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CONTEMPORANEA 2 AULA 10 pronto imprimir

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Contemporanea 2 aula 10
Terrorismo e política externa norte-americana: a Nova Ordem Mundial trouxe um novo medo ao mundo 
contemporâneo - o terrorismo, que se materializou, sobretudo, no ataque de 11 de setembro de 2001. O 
atentado que mudou o mundo e deflagrou novos conflitos fortaleceu o intervencionismo norte-americano e 
colocou em xeque instituições como a ONU.É isso que vamos ver nesta nossa última aula. Bons estudos e até 
a próxima! 
Após o fim do governo Ronald Reagan, assumiu a presidência dos Estados Unidos George Herbert 
Walker Bush, cujo mandato se estendeu de 1989 a 1993.
 
Essa foi a última gestão antes do fim da URSS e foi marcada por um grande conflito internacional: 
a Guerra do Golfo.
Essa guerra, que eclode em 1990, já não possui uma interferência direta da Guerra Fria – embora 
ainda existisse a URSS –, o que demonstra o progressivo enfraquecimento desse cenário.
Em 1990, Saddam Hussein, líder do Iraque, invade o Kuwait, rico em petróleo. 
Rapidamente, os EUA reagem, apoiados pelas Nações Unidas e por outros países do Ocidente, 
como Reino Unido e França.
 
A Guerra do Golfo evidenciou a preocupação do Ocidente com os países do Oriente Médio, devido 
ao fato de estes concentrarem as maiores reservas de petróleo do planeta.
 
A derrota do Iraque foi uma demonstração do poderio bélico norte-americano.
Os meios de comunicação do mundo inteiro transmitiram o conflito em praticamente tempo real. 
As imagens dos ataques aéreos ficaram famosas e inauguraram um novo período nos conflitos 
modernos.
 
Apesar do aparente sucesso, a guerra do Golfo provocou um enorme gasto financeiro. Por isso, o 
republicano George H. W. Bush foi um dos poucos Presidentes que não conseguiu ser reeleito, 
perdendo as eleições para o democrata Bill Clinton.
Estes gastos militares desagradaram a população estadunidense, que defendia, em sua maioria, que 
a presidência se preocupasse mais com as questões internas – como a questão da saúde, por 
exemplo – do que com a política externa.
A administração de Bill Clinton articula-se em um mundo globalizado, onde a bipolaridade já não 
existia. 
Cabia ao democrata estabelecer, definitivamente, os EUA como potência econômica e referência na 
política internacional.
Embora o fim da Guerra Fria trouxesse, de imediato, uma aparência de “passividade” às relações 
internacionais – afinal, a tensão que dominara o panorama nas últimas décadas havia terminado – 
logo esta realidade mostrou ser apenas ilusória.
Ainda que não existissem mais “blocos opostos”, diversos conflitos regionais( As questões eram 
diversas: territoriais, religiosas, étnicas. Questões internas que haviam sido abafadas pela existência 
da bipolaridade agora se revelavam.) ocorreram em diversas partes do globo.
 Sobre essa nova realidade, Yves Lacoste coloca que:
Na era da mundialização, em que as distâncias, contrariamente ao que pretendem certas pessoas, 
não são abolidas, trata-se cada vez mais da questão da geopolítica, quer dizer, em verdade de 
geografia: de fronteiras, de países, de petróleo, de separatismos, de povos que disputam territórios e
lugares santos em nome da história ou da religião.
 
Esses conflitos, essas rivalidades de poder sobre territórios, é importante que sejam mais bem 
compreendidos [...] (Lacoste, 2005, p. 13.).
Como exemplo dos conflitos regionais, podemos citar o caso do Afeganistão. O país havia sido 
ocupado pela União Soviética, que apoiou a posse de Barbrak Kamal, em 1980.
 
Visto como um governo que cedia aos interesses estrangeiros, cresce a resistência local, formada, 
sobretudo, pelos mujahedins – guerrilheiros( Diversos países contribuíram para armar e financiar 
esses guerrilheiros, como os Estados Unidos, o Paquistão e a Arábia Saudita.) – que buscam 
expulsar o invasor.
A partir de meados dos anos 1980, é formada uma aliança entre esse grupo e o Paquistão, o que 
levou o líder soviético Mikhail Gorbatchev a iniciar o movimento de desocupação das tropas 
soviéticas, concluído em 1988.
A ocupação soviética havia levado o Afeganistão a uma guerra civil que opunha os nacionalistas e 
os defensores do governo.
Mesmo após a desocupação estrangeira, o conflito interno continuou, levando à ascensão ao poder 
do grupo Talibã. 
Os talibãs, fundamentalistas islâmicos, defendiam o estabelecimento de um Estado que seguisse 
rigidamente os princípios do islamismo.
 
Em 1996, a milícia talibã assumiu o poder na capital, Cabul, e adotou medidas radicais de controle.
Cabe lembrar que o homossexualismo ainda é considerado crime em diversos países do mundo, 
especialmente naqueles que professam a fé islâmica.
Estima-se que tinha como destino a Casa Branca, em Washington, mas os sequestradores foram 
impedidos pelos passageiros de alcançar seu alvo. Não houve sobreviventes da queda.
Os atentados, reivindicados pelo grupo terrorista Al Qaeda, liderado por Osama Bin Laden, 
deixaram milhares de mortos, quase todos civis – com exceção dos militares mortos no ataque ao 
Pentágono.
 
Dezenove terroristas suicidas haviam sequestrado quatro aviões e, 
em algumas horas, mudaram os rumos não só do país, mas de toda a política internacional.
Na época do atentado de 11 de setembro, o Presidente norte-americano no poder era George W. 
Bush, cujo governo foi instado a tomar medidas imediatas de retaliação. O alvo era o Afeganistão, 
sede do grupo terrorista Al Qaeda.
 
Foi formada uma coalizão antiterrorismo, liderada pelos EUA e apoiada pelo Reino Unido.
Para evitar um ataque maciço ao país, o Talibã deveria entregar Osama Bin Laden para que fosse 
julgado. O líder Talibã, mulá Omar, recusou-se a cumprir a exigência.
Essa atitude fez com que os países que antes eram aliados do Afeganistão, como Arábia Saudita e 
Paquistão, rapidamente retirassem seu apoio e o país ficou sozinho para lutar contra a ameaça norte-
americana.
 
Em outubro de 2001, começou a ofensiva. Cabul foi bombardeada e o governo talibã deposto pelas 
forças de coalizão. U
m novo governo foi instituído, mas a guerra continuou por mais de uma década, corroendo recursos 
humanos e materiais mesmo após o fim do governo Bush.
George W. Bush, um republicano, ficou conhecido pelo conjunto de medidas que sucederam ao 11 
de setembro. O Presidente estipulou o que ficou conhecido como Doutrina Bush, uma série de 
princípios que justifica o combate ao terrorismo em qualquer parte do mundo.
Segundo essa doutrina, os EUA podem interferir militarmente em qualquer país que considere uma 
ameaça terrorista ou que abrigue terroristas – como é o caso do Afeganistão.
 
Além disso, podem depor regimes que considerem uma ameaça à segurança nacional – como no 
Iraque. Esta doutrina deu origem à chamada “guerra preventiva”, que busca impedir novos 
atentados em solo americano ou aliado.
 
Na prática, a Doutrina Bush enfraqueceu as instituições internacionais, como a ONU, já que passou 
a descumprir abertamente suas determinações.
 
Também pôs em risco a autodeterminação dos povos e as soberanias dos países, que ficam sob 
constante ameaça de uma invasão norte-americana.
 
Até então, Bush não era um político destacado, tendo se tornado conhecido pelo seu governo no 
Texas e por ser filho de um ex-Presidente.
 
Entretanto, a administração Clinton, democrata, havia sofrido com os escândalos sexuais do 
Presidente, e a eleição de Bush foi mais uma demonstração de conservadorismo moral do que 
propriamente político.
Nos EUA existem diversos partidos, e sua estrutura eleitoral permite, inclusive, que candidatos 
possam ser eleitos sem estar filiados a um partido, na chamada candidatura independente.
 
Embora existam várias legendas partidárias, na prática apenas dois se revezam na presidência: 
republicanos e democratas.
No Brasil, poderíamos designar os democratas como um partido de centro.
 
A primeira eleição de George W. Bush também se beneficiou da própria estruturaeleitoral norte-
americana.
ELEIÇÃO AMERICANA
Como a eleição não é direta – como no Brasil –, e sim feita através de colégios eleitorais -, onde 
cada estado possui um número de representantes que de fato elegem o Presidente –, Bush foi eleito 
sem ter recebido o maior número de votos total da população.
 
Ou seja, se fosse uma eleição direta, teria vencido o democrata Al Gore, que fora Vice-Presidente na
gestão Clinton. 
Esta eleição, ocorrida em 2000, também foi marcada por inúmeras acusações de fraude, 
especialmente no estado da Flórida, onde o governador era Jeb Bush, irmão de George.
 
Dessa forma, o novo Presidente assume o cargo sob uma atmosfera de legitimidade, já que não era a
escolha da maioria da população. Os ataques terroristas marcaram sua primeira grande atuação na 
presidência e garantiram sua eleição para um segundo mandato.
Não foi apenas na política externa que foram tomadas medidas para combate ao terrorismo.
ATO PATRIÓTICO
 
No plano interno, foi assinado o Ato Patriótico( USA PATRIOT – um acrônimo para Uniting and 
Strengthening America by Providing Appropriate Tools Required to Intercept and Obstruct 
Terrorism.) , que cassava uma série de liberdades civis. A partir deste ato, tornou-se possível 
monitorar qualquer comunicação – internet, e-mail, correios, ligações telefônicas – de cidadãos 
americanos e estrangeiros, sem autorização prévia da Justiça.
 
Assim, foi possível interrogar e deter suspeitos sem justificativa, negar a presença de um advogado 
para acompanhar interrogatórios, monitorar e gravar qualquer tipo de interrogatório em prisões, 
delegacias e repartições públicas e assim por diante.
Inicialmente, havia a justificativa de que medidas extremas eram necessárias para combater a 
ameaça latente e que o alcance do ato seria limitado e provisório. Não foi o que ocorreu, e estas 
medidas vigoram até os dias atuais.
 
A Base de Guantánamo, em Cuba, passou a ser utilizada para interrogar suspeitos de terrorismo. A 
tortura passou a ser tolerada e Guantánamo virou sinônimo de terror.
 
O uso desta base foi uma saída jurídica. Teoricamente, é proibido fazer uso de tortura em território 
norte-americano. Mas como Guantánamo fica em Cuba, criou-se um limbo jurídico que se prestou a
este tipo de prática de interrogatório.
Bush foi reeleito em 2004 e sua segunda gestão foi marcada pela guerra preventiva travada contra o 
Iraque.
 
Além disso, houve inúmeras críticas internas, não só pelo rigor do Ato Patriótico, considerado uma 
enorme invasão de privacidade para os cidadãos norte-americanos.
 
Houve também inabilidade em lidar com as consequências do furacão Katrina, que devastou a 
cidade Nova Orleans, em 2005, e pelas sucessivas acusações de violações dos direitos humanos, 
sobretudo em Guantánamo.
 
No plano interno, Bush recusou-se a assinar o Protocolo de Kyoto, um acordo internacional para a 
proteção ambiental. Cabe lembrar que Al Gore, o candidato derrotado, ficou famosos, exatamente, 
por defender causas ambientais pelas quais ganhou o Prêmio Nobel da Paz, em 2007.
GUERRA DO IRAQUE
A Guerra do Iraque, que caracterizou a segunda administração de George W. Bush, levou a uma 
enorme crise financeira. Sob a justificativa de que o Iraque possuía armas de destruição em massa, o
país foi invadido em 2003.
 
Bush e o primeiro ministro britânico, Tony Blair, temiam que o líder iraquiano, Saddam Hussein – a
quem os Estados Unidos apoiaram anteriormente – pudesse se constituir em uma ameaça imediata 
de terrorismo.
Hussein foi deposto em 2003 e em 2006 foi condenado à morte na forca por um tribunal iraquiano. 
Mesmo após sua morte, a guerra continuou.
Esta política teve o efeito oposto ao que se pretendia. Em 2005, Londres sofreu um dos maiores 
ataques terroristas de sua História, também empreendido por fundamentalistas islâmicos.
 
Quatro bombas foram detonadas, sendo três no metro e uma em um ônibus, deixando dezenas de 
mortos e feridos. A guerra no Iraque prosseguia, a despeito das recomendações da ONU de que o 
conflito fosse terminado.
Em Bagdá, foi criada a Zona Verde, uma área de não agressão, e mesmo com a cidade destruída e a 
ameaça terrorista aparentemente controlada, somente em 2011 o conflito teve fim.
A Era Bush é um exemplo do mundo pós-Guerra Fria, onde não há mais um equilíbrio de poder. 
Segundo o especialista em relações internacionais, Bertrand Badie:
A política dos blocos era, entretanto, globalmente fiadora de uma ordem institucional que, com 
certeza se mantinha artificialmente, mas dava à comunidade internacional um mínimo de aparência.
 
Rompido tal equilíbrio sutil, os antigos conflitos alimentaram-se dessa vasta anomia, sublinhando 
ainda mais a impotência das instituições intencionais, em particular, das nações Unidas (Badie, 
citado por Mota, 2002, p. 561).
O LEGADO DE BUSH
O legado da Era Bush, além da manutenção de sua doutrina, foi uma intensa crise financeira.
 
O investimento na indústria bélica deixou de lado questões internas fundamentais, como a caótica 
situação da saúde.
 
Nesse contexto, seu governo se encerra, em 2008, em meio a uma das maiores crises financeiras da 
História dos Estados Unidos, comparável àquela que havia ocorrido em 1929.
A vitória de Obama
As eleições seguintes deram a vitória a um democrata, Barack Obama, que assumiu o compromisso 
de sanear as finanças, desocupar o Afeganistão – que ainda mantém tropas de ocupação até 2014 –, 
acabar progressivamente com o ato patriótico, revitalizar o sistema de saúde e fechar a base de 
Guantánamo.
 
Até meados de sua segunda gestão, nenhuma destas plataformas foi cumprida. A mais preocupante 
foi, sem dúvida, a crise econômica, que apesar de ser uma crise financeira, ficou evidente ao atingir 
duramente o mercado imobiliário.
De forma simples, durante a gestão Bush, houve um forte investimento privado na construção de 
imóveis. Logo, havia mais residências que compradores, e os bancos passaram a estender seus 
financiamentos mesmo sem garantias de pagamento de empréstimos.
 
Nesse caso, o próprio imóvel serviria como garantia. Quando as pessoas passaram a não conseguir 
quitar seus empréstimos - as hipotecas –, os bancos retomavam estas casas e as colocavam no 
mercado novamente, só que agora, sem a facilidade de crédito anterior.
 
Sem crédito, não havia como comprar os imóveis, e os bancos se viram donos de diversas 
propriedades, mas sem compradores. Quando o Lehman Brothers, o 4º maior banco de 
investimentos norte-americano, decretou falência, a situação já era irreversível.
O escândalo das espionagens
A espionagem aos governos estrangeiros, realizada pela NSA – 
National Security Agency –, continua, apesar de protestos em contrário.
 
A Chanceler alemã Angela Merkel e a Presidente do Brasil Dilma Rousseff já tiveram suas ligações 
grampeadas pela agência de comunicações, caracterizando a unilateralidade das relações 
internacionais pós-Guerra Fria.
a) A realização de uma “guerra ao terror”, que passou a ser o centro da política norte-americana na 
Era Bush. Essa guerra implicava na ocupação militar de países islâmicos, acusados de tolerância ao 
terrorismo.
 
A base de Guantánamo, em Cuba, passou a ser utilizada para atos de tortura, justificados pelo ato 
patriótico de outubro de 2001.
b) O aumento do preconceito étnico em relação aos muçulmanos, que atingiu não só os EUA, mas 
os países ocidentais como um todo.
 
Tais países adotaram políticas de controle migratório que tornam a imigração um processo longo, 
lento e com pouca chance de sucesso para os cidadãos do Oriente Médio e da África.
 
Em contrapartida, o sentimento antiamericano se fortaleceu, tanto na África quanto na Ásia, 
estimulado pela presença militar norte-americana no Afeganistão e no Iraque.
Nesta aula, você:
• Identificou a trajetória da política externa norte-americana nos anos Bush;
• Reconheceu as mudanças operadasna política interna e externa após o atentado de 11 de 
setembro;
• Analisou os antecedentes das guerras do Afeganistão e do Iraque

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