Buscar

Ações integradas no combate ao Aedes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ações integradas para o combate ao Aedes aegypti
Vetorial ao Aedes aegypti
Curso de Atualização no Combate
Ações integradas para o combate ao Aedes aegypti
Vetorial ao Aedes aegypti
Curso de Atualização no Combate
3
Ações integradas para o combate ao Aedes aegypti
No Brasil, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) representa o elo entre os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) e a comunidade. O ACS pertence à comunidade, conhece e valoriza questões culturais do local, integrando o saber popular e o 
conhecimento técnico. O trabalho do ACS tem como principal objetivo orientar ações de 
prevenção de doenças, promoção à saúde e outras ações planejadas pela equipe, contribuindo 
para a qualidade de vida das pessoas. Para que isso aconteça, tem que estar alerta, manter-se 
sempre “vigilante”. 
O ACS deve estar sempre atento ao que acontece com as famílias, identificando com elas os 
fatores socioeconômicos, culturais e ambientais que interferem na saúde. 
O ACS deve:
•	 identificar áreas e situações de risco individual e coletivo; 
•	 encaminhar as pessoas aos serviços de saúde sempre que necessário;
•	 orientar as pessoas, de acordo com as instruções da equipe de saúde;
•	 acompanhar a situação de saúde das pessoas, para ajudá-las a conseguir bons resultados.
O enfrentamento do mosquito Aedes aegypti e da tripla carga de doenças que podem ser 
transmitidas por ele – Dengue, Chikungunya, Zika Vírus – representa um dos maiores desafios 
de saúde pública do país.
A Atenção Básica tem uma importância vital no atendimento dessas doenças. Por ser o ponto 
de atenção mais próximo da população, dentro do território, tem potencialidade para, além 
de realizar ações de prevenção, diagnosticar precocemente, tratar de forma efetiva, com baixo 
custo para o sistema de saúde e de forma mais confortável para o usuário. 
O Ministério da Saúde divulgou, recentemente, portaria que orienta aos ACS atuarem de forma 
concreta no combate ao mosquito (Portaria GM/MS nº 2121/2015). São mais de duzentos e 
sessenta mil ACS em todo o país. Esse esforço será fundamental para que o país vença essa batalha.
 A portaria Portaria GM/MS nº 2121/2015 reforça as atribuições para as equipes que 
atuam na Atenção Básica:
•	 realizarem ações e atividades de educação sobre o manejo ambiental, incluindo ações 
de combate a vetores, especialmente em casos de surtos e epidemias;
•	 orientarem a população de maneira geral e a comunidade em específico sobre sintomas, 
riscos e agente transmissor de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva;
•	 mobilizarem a comunidade para desenvolver medidas de manejo ambiental e outras 
formas de intervenção no ambiente para o controle de vetores;
•	 discutirem e planejarem de modo articulado e integrado com as equipes de vigilância 
ações de controle vetorial; e
•	 encaminharem os casos identificados como de risco epidemiológico e ambiental para 
as equipes de endemias quando não for possível ação sobre o controle de vetores.
4
Ações integradas para o combate ao Aedes aegypti
Com relação ao papel dos ACS, a Portaria traz o item abaixo:
•	 em situação de surtos e epidemias, o ACS deve executar, em conjunto com o agente de 
endemias, ações de controle de doenças, utilizando as medidas de controle adequadas, 
manejo ambiental e outras ações de manejo integrado de vetores, de acordo com 
decisão da gestão municipal.
O Agente de Combate às Endemias (ACE), assim como o ACS, atua inserido no território. Ele 
tem como atribuição a realização de atividades de vigilância, prevenção, promoção à saúde e 
controle de doenças (Lei nº 11350/2006). Sua atuação deve enfocar atividades de controle de 
vetores e de endemias mais prevalentes, considerados os perfis epidemiológico e demográfico 
da localidade. Suas ações devem ser realizadas de forma integrada às das equipes de Atenção 
Básica. (Decreto nº 8.474/2015).
 As legislações citadas, que estabelecem diretrizes para o trabalho destes dois profissionais 
(Portaria GM/MS nº 2488/2011, Portaria nº 2121/2015, Lei nº 11350/2006 e Decreto nº 
8.474/2015) demonstram que ACS e ACE tem atribuições com objetivos comuns e devem 
realizar ações conjuntamente. Ambas estabelecem que ACS e os ACE devem realizar ações 
conjuntas. Se tomarmos o controle do Aedes aegypti como exemplo, poderíamos citar a 
identificação de focos do mosquito, ações de manejo ambiental e controle do vetor, como 
ações comuns a estes profissionais. 
Essa integração, no entanto, ainda não está dada. É um caminho a ser construído. O desafio 
de desenvolver um trabalho conjunto entre as equipes da vigilância e da Atenção Básica é 
compartilhado entre todos e envolve desde profissionais da gestão até os trabalhadores que 
estão atuando nos territórios. Para que ocorra, é necessária a revisão do processo de trabalho. 
Algumas considerações sobre como iniciar esse processo:
Um primeiro obstáculo a ser vencido na integração entre ACS e ACE diz respeito ao território 
de atuação, que em muitos municípios não é coincidente. Assim, é importante que cada ACS 
saiba qual ACE é referência para sua área e realizar momentos periódicos para trocas de 
informação. 
É importante considerar os diferentes contextos dos municípios. Alguns municípios têm 
muitos ACE, enquanto outros têm um número bastante reduzido de profissionais. Naqueles 
em que há muitos ACE, é possível pensar na inserção de forma mais ampla. Os ACE podem 
atuar na mesma estrutura física das equipes de Atenção Básica e desenvolver um trabalho 
conjunto que abrange desde as ações de prevenção na mobilização das comunidades para o 
combate ao mosquito até a eliminação de focos através da utilização de larvicidas e inseticidas. 
Em municípios que contam com um número reduzido de ACE, será preciso pensar na forma 
mais interessante de unir esforços, através da definição do que fica sob a responsabilidade de 
cada um. De forma geral, os ACS podem ficar responsáveis pelo monitoramento dos domicílios 
que já acompanham, enquanto os ACE podem voltar-se mais a espaços públicos como praças 
e cemitérios, realizando a visita junto com o ACS naqueles domicílios que apresentam maior 
dificuldade na eliminação dos focos ou maior resistência em realizar modificações necessárias. 
Os ACE podem auxiliar os ACS naquelas ações para as quais não se sentem preparados. 
Juntos em uma visita, um ACS pode aprender com um colega ACE a identificar focos, coletar 
e eliminar larvas e dar orientações que são importantes no combate ao vetor.
5
Ações integradas para o combate ao Aedes aegypti
Para isso, é muito importante que existam espaços periódicos de troca de saberes sobre a 
situação dos domicílios, possibilitando a identificação dos locais de maior dificuldade, para 
que as equipes somem esforços. 
A integração não envolve apenas o ACS, mas toda a equipe de Atenção Básica. A troca de 
informações sobre as pessoas que já estão doentes é bastante útil para identificação de áreas 
mais vulneráveis, intensificando a ação de ACS e ACE nessas áreas para evitar que mais 
pessoas sejam infectadas. A integração deve ocorrer também em campo, na realização de 
atendimentos domiciliares por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, aliando o 
tratamento às ações de prevenção. Em caso de epidemia, a realização de mutirões pode ser 
necessária, naqueles locais que apresentem muitos focos. Outros setores da prefeitura podem 
ser acionados como parceiros. É o caso, por exemplo, das secretarias de obras e de meio 
ambiente. Veja, em anexo, a experiência do município de Campo Grande em artigo da Revista 
Saúde da Família. 
A comunicação interna da equipe de Atenção Básica também precisa ser reforçada neste 
período. As informações referentes aos casos suspeitos/notificados e locais com focos do 
mosquito devem ser compartilhados entre todos integrantes da equipe (ACS, técnicos deenfermagem, médicos, enfermeiros e demais profissionais). Qualquer caso suspeito deve ser 
notificado à vigilância. Por isso é muito importante que os ACS e ACE fiquem atentos nas 
visitas domiciliares. Neste momento, em que o país vivencia uma situação de emergência 
em saúde pública, é fundamental a ação dos ACS. Com a devida orientação adequada, 
planejamento da equipe e integração com a vigilância – em especial, o trabalho cooperado 
com os ACE – os ACS poderão desempenhar um papel decisivo para o êxito no combate ao 
mosquito Aedes aegypti.
6
Ações integradas para o combate ao Aedes aegypti
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.813, de 11 de novembro de 2015. Declara 
Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) por alteração do padrão 
de ocorrência de microcefalias no Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 nov. 
2015. Seção 1, p. 51. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/
prt1813_11_11_2015.html>. Acesso em: 29 dez. 2015. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.121, de 18 de dezembro de 2015. Altera 
o Anexo I da Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, para reforçar as ações 
voltadas ao controle e redução dos riscos em saúde pelas Equipes de Atenção Básica. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, 21 de dezembro de 2015. Seção 1, p. 80-81. Disponível em: 
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/portaria_2121_2015.pdf>. Acesso 
em: 29 dez. 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias 
de dengue. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_prevencao_controle_dengue.pdf>. Acesso em: 28 dez. 
2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. O agente comunitário de 
saúde no controle da dengue. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agente_comunitario_saude_controle_dengue.pdf>. 
Acesso em: 28 dez. 2015.
Parceira entre Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica no controle da dengue. Revista 
Brasileira de Saúde da Família, Brasília, n. 16, p. 50-55, out/dez 2007. Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/saudefamilia/revista_saude_familia16.pdf>. Acesso em: 
18 jan. 2016. 
PROJETO DA UNIVERSIDADE 
FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Dúvidas sobre: Dengue, Chikungunya, Zika Vírus, Microcefalia; 
mosquito Aedes Aegypti ou deúncias de foco do mosquito ligue: 
0800 645 3308

Outros materiais