da freqüência cardíaca - 
em pacientes de todas as idades. Taquicardia paroxística supraventricular. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
25% dos pacientes hospitalizados que recebem digital apresentam algum sinal de 
intoxicação digitálica. Esta ocorre, geralmente, devido à administração concomitante 
de diuréticos que levam a depressões de potássio. Os efeitos colaterais mais freqüentes, 
especialmente após os primeiros sintomas da dosagem excessiva, são: 
distúrbios do SNC e gastrintestinais (anorexia, náusea, vômito); em raras ocasiões 
(especialmente em pacientes arterioscleróticos idosos), confusão, desorientação, afasia e 
distúrbios visuais incluindo cromatopsia, sudorese fria, convulsões, síncope, morte. 
 
CONTRAINDICAÇÃO 
Bloqueio AV completo e bloqueio AV do 2º grau (especialmente 2:1), parada 
sinusal, bradicardia sinusal excessiva. 
 
Cuidados de enfermagem: 
 Verificar o pulso antes da administração dos digitálicos, pois são drogas que 
induzem a bradicardia. Se a frequência cardíaca estiver igual ou abaixo de 60 
batimentos por minuto, deve-se procurar orientação medica. 
 Averiguar qualquer sinal ou sintoma de intoxicação digitálica, antes da 
administração da droga. 
 Manter vigilância em relação à diurese do paciente, pois e através da urina que os 
digitálicos são eliminados. A estreita margem de segurança e efeito cumulativo da 
droga favorece a intoxicação, se esta não for adequadamente excretada. 
 A aplicação endovenosa deve ser feita lentamente, observando-se as reações do 
paciente. 
 Recomenda-se que o paciente esteja monitorizado. 
58 
 
CARDIOTÔNICOS NÃO DIGITÁLICOS 
 
 
DOBUTAMINA (Dobutrex®) 
A Dobutamina é uma catecolamina sintética com ação inotrópica direta, aumenta a força de 
contração e o volume sistólico enquanto produz apenas leves efeitos cronotrópicos, 
pressóricos, arritmogênicos e vasodilatadores. Foi provado que o risco de taquicardia e de 
arritmias cardíacas provocadas por dobutamina é relativamente pequeno. 
APRESENTAÇÃO: solução injetável 
 
INDICAÇÕES 
Tratamento de pacientes em que o débito cardíaco é insuficiente para suprir a demanda 
circulatória. O cloridrato de dobutamina é também indicado quando for necessário suporte 
inotrópico para tratamento de pacientes, nos quais a pressão de enchimento ventricular 
anormalmente elevada ocasiona o risco de congestão e edema pulmonar. 
 
CONTRAINDICAÇÕES - DOBUTAMINA 
O cloridrato de dobutamina, como os outros agentes simpaticomiméticos, é contraindicado 
em pacientes que apresentem miocardiopatias obstrutivas e em pacientes com conhecida 
hipersensibilidade à dobutamina ou aos componentes da fórmula. 
 
ADVERTÊNCIAS – DOBUTAMINA 
 
AUMENTO NA FREQÜÊNCIA CARDÍACA OU NA PRESSÃO ARTERIAL - O cloridrato de 
dobutamina pode causar um aumento na frequência cardíaca ou na pressão arterial, 
especialmente na pressão sistólica. 
 
Cuidados de enfermagem: 
 Utilizar em bomba de infusão. 
 Administrar em veia de grosso calibre, preferencialmente em acesso venoso 
central. 
 Ao interromper a medicação, as doses devem ser reduzidas gradualmente (a 
interrupção rápida pode causar hipotensão) 
 Cuidado para evitar extravasamento devido ao risco de necrose tecidual. 
 Monitorar continuamente pressão arterial. 
59 
 
 A dobutamina é incompatível com soluções alcalinas (não correr junto com 
bicarbonato de sódio a 5%). 
 A dobutamina também é incompatível com heparina e penicilina. 
 
 
DOPAMINA (Revivan ®) 
A dopamina é um precursor endógeno de norepinefrina com propriedades 
simpaticomiméticas. E utilizada no tratamento de alguns tipos de choque. E particularmente 
benéfica para os pacientes com oligúria e com resistência vascular periférica baixa ou 
normal. Também é utilizada no tratamento do choque cardiogênico e séptico. 
APRESENTAÇÃO: solução injetável 
 
Efeito dopaminérgico: ação vasodilatadora sobre circulação mesentérica, renal, coronária, 
cerebral e esplênica. 
 
Efeito betaminérgico: estimula receptores beta, produzindo aumento da contratilidade 
miocárdica, do fluxo coronariano com consequente melhora da pressão arterial média e 
do débito cardíaco. 
 
Efeito alfaminérgico: estimula receptores alfa, provocando vasoconstrição periférica com 
aumento da resistência vascular sistêmica, da pressão arterial média, da FC e da pressão 
arterial pulmonar, além de diminuir o fluxo renal e mesentérico. 
 
REAÇÕES ADVERSAS - DOPAMINA 
As reações adversas mais comuns com o uso do produto são geralmente atribuíveis a 
atividade simpaticomimética excessiva: náuseas, vômitos, taquicardia, dor de angina, 
arritmias, cefaleia, hipertensão e vasoconstrição podem ser encontrados durante a infusão 
do produto. 
 
Cuidados de enfermagem: 
 É medicamento fotossensível. 
 Nunca utilizar com soluções alcalinas. 
 Deve ser utilizada em veia de grosso calibre, preferencialmente acesso venoso 
central. 
 Sempre administrar em bomba de infusão contínua. 
 O paciente deve estar sempre monitorizado. 
60 
 
TEM SIDO SUBSTITUIDA PELA DOBUTAMINA, QUE APRESENTA POUCOS EFEITOS 
SOBRE A FC, AUMENTA A CONTRATILIDADE MIOCÁRDICA E O ÍNDICE CARDÍACO, 
NÃO AGINDO SOBRE A RESISTÊNCIA

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