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Básico em Orçamento Público EVSOF

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CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 1 
 
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 
SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO 
BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
 
 
MÓDULO 1 
 
ENTENDENDO O ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
 
 
 
 
(ORG) FERNANDO CÉSAR ROCHA MACHADO 
 
 
 
BRASÍLIA 
2015 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 2 
 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 
 
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão 
Nelson Barbosa 
 
Secretário-Executivo 
Dyogo Henrique de Oliveira 
 
Secretária de Orçamento Federal 
Esther Dweck 
 
Secretários-Adjuntos 
Antônio Carlos Paiva Futuro 
Franselmo Araújo Costa 
George Alberto Aguiar Soares 
 
Diretores 
Clayton Luiz Montes 
Felipe Daruich Neto 
Marcos de Oliveira Ferreira 
Zarak de Oliveira Ferreira 
 
Coordenador-Geral de Inovação e Assuntos Orçamentários e Federativos 
Luiz Guilherme Pinto Henriques 
 
Coordenadora de Educação e Difusão Orçamentária 
Rosana Lôrdelo de Santana Siqueira 
 
Organização do Conteúdo 
Fernando César Rocha Machado 
 
Revisão do Conteúdo 
José Paulo de Araújo Mascarenhas 
 
Revisão Pedagógica 
Janiele Cardoso Godinho 
 
Revisão Gramatical e Ortográfica 
Renata Carlos da Silva 
 
Projeto Gráfico 
Tiago Ianuck Chaves 
 
Colaboração 
Bruno Rodolfo Cupertino 
Karen Evelyn Scaff 
Nayara Gomes Lima 
 
Informações: 
www.orcamentofederal.gov.br 
Secretaria de Orçamento Federal 
SEPN 516, Bloco “D”, Lote 8, 
70770-524, Brasília – DF, Tel.: (61) 2020-2329 
escolavirtualsof@planejamento.gov.br 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO DO MÓDULO 
 
 
Apresentar conceitos básicos sobre orçamento público, tendo em vista a importância em 
conhecer esse tema para atuar como cidadão crítico e participativo na sociedade. 
 
 
UNIDADES ABORDADAS 
 
 
 
 Introdução ao Orçamento Público 
 Funções do Orçamento 
 Princípios Orçamentários 
 Receita e Despesa Pública 
 Transparência governamental e Controle Social 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 4 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 5 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ORÇAMENTO PÚBLICO ................................................ 6 
 
UNIDADE 2 - FUNÇÕES DO ORÇAMENTO ......................................................................... 9 
 
UNIDADE 3 - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS ................................................................. 11 
 
UNIDADE 4 - RECEITA E DESPESA PÚBLICA ................................................................. 13 
 
UNIDADE 5 - TRANSPARÊNCIA GOVERNAMENTAL E CONTROLE SOCIAL ................ 18 
 
REVISÃO DO MÓDULO ...................................................................................................... 19 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 21 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 5 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
Car@ Participante! 
 
É um enorme prazer tê-lo (a) como nosso aluno (a) no Curso Básico em Orçamento Público. 
Nas próximas quatro semanas, estudaremos juntos as informações que permeiam esse tema e você é 
o nosso convidado principal! Neste curso, você terá a oportunidade de conhecer informações 
básicas sobre Orçamento Público por meio dos seguintes módulos: 
 
• Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público 
• Módulo 2: Fundamentos Legais 
• Módulo 3: Leis Orçamentárias 
• Módulo 4: Orçamento e Cidadania 
 
No Módulo 1 “Entendendo o Orçamento Público” você aprenderá conceitos básicos sobre 
Orçamento e verá a importância de conhecer esse tema para atuar como cidadão crítico e 
participativo na sociedade. Estudarão ainda os conceitos de receita e despesa pública, as funções do 
orçamento, quais são os princípios orçamentários e a sua aplicabilidade para a boa gestão pública. 
 
No Módulo 2 “Fundamentos Legais” você conhecerá os fundamentos legais que regem o 
orçamento público, buscando analisar a importância dessas Leis em todas as esferas de governo. 
 
No Módulo 3 “Leis Orçamentárias” analisaremos a composição do processo orçamentário, 
identificando seus instrumentos e etapas que resultam na elaboração dos orçamentos. 
 
No Módulo 4 “Orçamento e Cidadania” serão abordados os instrumentos que promovem a 
participação popular dos cidadãos de forma crítica e efetiva. Apresentaremos, por fim, os conceitos 
sobre a participação popular na composição e fiscalização do orçamento, bem como a importância 
do orçamento participativo nas escolhas das prioridades para a utilização dos recursos públicos. 
 
Esperamos que após a conclusão dos estudos em todas essas etapas, você aprenda 
informações básicas, mas essenciais, sobre Orçamento Público. Desejamos excelente estudo! 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 6 
 
 
 
 
UNIDADE 1 
INTRODUÇÃO AO ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
Que tal iniciarmos esta unidade 
refletindo sobre orçamento familiar? Ao 
planejar uma viagem de férias, você costuma 
analisar o seu orçamento e organizar os seus 
gastos? Você consegue prever qual o valor 
disponível para alimentação, hospedagem, 
combustível e lazer no decorrer da sua viagem? 
Quais são as suas despesas prioritárias? 
 
Alguns assuntos precisam ser considerados no planejamento da sua viagem: dinheiro, 
despesas, receita, planejamento, responsabilidade, decisões. 
 
Falar sobre Orçamento Público é lidar diretamente com algumas dessas questões. Mas, 
vamos ver como isso acontece na prática? Caso você seja uma daquelas pessoas que têm o hábito de 
planejar e analisar o orçamento doméstico buscando verificar quais são os gastos prioritários para a 
sua família, compreenderá facilmente que o Estado também deve buscar mecanismos para atender 
às diversas demandas da sociedade. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 7 
 
Ações nas áreas de saúde, educação, segurança, habitação, saneamento, justiça e 
infraestrutura são exemplos de que as demandas em nosso país são crescentes e, no entanto, os 
recursos muitas vezes são limitados. 
 
É importante que a sociedade tenha conhecimento e compreenda o processo orçamentário, 
bem como os aspectos que são considerados na alocação de recursos, isso é Transparência 
Governamental! Estudaremos mais à frente na unidade 5 desse módulo, o que é transparência 
governamental e a importância do controle social, que é, na realidade, a participação e o 
acompanhamento exercido pelos cidadãos. 
 
Agora, vamos dar continuidade às informações sobre orçamento público analisando a charge 
abaixo e buscando refletir sobre as seguintes questões: Você se preocupa em saber quais áreas o 
Estado tem investido o dinheiro que arrecada? Em sua opinião, qual a importância do 
orçamento público para o crescimento do país e qualidade de vida da população? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pois bem, o orçamento público é de fundamental importância para o desenvolvimento do 
país. É uma lei de iniciativa exclusiva do Chefedo Poder Executivo (Presidente da República, 
Governadores, Prefeitos) que estima, ou seja, prevê as receitas e fixa as despesas necessárias para 
viabilizar as ações do governo. 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 8 
 
Esta lei tem como objetivo atender às necessidades da 
população, procurando reduzir as desigualdades sociais e 
priorizando recursos em setores fundamentais, tais como: saúde, 
educação e infraestrutura. 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 9 
 
 
 
UNIDADE 2 
FUNÇÕES DO ORÇAMENTO 
 
 
 
Por meio do orçamento público, 
os governos desenvolvem funções que 
são fundamentais para direcionar o 
desenvolvimento econômico e social do 
país. São três as funções do orçamento 
público: alocativa, distributiva e 
estabilizadora. 
 
A Função Alocativa direciona os recursos da economia em setores prioritários, tendo em 
vista oferecer bens e serviços que o mercado não seja capaz de ofertar à sociedade. 
 
A Função Distributiva combate os desequilíbrios e as desigualdades sociais e busca o 
desenvolvimento de regiões e classes menos favorecidas. 
 
A Função Estabilizadora busca, na elaboração do orçamento, tomar decisões que têm 
impacto na economia, visando à manutenção de elevado nível de emprego, o desenvolvimento do 
setor produtivo (empresas, indústrias, etc.) e o equilíbrio e estabilidade de preços (controle da 
inflação) para o crescimento sustentável. Vamos conhecer exemplos práticos de como o governo 
desenvolve essas funções? 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 10 
 
 
Função alocativa: a demanda social pela redução dos níveis de 
violência tenderá a eleger candidatos comprometidos com o 
aumento da segurança pública, os quais deverão alocar maiores 
volumes de recursos orçamentários em despesas relacionadas 
com esta política pública. 
 
Função distributiva: a concessão de bolsas assistenciais para as 
pessoas de baixa renda, que são custeadas por meio dos tributos 
pagos pela sociedade, inclusive por cidadãos que não recebem 
esse benefício. 
 
Função estabilizadora: a decisão do governo em reduzir o 
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, que incide 
diretamente na produção de veículos e em seu preço final. É uma 
forma de estimular o consumo, estabilizando os níveis de 
emprego e promovendo o crescimento econômico do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 11 
 
 
 
 
 
UNIDADE 3 
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
 
 
 
Você sabia que o orçamento público também segue regras fundamentais para direcionar a 
prática orçamentária? Estas regras são um conjunto de orientações que devem ser observadas 
durante cada etapa da elaboração dos orçamentos. É o que chamamos de Princípios Orçamentários. 
Agora, vamos estudar os mais importantes princípios orçamentários. Acompanhe! 
 
Princípio da Anualidade: O orçamento público (estimativas da receita e fixação da 
despesa) deve ser elaborado por um período determinado de tempo. O princípio da Anualidade, 
como o próprio nome indica, supõe o período de tempo de um ano. No Brasil, o exercício financeiro 
coincide com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro). 
 
Princípio da Legalidade: Segundo esse princípio orçamentário, as receitas arrecadadas e as 
despesas executadas devem estar previstas em lei. 
 
Princípio da Uniformidade: Este princípio estabelece que os métodos e os dados devam 
ser homogêneos no decorrer dos anos, mostrando semelhança na metodologia de elaboração do 
orçamento, o que permite comparações ao longo do tempo. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 12 
 
Princípio da Clareza: Como o próprio nome diz, por este principio o orçamento deve ser 
claro e de fácil compreensão a qualquer cidadão. 
 
Princípio da Não afetação da receita: Segundo a Constituição Federal, é proibida a 
vinculação de parcela de receita de impostos para atender a certos e determinados gastos, tendo em 
vista não comprometer a arrecadação da receita para atender apenas a algumas despesas específicas, 
em detrimento de outras também necessárias. 
 
Princípio da Universalidade: Todas as receitas e todas as despesas devem constar da lei 
orçamentária. 
 
Princípio do Equilíbrio: Os valores autorizados para realização das despesas em 
determinado ano devem ser compatíveis com a arrecadação das receitas. 
 
Princípio da Publicidade: A garantia de que os contribuintes possam ter acesso às 
informações orçamentárias para o pleno exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos 
arrecadados e aplicados. 
 
Princípio do Orçamento Bruto: Todas as receitas e despesas devem constar no orçamento 
anual com seus valores brutos (integrais) e não líquidos, sendo proibidas deduções. A adoção deste 
princípio reforça a transparência no orçamento público. 
 
Princípio da Exclusividade: A lei orçamentária deverá conter apenas dispositivos 
relacionados à fixação das despesas e à previsão das receitas públicas. 
 
Princípio da Unidade Orçamentária: O orçamento, com todas as suas receitas e despesas, 
deve constar de uma única lei orçamentária, ou seja, o orçamento é uno. 
 
Fique atento! O entendimento dos princípios orçamentários é muito importante para uma 
melhor compreensão das questões relacionadas aos processos orçamentários, assunto que será 
abordado no próximo módulo. 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 13 
 
 
UNIDADE 4 
RECEITA E DESPESA PÚBLICA 
 
 
Aprendemos que o orçamento público tem como objetivo precípuo atender às necessidades 
da população, procurando reduzir as desigualdades sociais e priorizando recursos em setores 
fundamentais como saúde, educação e infraestrutura. 
 
O orçamento é também o planejamento de 
qualquer entidade, seja pública ou privada, e 
representa o fluxo previsto de ingressos (receitas) e 
aplicações de recursos (despesas) em determinado 
período. Assim, o orçamento é composto de receitas e 
despesas. Vamos entender melhor esses conceitos? 
 
A receita pública é o montante total em dinheiro recolhido pelo Tesouro Nacional, 
incorporado ao patrimônio do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as necessidades 
de investimentos públicos. Em outras palavras, podemos afirmar que a receita é constituída pelos 
recursos obtidos pelo Estado, através da arrecadação dos tributos e de outras fontes (aluguéis de 
imóveis, multas, etc.), durante um determinado período financeiro (no caso do Brasil coincide com 
o ano civil). 
 
Esses recursos serão utilizados no planejamento e execução das despesas públicas que estão 
sob a responsabilidade do Estado, com o objetivo de oferecer bens e serviços à sociedade. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 14 
 
Um exemplo de Receita Pública é arrecadação anual do imposto de renda. Para saber mais 
sobre esse recurso obtido pelo governo acesse o site http://www.brasil.gov.br/economia-e-
emprego/2011/04/imposto-de-renda-ajuda-a-bancar-saude-educacao-e-programas-sociais 
 
 
Os tributos são a principal fonte de arrecadação de receitas pelo 
Estado, sendo fundamentais para os governos financiarem suas 
políticas públicas. 
 
O Estado, em virtude de seu poder soberano, pode retirar de seus 
cidadãos parcelas de suas riquezas paraa consecução de seus fins, 
visando ao bem-estar geral. 
 
Em outras palavras, os tributos são os impostos, taxas e 
contribuições incluídas nos produtos e serviços que consumimos e 
utilizamos. No preço dos produtos que compramos como comida e 
roupa estão incluídos tributos. 
 
 
As receitas públicas podem ser agregadas em várias classificações. Neste curso, estudaremos 
três dessas classificações. Sob os pontos de vista Coercitivo (Receita originária e Derivada); 
Econômico (Receita Corrente e De Capital); e de Competência (Federal, Estadual, Distrital e 
Municipal). Vamos conhecer agora as classificações sob as óticas coercitiva e econômica. 
Acompanhe! 
 
Receita Derivada: São aquelas obtidas pelo Estado por meio do seu poder soberano, sendo 
captadas de forma obrigatória. Exemplos: pagamento de tributos, tais como o Imposto de Renda - 
IR, Imposto de Importação - II, etc. 
 
Receita Corrente: São as receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, de origem 
agropecuária e industrial, de serviços, entre outras. Exemplos: impostos, taxas, contribuições de 
melhoria, aluguéis, etc. 
 
Receita de Capital: São as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de 
constituição de dívidas, da conversão, em espécie, de bens e direitos, entre outras. Exemplos: 
recebimento de empréstimo, venda de imóvel público, etc. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 15 
 
Receita Originária: São receitas oriundas da exploração do patrimônio do Estado, através 
da cobrança de preço ou tarifa decorrente da contraprestação de bens ou serviços, obtidos de forma 
voluntária. Exemplos: aluguéis de imóveis públicos, bilhetes de ônibus, etc. 
 
Vamos estudar agora a classificação da receita sob o ponto de vista da competência. 
Acompanhe! 
 
Federal: receitas pertencentes ao Governo Federal. Exemplos: Imposto Territorial Rural – 
ITR; Imposto sobre Operações Financeiras – IOF; Imposto sobre Produtos Industrializados IPI. 
 
Estadual: receitas que pertencem aos Estados. Exemplos: Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias – ICMS; Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA. 
 
Municipal: são as pertencentes aos municípios. Exemplos: Imposto sobre a Propriedade 
Predial e Territorial Urbana – IPTU; Imposto Sobre Serviços – ISS. 
 
Uma observação importante é que o Distrito Federal reúne as competências estaduais e 
municipais. 
 
 
O poder público utiliza os recursos arrecadados respeitando os 
compromissos previstos na Constituição e em leis específicas. Com o 
dinheiro recolhido, o governo investe em melhorias e paga as 
despesas necessárias ao atendimento das demandas da sociedade. 
 
 
 
 
E a despesa pública, o que é? Segundo Aliomar Baleeiro (1998), despesa pública é a 
aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, 
dentro de uma autorização legislativa, para a execução de fim a cargo do governo. 
 
Com base nas receitas arrecadadas, o governo realiza os gastos previstos na Constituição, na 
legislação e no respectivo plano de governo, tendo em vista atender as demandas da sociedade. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 16 
 
Nesse sentido, o orçamento deve abranger todos os gastos dos órgãos e entidades da 
Administração Pública, que são responsáveis por fornecer bens e serviços em quantidade e 
qualidade adequadas à população. Cabe lembrar que todas as despesas públicas devem ser 
autorizadas por lei. Assim, a Lei Orçamentária é fundamental para viabilizar as políticas públicas do 
governo. 
 
Dentre as classificações das despesas públicas, serão destacadas também três formas: sob os 
pontos de vista Coercitivo (Obrigatórias e Discricionárias); Econômico (Corrente e De Capital); e 
da Competência (Federal, Estadual, Distrital e Municipal). Vamos conhecer agora as classificações 
sob as óticas coercitiva e econômica. Acompanhe! 
 
Despesa Obrigatória: Despesas previstas em lei, representando um gasto obrigatório. 
Exemplo: pagamento de salários dos servidores públicos. 
 
Despesa Corrente: Caracteriza-se pela manutenção das atividades relacionadas à prestação 
dos bens e serviços de responsabilidade do Estado. Exemplos: pagamento dos salários dos médicos, 
aquisição de remédios, pagamento das contas de água e luz de um hospital. 
 
Despesa de Capital: Contribuem para a ampliação da oferta de bens e serviços de 
responsabilidade do Estado. Exemplo: construção de hospitais. 
 
Despesa Discricionária: Despesas que o governo pode decidir livremente onde aplicar os 
recursos. Exemplo: duplicação de uma rodovia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 17 
 
Agora, observe o gráfico a seguir. Ele aponta a relação entre as despesas obrigatórias e 
discricionárias no âmbito do orçamento da União, assim como a sua evolução desde 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme pode ser observado, verificam-se montantes significativos de despesas 
obrigatórias, o que implica em restrições quanto ao grau de autonomia do governo federal para a 
tomada de decisão sobre a aplicação dos recursos públicos, uma vez que a maior parte dos recursos 
está comprometida com o pagamento de despesas criadas por meio de dispositivos constitucionais e 
legais. 
 
Agora, vamos estudar a classificação da despesa sob o ponto de vista da competência. 
Acompanhe! 
 
Federal: Despesas sob a responsabilidade do Governo Federal. Exemplos: funcionamento 
de embaixadas do Brasil em outros países; manutenção e desenvolvimento da Defesa Nacional 
(Exército, Aeronáutica e Marinha); investimentos em Universidades Federais. 
 
Estadual: São as executadas pelos Estados. Exemplos: Manutenção da Polícia Militar; 
construção de escolas públicas; acesso à Justiça Comum. 
 
Municipal: São as pertencentes aos Municípios. Exemplos: 
Manutenção de espaços públicos (praças, ruas, calçadas); funcionamento da Câmara de Vereadores; 
oferta de transporte escolar. 
 
Uma observação importante é que o Distrito Federal reúne as competências estaduais e 
municipais. 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 18 
 
 
 
 
 
UNIDADE 5 
TRANSPARÊNCIA GOVERNAMENTAL E CONTROLE SOCIAL 
 
 
Podemos afirmar que em qualquer esfera 
governamental (Federal, Estadual, Distrital e Municipal) o 
orçamento é público e todos nós temos o direito e o dever 
de saber o que é feito com o dinheiro que se arrecada. Isso 
é transparência governamental! 
 
Já o Controle Social no orçamento público ocorre 
quando os cidadãos se organizam para conhecer o seu 
conteúdo; participar da sua elaboração; acompanhar a sua 
execução e verificar o alcance de resultados. 
 
Desse modo, os dados que compõem o orçamento público devem estar sempre disponíveis 
para consulta da sociedade, seja na internet ou em outros meios de informação. 
 
O acesso à informação é um direito fundamental para que o processo orçamentário seja 
transparente e que haja controle social, tanto na sua elaboração como na sua execução. Este direito é 
garantido por meio da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 
 
Essa lei é um dos assuntos do módulo 2 do curso. Caso queira conhecer mais sobre o 
orçamento federal, acesse o site http://www.orcamentofederal.gov.br/ 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 19 
 
 
 
 
REVISÃO DO MÓDULO 
 
 
 
Agora, vamos recordar juntos algumasinformações essenciais que vimos nesse módulo. 
Inicialmente, aprendemos que o orçamento público é uma lei que estima, ou seja, prevê as receitas e 
fixa as despesas necessárias para viabilizar as ações do governo. Vimos ainda que o Estado deve 
buscar mecanismos para atender às diversas demandas da sociedade. Ações nas áreas de saúde, 
educação, segurança, habitação, saneamento, justiça e infraestrutura são exemplos de que as 
demandas em nosso país são crescentes e, no entanto, os recursos muitas vezes são limitados. 
 
Na unidade 2 vimos que por meio do orçamento público os governos desenvolvem as funções 
alocativa, distributiva e estabilizadora a fim de direcionar o desenvolvimento econômico e social do 
país. A função alocativa direciona os recursos da economia em setores prioritários, tendo em vista 
oferecer bens e serviços que o mercado não seja capaz de ofertar à sociedade. A função distributiva 
combate os desequilíbrios e as desigualdades sociais e a função estabilizadora busca, na elaboração 
do orçamento, tomar decisões que têm impacto na economia. 
 
Estudamos na unidade 3 que os Princípios Orçamentários são regras fundamentais para 
direcionar a prática orçamentária. Alguns princípios do orçamento público são: Princípio da 
Anualidade; Princípio da Legalidade; Princípio da Uniformidade; Princípio da Clareza; Princípio do 
Equilíbrio; Princípio da Universalidade; Princípio da Unidade Orçamentária. O entendimento dos 
princípios orçamentários é muito importante para uma melhor compreensão dos temas a serem 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 20 
 
abordados no curso, sobretudo quando tratarmos de questões relacionadas aos processos 
orçamentários. 
 
Já na unidade 4 aprendemos que a receita pública é constituída pelos recursos obtidos pelo 
Estado, através da arrecadação dos tributos e de outras fontes, durante um determinado período 
financeiro. Já a despesa pública é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade 
ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para a execução de fim a 
cargo do governo. Tanto a receita quanto a despesa são classificadas nas formas coercitivas, 
econômica e de Capital. 
 
Por fim, na unidade 5, aprendemos a importância de acompanhar saber o que é feito com o 
dinheiro que se arrecada em nosso país. Isso é transparência governamental! Quanto ao Controle 
Social vimos que é fundamental para toda a coletividade que ocorra a participação dos cidadãos e 
da sociedade organizada no controle do gasto público, monitorando permanentemente as ações 
governamentais e exigindo o uso adequado dos recursos arrecadados. 
 
Agora, realize os exercícios de fixação disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem e, 
em seguida, inicie os estudos do módulo 2. Av@nte! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 21 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
BALEEIRO, A. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 18ª edição. 2012. 
Brasil.gov.br: http://www.brasil.gov.br. 
Secretaria de Orçamento Federal: http://www.orcamentofederal.gov.br/. 
Momento do Orçamento: O que é o orçamento público? 31/05/2010: 
http://www.agenciadoradio.com.br/espelho_mp/corpo_noticia.php?codigo_noticia=MPLA100131. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 1 
 
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 
SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO 
BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
 
 
MÓDULO 2 
 
FUNDAMENTOS LEGAIS 
 
 
 
 
 
 
 
(ORG) FERNANDO CÉSAR ROCHA MACHADO 
 
 
 
BRASÍLIA 
2015 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 2 
 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 
 
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão 
Nelson Barbosa 
 
Secretário-Executivo 
Dyogo Henrique de Oliveira 
 
Secretária de Orçamento Federal 
Esther Dweck 
 
Secretários-Adjuntos 
Antônio Carlos Paiva Futuro 
Franselmo Araújo Costa 
George Alberto Aguiar Soares 
 
Diretores 
Clayton Luiz Montes 
Felipe Daruich Neto 
Marcos de Oliveira Ferreira 
Zarak de Oliveira Ferreira 
 
Coordenador-Geral de Inovação e Assuntos Orçamentários e Federativos 
Luiz Guilherme Pinto Henriques 
 
Coordenadora de Educação e Difusão Orçamentária 
Rosana Lôrdelo de Santana Siqueira 
 
Organização do Conteúdo 
Fernando César Rocha Machado 
 
Revisão do Conteúdo 
José Paulo de Araújo Mascarenhas 
 
Revisão Pedagógica 
Janiele Cardoso Godinho 
 
Revisão Gramatical e Ortográfica 
Renata Carlos da Silva 
 
Projeto Gráfico 
Tiago Ianuck Chaves 
 
Colaboração 
Bruno Rodolfo Cupertino 
Karen Evelyn Scaff 
Nayara Gomes Lima 
 
Informações: 
www.orcamentofederal.gov.br 
Secretaria de Orçamento Federal 
SEPN 516, Bloco “D”, Lote 8, 
70770-524, Brasília – DF, Tel.: (61) 2020-2329 
escolavirtualsof@planejamento.gov.br 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO DO MÓDULO 
 
 
Apresentar as principais legislações que regem o Orçamento Público em nosso País. 
 
 
UNIDADE ABORDADA 
 
 
 
 Fundamentos Legais do Orçamento Público 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 4 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS LEGAIS DO ORÇAMENTO PÚBLICO ............................... 5 
 
REVISÃO DO MÓDULO ...................................................................................................... 10 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 5 
 
 
UNIDADE 1 
FUNDAMENTOS LEGAIS DO ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
O orçamento público além de ser uma lei é também um instrumento de gestão utilizado para 
organizar os recursos financeiros e, para isso, se baseia em regras, aprovadas pelo Poder 
Legislativo, que devem ser cumpridas pelos gestores públicos e acompanhadas pela sociedade. 
Essas regras são os fundamentos legais que o embasam. 
 
A palavra fundamento pode ser entendida como: alicerce, base, apoio, entre outros 
significados. O termo legal refere-se à lei, norma ou conjunto de regras aprovadas pelo poder 
legislativo, que devem ser obedecidas pela sociedade. 
 
Para o contexto do nosso curso, os fundamentos legais e infralegais são as leis, decretos e 
portarias que organizam e regulamentam o orçamento público no Brasil. 
 
 
Conhecer a legislação que rege o orçamento público é muito 
importante para todos os cidadãos. Essas leis são as "regras do 
jogo" e existem para garantir que as previsões orçamentárias 
(receitas e despesas) sejam cumpridas pelos administradores 
públicos. 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 6 
 
 
Agora que você já sabe o que são fundamentos legais, vamos aprender quais são os 
fundamentos que dão base ao orçamento público brasileiro? Observe cada um deles na imagem 
abaixo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
 
A Constituição Federal de 1988 traz o tema "Dos Orçamentos" em seus artigos 165 a 169 
(Título VI, Capítulo II, SeçãoII), os quais dispõem sobre as normas gerais do orçamento público 
brasileiro. Portanto, todas as leis relacionadas ao orçamento público devem estar em harmonia com 
esses dispositivos. 
 
Acesse o endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm para 
conhecer esses artigos. 
 
 
LEI N º 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964 
 
Esta lei estabelece as normas gerais de direito financeiro para a elaboração e controle dos 
orçamentos e dos balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Apesar de ter sido elaborada em 1964, esta lei foi recepcionada pela Constituição Federal de 
1988, ou seja, seus dispositivos são aplicados na elaboração, execução e controle dos orçamentos 
até os dias atuais. Em suma, esta lei descreve: 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 7 
 
 a composição dos orçamentos; 
 a classificação das receitas e despesas; 
 o conteúdo e a forma da proposta orçamentária; 
 o exercício financeiro; 
 os créditos adicionais ao orçamento; 
 a execução do orçamento; 
 o controle da execução orçamentária; 
 o controle e a contabilidade do orçamento. 
 
Acesse o endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm para visualizar a lei na 
íntegra. 
 
 
 
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967 
 
 
Na década de 60 foi verificada a necessidade de modernização da Administração Pública 
Federal. Sendo concretizada pela publicação do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. No 
tocante ao orçamento público, o Decreto enfatiza a importância do planejamento, promovendo as 
bases para implantação do Orçamento-Programa. 
 
Em linhas gerais, a concepção do Orçamento-Programa esta ligada à ideia de planejamento. 
Portanto, o orçamento deve considerar os objetivos que o governo pretende alcançar durante um 
determinado período de tempo. 
 
Com base nesta característica, o Orçamento-Programa ultrapassa a fronteira do orçamento 
como simples documento financeiro, aumentando a sua dimensão no sentido de ser um instrumento 
que busca viabilizar o alcance de resultados. 
 
Acesse o endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0200.htm para 
visualizar o Decreto-Lei nº 200. 
 
 
LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000- LEI DE RESPONSABILIDADE 
FISCAL (LRF) 
 
 
Antes dos anos 2000, a administração pública convivia com elevado nível de endividamento 
dos governos, cujas despesas eram maiores que as receitas, sobretudo nos estados e municípios. 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 8 
 
 
 Diante desse contexto, surgiu a necessidade de criação de vários mecanismos para melhoria da 
gestão fiscal, consolidados na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, denominada Lei de 
Responsabilidade Fiscal –LRF. 
 
A LRF é um código de conduta para os governantes e administradores públicos de todo o País, 
com o objetivo de promover a responsabilidade na gestão dos recursos públicos, por meio de: ação 
planejada e transparente; prevenção de riscos e correção de desvios que afetem as contas públicas; 
garantia de equilíbrio nas contas. 
 
Essa lei é válida para todos os entes federativos, abrangendo os três poderes (Executivo 
Legislativo e Judiciário). Acesse o endereço 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm para conhecer a LRF. 
 
 
 
Vamos entender de maneira criativa como funciona a Lei de 
Responsabilidade Fiscal? Acesse o endereço 
http://www.youtube.com/watch?v=bkfBz1Rhyao e assista ao vídeo 
criado pela Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, no âmbito do 
Programa de Educação Tributária que apresenta uma proposta 
esclarecedora sobre a LRF. 
 
 
 
LEI COMPLEMENTAR Nº 131, DE 27 DE MAIO DE 2009 
 
 
Como estudado anteriormente, a LRF instituiu mecanismos que permitem a participação social 
na gestão dos recursos públicos. O art. 48 da referida lei trata da transparência na gestão fiscal, 
mediante a divulgação dos planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias e relatórios 
específicos. 
 
Nesse sentido, para acrescentar dispositivos na LRF que promovam maior participação social 
no acompanhamento das contas públicas, foi criada a Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 
2009. Com a finalidade de determinar a disponibilização, em tempo real, de informações 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 9 
 
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
 
Acesse o endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp131.htm para conhecer 
essa Lei. 
 
 
 
Nos anos 90, verificou-se a necessidade de melhorias na gestão 
pública do País, com ênfase no aspecto gerencial, com o intuito de 
proporcionar um melhor atendimento das demandas da sociedade. 
 
Nesse contexto, iniciou-se em 1995 a Reforma da Gestão Pública que 
tinha como objetivo: contribuir para a formação de uma 
administração pública forte e eficiente, com reflexos na gestão 
orçamentária, resultando nos seguintes instrumentos: Decreto nº 
2.829/98. Portaria 42/99. Portaria 51/98. 
 
Com esses instrumentos, houve uma mudança do enfoque até então 
vigente: o que antes incidia para o controle das despesas, hoje é 
direcionado para a obtenção de resultados das ações de governo. 
 
 
Você sabia que além da adoção do planejamento estratégico, baseado na ideia de que os 
programas governamentais devem solucionar os problemas enfrentados pela sociedade e vislumbrar 
oportunidades para o desenvolvimento do País, foi estabelecido um conjunto de medidas capazes de 
melhorar a utilização do orçamento? Vamos conhecer que medidas são essas? 
 
 Acesso às informações; 
 Fixação de metas para as ações; 
 Adoção de indicadores de desempenho para medir a eficácia dos programas; 
 Cobrança de resultados; 
 Responsabilização de gestores. 
 
Agora que você já reuniu algumas informações importantes sobre orçamento público, que tal 
finalizar os estudos com um jogo bem interessante? Suponhamos que você seja o prefeito de uma 
cidade e terá de alocar todo o dinheiro público em diversas áreas. Quais delas seriam suas 
prioridades? 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 10 
 
O objetivo do jogo é mostrar como se planeja e se executa as finanças publicas. Está 
preparado? Acesse o endereço http://www.plenarinho.gov.br/diversao/reportagens-publicadas/jogo-
do-orcamento e aproveite para refletir sobre os conceitos aprendidos até agora! Vamos lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 11 
 
 
REVISÃO DO MÓDULO 
 
 
 
Este módulo reuniu informações essenciais sobre os fundamentos que dão base ao orçamento 
público. Vamos recordar quais são eles: 
 
A Constituição Federal de 1988 em seus artigos 165 a 169 (Título VI, Capítulo II, Seção II), 
os quais dispõem sobre as normas gerais do orçamento público brasileiro. Portanto, todas as leis 
relacionadas ao orçamento público devem estar em harmonia com esses dispositivos. 
 
A Lei 4.320 de 1964 estabelece as normas gerais de direito financeiro para a elaboração e 
controle dos orçamentos e dos balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 
O Decreto Lei nº 200 enfatiza a importância do planejamento, promovendo as bases para 
implantação do Orçamento-Programa. 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal éum código de conduta para os governantes e 
administradores públicos de todo o País, com o objetivo de promover a responsabilidade na gestão 
dos recursos públicos. 
 
Por fim, a Lei Complementar nº 131 tem a finalidade de determinar a disponibilização, em 
tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 12 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas 
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. 
_______. Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009. Acrescenta dispositivos à Lei 
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas 
para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de determinar a 
disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e 
financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
_______. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para a 
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do 
Distrito Federal. 
_______. Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da 
Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras 
providências. 
_______. Decreto nº 2.829, de 29 de outubro de 1998. Estabelece normas para a elaboração e 
execução do Plano Plurianual e dos Orçamentos da União, e dá outras providências. 
_______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portaria nº 42, de 14 de abril de 
1999. Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1o do art. 2º e § 
2º do art. 8º, ambos da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, 
subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras providências. 
_______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento 
Federal. Portaria nº 51, de 16 de novembro de 1998. Institui o Subsistema de Cadastro de 
Atividades e Projetos, do Sistema Integrado de Dados Orçamentários - SIDOR, da Secretaria de 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 2: Fundamentos Legais | 13 
 
Orçamento Federal, estabelece o recadastramento das atividades e projetos constantes do Projeto de 
Lei Orçamentária para o exercício financeiro de 1999 e dá outras providências. 
Lei de Responsabilidade Fiscal. Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará. Programa de Educação 
Tributária: http://www.youtube.com/watch?v=bkfBz1Rhyao. 
Câmara dos Deputados – Plenarinho: http://www.plenarinho.gov.br/. 
Presidência da República: http://www2.planalto.gov.br/. 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 1 
 
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 
SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO 
BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
 
 
MÓDULO 3 
 
LEIS ORÇAMENTÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
(ORG) FERNANDO CÉSAR ROCHA MACHADO 
 
 
 
BRASÍLIA 
2015 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 2 
 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 
 
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão 
Nelson Barbosa 
 
Secretário-Executivo 
Dyogo Henrique de Oliveira 
 
Secretária de Orçamento Federal 
Esther Dweck 
 
Secretários-Adjuntos 
Antônio Carlos Paiva Futuro 
Franselmo Araújo Costa 
George Alberto Aguiar Soares 
 
Diretores 
Clayton Luiz Montes 
Felipe Daruich Neto 
Marcos de Oliveira Ferreira 
Zarak de Oliveira Ferreira 
 
Coordenador-Geral de Inovação e Assuntos Orçamentários e Federativos 
Luiz Guilherme Pinto Henriques 
 
Coordenadora de Educação e Difusão Orçamentária 
Rosana Lôrdelo de Santana Siqueira 
 
Organização do Conteúdo 
Fernando César Rocha Machado 
 
Revisão do Conteúdo 
José Paulo de Araújo Mascarenhas 
 
Revisão Pedagógica 
Janiele Cardoso Godinho 
 
Revisão Gramatical e Ortográfica 
Renata Carlos da Silva 
 
Projeto Gráfico e Diagramação 
Tiago Ianuck Chaves 
 
Colaboração 
Bruno Rodolfo Cupertino 
Karen Evelyn Scaff 
Nayara Gomes Lima 
Informações: 
www.orcamentofederal.gov.br 
Secretaria de Orçamento Federal 
SEPN 516, Bloco “D”, Lote 8, 
70770-524, Brasília – DF, Tel.: (61) 2020-2329 
escolavirtualsof@planejamento.gov.br 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO DO MÓDULO 
 
 
Apresentar a composição do processo orçamentário, identificando seus instrumentos e etapas 
que resultam na elaboração dos orçamentos. 
 
 
UNIDADES ABORDADAS 
 
 
 
 O Processo Orçamentário 
 Plano Plurianual (PPA) 
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 
 Lei Orçamentária Anual (LOA) 
 Integração das Leis Orçamentárias 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 4 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE 1 – O PROCESSO ORÇAMENTÁRIO .................................................................. 5 
 
UNIDADE 2 – PLANO PLURIANUAL ................................................................................... 7 
 
UNIDADE 3 – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS .................................................... 10 
 
UNIDADE 4 – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL ..................................................................... 12 
 
UNIDADE 5 – INTEGRAÇÃO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS ............................................ 15 
 
REVISÃO DO MÓDULO ...................................................................................................... 20 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 5 
 
 
UNIDADE 1 
O PROCESSO ORÇAMENTÁRIO 
 
 
 
O processo orçamentário pode ser definido como um processo contínuo constituído por 
diversas etapas, procedimentos, prazos e órgãos participantes e compreende cada uma das fases 
apresentadas: 
 
 
 
A etapa de Elaboração envolve um conjunto de atividades para formulação do programa de 
trabalho; compreendendo o diagnóstico de problemas, a formulação de alternativas, a tomada de 
decisões, a fixação de metas e a definição de custos a serem apresentadas ao Poder Legislativo. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 6 
 
A etapa de Aprovação compreende a tramitação da proposta orçamentária no Poder 
Legislativo, em que as estimativas de receita são revistas, as alternativas são reavaliadas e os 
programas de trabalhos podem ser alterados por meio de emendas parlamentares. Esta etapa é 
concluída com a aprovação da proposta por votação parlamentar. Após aprovada, a proposta é 
encaminhada para a sanção do chefe do Poder Executivo e, em seguida, para a sua publicação, 
quando passa a entrar em vigor. 
 
Na fase da Execução, o orçamento é programado, executado, acompanhado e parcialmente 
avaliado, sobretudo por intermédio dos mecanismos de controle interno e das inspeções realizadas 
pelos órgãos de controle externo. Veremos quais órgãos são esses no último módulo do curso. 
 
O Controle e Avaliação ocorrem em parte de forma concomitante à execução orçamentária, 
em que são produzidos os balanços, a seremapreciados e auditados pelos órgãos auxiliares do 
Poder Legislativo, e as contas julgadas pelo Parlamento. Ressalta-se que nesta fase há a 
realimentação do processo de planejamento. 
 
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária 
Anual (LOA) são os instrumentos que 
concretizam o processo orçamentário. De acordo 
com a Constituição Federal, estes instrumentos 
devem ser adotados de forma integrada, pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 7 
 
 
 
 
 
UNIDADE 2 
PLANO PLURIANUAL 
 
 
 
Como você viu o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei 
Orçamentária Anual (LOA) são os instrumentos que concretizam o processo orçamentário. 
 
E para iniciarmos os estudos sobre o primeiro 
instrumento orçamentário, o PPA, considere as 
seguintes questões: Para que serve um PPA? Quais 
são os benefícios que essa lei poderá trazer para o 
desenvolvimento de uma cidade, estado ou país? É por 
meio dessa lei que os chefes do Poder Executivo 
estabelecem as diretrizes, objetivos e metas para os 
próximos quatro anos de governo. A União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios possuem seus próprios PPAs. 
 
Inicialmente, é importante destacar que todos os cidadãos precisam saber que a cada novo 
governo o Poder Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) elabora o seu 
planejamento. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 8 
 
A União, Estados, Distrito Federal e Municípios possuem seus próprios PPAs. Na esfera 
federal (União), o PPA deve ser encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo ao Congresso 
Nacional, na forma de Projeto de Lei, até 31 de agosto do primeiro ano de mandato. Em seguida, ele 
deve ser devolvido para sanção do Presidente da República até o dia 22 de dezembro, data de 
encerramento da sessão legislativa. 
 
Assim, após a sua devida sanção e publicação, passará a vigorar como Lei. O PPA tem como 
premissa buscar a continuidade da execução de políticas públicas importantes. Assim, o novo 
governo executa o último ano do PPA do governo anterior, tendo em vista garantir a continuidade 
da ação governamental. 
 
 
 
Analisaremos agora um exemplo, em âmbito federal, da 
elaboração e vigência de um PPA! 
 
No primeiro ano de mandato da presidenta Dilma Rousseff, 
iniciado em 2011, o PPA vigente foi o elaborado no 
mandato do presidente Lula, PPA 2008-2011. No governo 
da Presidenta, cujo mandato finalizará em 2014, foi 
elaborado o PPA 2012-2015. Assim, o próximo governo 
iniciará o seu primeiro ano de mandato, em 2015, 
executando o PPA do governo da Presidenta. 
 
O PPA, período de 2012 a 2015, é a Lei nº 12.593, de 18 de 
janeiro de 2012. Que tal conhecê-lo? Visite o endereço 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12593.htm 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 9 
 
 
Você sabia que o Governo Federal é obrigado a enviar 
ao Congresso Nacional um relatório anual de avaliação 
do PPA, mostrando o que foi e o que deixou de ser feito 
pelo Plano original? E que, por exigência da 
Constituição Federal de 1988, o PPA também deve 
contribuir para reduzir as desigualdades entre as 
diversas regiões do País? 
 
 
 
Vamos conhecer um pouco mais sobre o PPA? Acesse o endereço 
http://www.youtube.com/watch?v=hG1Vd_SsgCc e assista ao vídeo “O que é o PPA”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 10 
 
 
UNIDADE 3 
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
 
 
 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é 
um instrumento legal que estabelece critérios para 
a elaboração e execução dos orçamentos públicos. 
Essa lei é elaborada anualmente e deve ser 
compatível com o PPA. 
 
O Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
- PLDO, na esfera federal, deve ser encaminhado 
pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo até o dia 15 de abril e devolvido para sanção 
presidencial até 17 de julho, data de encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Por 
fim, após a sua devida sanção e publicação, passará a vigorar como Lei (LDO). 
 
O que a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal falam a respeito da LDO? Segundo 
a Constituição Federal, em seu artigo 165, parágrafo 2º, a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente, e ainda: 
 
 orientará a elaboração da lei orçamentária anual; 
 disporá sobre as alterações na legislação tributária; 
 estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 11 
 
A LRF trouxe uma série de inovações à LDO, relacionadas à criação de mecanismos para a 
garantia de uma gestão fiscal mais responsável e equilibrada, das quais cabe destacar: 
 
 definição e alcance de metas fiscais (receitas e despesas) para organizar e equilibrar 
as contas públicas; 
 avaliação de riscos que possam impactar as contas públicas, como, por exemplo, o 
pagamento de sentenças judiciais; 
 critérios e formas de limitação/redução das despesas, aplicados no caso de frustração 
das receitas (arrecadação menor do que a prevista); 
 normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas 
financiados com recursos públicos; 
 condições e exigências para transferências de recursos orçamentários a entidades 
públicas e privadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 12 
 
 
 
UNIDADE 4 
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
 
 
 
Em consonância com as diretrizes estabelecidas na LDO, 
anualmente, no âmbito federal, o Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão, com a colaboração dos outros Ministérios, 
elabora e encaminha um documento com a proposta orçamentária 
para o próximo exercício financeiro, contendo as receitas e 
despesas públicas. 
 
O referido documento será avaliado pela Presidência da República que o encaminhará até o 
dia 31 de agosto ao Congresso Nacional. Lá os Deputados Federais e Senadores discutem e 
aprovam o conteúdo da proposta, que se transforma em lei. 
 
Os Deputados e Senadores podem alterar a proposta, sob determinadas regras, aumentando ou 
reduzindo as alocações de recursos, por meio de emendas parlamentares. Desse modo, por ser um 
documento que será transformado em lei, a proposta de orçamento é um "Projeto de Lei", 
conhecido como Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA. Como a sua vigência é anual, o nome 
da lei aprovada é "Lei Orçamentária Anual"- LOA. 
 
Lei Orçamentária Anual (LOA) é um instrumento legal que estima as receitas e fixa as 
despesas para o período de um ano, devendo ser compatível com as diretrizes estabelecidas na LDO 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 13 
 
e com os objetivos e metas definidas no PPA. Também deve viabilizar o alcance dos resultados 
pretendidos pelas políticas públicas do governo. 
 
Assim, a LOA é um instrumento legal que estima as receitas e fixa as despesas para o período 
de um ano, devendo ser compatível com as diretrizesestabelecidas na LDO e com os objetivos e 
metas definidas no PPA. A LOA Também deve viabilizar o alcance dos resultados pretendidos 
pelas políticas públicas do governo. 
 
Cabe relembrar que a União, Estados, Distrito Federal e Municípios elaboram e executam 
suas próprias leis orçamentárias. Nestas devem constar as despesas necessárias ao atendimento de 
diversas áreas: saúde, educação, segurança. E também as receitas que as financiam, como, por 
exemplo, os impostos. 
 
A Lei Orçamentária Anual da União é composta por três esferas orçamentárias: Orçamento 
Fiscal, Orçamento da Seguridade Social e Orçamento de Investimentos. 
 
O Orçamento da seguridade social abrange todos os órgãos e entidades envolvidos nas 
ações relativas à saúde, previdência e assistência social. 
 
O Orçamento de investimento das empresas estatais abrange as empresas estatais 
independentes que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito 
a voto. Ex.: Petrobrás e Banco do Brasil. 
 
O Orçamento fiscal abrange todos os outros órgãos e entidades não incluídos nos demais 
orçamentos. 
 
Esses três orçamentos são consolidados numa única peça orçamentária, atendendo ao 
princípio orçamentário da unidade. 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 14 
 
 
No prazo de 30 dias após a publicação da LOA, o Poder Executivo 
deve estabelecer um cronograma mensal de desembolso e uma 
programação financeira para execução das despesas autorizadas, 
tendo em vista organizar o seu fluxo durante o período de um ano. 
Essas ações estão em consonância com determinações da Lei de 
Responsabilidade Fiscal - LRF. 
 
 
O PLOA 2015, encaminhado pela Presidente da República em 31 de agosto de 2014, 
permanece em exame pelo Congresso Nacional. Para conhecer esse Projeto e o Orçamento Cidadão 
2015, acesse o nosso Ambiente Virtual de Aprendizagem, no campo “Leituras Complementares”. 
 
Agora, para saber um pouco mais sobre LOA acesse o endereço 
ahttp://orcamentofederal.gov.br/orcamentos-anuais/orcamento-
2014/orcamentos_anuais_view?anoOrc=2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 15 
 
 
UNIDADE 5 
INTEGRAÇÃO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS 
 
 
 
 
Depois de todos os conceitos aprendidos, talvez você esteja se questionando: Então qual é a 
relação entre o PPA, a LDO e a LOA? 
O PPA estabelece o planejamento de médio prazo, por 
meio dos programas e iniciativas do governo, enquanto a LOA 
fixa o planejamento de curto prazo, ou seja, materializa 
anualmente as ações e programas a serem executados; 
 
À LDO, por sua vez, cabe o papel de estabelecer a 
ligação entre esses dois instrumentos, destacando do PPA os 
investimentos e gastos prioritários que deverão compor a LOA, 
e definir as regras e normas que orientam a elaboração da lei 
orçamentária que irá vigorar no exercício seguinte ao da edição 
da LDO. 
 
Preste bastante atenção na imagem a seguir, ela 
representa a integração entre as leis orçamentárias. 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 16 
 
 
 
 
 
Como você viu, as leis orçamentárias têm prazo para serem encaminhadas ao Poder 
Legislativo e também para serem devolvidas ao Poder Executivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 17 
 
Agora, observe a próxima imagem com as datas de envio e aprovação de cada uma dessas 
leis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 18 
 
Observe as etapas do processo orçamentário no quadro abaixo. 
 
 PPA LDO LOA 
Prazo Responsável Prazo Responsável Prazo Responsável 
Elaboração 
Até 31/08 do 
primeiro ano do 
mandato 
Executivo 
Até 15/04 de 
todos os anos 
Executivo 
Até 31/08 de 
todos os anos 
Executivo 
Discussão/votação Até 22/12 Legislativo Até 17/07 Legislativo Até 22/12 Legislativo 
Execução 
Durante 3 anos 
do primeiro 
governo e 1 ano 
do governo 
seguinte. 
Ministérios, 
Secretarias e 
outros órgãos do 
Executivo. 
Durante a 
elaboração da 
LOA e no ano 
seguinte. 
Ministérios, 
Secretarias e 
outros órgãos 
do Executivo. 
De 01/01 a 
31/12 do ano 
seguinte ao 
encaminhamen
to do PLOA ao 
Poder 
Legislativo. 
 
Ministérios, 
Secretarias e 
outros órgãos 
do Executivo.. 
Avaliação/controle 
Controle Interno, 
durante a 
execução. 
Controle Externo 
durante e após o 
fim da execução. 
Ministérios, 
Secretarias e 
outros órgãos do 
Executivo. 
Controle 
Interno, 
durante a 
execução. 
Controle 
Externo 
durante e após 
o fim da 
execução. 
Ministérios, 
Secretarias e 
outros órgãos 
do Executivo. 
Controle 
Interno, 
durante a 
execução. 
Controle 
Externo 
durante e após 
o fim da 
execução. 
Ministérios, 
Secretarias e 
outros órgãos 
do Executivo. 
 
 
 
 
Você sabia que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão é 
quem organiza a distribuição dos recursos públicos federais por meio 
do orçamento? 
 
As atividades de orçamento, no âmbito federal, são organizadas e 
disciplinadas pela Lei nº 10.180/2001, que atribui ao Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão a responsabilidade da 
coordenação do processo orçamentário. 
 
A coordenação desse processo envolve um trabalho conjunto com os 
demais ministérios e órgãos da esfera federal, uma vez que cada um 
conhece as respectivas demandas e prioridades de suas políticas 
setoriais, tais como: meio ambiente, saúde, agricultura e educação. 
 
 
Por fim, cabe mencionar que o processo orçamentário é composto por outros normativos 
importantes, tais como o decreto de programação orçamentária e financeira e de limitação de 
empenho e movimentação financeira (contingenciamento) e a portaria que estabelece 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 19 
 
procedimentos e prazos para solicitação de alterações orçamentárias, que não serão foco de estudos 
no nosso curso. 
 
Agora, para conhecer mais sobre os temas abordados nesse módulo, leia a publicação 
“Orçamento Federal ao Alcance de Todos”, disponível no endereço 
http://www.orcamentofederal.gov.br/orcamento-cidadao/ofat/revista_ofat_2014_web.pdf. 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 20 
 
 
 
REVISÃO DO MÓDULO 
 
 
 
Neste módulo você conheceu as fases importantes do processo orçamentário: elaboração, 
aprovação, execução e avaliação. 
 
A fase de Elaboração envolve um conjunto de atividades para formulação do programa de 
trabalho; compreendendo o diagnóstico de problemas, a formulação de alternativas, a tomada de 
decisões, a fixação de metas e a definição de custos a serem apresentadas ao Poder Legislativo. 
 
A etapa de Aprovação compreende a tramitação da proposta orçamentária no Poder 
Legislativo, em que as estimativas de receita são revistas, as alternativas são reavaliadas e os 
programas de trabalhos podem ser alterados por meio de emendas parlamentares. 
 
Na fase da Execução, o orçamento é programado, executado, acompanhado e parcialmente 
avaliado, sobretudo por intermédio dos mecanismos de controle interno e das inspeções realizadas 
pelosórgãos de controle externo. 
 
O Controle e Avaliação ocorrem em parte de forma concomitante à execução orçamentária, 
em que são produzidos os balanços, a serem apreciados e auditados pelos órgãos auxiliares do 
Poder Legislativo, e as contas julgadas pelo Parlamento. 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 21 
 
O PPA, a LDO e a LOA são os instrumentos que concretizam o processo orçamentário. 
Quanto a estas leis, vimos que: O Plano Plurianual é uma lei que declara as diretrizes, objetivos e 
metas que a administração pretende realizar nos próximos quatro anos; 
 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias fixa as metas e prioridades da administração para a 
elaboração e execução do orçamento; 
 
A Lei Orçamentária Anual é um instrumento legal que estima as receitas e fixa as despesas 
para o período de um ano. Deve ser compatível com as diretrizes estabelecidas na LDO e com os 
objetivos e metas definidos no PPA, com vistas a viabilizar o alcance dos resultados pretendidos 
pelas políticas públicas do governo. 
 
Cabe mencionar que o processo orçamentário ainda é composto por outros normativos 
importantes, tais como o decreto de programação orçamentária e financeira e de limitação de 
empenho e movimentação financeira (contingenciamento) e a portaria que estabelece 
procedimentos e prazos para solicitação de alterações orçamentárias, que não serão foco de estudos 
no nosso curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 3: Leis Orçamentárias | 22 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
_______. Lei nº 12.593, de 18 de janeiro de 2012. Institui o Plano Plurianual da União para o 
Período de 2012 a 2015. 
_______. Lei nº 12.465, de 12 de agosto de 2011. Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e 
execução da Lei Orçamentária de 2012 e dá outras providências. 
_______. Lei nº 12.595, de 19 de janeiro de 2012. Estima a receita e fixa a despesa da União para o 
exercício financeiro de 2012. 
_______. Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001. Organiza e disciplina os Sistemas de 
Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade 
Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. 
Presidência da República: http://www2.planalto.gov.br/. 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: http://www.planejamento.gov.br/. 
Plano Plurianual. TV Senado. Reportagem de Dante Accioly: 
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=VVwHYzoqHB8. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 1 
 
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 
SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO 
BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
 
 
MÓDULO 4 
 
ORÇAMENTO E CIDADANIA 
 
 
 
 
 
 
 
(ORG) FERNANDO CÉSAR ROCHA MACHADO 
 
 
 
BRASÍLIA 
2015 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 2 
 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 
 
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão 
Nelson Barbosa 
 
Secretário-Executivo 
Dyogo Henrique de Oliveira 
 
Secretária de Orçamento Federal 
Esther Dweck 
 
Secretários-Adjuntos 
Antônio Carlos Paiva Futuro 
Franselmo Araújo Costa 
George Alberto Aguiar Soares 
 
Diretores 
Clayton Luiz Montes 
Felipe Daruich Neto 
Marcos de Oliveira Ferreira 
Zarak de Oliveira Ferreira 
 
Coordenador-Geral de Inovação e Assuntos Orçamentários e Federativos 
Luiz Guilherme Pinto Henriques 
 
Coordenadora de Educação e Difusão Orçamentária 
Rosana Lôrdelo de Santana Siqueira 
 
Organização do Conteúdo 
Fernando César Rocha Machado 
 
Revisão do Conteúdo 
José Paulo de Araújo Mascarenhas 
 
Revisão Pedagógica 
Janiele Cardoso Godinho 
 
Revisão Gramatical e Ortográfica 
Renata Carlos da Silva 
 
Projeto Gráfico e Diagramação 
Tiago Ianuck Chaves 
 
Colaboração 
Bruno Rodolfo Cupertino 
Karen Evelyn Scaff 
Nayara Gomes Lima 
Informações: 
www.orcamentofederal.gov.br 
Secretaria de Orçamento Federal 
SEPN 516, Bloco “D”, Lote 8, 
70770-524, Brasília – DF, Tel.: (61) 2020-2329 
escolavirtualsof@planejamento.gov.br 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 3 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS DO MÓDULO 
 
 
Discutir como se caracteriza a participação social no contexto orçamentário; apresentar a 
importância do orçamento participativo para o efetivo exercício da cidadania. 
 
 
UNIDADES ABORDADAS 
 
 
 
 Participação Social 
 Como participar? 
 Orçamento Participativo 
 Controle Institucional 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 4 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE 1 – PARTICIPAÇÃO SOCIAL .............................................................................. 5 
 
UNIDADE 2 – COMO PARTICIPAR? .................................................................................... 7 
 
UNIDADE 3 – ORÇAMENTO PARTICIPATIVO .................................................................. 10 
 
UNIDADE 4 – CONTROLE INSTITUCIONAL ..................................................................... 12 
 
REVISÃO DO MÓDULO ...................................................................................................... 14 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 16 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 5 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 1 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL 
 
 
 
 
Quando você pensa em participação social, quais as palavras, momentos históricos ou 
imagens que surgem em sua mente? Segundo o dicionário de direitos humanos, a participação 
popular é a soberania do povo em ação, sua expressão concreta; é o efetivo exercício do poder 
político pelo seu titular. Como tal, é inerente e indispensável à democracia contemporânea. 
 
Antes de continuarmos aprendendo mais informações sobre esse assunto, que tal descobrir 
por meio de uma enquete, se você é um cidadão participativo? Participe desse desafio em nosso 
Ambiente Virtual de Aprendizagem. 
 
Depois de conhecer um pouco mais acerca do seu perfil como cidadão, saiba que a 
sociedade pode ajudar a desenvolver algumas dessas ações participando da elaboração e execução 
dos orçamentos públicos. 
 
Antes de aprender como participar desse processo, convidamos você a relembrar um 
momento histórico ocorrido na década de 80 de efetiva participação social na busca pela 
democracia. Para assistir ao vídeo “Diretas Já”, acesse o endereço 
https://www.youtube.com/watch?v=3ABH7qkXFys 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 6 
 
 
Em relação ao orçamento público, os cidadãos podem participar exercendo influência na sua 
elaboração e discussão. É possível atuar junto ao Poder Executivo, que elabora a proposta 
orçamentária; ao legislativo, que discute, modifica e aprova essa proposta; e aos órgãos de controle 
e fiscalização, como por exemplo, denunciando irregularidades no uso dos recursos públicos. 
 
A participação social deve ser contínua, porém, há momentos cruciais no processo 
orçamentário que merecem maior atenção: 
 
 Primeiro mandato do governante: processo de elaboração, 
discussão e votação do PPA, quando serão definidas as estratégias 
(diretrizes, objetivos e metas) do governo para ospróximos quatro 
anos, sendo necessário acompanhar o cronograma de atividades deste 
processo para uma efetiva participação. 
 
Primeiro semestre de todos os anos: processo de elaboração, 
discussão e votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias- LDO, que 
contém as metas e prioridades do governo para cada ano. Assim, as 
atividades estarão concentradas no primeiro semestre, sendo que os 
prazos variam de acordo com cada Ente (União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios). 
 
Segundo semestre de todos os anos: processo de elaboração, 
discussão e votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual, no qual constarão as receitas e despesas 
previstas para o próximo ano. Cabe ressaltar especial atenção quanto à qualidade e coerência da 
alocação proposta em relação às políticas públicas do governo. 
 
Saiba que a participação social é um direito dos brasileiros assegurado pela Constituição 
Federal de 1988 e Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. Outras leis também contribuem para o 
exercício desse direito, como por exemplo, a Lei de Acesso à Informação. 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 7 
 
 
 
 
UNIDADE 2 
COMO PARTICIPAR? 
 
 
 
Veja que interessante, a população pode participar de diversas formas no processo 
orçamentário! Observe atentamente cada um dos itens negritados a seguir e descubra como 
participar efetivamente da fiscalização e controle do dinheiro público! 
 
Os cidadãos podem participar atuando nos Conselhos de Políticas Públicas ou nas 
organizações civis. Essas organizações podem proporcionar melhores resultados quanto à 
participação social, uma vez que a ação coletiva organizada tem maior impacto do que a individual. 
 
a) Conselhos de políticas públicas: Um conselho de política pública é um espaço público e 
plural, no qual representantes da sociedade e do Estado exercem funções de consulta, fiscalização, 
normatização e deliberação sobre políticas públicas. 
 
O conselho de política pública não é uma organização governamental e geralmente tem 
composição mista: representantes da sociedade civil (sindicatos, organizações não governamentais, 
etc) e do governo. O cidadão geralmente não possui direito a voto, mas poderá, por exemplo, expor 
suas dúvidas, demandas e sugestões aos conselhos. (fonte: 
www.conselhos.mg.gov.br/pagina/faq#a2). 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 8 
 
b) Organizações Civis: Organizações de Sociedade Civil (OSC) são grupos, redes, fóruns, 
ONGs e movimentos sociais que atuam em diversas áreas. Essas organizações representam a 
sociedade nos processos de análise e discussão das políticas públicas no país. A participação da 
sociedade civil nas políticas públicas contribui para o exercício da cidadania e para o controle 
social. (fonte: www.aids.gov.br/pagina/o-que-sao-organizacoes-da-sociedade-civil); 
 
Os cidadãos podem participar denunciando as irregularidades identificadas na gestão 
dos recursos públicos aos órgãos competentes, no âmbito de cada esfera de governo: 
 
Recursos Federais: Ouvidorias dos Ministérios e órgãos do Governo Federal, Ouvidoria da 
Controladoria-Geral da União, Ouvidoria do Tribunal de Contas da União, Ouvidorias da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal e Ministério Público Federal (5ª Câmara de Coordenação e 
Revisão do Ministério Público Federal). 
 
Recursos Estaduais e Distritais: Ouvidorias das Secretarias e órgãos de cada estado e do 
Distrito Federal, Ouvidorias dos órgãos de controle interno, Ouvidorias dos Tribunais de Contas 
Estaduais e Distrital, Assembleias Legislativas e Ministérios Públicos Estaduais. 
 
Recursos Municipais: Ouvidorias das Secretarias e órgãos de cada município, Ouvidorias dos 
órgãos municipais de controle interno, Ouvidorias dos Tribunais de Contas, Câmaras Municipais e 
Ministério Público. 
 
Os cidadãos poderão participar das etapas de elaboração, discussão e votação das leis 
orçamentárias (PPA, LDO e LOA), como, por exemplo, por meio de audiências públicas, 
apresentando propostas que julgarem relevantes para a defesa dos interesses da comunidade. 
 
Para o acompanhamento da gestão orçamentária, é importante que o cidadão tenha a 
sua disposição informações relevantes. Para isso, podem ser indicados alguns canais de acesso no 
âmbito federal. 
 
O SIGA BRASIL: sistema de informações sobre orçamento público, que permite acesso 
amplo e facilitado a bases de dados sobre planos e orçamentos públicos, por meio de uma única 
ferramenta de consulta. Conheça mais sobre esse sistema no site: 
http://www9.senado.gov.br/portal/page/portal/orcamento_senado/SigaBrasil. 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 9 
 
SIOP Acesso Público: sistema gerenciado pela SOF/MP que possibilita a consulta de 
informações e a geração de relatórios sobre o Orçamento e o Planejamento da União. Para acessar, 
visite o endereço https://www.siop.planejamento.gov.br/siop/. 
 
Portal da Transparência do Governo Federal: tem como objetivo aumentar a transparência da 
gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe como o dinheiro público está sendo utilizado e 
ajude a fiscalizar. http://www.portaltransparencia.gov.br/. 
 
É possível e importante a participação dos cidadãos, sobretudo no âmbito municipal, 
para decidir a alocação de recursos públicos em áreas e ações consideradas prioritárias. Tal 
prática já é desenvolvida em alguns municípios e é conhecida como Orçamento Participativo, 
assunto que veremos na próxima unidade. 
 
Como você viu anteriormente, a Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, denominada 
Lei de Acesso à Informação, dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações, dentre os 
quais cabe destacar o art. 9º, o qual estabelece que o acesso a informações públicas será assegurado 
mediante a criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, 
em local com condições apropriadas para: 
 
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; 
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades; 
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações. 
 
A criação do Serviço de Informações ao Cidadão é um mecanismo assegurado por lei para 
que os cidadãos possam ter acesso às informações públicas, inclusive as relacionadas com o 
orçamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 4: Orçamento e Cidadania | 10 
 
 
 
 
 
UNIDADE 3 
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO 
 
 
 
 
O orçamento participativo é uma técnica que possibilita uma participação direta e efetiva da 
população na elaboração da proposta orçamentária do governo. 
 
Esse tipo de orçamento é adotado por decisão do 
governo, em que a sociedade civil é consultada quando 
da definição de metas e programas prioritários. Dessa 
forma, representa um progresso na busca da 
democratização da gestão pública. 
 
Em outras palavras, podemos afirmar que o 
Orçamento Participativo é um instrumento que se caracteriza pela participação social nas escolhas 
das prioridades para a utilização dos recursos públicos. 
 
Esse instrumento de participação social vem sendo utilizado com êxito em diversas cidades 
do Brasil. Em tais cidades, a população decide as prioridades de investimentos em obras e serviços 
a serem realizados a cada ano, com os recursos dos orçamentos das prefeituras. 
Além disso, o Orçamento Participativo estimula o exercício da cidadania; o compromisso

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