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Reclamação Trabalhista - Processo do Trabalho

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO DE TERESINA - PI
 
	Francisco Felix, brasileiro, solteiro, portador do CPF nº 040.230.450-90, RG nº 616313 SSP-PI, residente e domiciliado na Rua Chão de Estrela, 580, Bairro do Carmo, Teresina-PI, por seu advogado que esta subscreve, conforme documento de procuração em anexo aos autos (doc.01), que receberá intimações no endereço da Rua José Matos, 890, Centro, Teresina-PI, vem, com fundamento no artigo 840, §1º, da CLT, e art. 5º, inciso X e art. 114, inciso VI, ambos da CF/88, propor a presente.
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
	Em face do Posto Asa Branca, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 89.321.659/0001-50, com endereço à Rua Dois de Setembro, nº 567, Bairro Centro, nesta Cidade, pelos fatos e fundamentos jurídicos abaixo expostos:
 
I - DO RITO ADOTADO:
	Inicialmente, cabe destacar que a empresa reclamada deverá ser notificada por edital, tendo em vista que o estabelecimento comercial (posto) encontra-se fechado e os sócios em local incerto e não sabido, tramitando assim a referida ação nos moldes do procedimento comum (ordinário), uma vez que o artigo 852-B, inciso II, da CLT determina que não se fará a citação por edital no procedimento sumaríssimo.
 
II - DOS FATOS:
	O reclamante foi contratado pela empresa demandada em 01/10/2010, para trabalhar como frentista de posto de gasolina.
	Recebeu do reclamante como última remuneração o valor de R$1.000,00 (hum mil reais), equivalente ao piso da categoria, acrescido do adicional de periculosidade legalmente previsto.
	Durante o pacto laboral, o reclamante usufruiu das férias atinente ao primeiro período aquisitivo 2010/2011 e 2011/2012, tendo também recebido os décimos terceiros salários dos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013.
	O reclamante laborava de segunda a sexta-feira, das 22 às 7 horas, com uma hora de intervalo intrajornada, sem recebimento de adicional noturno.
	O obreiro reclamante foi imotivadamente dispensado em 26/02/2014, sem aviso prévio, sendo que no dia de seu desligamento, o representante legal da empresa ofendeu o autor, chamando-o, aos berros, de "moleque", sem qualquer motivo, na presença de diversos colegas de trabalho e clientes.
	Vale salientar que tal conduta patronal constrangeu sobremaneira o reclamante, sendo certo que nunca havia passado por tamanha vergonha e humilhação.
 DO ADICIONAL NOTURNO
	A jornada do Reclamante iniciava às 22 horas e encerrava às 7 horas do dia seguinte.
	O art. 7º, inciso IX, da CF assegura aos trabalhadores uma remuneração superior para o trabalho noturno em relação ao trabalho diurno. Tendo o mesmo entendimento, dispõe o art. 73 da CLT fixando um acréscimo de 20% sobre o salário e o horário noturno será das 22 horas às 05 horas.
	Diante do exposto, requer a condenação do Reclamado ao pagamento do adicional noturno sobre toda a jornada, inclusive quanto às horas prorrogadas, de acordo com a Súmula 60, II do TST, bem como os devidos reflexos de aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional referente aos período de 2012/2013. Requer, ainda, seja utilizada como base de cálculo maior e real remuneração do Reclamante, considerando o adicional de periculosidade, nos termos da OJ 259, SDI-1, TST.
DAS HORAS EXTRAS
	Conforme já mencionado, o Reclamante cumpria jornada de trabalho das 22 horas às 7 horas do dia seguinte, com uma hora de intervalo, de segunda a sexta-feira.
	Nos termos do §1º do art. 73 da CLT, a hora noturna será computada como 52 minutos e 30 segundos. Logo, percebe-se que a jornada diária do Reclamante ultrapassava o limite legal de 8 horas diárias, determinado pelo art. 7º, XIII, CF e pelo art. 58 da CLT.
	Ante ao descumprimento dos dispositivos supra, postula-se o pagamento das horas extraordinárias, assim considerada todas as horas excedentes da 8ª diária e 44ª semanal, acrescidas do adicional de 50%, nos termos do art. 7º, inciso XVI, da CF. Ademais, requer os devidos reflexos em descanso semanal remunerado, aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional. Requer, ainda, seja utilizada como base de cálculo maior e real remuneração do Reclamante, considerando o adicional de periculosidade e o adicional noturno, em atendimento às Súmulas 132, I e 60, I do TST.
DO DANO MORAL
	O Reclamado o chamou, aos berros, de “moleque”, sem qualquer motivo, na presença de diversos colegas de trabalho e clientes.
	A conduta descrita configura clara violação do art. 5º, inciso X, da CF, que sustenta a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem das pessoas, sendo-lhes assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Ademais, podem ser observados os requisitos da responsabilidade civil, previstos nos artigos 186 e 927 do CC: culpa, dano e nexo. A culpa é verificada na conduta do Reclamado. Já o dano está configurado no constrangimento sofrido pela reclamante. O nexo de causalidade resta demonstrado, tendo em vista que o dano é conseqüência da conduta do Reclamado.
	Mediante a comprovação da responsabilidade civil do Reclamado, requer a sua condenação ao pagamento de indenização por danos morais em valor arbitrado por este Juízo.
DAS VERBAS RESCISÓRIAS
	O Reclamante foi dispensado imotivadamente no dia 26 de Fevereiro de 2014, sem o pagamento de qualquer verba rescisória.
	Diante do mencionado, requer a condenação do Reclamado ao pagamento de todas as verbas rescisórias, quais seja, 26 dias de saldo de salário, aviso prévio indenizado, férias acrescidas do terço constitucional no importe de 6/12. Ademais, requer a guia para percepção do seguro desemprego.
DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT
	O Reclamado não respeitou o prazo para pagamento das parcelas rescisórias, previsto no art. 477, §6º da CLT. Mediante este fato, o Reclamante requer a condenação do Reclamado ao pagamento de multa no valor equivalente ao salário, nos termos do §8º do art. 477 da CLT.
DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT
	Nos termos do art. 467 da CLT, o Reclamante requer o pagamento das verbas incontroversas seja realizado em primeira audiência, sob pena da incidência de multa de 50% sobre o valor correspondido.
III - PEDIDOS
	Diante de todo o exposto requer:
	a) A condenação ao pagamento do adicional noturno;
b) A condenação ao pagamento de horas extras, bem como de seus devidos reflexos;
c) A condenação ao pagamento de indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado por este juízo;
d) A condenação ao pagamento de todas as verbas rescisórias, quais sejam: 26 dias de saldo de salário, aviso prévio indenizado, férias acrescidas do terço constitucional no importe de 6/12. Ademais, requer a guia para percepção do seguro desemprego;
e) A condenação ao pagamento da multa do §8º do artigo 477 da CLT;
f) A condenação do reclamado ao pagamento da multa do artigo 467 da CLT;
g) A incidência de juros de mora a partir da data de ajuizamento da ação, conforme o artigo 883 da CLT, e correção monetária, nos termos da Súmula 381 do TST.
IV – REQUERIMENTOS FINAIS
	A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do representante legal do Reclamado, a oitiva de testemunhas e juntada de novos documentos.
	Por fim, requer a procedência da ação e a condenação do Reclamado em todos os pedidos supra, acrescidos de juros e correção monetária.
	Atribui-se à causa valor superior a 40 salários mínimos.
Termos em que,
Pede deferimento.
Teresina-PI, 01 de maio de 2014.
Belarmino Jânio Batista Alencar
Advogado OAB-PE nº xxxxx

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