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Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado

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Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado
A depreciação representa o desgaste ou a perda da capacidade de utilização (vida útil) de bens tangíveis ou físicos pelo uso, por causas naturais ou por obsolescência. É tratada no CPC 27 (Imobilizado), nos itens 05 a 09 do referido pronunciamento técnico. Juntamente com a perda de valor sofrida pela depreciação, deve-se considerar também a eventual perda por desvalorização do ativo (impairment), descrita no CPC 01.
Assim, se um determinado ativo apresentar, num dado momento, expectativa de benefícios futuros menores que seu valor, terá que se reconhecer, além da perda por depreciação, uma perda por impairment, em contrapartida com o resultado do período.
A depreciação é uma estimativa de desgaste do bem. Assim sendo, pode ser que o ativo já esteja totalmente depreciado, e mesmo assim, tenha condições de produzir um valor de revenda no mercado. A esse valor dá-se o nome de valor residual.
Sob o ponto de vista societário, a depreciação é calculada, em cada caso, pelo tempo de vida útil do bem, independentemente das tabelas de taxas de depreciação fornecidas pelo regulamento do Imposto de Renda. Cada bem, em cada empresa, e em cada caso particular, terá sua própria taxa de depreciação, definida a partir de forma como é utilizado na empresa.
Os métodos mais utilizados para o cálculo da depreciação são: linha direta ou linear, soma dos dígitos (crescente ou decrescente) e unidades produzidas (específico para indústrias). Deve-se considerar, ainda, a depreciação acelerada para o caso de máquinas utilizadas em mais de um turno, com seus respectivos coeficientes de aceleração, e também considerar o cálculo da depreciação para bens já utilizados.
Como a depreciação diminui o valor do ativo, será registrada numa conta redutora do valor do bem, em contrapartida com a conta encargos de depreciação. Essa conta poderá ser representativa de uma despesa, se a entidade for uma sociedade comercial, ou um custo, caso a entidade seja uma empresa industrial.
Os encargos de depreciação poderão ser calculados e contabilizados por um período mensal, trimestral ou anual, à opção da pessoa jurídica. O ideal é que se faça mensalmente, para facilitar o fluxo de informações.
Vale ressaltar, ainda, que o custo do imobilizado, de acordo com o CPC 27, engloba outros elementos, além do seu preço de aquisição.
Diz o CPC 27, item 16:
O custo de um item do ativo imobilizado compreende: seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item.
Nota: Um custo diretamente atribuível é aquele que só existe porque existe o ativo.
2. Gastos com reparos e conservação de bens do ativo imobilizado:
Tanto as normas contábeis, quanto a legislação do imposto de renda dispõem que os gastos com reparos, conservação ou substituição de partes e peças de bens do ativo imobilizado da pessoa jurídica, destinados a mantê-los em condições eficientes de operação, caso não resultem em aumento da vida útil do bem, poderão ser lançados como custo ou despesa operacional, dependendo do caso.
Entretanto se, de tais melhorias resultarem um aumento na vida útil do bem, superior a um ano, os gastos respectivos deverão ser ativados, proporcionalmente ao valor já depreciado, para servirem de base a futuras depreciações.
Exemplo: A Companhia Silva efetuou gastos com conservação e reparos em bens do ativo imobilizado (máquinas), que aumentaram a sua vida útil em 03 anos, no valor de R$ 400.000,00. O valor da máquina, antes da reforma, era de R$ 2.000.000,00 e já estava depreciada em 70%. Que valores deverão ser registrados em conta de despesa (resultado do período) e em conta de máquinas, respectivamente?
Máquina depreciada em 70%. 
Gastos no valor de R$ 400.000,00
70% dos gastos serão ativados, pois houve aumento da vida útil por mais de 01 ano, ou seja, serão ativados R$ 280.000,00.
30% não depreciado: despesa = R$ 120.000,00.
Máquinas: 					R$ 2.000.000,00
Depreciação Acumulada:			(R$ 1.400.000,00)
Gastos com conservação e reparos		R$ 280.000,00
Novo valor contábil:				R$ 880.000,00
Este valor será utilizado para o cálculo de futuras depreciações, cujo prazo deverá ser o prazo anterior mais os 03 anos de aumento de sua vida útil. Basta prosseguir depreciando o bem pelo novo prazo, pois neste caso, não há mudança de política contábil. (CPC 23).
Contabilização:
Pela baixa da depreciação acumulada:
D – Depreciação Acumulada
C – Máquinas 		R$ 1.400.000,00
Pelo gasto ativado:
D – Máquinas
C – Bancos 			R$ 280.000,00
Pelo gasto considerado no resultado como despesa:
D – Despesa (Conservação e Reparo)
C – Bancos			R$ 120.000,00

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