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Fisiologia e processos patológicos gerais II Inflamação o Inflamação é a resposta do tecido vascularizado a uma agressão local, as vezes benéfico o A inflamação é um mecanismo protetor, associada a mecanismos de reparo, tem que ser rigorosamente controlada para não haver lesão tecidual • As vezes sai do mecanismo protetor causando um problema sendo necessário entrar com anti-inflamatório • é esperado que uma inflamação acabe em um reparo tecidual (células que foram danificadas se regeneram coma a mesma forma e tecido) • Onde não há um bom processo de regeneração pode ser regenerado com tecido conjuntivo, as vezes perdendo a função • O controle rigoroso pode ser feito pelos próprios mediadores químicos o O resultado da inflamação é benéfico quando há: • Diluição e inativação de toxinas • Neutralização • Eliminação • Inibição • Degradação • Afastamento do agente inflamatório • Fornecimento de fatores necessários ao reparo tecidual o é prejudicial quando provoca: • destruição tecidual, lesão incapacitante ou morte o há dois tipos de classificação da inflamação : • Aguda: dor imediata, dura poucos dias (neutrófilos) • Crônica: silenciosa por algum tempo, perdura por muito tempo (linfócitos e plasmócitos) • Uma inflamação aguda não tratada pode virar uma inflamação crônica Inflamação aguda o Etapas: 1. Estimulo: infecção bacteriana ou viral, alergeno, parasitas, necrose, corpo estranho, reações imunes… 2. Fenômenos vasculares: apenas em tecidos vascularizado • Vasoconstrição rápida e transitória • Vasodilatação das arteríolas, capilares e vias do local • Aumento da permeabilidade vascular • Migração celular (os leucócitos vão encontrar o agente estranho -> leucodiapedese) • Objetivo: eliminar o agente causador 3. Fenômenos exsudativos: liquido rico em proteínas, poucas células (liquido bem aquoso) • Alterações da permeabilidade vascular • Aumento da pressão oncótica intersticial —> aumento de proteínas pode aumentar a PO e sair a proteína junto • Deficiência da drenagem linfática 4. Fagocitose: as células inflamatórias fagócito o agente causador 5. Resultado: regeneração, cicatrização, abscedimento e cronificação (caso não solucionado) o A migração celular é divida em 2 partes: • Condições normais: elementos do sg no centro da corrente sem contato com o endotélio • Condições inflamatórias: marginação leucocitária —> rolagem (selectina) —> adesão (integrinas) —> diapedese As integrinas fazem elas aderirem no endotélio deixando mais permeável e faz diapedese o Num processo de inflamação há hiperemia (aumento do fluxo sg para uma parte do corpo) o Edema é o acumulo de liquido exsudato o Vasodilatação causa aumento do fluxo sg o Sinais cardinais da inflamação: • Rubor: aumento da velocidade e volume de fluxo • Calor: aumento da velocidade e volume de fluxo • Tumor: acumulo de lec • Dor: acúmulo de substancias químicas nas terminações nervosas • Perda da função o Inflamação aguda tem resposta rápida, tem formação de exsudato, dura de 1 a 2 dias, tem sequencia de eventos pelos sinais cardinais , tem cura mas se evoluir crônica. o Classifica a inflamação aguda de acordo com o exsudato; • I.ag serosa: quando o exsudato produzido é aquoso, límpido • I.ag purulenta: exsudato é cremoso, amarelo-esverdeado (pus) ➢ Abscesso: quando o pus é encapsulado (delimitado) ➢ Flegmão: não encapsulado e sem limite preciso ➢ Empiema: em uma cavidade natural do organismo • Ulcerativa ou necrótica: presença de úlceras inflamatórias • Inflamação hemorrágica: só se houver hemácia • Mucosa catarral: exsudato viscoso, com mucina, com cor e celularidades variáveis o Células da inflamação aguda: • polimorfonucleares (PMN) • Neutrófilos • Basófilos —> hipersensibilidade • Eusinófilos —> doenças parasitarias e hipersensibilidade o No campo inflamatório os leucócitos iniciam o processo de fagocitose Inflamação crônica o É uma reação tecidual, é a persistência do agente etiológico no sítio da lesão o Permanência do agente agressor no local da lesão o É caracterizada pelo aumento dos graus de celularidade e de outros elementos teciduais, diante da persistência do agente agressor o Tem uiva produção de exsudato o Predominam fenômenos proliferativos • Infiltração de células mononucleares ——> linfócitos • Proliferação fibroblástica e angioblástica (da origem a outros vasos asnguineos) = tecido de granulação o A inflação crônica ocorre quando a inflamação aguda não se resolve, quando tem reação inflamatórias muito sequencialmente e a I.C elimina o agente causador o Não tem evidências de I.A o Inicia-se de modo insidiosos, com uma resposta de baixa intensidade e frequentemente assintomática, ou seja, não há sinais e sintomas por um bom tempo • Difícil o tratamento por já estar em um estágio meio avançado, com agentes persistentes (as vezes com baixa virulência) o Infecções persistentes por microorganismo que apresentam: • Baixa toxicidade • Induzem reação imunológica (tanto humoral quanto celular) • Hipersensibilidade tardia • Adota geralmente padrão específico —-> reação do tipo granulomatosa o Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos (endógenos ou exógenos) o Sob determinadas condições nas doenças auto-imunes onde: • Auto-antígenos desencadeiam reação imunológica autoperpétua resultando em doenças inflamatórias o Características de células do sistema mononuclear macrofagico: • Predominância de células do sistema mononulear Macrofágico (macrófago, linfócitos e plasmócitos) • Destruição tecidual induzida pelas células • Reparação mediante a substituição por tecido conjuntivo (tecido de granulação) —-> proliferação de vasos e fibrose • O tecido é geralmente firme e pálido • Os eventos vasculares são de pouca significância o Na infiltração mononuclear o macrófago é a figura central na I.C • produz inúmeros mediadores celulares: induz a proliferação de fibroblastos e a deposição de colágeno (tecido de granulação e fibrose é estimulado pelo macrofágo) • Macrófago sempre vai se modificando • A destruição tecidual é uma das principais características da i.C • Os linfócitos são mobilizados nas reações imunológicas: mediadas por células, por anticorpos e por motivos desconhecidos • Os plasmócitos produzem anticorpos contra antígenos persistentes e componentes teciduais alterados • Os eosinófilos são células de defesa, os grânulos tem enzimas com capacidade de toxidade e levar os parasitas a morte o Classificação das I.c: • Inespecífica: Não consegue determinar e especificar a causa da lesão. É composta por células mononucleares (tem macrófago, linfocitos e plasmocito em quantidade variada) • produtiva (hiperplásica ou proliferante): produção de fibra colágena, proliferação de fibroblastos • exsudativas: presença de pus em tecido que não teria i.a por não ser vascularizado. Ex.: tecido ósseo o Inflamação granulomatosa é um padrão diferenciado de reação inflamatória crônica onde o tipo celular predominante é um macrófago ativado está vinculado as reações imunológicas. Ex.: tuberculose, pneumonias crônicas recidivantes • Agregação de macrófago cercada por um colar de leucócitos mononucleares • Se observam os granulomas tão características que permitem um diagnostico da doença mesmo sem a visualização do seu agente causal ——> manifesta-se macroscopicamente ou clinicamente sob a forma de pequenos grânulos • Granola é um nódulo de tecido inflamatório composto com conglomerado de macrófago e linfócitos T ativados, muitas vezes associados a necrose e fibrose. Aqueles mais antigos desenvolvem uma capsula de fibroblasto tecido conjuntivo fibroso • Se forma pela presença de um organismo de difícil destruição, agentes infecciosos ou presença de imunidade celular contra o agente agressor • Há dois tipos de granulomas: ➢ epiteliódes: característicos de partículasinsolúveis, microrganismos que são capazes de induzir uma resposta imune. Pessoas imunocomprometidas são incapazes de formar tais granulomas, alastrando assim a doença, tendo um pior prognóstico ➢ corpo estranho • Os granulomas aso causados por corpos estranhos relativamente inerte • Granulomas clássico é possível observar uma necrose caseosa, área que tem células epiteliódes ou gigantes, uma área que há fibroblastos e fibrose e zona de linfócitos T o Para nomenclatura das inflamações usa o radical + o “ite” • Arter (artéria) = arterite • Flebo (veia) = flebite • Tiflo (ceco) = tiflite • Cerato (córnea) = ceratite • Onfalo (umbigo) = onfalite Mediadores químicos o São moléculas que funcionam como mensageiras no processo inflamatório o Tem função de controle dentro da inflamação o Além das funções alérgicas, tem função fisiológica o Aminas vasoativas —-> histamina • Os mastócitos que produzem a histamina no tecido conjuntivo • A histamina Tem ação imediata • Quando o mastócito sofre estimulo sofre uma desgranulação liberando a histamina. O IGe libera também a histamina • A histamina vai agir nos vasos sg promovendo vasodilatação • Atua nas células endoteliais fazendo uma contração aumentando a pressão hidrostática plasmática saindo o plasma, h2O+proteínas (esse acumulo de líquido que causa o edema, podendo comprimir uma terminação nervosa gerando dor) • A histamina é um dos mediadores do processo alérgico, podendo causar anafilático e mais severamente um choque x_x • Nos músculos lisos ela aumenta a contração. NO TGi aumenta o peristaltismo causando vômito e diarreia. Nos brônquios e nos bronquíolos causa o processo bronquioconstrição • Ações: vaso sg, terminações nervosas (dor e prurido) e músculos lisos (contração) o Metabólicos do ácido aracdômico • É uma molécula que fica presa na região das caudas da bicamada dos fosfolípideos da membrana plasmática • Vai ter alguns estímulos que vão causar uma perturbação na bicamada formando um influxo de cálcio entrando dentro da molécula ativando a enzima fosfolipase-A2 promovendo a liberação do ácido aracdômico • Uma vez que o ácido aracdômico for liberado vai ter 2 vias de metabolização, ele só entra na via que a celula tiver dentro, se tiver as duas dentro da célula vai ser metabolizado pelas duas ➢ Ciclo-oxigenase (CoX): gera como metabólito 3 moléculas: as prostaglandinas, protaciclinas e a tromboxanos Cox-1: produzida por quase todas as nossas células Cox-2: está mais relacionadas aos macrófagos, quando ——> todos esses são os ácidos do aracdômicos toma anti-inflamatório é mais fácil bloquear a cox-2, pois bloqueia onde esta mais concentrada os macrofagos (a inflamação) ➢ Lipo-oxigenase (loX): gera lipoxinas e leucotrienos Dicoflenaco, meloxicam, nimesulida o prostaglandina: • tem aÇão vasodilatadora • Aumenta a permeabilidade vascular • Contração da mm lisa • Dor • Pirogênica (causa a febre) • Tem funções biológicas: produção de muco no TGI, contração reversa do útero, faz o controle da temperatura corporal o prostaciclina • tem ação vasodilatador • Aumenta a permeabilidade vascular • Diminuição da agregação plaquetária o Tromboxano • Vasoconstritor • Aumento da agregação plaquetária o lipoxinas • tem ações pró e anti-inflamatório o leucotrienos • tem ação em cima da célula, nos leucócitos e no endotélio (moléculas de adesão) • Selectinas (rolamento) • Interinas • Icam vcam = adesão • Pecam = diapedese Carcinogênese o É uma massa anormal de tecido cujo crescimento excede e não está coordenado ao crescimento dos tecidos normais e que persiste mesmo cessada a causa que a provocou o É uma neoestrutura tecidual composta por um conjunto o Seu crescimento integrado as condições do estroma poderá capacitá-lo a invasão local e a sua instalação á distancia o A oncogênese ou carcinogênese estuda os primeiros estímulos no DNA ate a neoplasia se manifestar inicialmente e clinicamente o A carcinogênese nos diz a sequencia de movimento da neoplasia, se caracteriza por modificações na fisiologia da célula. Mostrando maior capacidade de proliferação, diferenciação, sobrevida e interação com o meio ambiente ——> processo dinâmico Bases moleculares da carcinogênese o O câncer é uma doença do genoma resultante de varias mutações genéticas o Há um equilíbrio entre proliferação e morte celular, para estar em homeostase precisa ter a regulação da proliferação celular e da apoptose, ambos processos podendo ser induzidos ou inibidos o Oncogênes e genes supressores de tumor são os que fazem esse equilíbrio • Proto-oncogene: são genes normais responsáveis pela codificação de proteínas que n ter em na proliferação e diferenciações celulares e que, sofrendo ➢ Estão envolvidos na regulação positiva da proliferação celular normal • Genes supressores: genes que participam do controle negativo da proliferação celular. Quando sorem mmutação deixam de previnir a multiplicação descontrolada das células ➢ ganho de função ➢ Em todos os casos sua expressão é dominante ➢ Sua alteração genótipos a vão sempre se manifestar no fenótipo ➢ Um deles alterado a alteração se manifesta o Região reguladora: modula a expressão do gene em resposta a estímulos fisiológicos o Região estrutural: codifica sequência de aa de uma proteína Alterações estruturais podem levar a síntese de proteína funcionalmente aberrantes, associadas ao desenvolvimento neoplásico ——-> oncoproteínas o Genes supressores fazem controle do ciclo celular, reparo de danos ao DNA e indução da apoptose • Atuam na tumorigênse pela perda de função: Recessivo: as cópias dos alelos de ambos os cromossomos (paterno e materno) estão alteradas ou deletadas o Retinoblastoma foi o primeiro gene supressor de tumor identificado em um tumor maligno intra-ocular mais comum na infância • Retinoblastoma hereditário: mutação geminativa em um dos alelos, necessários segunda mutação e predominantes em crianças • Retinoblastoma esporádico: necessários dois eventos somáticos, muito mais raro e aparece em idade mais tardia o Tumor protein p53: é um dos agentes supressores de tumor mais importantes e mais bem estudados • Age no controle da: - transcrição gênica - síntese de dna e reparo - parada do ciclo celular → atua bloqueando o crescimento e a transformação maligna - senescência - apoptose • Inativa na maior parte de cânceres humanos por mutações no gene tp53 e por ação de proteínas virais • Células que não expressam p53 tem maior instabilidade genética e eficiência de reparo do dna reduzida Etapas da carcinogênese Iniciação: o Primeiro passo da carcinogênese o Alteração do agente cancerígeno com o DNA da célula alvo o Processo irreversível o Genoma alterado, mas que não é expresso, fenótipo normal Promoção: o Permitem a expressão da alteração do genoma que ocorreu na iniciação o Alteram a expressão do material genético por diferentes mecanimos o Cancerígenos promotores estimulam a proliferação celular o Desenvolvimento de foco de células fenotipicamente alteradas e ou lesões tumorais benignas o Agentes promotores tem ação reversível e dose-dependente o São abundantes no meio ambiente o Estilo de vida e hábitos halimetare o Hormônio e componentes da bile o Neoplasia maligna já esta expressa fenotipicamente, histologicamente o Fornece substrato para a ultima etapa da carcinogênese o Processo irrversivel Manifestação clinica o Neoplasia maligna instalada o Infiltração de tecidos vizinhos o Metástases o O iniciador faz uma lesão do dna de uma célula normal, transformando em uma célula iniciada e depois virando uma célula neoplásica o O promotor faz a proliferação celular, alteração da apoptose e do reparo do DNA transformando-se logo em uma célula neoplásica o Uma única mudança genética não é suficientes para atransformção neoplásica Agentes cancerígenos o Os efeitos acumulativos de diferentes agentes são os responsáveis pelo inicio, promoção, progressão e inibição do tumor o Devem ser consideradas as características individuais que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular o Agente iniciador: é capaz de provocar diretamente o dano genético das células, iniciando o processo de carcinogênese o Agente promotor: atua sobre as células iniciadas, transformando-as em malignas o Agentes acelerador: caracteriza-se pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas, atua no estagio final do processo o Há necessidade de uma fator iniciador e de um fator promotor para que haja o desenvolvimento tumoral Funções secretoras do tubo digestório 1. Boca --> há secreção de saliva pelas glândulas salivares o Saliva: • Umedecimento • Amilase --> digestão do amido • Lubrificação (mucina) • Imunoglobulinas (IgA, lisozimas) --> ajuda no processo de metabolização de antígenos que estão tentando penetrar pela boca, promove destruição de bactérias 2. Esôfago secreta muco o Muco • Lubrifica • igA e lisozimas --> promove destruição de bactérias 3. estômago o células fazem secreção de substâncias diferentes • principais secreta: pepsinogênio --> pepsina para fazer a digestão de proteínas • parietais (oxínticas) secreta: HSL (ácido clorídrico) --> reduz o pH do estomago e evita o apodrecimento do alimento; o hsl converta o pepsinogênio em pepsina • células secretoras de muco (a prostaglandina inibe a produção de muco) • células produtoras de hormônios: gastrina (hormônio que é produzida no estomago, tem função modeladora • o alimento deixa o estOmago sendo chamado de quimo 4. intestino delgado (o quimo chega no intestino delgado e passa por ações pelos: o suco entérico • os enterócitos fazem a produção do suco entérico • tem enzimas digestivas para quebrar pequenas moléculas (lipases, maltase) como lipídeos e carboidratos • muito rico em bicarbonato (hco3) --> o quimo chega com o ph muito acido e o suco entérico equilibra com o bicarbonato ---> função alcalinizante • enteroquinase o suco pancreático • a porção exócrina faz a produção do suco pancreático • libera enzimas digestivas: lipases, amilase, proteases (tripsina e a quimiotripsina (degrada proteínas e transforma tripsinogênio em tripsina))..... • enteroquirase ajuda a transformar o tripsinogênio em tripsina para fazer a degração de proteínas o bile • produzida no fígado pelos hepatócitos • presença de água (serve de veículo e ajuda a dissolver), sais biliares, eletrólitos, pigmentos biliares • os sais biliares emulsifica a gordura (prepara a gordura presente no quimo para a digestão) • os pigmentos biliares são feitos para serem secretados --> sem função 5. intestino grosso o absorve água e alguns sais o secretam muco controle da secreção o controle da secreção é pelo SNA (simpático e parassimpático) e por hormônios • o parassimpático estimula a secreção de muco, ácido clorídrico, suco entérico, bile • o simpático inibe a secreção e a motilidade o hormônios: • gastrina --> é produzida no estomago e quando cai na corrente sanguínea aumenta a secreção do ácido clorídrico e de pepsina ---> quimo proteico • secretina é produzida no intestino delgado, mas tem função no estomago. Quando cai na corrente sanguínea aumenta a motilidade gástrica e secreção de HSl; estimula secreção de suco pancreático e entérico ----> quimo acido • colei age no estomago para promover a diminuição da motilidade gástrica e • peptídeo inibidor gástrico (PIG ou GIP) -->age no intestino delgado diminuindo a motilidade gástrica e aumenta a liberação de insulina ---> quimo proteico glândulas anexas 1. fígado o fígado vai liberar bile para o colecdo e depois para o duodeno 2. pâncreas o libera bile, vai para o colecdo e depois para o duodeno o porção endócrina --> responsável pela produção de hormônio na região das ilhotas de langerhans o porção exócrina --> composta por ácidos e ductos pancreáticos e fazem a produção de enzimas digestivas o funções: • metabolização de substâncias (fazendo anabolismo e catabolismo) • produção de nutrientes • degradação de substâncias (detoxificação) • biotransformação • produção de vit K • produção de albumina • produção da bile (emulsificação de gorduras e eliminação de pigmentos biliares) Ciclo celular e reparo tecidual o constantemente os tecidos estão em 3 processos: • proliferação (multiplicação) • diferenciação • apoptose esses processos precisam ser mantidos em equilíbrio para manter o tamanho normal do tecido reparo de lesões o reparo é o processo de cura de lesões teciduais e pode ocorrer por regeneração ou cicatrização o regeneração é quando o tecido morto é substituído por outro morfofuncionalmente idêntico o cicatrização (reparação): é quando um tecido neoformado, originado do sistema do estroma (conjuntivo ou glia), substitui o tecido perdido o fases cruciais do reparo tecidual: 1. inflamação: mediadores inflamatórios são liberados. Leucócitos e macrófagos migram para a área lesada. Dura de 1 a 3 dias 2. proliferação: ocorre a angiogênese e fibroplasia. As células epiteliais migram e proliferam. Há formação de tecido de granulação. Dura de 1 a 21 dias 3. remodelação: ocorre a remodelação da matriz extracelular. Há aumento da força tênsil. Pode durar meses ou anos regeneração tecidual o substituição de células perdidas por células semelhantes, estrutural e funcionalmente completa --> substituição de células perdidas por células iguais ou semelhantes o depende da característica do ciclo celular o a regeneração depende da nobreza das células com maior potencial de divisão celular • células lábeis: maior taxa de divisão celular --> células epiteliais • células estáveis: maior potencial de divisão celular, só sofre divisão celular quando há um estimulo • células permanentes (perenes): não tem capacidade de divisão celular, só se dividem sob período embrionário --> neurônios e células musculares cardíacas o a pele possui alta capacidade regenerativa o o fígado também se regenera bem o fator de crescimento estimulam a regeneração. O fígado pode recuperar até 75% da massa original cicatrização o processo pelo qual o tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado 1. passo: instalação de reação inflamatória --> células do exsudato de células fagocitárias reabsorvem restos celulares e sangue extravasado 2. passo: proliferação fibroblástica e endotelial formando o tecido conjuntivo cicatricial (tecido de granulação) 3. passo: remodelação com redução do volume da cicatriz o fases da cicatrização: • fase inflamatória: lesão provoca a inflamação (vasodilatação, edema, fatores mediadores e migração de leucócitos) • fase proliferativa: produção de tecido de granulação (fibroblastos e proliferação endotelial) • fase de maturação: depósito de Mec e contração da ferida (deposição, agrupamento e remodelação pelo colágeno e regressão endotelial) o cicatrização por 1ª intenção: ocorre em incisões cirúrgicas, ocorre sutura, onde as bordas das feridas são bem aproximadas o cicatrização por 2ª intenção: processo onde tem perda mais extensa do tecido, reação inflamatória mais intensa e a formação de tecido de granulação • é caracterizada pela contração da ferida, no qual tenta-se tornar o tamanho da cicatriz acentuadamente parecido com o original o complicações da cicatrização: • formação deficiente: tecido de granulação ou colágeno insuficientes, levando a deiscência e ulceração da ferida --> produzir menos tecido do que deveria para reparar • cicatrização hipertrófica: acontece por excesso de tecido de granulação dentro dos contornos originais da ferida --> esse tecido nãoultrapassa o contorno/borda ➢ queloide é um tipo de cicatrização hipertrófica, mas ultrapassa o contorno da ferida fatores que modulam o reparo tecidual o fatores locais: • suprimento sanguíneo --> isquemia retarda o reparo • infecção --> prolongam a inflamação • corpos estranhos • tipo e extensão da lesão o fatores sistêmicos: • idade --> quanto melhor circulação, melhor reparação. Nos idosos é mais precária devido a esclerose vasos e menor força cardíaca • nutrição --> proteínas, metionina acelera cicatrização em animais desnutridos • doenças crônicas • uso de medicamentos Distúrbios de motilidade digestiva o classificação dos distúrbios de motilidade: • hipomotilidade: atividade motora reduzida • hipermotilidade: aumento da atividade motora • dismotilidade: atividade motora descoordenada o disfagia: • é a dificuldade e a dor a deglutir • é causada pela obstrução, distúrbios de motilidade, dor e lesões na cavidade oral, faringe e esôfago, ou seja, pode estar relacionada aos distúrbios da motilidade esofagiana • ação do esôfago é controlada por mecanismos reflexos, principalmente pelo nervo vago • conforme o alimento passa pela faringe estimula os mecanismos de peristaltismos no esôfago, contraindo as porções superiores e relaxando as porções inferiores, fazendo com que o fluxo seja unidirecional em direção ao estomago • os distúrbios motores podem ser inespecíficos, representados por ondas de baixa amplitude e/ou por falha de condução peristáltica • dependendo da gravidade e frequência, pode levar o paciente a desnutrição o regurgitação: • é o movimento retrogrado e passivo do material em direção ao ees (pouco tempo após a alimentação) • comum a pneumonia aspirativa • diferenciar de vomito • megaesôfago: ➢ atomia, flacidez e dilatação do lúmen esofágico devido a distúrbios no peristaltismo por disfunção motora segmentar ou difusa ➢ acúmulo de ingesta no lúmen esofágico ➢ idiopática ➢ obstrução física parcial ou total ➢ estenose, doenças inflamatórias da musculatura esofágica e persistência do arco aórtico direito ➢ congênito: perda do tônus da musculatura esofágica, acomete mais animais jovens (dogue alemão e pastor alemão) ➢ adquirido: ruptura do reflexo neural da deglutição (cinomose, lesão do nervo vago.... o vômito: • é um exemplo de antiperiltaltismo • é a expulsão oral, repentina e forçada do conteúdo gástrico e as vezes duodenal • antecedida de náusea e eructação, além da ativação autonômica: salivação copiosa, palidez, sudorese fria, hipotensão arterial e taquicardia • a respiração é interrompida por instantes, enquanto a vedação da nasofaringe e laringe • relaxamento dos esfíncteres esofágicos e fortes contrações do diafragma abdominais o diarreia: • secreção de fezes anormalmente fluidas acompanhada pelo aumento do volume de fezes e da frequência da defecação • hipermotilidade me geral está envolvida com diarreia, mas normalmente não como um mecanismo primário em animais domésticos • com o tempo reduzido de contato com a mucosa, a digestão e a absorção de nutrientes e água devem ser menos eficientes • permite maior proliferação bacteriana • prostaglandinas, leucotrienos e fator de ativação plaquetária agem sobre nervos entéricos no sentido de provocar a secreção intestinal pelas células crípticas induzida por neurotransmissores o intussuscepção: • invaginação de uma porção do aparelho gastrointestinal sobre o lúmen da porção adjacente • frequentemente é observada na porção normógrada, ou seja, no sentido peristáltico, mas existem relatos da recém ocorrência na direção retrograda • fisiopatologicamente ainda não está total elucinada. Sugere-se estar relacionada a alterações da atividade motora nos segmentos acometidos • consequências: obstrução parcial ou total, isquemia, necrose e ruptura intestinal • inicialmente ocorre estrangulamento do retorno venoso com dilatação e congestão. Estágios mais avançados apresentam aderência intestinal. A obstrução permanente dos vasos está relacionada com isquemia e necrose (perfurações e rupturas intestinais) • fatores predisponentes: alterações de dieta, presença de corpos estranhps, granulomas ou massas gastrointestinais, gastroenterites infecciosas ou não, parasitismo intestinal e cirurgias prévias o indigestão vagal em ruminantes: • a indigestão vagal ou síndrome de hoflund é um comprometimento (lesão, compressão ou inflamação) total ou parcial do nervo vago ao longo do seu curso • a denervação vagal acarreta paralisia e relaxamento do orifício reticulomasal ou do piloro, resultando em impactação do abomaso com grandes partículas de alimento • a lesão do nervo vago pode levar a diferentes sintomatologias, dependendo do local primário da lesão, podendo acarretar distúrbios na passagem da ingesta através do orifício reticulomasal ou pelo piloro • a distensão e hipermotilidade ruminal sugerem que o animal apresentava falha no transporte omasal • lesão na porção dorsal do nervo vago causa distúrbios na passagem da ingesta através do orifício reticulomasal • lesão na porção ventral resultava em distúrbios na passagem da ingesta pelo piloro • em alguns casos, há ocorrência de indigestão vagal sem o comprometimento do nervo vago, como na actinobacilose e fibropapiloma em cárdia o métodos diagnósticos: • exames laboratoriais • técnicas de imagem • métodos endoscópicos