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Apostila de Direito Tributário 2º bimestre - Faat

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Apostila de Direito Tributário.
Características do lançamento.
Como é sabido o Crédito tributário nascerá com o lançamento pela fazenda publica. Assim via de regra o contribuinte será notificado para pagar o débito no prazo legal. Se ocorrer o inadimplemento a fazenda pública espedirá a chamada certidão de divida ativa CDA – Titulo executivo. Com a CDA a fazenda poderá ajuizar a execução fiscal, podendo então expropriar bens do executado. No entanto o Art. 151 CTN elenca um rol taxativo o qual possibilitará a suspenção da exigibilidade do crédito tributário. Com efeito, a suspenção impedirá o ajuizamento da execução, bem comum irá paralisa-la caso já tenha iniciado. A de mais outros atos de cobrança, como por exemplo, o protesto poderá ser impedido ou cancelado. Por fim ocorrendo a suspenção o devedor poderá obter a chamada certidão positiva, com efeito de negativa nos termos do Art. 206 do CTN.
Moratória: Trata-se de um favor legal consistente na dilação de prazo para pagamento do débito tributário pelo contribuinte. Tal beneficia, concedido por lei, será concedido em casos excepcionais, como por exemplo, a crise financeira ou catástrofes naturais. A Moratória poderá ser de caráter geral ou de caráter individual. Caráter Geral: O beneplácito (beneficio) é estendido para todos os contribuintes. Caráter Individual: O beneficio atingirá tão somente contribuintes que se encontrarem em determinadas situações, ficando responsável pela prova desta situação. Assim deverá o contribuinte pleitear junto ao fisco, o prazo para pagamento do débito, juntando as provas necessidades. 
OBS: Moratória de caráter geral impõe ao contribuinte um direito adquirido, não podendo por tanto ser revogada antes do prazo. Já a moratória de caráter individual não do direito adquirido ao contribuinte podendo ser revogada junto com a extinção da causa excepcional que gerou o beneficia. Moratória Autônoma: A concessão do prazo será de competência do respectivo ente tributante quais sejam união, Estado, Distrito Federal e Municípios. Moratória Heterônoma: Norma destinada à união consiste na possibilidade da união exigir a concessão de moratória pelos Estados e Municípios, desde que ela concomitantemente ou simultaneamente. Também conceda prazo aos seus contribuintes. Em que pese à existência do pacto federativo tal norma, é constitucional, pois visa proteger um bem maior, tal como a estabilidade econômica. Moratória Parcelada: Além da dilação de prazo a fazenda pública poderá parcelar o débito ao contribuinte, deixar inclusive de cobrar juros e multa eventualmente incidente. Este parcelamento será concedido pelos mesmos motivos que ensejaram à moratória. Deposito do montante integral: É uma faculdade do devedor onde este depositara o valor integral exigido pelo fisco. Por obvio este deposito pressupõe a discussão do debito administrativo ou judicialmente. O beneficio do deposito verificasse quando o contribuinte não obtém sucesso em seu recurso, pois o valor depositado será convertido em renda. (Ingressará aos cofres públicos, se a cobrança de juros e multa). De outra sorte em caso de sucesso no recurso o montante depositado será devolvido ao contribuinte no montante da decisão. OBS: Este procedimento não poderá ser feito se houver uma execução fiscal em estagio avançado, como por exemplo, na________ de bens para penhora. Reclamações ou recursos administrativos: Poderá o contribuinte utilizar-se das chamadas impugnações, o geral é um meio de defender protocolizada em primeiro instancia administrativa. Aludida a impugnação realizada tempestivamente ensejará a suspenção da exigibilidade do crédito tributário. No caso de insucesso da impugnação poderá valerce do recurso administrativo, este endereçado a segunda instancia. OBS: É inconstitucional a cobrança de valores depositados previamente para conhecimento do recurso. De igual forma o fisco não poderá exigir arrolamento de bens pelo contribuinte. Mandato de Segurança: A concessão de medida liminar em mandado de segurança suspenderá a exigibilidade do crédito tributário. Nesta Hipótese o contribuinte deverá demonstrar ao juízo o seu direito liquido e certo, inclusive comprovando o periculum in mora e o funus broni suris (fiança do direito). De igual modo a concessão de medida liminar em ações judiciais suspenderá a exigência do edito. Nesta hipótese deverá o autor da ação demonstrar a vera semelhança do agregado, pois somente com tal demonstração o juiz concederá a tutela antecipada Art. 273 CPC. Parcelamento: Trata-se de politica fiscal, podendo a fazenda publica, através de lia conceder parcelamento para que o contribuinte fique em dia como os débitos fiscais. Poderá ser concedido a qualquer momento pelo fisco e via de regra serão cobrados os juros e as multas incidentes sobre o debito. OBS: Se a execução fiscal estiver ajuizada e o contribuinte parcelar do debito administrativamente deverá este informar o juízo. Paralisando assim os atos executivos até findar o pagamento. 
 Exclusão do crédito Tributário. 
Trata-se do impedimento da constituição do crédito pelo lançamento, ficando o administrador publico proibido de constituir o crédito. Embora exista a obrigação tributária, esta não será cobrada por conta de exclusão. Embora trata-se de dois benefícios (Isenção e anistia) somente poderão ser concedidos através de lei complementar ou ordinária. OBS: O contribuinte não ficará liberado do cumprimento das obrigações acessórias. EX: Pessoa física isenta do pagamento do imposto de renda será obrigado a prestar sua declaração no prazo legal. (Anistia é somente para multa). 
Assim duas são as hipóteses de exclusão de crédito tributário, a saber:Isenção: É dispensa legal do pagamento do tributo, sendo a regra os impostos. OBS: Salvo previsão legal tal beneficio não alcança a cobrança de taxas e contribuições de melhorias por em quanto estas possuem caráter de conta prestacional. O beneficio poderá ser concedido, no caso da união para todo o território nacional ou apenas para uma parte dela, desde que respeitado os princípios uniformidade territorial e da isonomia. Tal regra aplica-se aos Estados e Municípios. A isenção tributaria se concedida de forma não onerosa poderá ser revogada a qualquer tempo, a critério do administrador, de outra sorte se concedida de forma onerosa o beneficio terá um prazo de duração a qual deverá ser respeitado, sendo proibida a revogação. Se o contribuinte com a promessa do Estado de ser criada uma lei concedendo a isenção e tal promessa não foi cumprida caberá a ele o ajuizamento de ação para reparar eventuais prejuízos sofridos, porem a isenção jamais será concedido. A isenção tributaria poderá ser concedida em caráter geral ou individual tal como a oratória. A anistia é o impedimento do lançamento da multa tributária, está decorrente do não pagamento do tributo ou pelo descumprimento das obrigações acessórias. Multas aplicadas nos casos de cometimentos de crime ou contravenções jamais serão objetos da anistia.
OBS: Se a obrigação tributária já foi lançada, seja o tributo ou a multa não poderão ser considerados os benefícios da isenção e anistia. Nesta hipótese ao administrador publico valerce do beneficio da remissão. (Causa de extinção do crédito tributário).
Considere a seguinte questão: Imaginasse que em março de 2013 foi publicada uma lei afirmando que as pessoas que entregassem a declaração do imposto de renda das pessoas físicas relativas ao exercício de 2012, após o prazo legal (30 de Abril), estariam anistiadas da respectiva multa. Tal hipótese é possível por quê?
R: Nos termos do Art. 180 CTN, a anistia só poderá ser concedida para infrações já cometidas. A de mais a multa aplicada não poderá ter sido lançada, em outras palavras a dois marcos temporais para a concessão da anistia, após cometimento da infração e antes do lançamento.
A lei poderá conceder isenção e anistia amulativamente. OBS: A lei que conceder isenção tributaria também deverá alcançar a eventual multa a ser aplicada por conta deste não pagamento. Neste caso ainda que a lei não tenha sido expressa ao mencionar a anistia. A multa não deverá ser lançada. Por derradeiro a lei poderá tão somente conceder anistia não concedendo a isenção do tributo podendo este, portanto ser lançado. Juros não é multa, portanto juros só podem ser objetos de isenção junto com o valor principal.
Decadência e prescrição.
Segundo o CTN são hipóteses de extinção do credito tributário, a qual ocorre pelo decurso de prazo. Embora o CTN trate a decadência como forma de extinção do credito, tecnicamente é uma causa de exclusão, por tato o lançamento da divida ainda não existe. Em ambos os institutos o prazo será de 5 anos, a depender do termo inicial para a sua contagem. 
Decadência: O termo inicial do prazo decadencial será a partir do 1° dia do exercício seguinte do fato gerador nos termos do Art. 173, I. 19/01/12 19/01/11 19/01/16 I-----------I------------5 Anos-----------------------I FG 
Antecipação da Contagem.
 Nos termos do paragrafo único Art. 173 CTN, a contagem do prazo decadencial se inicia com a notificação do contribuinte ou por outro instrumento que da inicio do lançamento. (Como por exemplo, a fiscalização). OBS: Não se pode duvidar que tal notificação deverá ocorrer antes de virar o exercício, pois neste caso aplicasse a regra do 173, I.
 30/6/1º 9/11 30/6/15 I-------I-------------I-----------------------------------I-----------I 
 5 ANOS.
Interrupção Art. 173, II.
 Trata-se de uma aberração jurídica. Nos termos do inciso II do Art. 73 se ocorrer um vicio formal e este for declarado judicialmente, a data desta decisão definitiva será o termo aquo da contagem do prazo decadencial. Frise-se que tal dispositivo aplica-se apenas a vícios formais existentes no lançamento, como por exemplo, a ausência de possibilidade de defesa ou contraditório pelo contribuinte. Nota-se que o vicio formal ocorre por culpa do fisco, razão pela qual, neste caso, a norma premia o infrator. Não bastasse além de um novo prazo o fisco poderá lançar a divida devidamente atualizado, a que certamente transformará a divida num valor muito maior do original.
Lançamento por Homologação, Art. 150, 4°, CTN. Regra geral da homologação- o pagamento ‘‘a menor’’ 
1/1/10 2/1/11 1/11/15.
I-------------------I---------------------------------I-----------------------I FG R$ 1000,00 100,00
Nos Termos do Art. 150, 4° se o contribuinte realizou o pagamento de quantia inferior do efetivamente devido, o fisco poderá realizar novo lançamento (de oficio) iniciando-se a contagem do fato gerador.
OBS: Esta quantia inferior paga não poderá ser ocorrido de forma dolorosa, fraudulenta ou simulado.
OBS: Na hipótese do contribuinte não efetuar o pagamento antecipado aplica-se a regra contida no Art. 173, I, CTN, sendo o termo inicial 1° dia do exercício seguinte a aquele que poderia ser lançado.
OBS: Se ocorrer pagamento inferior ao devido de forma dolorosa, fraudulenta ou simulada também será aplicada a regra do Art. 173, I, inclusive com as penalidades aplicáveis.
Prescrição.
A fazenda pública possui um prazo (prescricional) para ajuizar a execução fiscal. Aludido prazo será de 5 anos a contar da constituição definitiva do crédito. Leia-se constituição definitiva lançamento eficaz. Via de regra a data da constituição do crédito será inscrita na CDA. Todavia em alguns casos o fisco intimará o contribuinte para pagamento do tributo em 30 dias. Nesta hipótese o lustro prescricional terá inicio a partir do 31° dia.
Interrupção.
Como é sabido ao ser interrompido o prazo prescricional é zerado sendo reiniciada uma nova contagem.
Despacho de juiz: É o clique do juiz. Este despacho interrompe a prescrição sendo iniciado com tudo um novo prazo.
Protesto Judicial/ Extrajudicial: A rigor a fazenda pública, atualmente utiliza-se do protesto judicial como forma de cobrar o contribuinte, bem como interromper a prescrição. Tal expediente ocorre com valores considerados de pequena multa pela fazenda publica.
Mora do devedor: São medidas, via de regra judiciais para constituir o devedor em mora bem como para assegurar patrimônio dodevedor. EX: Medidas cautelares como arresto de bens ou sequestro.
Reconhecimento do débito.
A forma mais comum de reconhecimento um débito tributário é a visão do parcelamento pelo contribuinte nesta hipótese o fisco terá um novo prazo prescricional para ajuizar a inserção fiscal caso este contribuinte não honre o parcelamento. OBS: exceto o parcelamento as causas de suspenção da exigibilidade também suspendem o prazo prescricional. Art. 151, CTN.
Prescrição Intercorrente.
Trata-se da prescrição ocorrendo dentro do processo de execução fiscal. Com efeito, após as tentativas ordinárias de localização de bens de o executado restarem infrutíferas, o juiz determinara a suspenção do processo pelo prazo de 1 ano. Durante este período o prazo prescricional também ficará suspenso. Com o Termino da suspenção o prazo voltara a fluir, sendo computado o período anterior a suspenção se alcançar 5 anos à somatória do tempo restante ocorrerá o fenômeno da prescrição intercorrente. OBS: A prescrição intercorrente poderá ser invocada pela parte ou reconhecida de oficio pelo juiz da execução fiscal. Em ambos os casos será obrigatório à manifestação da fazenda publica.

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